
Watch Dogs 2
Watch Dogs 2 é mais um game da tentativa frustrada da Ubisoft de fazer o seu GTA para ganhar milhões de dols. Ah, nem vem que não tem, vou começar assim, sim. Isso aqui é um GTA e se vocês procurarem por entrevistas da época vão ver que nem era escondida essa comparação. Tem lugares que até diziam que o primeiro game ia superar o sucesso da Rockstar. Kkk, é uma mistura de audácia, com cara de pau e pura meteção de loco. O jogo tem seu diferencial? Claro que tem, está longe de ser uma cópia deslavada. Inclusive esse jogo 2 tem muito mais personalidade que o primeiro. Isso é o suficiente para ser um dos melhores games de todos os tempos? Não, mas de fato temos um bom jogo de videogame, com um mundo aberto interessante, com uma estética diferente e uma gameplay bem mais polida que muito jogo da Ubi. Nada também que o faça não ser super repetitivo e muitas vezes cansativo. O que também está longe de ser a pior parte, já que a pior parte é a história. Eu sou velho, minha gente, então não tem como comprar o barulho de um bando de jovens dinâmicos descolados revolucionários. Falando nisso, a lacrada veio forte aqui nesse game hein! Prevejo cancelamento vindo por aí, mas se preparem que não vou pegar leve e vou sem medo de ser sentenciado a 8 anos de cadeia.
Ficha Técnica
Publisher | Ubisoft (desde 2016 querendo dar aquela sinalizada de virtude para turma) |
Desenvolvedor(es) | Ubisoft Montreal |
Diretor | Jonathan Morin Patrick Plourde Danny Bélanger (resolvemos dar uma dividida no trampo) |
Produtor | Dominic Guay (claramente mais uma sinalização para a turma) |
Designer | Alexandre Pedneault (um cara que não tem muitas exigências) |
Artes | Mathieu Leduc (deve ter cursado uma faculdade) |
Músicas | Lucien Soulban |
Plataforma | Microsoft Windows PlayStation 4 Xbox One Stadia (KKKKKKKKKKKKKKKKKKK) |
Lançamento | PS4 e ONE – 15 de Novembro, 2016 PC – 29 de Novembro, 2016 Stadia (KKKKKK) – 9 de Dezembro, 2020 |
Resumão para não ficar perdido
Na piracanjuba do momento acompanhamos nosso mano Marcus Holloway, que é um hacker fodasso conhecido pelo nickname Retro. Ele é tão foda que consegue digitar 15 palavras por segundo, algo que todo mundo sabe que é o que define um bom hacker. Quanto mais rápido o cara digita, melhor ele é como programador, assim como na vida real. Não que isso facilite a vida dele, pois infelizmente o cara foi acusado injustamente por um crime que não cometeu pelo ctOS 2.0 da cidade de São Francisco, que sim, é uma evolução do sistema de Chicago. Com isso ele se junta a uma das células do grupo hacker DedSec e parte em uma missão para derrubar a Blume, que como comentei antes é quem criou o Grande Irmão desse mundo. No grupo vai contar com a ajuda de Wrench, um mano esquisito mascarado cheio de piadas nerds sem graça, Sitara, uma hacker psicologa grafiteira militante de Twitter, Josh, um engenheiro cheio das doenças da moda, Horatio, um cabra que mal tem desenvolvimento, e T-Bone, que volta do primeiro game por ser um puta personagem (sarcasmo). Essa turma junta expõe conspirações, destroi muito patrimônio privado, entra em tudo que é lugar numa facilidade descomunal, faz muitas críticas sociais fodas e enfrenta porcos capitalistas, como o arrogante chefão da Blume, Dusan Nemec.

Lorota
O prota garantiu uns pontos.
