
Illusion of Gaia
Illusion of Gaia (Illusion of Time nas europas) é mais um game de ação com elementos de RPG da dobradinha Quintet/Enix. Mesmo parecendo estranho, faz parte de uma trilogia onde também se encontra Soul Blazer, jogo que já fiz post e se você ainda não leu é um mau caráter. O game em si segue aquela mesma pegada de cópia descarada do Zelda… ou melhor… de jogo aventuresco, cheio de puzzles e desafios, onde o que importa é se divertir. Ele dá uma boa elevada na trama em relação ao seu maninho, mas no final achei que abordaram coisa demais em pouco tempo e muita coisa ficou mais avulsa que uva passa na ceia de Natal. Nem vem me dizer que você gosta dessa merda, que juro que mando um kilo dessa porra para a sua casa só de raiva. Essa birosca só não é pior que fios de ovos, que tem que dar um pau em quem inventou.
Ficha Técnica
Publisher | Enix na Japa Nintendo no Resto |
Desenvolvedor(es) | Quintet (aquela mesmo que tem uma “parceria” forte com a Enix) |
Diretor | Masaya Hashimoto (aqui acho que deu uma leve perdida na mão) |
Produtor | Yasuyuki Sone |
Designer | Tomoyoshi Miyazaki (confesso que fez sua parte) |
Artes | Moto Hagio (só conhecia Honda, Yamaha e Suzuki) |
Músicas | Yasuhiro Kawasaki (olha aí outra moto e não fez jus a excelência do anterior) |
Plataforma | SNES (e, por lá ficou) |
Lançamento | Japa – 27 de Novembro, 1993 NA – 26 de Setembro, 1994 EU – 21 de Junho, 1995 |
Resumão para não ficar perdido
Nossa mentirada do momento se passa em um planeta que se eu contar o nome vai ser um puta spoiler e que está sendo castigado pela influência de um tipo de cometa malvadão. Nesse mesmo planeta mora Will, um jovem mancebo, que perdeu seu pai enquanto o mesmo explorava uma torre chamada de Torre de Babel. Ele está de boas curtindo sua pacata vida à beira mar com seus amigos, quando Gaia, um ser super suspeito do espaço, o informa que é dele a pica de salvar o mundo do Cometa. Eu já quase tenho um treco quando aparece algo inesperado na minha vida, imagina se du neida uma entidade lança essa braba? Acho que morro todinho no mesmo momento. A sorte é que Will, diferente de mim, é brabo na parada, nem pensa duas vezes antes de enfiar a cara no perigo e sai em aventura pelo mundão afora em busca de uma forma de parar a merda que está rolando. Ele consegue ajuda do fantasma de seu pai Olman de vez em quando, mas a pica é grande. Ele pode se transformar em um loirão sarado chamado Freedan como o príncipe Adam e um ser gosmento chamado Shadow, mas ainda não é para qualquer um. Ele recebe “apoio” moral de seus amigos, Lance, Seth, Erik e a menina planta Lilly, mas o negócio é bizarro de tão feio. Ele recebe ajuda de seu primo herdeiro e inventor, já que é fácil ser inventor quando se é herdeiro, Neil, mas quando o cinto aperta a coisa fica horrorosa. Ele tem o incentivo de ter a princesa Kara lhe esperando para dar aquela brincada, se é que você me entende, mas não tem mulher que faça você se sentir forte quando o bicho pega. Ou seja, a coisa não é nada tranquila na vida do nosso mano Will enquanto tenta ver se ajusta o esquema.