E lá vamos nós!! Modo cancelamento pronto, apontar e se jogar de cara. Pois é, odiei cada momento do enredo de Watch Dogs 2 e detestei quase todos os personagens apresentados aqui. O que poderia não ser tão problemático, se o game não focasse 100% no carisma dos personagens e deixasse o resto de lado. Meu Jeová, essa porra de game não tem uma missão que te deixe na ponta da cadeira e tudo parece uma grande palhaçada. Entendo perfeitamente a troca do tom sombrio do primeiro que era sisudo demais e até acho que esse tom combina mais. Só não precisava me tirar o peso de tudo. Além das coisas ficarem meio desconexas, a gente acaba não se importando nem um pouco com a turminha Woke do DedSec. Sim, já em 2016 tínhamos a famosa lacração comendo solta e só não tinha ninguém falando sobre. Eu sinceramente não me importo tanto se o game quiser me jogar na cara um monte de pauta social e discursos de esquerda. O que vai me importar é o como isso é feito e se não é só discurso vazio para pagar de virtuoso. Tipo, tem uma missão onde Marcus e Horatio vão até a empresa Nuddle (que é a google na cara dura), onde o segundo trabalha. Horatio então diz que só 3 negros trabalham no lugar e que ele é tratado mal por isso. Aí você encerra a missão, vai dar uma banda no local e está cheio de NPC negro andando de um lado para o outro. Porra! Podia pelo menos então manter essa lore aí o caralho!! Ah, mas você está exagerando, nem tem nada disso aí. Meus manos e minas, o vilão é um empresário tech de coque! Esse é o nível!! Existe um político corrupto filho da puta que não pode ser eleito chamado Thruss! THRuss!! THRUSS!!! É zero sutileza e uma guerra de classe a cada nova missão. Só não colocaram muita a pauta trans, pois ainda não estava no hype. Claro que tem uma personagem trans, mas não que ela seja relevante, só está lá para preencher o checklist. Todas essas paradas são importantes em certa medida, eu sei, mas não precisa entupir o meu rabo com elas todas de uma vez da forma mais porca possível. Comentei antes que detestei quase todos os personagens, e foi quase, pois curti bastante nosso mano Marcus. Ele às vezes é muito exagerado e passa do ponto, sim, mas no final conseguiu me ganhar no carisma. Além de não meter a banca de vigilante heroico que nem o Aiden. O mano é um bandido desenrolado que quer apenas ferrar com a empresa que ferrou com ele primeiro e eras isso. O que no final é um problema mesmo eu gostando, já que ele de fato não é um bandido e o próprio DedSec deveria ser um grupo pacifista. Você pode entrar em um local privado, transformar todos os seguranças trabalhadores em camiseta de saudade, desacordar todos os civis, explodir tudo, mas o DedSec é um grupo pacifico de hackers bem intencionados. É por uma boa causa, é para acabar com as grandes corporações capitalistas que estão nos sugando até a morte. ABAIXO O PATRÃO!!! Enfim, não comprei esse barulho revolucionário, assim como não compro o mesmo na vida real e espero ter ganhado pelo menos alguns mínimos pontos com a turma por ter curtido o protagonista negro.
NOTA: 0.2

Playada
Melhorou e melhorou para cima.
Podemos resumir a coisa como sendo o primeiro game com todas as mecânicas aprimoradas em 100x. E esse número não é um exagero, pois todas as mecânicas foram aprimoradas, refinadas e isso aqui me parece o supra sumo desse estilo de game. Ainda não dá para hacker tudo o que tem na tela, não, mas chega muito perto. Sério, agora dá para hackear carros, paleteiras, empilhadeiras, guindastes, elevadores e mais uma caralhada de coisas. Sem comentar que o mano Marcus vai ter dois mini veículos de auxílio para as infiltrações que são o jumper (um carrinho saltador) e um drone com quatro hélices. Sei que parece pouco só falando, mas esses carinhas permitem uma variedade tão mais ampla de gameplay que vocês não tem noção. Porra, dá para você invadir um prédio do governo, hackear tudo e não fazer nenhum tipo de estardalhaço. Ainda sim eu fui tocando o fodasse e matando o máximo de gente que dava, mas poxa, tem uma boa variedade em como você completa as missões. Eles até diminuíram a quantidade de armas que podem ser carregadas para 3, sendo que uma obrigatoriamente é o teaser que não é letal, mas na moral, nem dá para sentir falta com esses 2 carinhas no auxílio. Ainda mais que agora você pode usar gangues e até a polícia para fazer o seu trabalho sujo, só plantando informações falsas. Lembrando que Marcus é só um cara revoltado e não um bandido. Outra coisa que tiraram foi o foco, fazendo lesados como a minha pessoa errarem tudo que é tiro. Sorte que no lugar colocaram a famosa visão de águia que faz seu personagem ver entre as paredes. Posso não acertar os pipocos, mas pelo menos sei onde estou me metendo. Essa visão de águia, que na real se chama NetHack, também auxilia na descoberta de itens, como dinheiro e pontos de habilidade, espalhados no mapa. E lá vem mais uma hipocrisia desse cara aqui, já que está pouco. Porra, já reclamei de mundo aberto cheio de icones antes, mas prefiro muito ter os ícones do que ter que ficar descobrindo os mesmos. Porra irmão, sem tempo aqui, se é para me entupir de coisas, marca tudo aí de uma vez e dá uma facilitada no lado do pai. Outra coisa que podia ser facilitada era manter os mesmos botões do anterior, né mesmo? Porra o que subi nas coisas achando que ia correr não está no mapa. A sorte é que essa mecânica de escalada foi tão aprimorada que nosso mano faz parkour facilmente, se não tava no sal. Mais uma coisa que podia facilitar era já vir desligada a opção de online. Porra é muito merda ter que parar a missão que você está fazendo porque uma criança chinesa te invadiu para te humilhar como gamer. Isso aqui não é Souls né meu povo, vamos se ligar na proposta. Inclusive não fiz nenhuma missão online, já que sou um puta antissocial do caralho. Mas serinho mesmo a parada foi muito ampliada. Tem muito mais músicas para escutar e até um app tipo spotify que Marcus usa sem estar em um veículo, tem uma variedade exorbitante de peças de roupinhas para que curte uma skin, tem mais interiores algo que reclamei no primeiro, têm mais pontos de fast travel para facilitar a locomoção, tem modo foto para bater uma selfie e tem até doguinhos para fazer um carinho e se desestressar. Quando são dos inimigos eles também te atacam na jugular ou te entregam, mas nada que uma agressão não resolva. Eita, vou ser cancelado mais uma vez, logo agora que o pessoal já estava esquecendo. Puta, vamos focar aqui e falar do porque não dei nota máxima para a play. O primeiro ponto foi a quantidade de atividades da cidade, que se resumem a umas corridas contra o tempo bem bunda. Não que eu goste disso e até acho uma perda de tempo, mas para um mundo aberto o troço está bem chinfrim. O segundo ponto e o que mais me incomodou foi a visão tuberculosa dos inimigos. Cacetada, os caras te enxergam e acertam através das paredes meus amigos. É muito artificial e me parece levemente descalibrado essa mecânica de desconfiômetro. Os caras ainda são burros pra caceta, caem em tudo que é tipo de armadilha e tem memória de peixe, mas se tratando de visão, tem olhos biônicos. Isso que nem falei do Jumper que é descoberto no menor sinal de movimento. Nada disso estraga o game, nem nada do gênero, mas não o faz ser 100%. Sem falar que ele ainda é bem repetitivo e foca muito em missões de infiltração, quase não tendo missões de fuga/perseguição. No final é um puta game divertido em termos de gameplay e os NPC’s saem na mão com você se esbarrar neles na rua. O que se resolve com soco na costela ou ameaça de morte. Mas, ei, lembrem-se que Marcus não é um bandido.
NOTA: 2.2

Barulhama
Continua genérico, mas apela para grandes sucessos.
Novamente complicated avaliar um game que tem um spotify cheinho de músicas famosas para você, né mermo? Tanto que não vou levar em consideração esse quesito aqui e sim as músicas famosas que entram na trama. Já que essas sim são muito bem encaixadas e trazem um charme para esse monte de missão cu que esse jogo tem. San Francisco do Scott McKenzie que toca no final do game é para fazer toda a gameplay repetitiva ter valido a pena. Usar músicas consagradas para pegar o público no contrapé é uma safadeza enorme, eu sei, mas quem é Jaiminho Armas, novo dono da DC nos cinemas, se não isso. Quando bem encaixado, como aqui, fica um brinco, mal encaixado, como em Thor Amor e Trovão, fica só feio. Só não meti uma nota maior, pois em suma o resto da trilha continua sendo o genérico do genérico de tema tecnológico e não lembro de uma só música. Pelo menos não temos mais aquele problema de dublagem que comentei no 1. O real problema, é que a dublagem muitas vezes não encaixa na cena. As vozes até combinam, mas o ator está falando em tom sério algo que não é, ou brabo quando a parada está em tom casual. Sem comentar que cada um dos personagens fala ctOs de um jeito, ficando feião.
NOTA: 1.7

Batom no Porco
Enfim, mais uma hipocrisia.
Vamos de mais uma hipocrisia ou não? Ah, vamos, o que é um ser humano, se não um poço de hipocrisias. Poxa, essa cidade de São Francisco é uma das coisas mais lindas que eu já vi recriada em um game. Sei que é injusto comparar com uma cidade cinza como é Chicago, mas vai tomar no cu, tudo aqui tem vida e isso é direção de arte. Existe um app tipo Instagram no game que te leva para vários pontos turísticos e característicos da cidade que demonstram o poder de uma boa direção de arte. Não peguei a maioria das referências culturais, mas não me cansei em ficar vagando pelo mundo super colorido e vibrante. Não sou muito fã desse estilo grafite para ser sincero e tomar mais um cancelamento para fechar o combo, mas confesso que parece combinar bem com a proposta geral de WD 2. Sem falar que o design do celular, que agora até tem apps para baixar, é muito mais foda que o do primeiro. Além de nosso mano Marcus também usar o PC para alguns hacks, algo que tende a deixar mais crível as paradas. Ainda é dureza ver um cara com um i5 roubando a Nasa, mas pelo menos dá para relevar mais do que com um iPhone 6. Outro ponto que achei super interessante foi mudar o XP para ser quantidade de seguidores ganhos para o DeadSec pelo Marcus. É uma palhaçada que não muda nada e não afeta nada? Sim, mas estou tentando achar mais pontos para a hipocrisia não ser só uma puta hipocrisia. Acho que falhei miseravelmente, mas pelo menos tentei.