Lorota
Inventaram moda.
Vai parecer sacanagem minha, mas lembre-se do contexto, do contexto, por favor. Em Soul Blazer a parada era rasa, mas atendia bem. Era ir lá matar o vilão enquanto entendia a dinâmica das cidades restauradas. 100% funcional e conciso. Agora em Illusion of Gaia a coisa deu uma descambada violenta. Existe a missão de parar o cometa, mas no meio disso acontece tanta coisa com esses personagens que é difícil de comprar essa aventura. Eles sofrem um naufrágio, eles vão parar em um navio fantasma, eles ficam presos em um templo, eles andam durante meses por um túnel e mais uma cacetada de coisas. Tudo bem ter vários acontecimentos em um jogo, mas eles tem que ser minimamente desenvolvidos para que a gente sinta o impacto do que está acontecendo. Caralho, os manos passaram meses em um tunel passando fome, sede e se alimentando de cogumelos, me diz como que isso afetou eles ou o que aprenderam com essa experiencia. Sei que é meio paia pedir isso de um jogo de 93 cheio de limitação técnica, mas é aquele lance, se não dá para fazer, faz algo mais simples como em Soul Blazer. Sem falar que essa turminha que acompanha o Will são uns sacos de cimento do caralho. Os manos (e minas) tem zero desenvolvimento, além de não fazer nada para mover a trama. Existe um ensaio de importância para a Lilly e Kara, mas é tão pouco, que se elas não tivessem no esquema dava no mesmo. Você não vai se importar com eles na moral e fodasse esses romances fajutos construídos. Isso que nem comentei todas as subtramas que não dão em nada, como a ganância por poder do pai de Kara, ou a empresa malvada dos pais de Niel e toda a escravidão que é constante nesse mundo. Meus amigos, tudo isso simplesmente se resolve com um plot twist safado, que diz que no final tudo ficou bem e esquece o resto aí que agora é só alegria. Na moral, me decepcionei demais da conta. Até existe um sacrifício que ocorre durante a trama que me surpreendeu e me deixou impactado por um tempo, mas que se perdeu como lágrimas na chuva quando a conclusão foi essa bosta. Só não tirei mais pontos, porque o Will tem falas, o que é louvável. Protagonista mudo é o meu ovo em banho maria.
NOTA: 1.3

Playada
Continua bem redondinho.
Vou ser sincero com vocês aqui. Não tenho porque esconder os meus gostos e sentimentos, afinal vocês são meus manos. Eu sou apaixonado por esse estilo de jogabilidade e sempre vou dar nota máxima. Olha, o game tem que ser muito do cu para eu baixar a nota. Nossa, como é divertida essa gameplay meus caros. Quando você quer enjoar, logo vem uma habilidade nova, uma dungeon nova, inimigos novos e você logo engaja novamente. Soul Blazer já era muito massa e perfeito, mas não satisfeitos os malacos implementaram muitas coisas novas ainda mais massas e perfeitas. Aqui tem corrida e pulo, por exemplo. Não que seja pulo de verdade, é mais um cair com estilo, mas ainda sim é bom. Os caras implementaram um sistema de defesa, que eu deveria ter usado muito mais, e que ainda serve para mover objetos que resolvem puzzles. Implementaram um mapa mundo, que você não navega livremente, mas valeu a intenção. Implementaram vidas, para você não precisar ficar voltando ao save a cada 3 minutos. Implementaram um sonar de monstros para não deixar ninguém para trás, o que faz perder upgrades. Implementaram as transformações do personagem, que além de servirem para resolver puzzles, mudam o estilo de combate. Melhoraram o inventário, podendo ter mais itens de cura. Ou seja, muitas e muitas maravilhas. Confesso que prefiro o esquema de ir liberando as cidades de Soul Blazer ao invés dos upgrades ao derrotar monstros, mas ainda sim é legal. Também não curti que removeram as magias, mas elas eram tão chatas de usar no Blazer, que no final nem senti falta. Inclusive, vale salientar que existe uma mecânica onde Will toca músicas, afinal sua arma é uma flauta, já que tem muito “fanboy” por aí que acha que isso foi inventado em Ocarina of Time. É, estou de olho em vocês!! Porra, flauta como arma também é meio caido, né? Sentar um trompete nos cornos dos bichos ou meter uma guitarra no cu deles até entenderia, mas uma flauta? Não é atoa que o mano Will tem que deixar as porradarias francas na mão de Freedan.
NOTA: 2.5

Barulhama
hum… mó vacilo.
Qual é a minha decepção quando chego nesse jogo achando que a trilha vai ser daquelas de entrar na playlist “Trabalho ao som de games” e o esquema é genérico e sem personalidade. Puta merda, mais uma brochada. Eu até hoje me pego cantarolando músicas de Soul Blazer enquanto tomo aquele banho demorado. Aí chego aqui e nenhum sentido me é despertado. Não que seja ruim as músicas, nem nada, elas só não são memoráveis. São no máximo do máximo, ok. Nada pior na vida do que ter uma expectativa frustrada. Ou melhor, acho que tomar um tiro, ser esfaqueado ou ter câncer nos testículos é pior que isso, mas a decepção com certeza é um dos males do ser humano moderno.
NOTA: 1.5

Batom no Porco
Melhorou levemente aqui e ali.
Continua genérico e não vou esconder o jogo para poupar tempo do leitor. Os chefes estão bem melhores e até vou levar para o coração alguns que me fizeram sofrer, mas os inimigos de fase em sua maioria ainda continuam básicos. Tirando uma exceção aqui e outra acolá, em suma são básicos. O que mais uma vez não quer dizer que são ruins, só não são espetaculares, nota máxima. Não curti também os sprites usados na turminha de Will e até mesmo as artes deles são meio xôxas. A sorte deles é que não puxam o quesito arte para baixo, pois as dungeons continuam muito inventivas, bonitas e variadas. Sou muito simpático a esse estilo RPG japonês e isso pode sempre nublar meu julgamento, eu também confesso, mas como venho dizendo a um bom tempo, não estou aqui para avaliar justamente. Faz sentido Illusion of Gaia ter nota maior que Mass Effect 3 no quesito artes? Para mim faz e nem tente entender minha hipocrisia descarada, pois vou prontamente me defender dizendo que isso tudo é só a minha opinião e não existe certo e errado. Mesmo que eu cague um monte de regras para tudo que é coisa.
NOTA: 2.0

Fator Nostalgia
Conhecida levemente de vista.
Como já expliquei anteriormente, não tive SNES, então você já imagina o resultado aqui. O máximo que cheguei perto de Illusion of Gaia foi de sua capa em uma locadora do meu bairro. Pior que nem me lembro qual era a locadora, de tão pouco que me chamou a atenção. Hoje a capa com o planeta e céu estrelado me instiga, mas quando criança não. Tinha que ter um monstro muito doidio, uma guerreiro boladão, uma gostosa com pouca roupa ou uma celebridade tipo do Ayrton Senna, se não, não me pegava. Sabe como é, quando a gente é criança ou pré-adolescente, a gente é mais raso que os vídeos de opinião do Cauê Moura.
NOTA: 0
Por que perder tempo com essa bosta?
Porque esse jogo continua muito simpático e arrisco a dizer que é ainda mais divertido que o anterior. A história vai se passar um pouco, vai ter acontecimentos desconexos, vai ter coisas sem sentido e o payoff não vai ser lá essas coisas, mas garanto que você vai se divertir durante a matação de monstros e exploraçada de masmorras. Mesmo eu tendo pegado pesado em alguns aspectos da minha “avaliação”, não tenho medo em recomendar a playada de mais esse Action RPG estilo Zeldinha Like.
Por que não perder tempo com essa bosta?
Se você for um chato de galochas (nossa que velho, acho que ninguém mais usa essa expressão), assim como quem vos escreve, e se importar com uma trama concisa e mais amarrada, passe longe. Tirando isso, no máximo passa longe da versão traduzida que existe nas interwebs, pois ela tem muitos e muitos bugs no texto, às vezes misturando inglês, português e até javanês, além de ter passagens quebradas que te deixam preso. Que raiva que me deu quando perdi 30 minutos de play, pois fiquei preso em uma casa onde tinha um casal se beijando. Se eles tivessem transando até relevava, mas nem isso estava rolando.
Avaliação da Playada
Tempo de Jogo | 17:00:00 (aproximadamente, que como de praxe não tem contador) |
Save State | 0 (na real mesmo, usei um pouco devido a rom bugada, mas não contabilizei, sorry) |
Detonado | 3 (alguns bosses tive que dar uma pesquisada) |
Trapaças | 0 |
Game Over | 10 (na verdade foram resets para poupar curas que nem usei depois) |
Zeramento | sim |
100% | não Joias Vermelhas (peguei 33 de 50) Max HP (fiquei na dúvida se dava) Max Ataque (também fiquei na dúvida se dava) Dungeon Secreta (como não peguei as joias, não pude fazer) |
Resultado | ![]() |
Avaliação do Querido
Lorota | 1.3 |
Playada | 2.5 |
Barulhama | 1.5 |
Batom no Porco | 2.0 |
Fator Nostalgia | 0.0 |
Total | 7.3 |
Dificuldade | a dificuldade do game vai estar relacionada ao tamanho da sua burrice |
Resultado | ![]() |
Conclusão | Um game divertidíssimo que vale a playada, mas que derrapa um pouco na história |