NOTA: 2.0

Fator Nostalgia
Primeira vez por aqui.
Diferente do mano mais velho, essa foi a primeira vez que tive um encontro com os Cães de Vigia 2. Vi um gameplay aqui e outro ali quando saiu, mas nada que pudesse influenciar na nota neste quesito. Pode ser que se eu tivesse jogado antes não tivesse pegado tanto no pé da história, mas enfim, se meu pai analfabeto não tivesse deflorado minha interiorana mãe eu não estaria aqui escrevendo esse monte de absurdos.
NOTA: 0.0
Por que perder tempo com essa bosta?
Porque é um bom game de mundo aberto estilo GTA. Não que consiga bater de frente ou coisa do tipo, mas é sim uma boa opção, ainda mais se você é um cracudo que faz 9 horas de live com 2 minutos de trailer. Ele tem uma gameplay fluida, satisfatória, divertida e que tem um bom fator recompensa. Ainda é bem repetitivo como a maioria dos games mundão de nós todos, mas acho que consegue dar uma boa amenizada na maioria das vezes. Se você não se importa com uma lacradinha aqui e ali, ou até acha que isso é uma besteira inventada pela extrema direita que vem ganhando muito espaço de forma preocupante no mundo, não existe algo que não te faça gostar desse carinha aqui.
Por que não perder tempo com essa bosta?
Primeiro se você acha que a cultura Woke está acabando com a nossa cultura coagindo nossa burríssima juventude e segundo se é um programador. Sim, mais uma vez se você é um programador. Comentei que agora pelo menos os manos usam um notebook nas missões, mas isso está longe de não ser um desrespeito a classe que faço parte atualmente. Os manos hackeiam o Google usando quebra-cabeças de direcionar água por canos, se fuder!! Abriu um terminal e já está acessando todos os usuários do Facebook. Mexeu em um Powershell e está controlando todos os robôs da Boston Dynamics. A coisa é feia de se ver e não há um programador que se preze que fica horas e horas conversando com o GTP que não se ofenda. Uma completa falta de noção!! Repúdio!!!
DLC’s:
Watch Dogs 2 tem várias DLC’s que não passam de missões extras em cima do jogo base. Eu joguei 4 delas, Autômato, O Golpe de Moscou, Progresso Cáustico e Remédios Demais, e são tão fodasse que mal vale comentar. A quarta da lista até trás meu personagem favorito do primeiro jogo, Jordi, mas ainda sim não acho que vale a pena gastar palavras digitais. Só joguei, ganhei o XP (seguidores) e confesso que não prestei atenção em qual era a lacrada da vez. Não trazem nada de novo para a play e se tem algo de novo são roupas, armas e veículos, eu acredito.
Avaliação da Playada
Tempo de Jogo | 42:30:00 (aproximado, pelo mesmo problema do anterior, que raiva) |
Save State | 0 |
Detonado | 2 (sim, uns puzzles me pegaram de surpresa) |
Trapaças | 0 |
Game Over | 41 (dei uma boa melhorada, mas ainda sim sou lesado demais no stealth) |
Zeramento | sim |
100% | não lista: Zerar no Difícil (se já me lasco no normal, imagina aqui) Zerar no Realista (passo longe, longe) DriverR (é um tipo de Uber, fiz 3 e me internem o dia que perder tempo com algo assim) Todos os Carros (Faltou 8 e grana para comprá-los) Todas as Roupas (é coisa para caralho, não compensa) Todas Músicas (não sei quantas perdi, só sei que não peguei todas) Skills (faltou 2 e fiquei na preguiça) Online (não fiz nada, que tenho vida) |
Resultado | ![]() |
Avaliação do Querido
Lorota | 0.2 |
Playada | 2.2 |
Barulhama | 1.7 |
Batom no Porco | 2.0 |
Fator Nostalgia | 0.0 |
Total | 6.1 |
Dificuldade | ainda mais tranquilo que o anterior, ainda mais que o arsenal aumentou |
Resultado | ![]() |
Conclusão | um game com uma boa direção de arte e gameplay foda, mas com história dor nos ovos |