
Mass Effect 3
Mass Effect 3 é o fechamento da trilogia de games espaciais da Bioware. Sim, ainda existe mais um game lançado para a franquia e até pode ser que venham mais coisas no futuro, mas o que quero dizer é que estes três primeiros são de fato uma história fechadinha. Que podemos dizer que é o arco das tretas do nosso mano Shepard salvando o rabo da galáxia. E fecha com chave de ouro ou com chave de bosta? Bem, podemos dizer que fecha com chave de latão mal cheiroso. Em termos de gameplay temos aquele shooter mais shooter que nunca, já que mandaram o RPG para a puta que o pariu, que é maneiro, mas nada excelente. Já em termos de trama a coisa fica um pouco mais tensa, já que ela até tem um desenrolar interessante, mas peca no desfecho. É o sinônimo completo da piadinha merda usada à exaustão na internet “O Mass Effect na verdade são os amigos que fizemos no pelo caminho”. Como odeio esse porra de frase!! Fala que o que importa é a jornada e não o final, caralho!! Quando as primeiras 10 pessoas usaram essa frase até era legal, agora é só chato. Parem agora, já, ou juro que vou levantar uma hashtag contra no X. E todo mundo sabe como tenho poderes nessa rede para que todos sofram as piores consequências (ironia).
Ficha Técnica
Publisher | Microsoft Game Studios Electronic Arts (Para que mexer em time que até então estava ganhando, né? |
Desenvolvedor(es) | BioWare (que por agora está curtindo muito um personagem não binário) |
Diretor | Casey Hudson (hum, veio bem, mas derrapou no final) |
Produtor | Jesse Houston (we have a problem) |
Designer | Preston Watamaniuk (tentem falar esse sobrenome rápido) |
Artes | Derek Watts (um cara chocante) |
Músicas | Sascha Dikiciyan Sam Hulick Christopher Lennertz Clint Mansell Cris Velasco (toda essa gente para reaproveitar samples) |
Plataforma | Microsoft Windows Xbox 360 PlayStation 3 Wii U (nem existiu) |
Lançamento | Xbox, Windows, PS3 (AN) – 6 de Março, 2012 Xbox, Windows, PS3 (AU) – 8 de Março, 2012 Xbox, Windows, PS3 (EU) – 9 de Março, 2012 Wii U (AN) – 18 de Novembro, 2012 Wii U (EU) – 30 de Novembro, 2012 obs.: AU é Austrália |
Resumão para não ficar perdido
A vagabundagem da vez começa já frenética. Nosso mano Shepard (ou mina) largou mão da Cerberus e está na terra com a aliança terrestre quando acontece a invasão do nosso planeta home pelos reais vilões da nossa saga, os Reapers, que são IA’s super avançadas que transformam civilizações inteiras em escravos. É, guardei esse spoiler nos outros jogos, mas aqui não vai ter jeito. Tive que falar quem são os reais vilões, pois logo de cara acontece essa baixaria de invasão. Invasão essa que faz a terra ir para os caralhos e nosso mano Shep ter que sair vazado a procura de ajuda com o conselho da Citadel. Coisa que obviamente não rola logo de cara, mesmo o mano tendo voltado a ser um Spectre. Parece meio filha da putagem os aliens não ajudarem a nossa gente, mas na real a invasão não rolou apenas na terra e sim na galáxia inteira. Sim, os Reapers demoram 3 jogos para virem, ficam só no ameaço, mas quando vem, vem de pau duraço e cheio de veias. O que faz nosso mano comandante Shepard pegar sua nave Normandy, que é a 2, já que a 1 foi para o caralho no começo do segundo jogo, e ir resolvendo tretas na galáxia e reunindo a maior quantidade de soldados que ele consegue. E é a maior quantidade mesmo, que se você conseguir segurar uma arma, o mano vai te levar para o front de batalha. É óbvio, nem precisava dizer, que ele não vai segurar essa bronca sozinho, e vai contar com a ajuda de James Vega, um soldado chicano bombado e com problemas de ereção, Liara T’Soni, a já manjada Asari estudiosa, Kaidan Alenko, porque eu matei a racista da Ashley Williams, Garrus Vakarian, o Turian metedor de pipoco no coco e grande treteiro, Tali’Zorah, a Quarian namorada de Shepard (pelo menos no meu caso que fico instigado com máscaras), EDI, IA da Normandy que meteu um gostosíssimo corpo e namora o piloto Joker, seja lá como role isso, e Javik, um Protean ressuscitado e que deveria ser evitado por ser escravocrata. Também não preciso dizer que esse ajuntamento de tropas não é um passeio no parque, já que no meio do boloro nossa turma vai ter que construir uma arma deixada pelos Proteans, tentar defender alguns planetas dos GPT’s genocidas e ainda trocar muitos e muitos tiros com a Cerberus, que está com seu líder Illusive Man louco para meter uma nojeirada controlando os Reapers.

Lorota
Fica um gosto meio ruim na boca.
Acho que já dei um bom spoiler do que achei da trama antes, né mesmo? Lembro de muita gente reclamando do final desse game logo depois do lançamento e hoje consigo entender o porquê. De fato, o desfecho da coisa é muito brochante e até meio sem sentido. Você espera 3 jogos para descobrir a real motivação dos Reapers, para no final perceber que a coisa não encaixa muito sabe? Não é que a motivação não faça sentido ou seja ruim, mas ela parece bem pequena levando em conta as tretas que você resolve durante a trilogia. Poxa, existe esse problema proposto? Existe, mas ele é facilmente solucionado durante o próprio Mass Effect 3, então é difícil engolir que o grande problema da galáxia e que move os vilões seja ele. Não quero dar spoiler, mas quando vocês jogarem vão entender o que digo. O ponto mais forte dos games da Bioware como um todo é como a trama é afetada pelas escolhas que o jogador faz. E em ME 3 não é diferente, esse segue sendo o ponto forte do jogo. Ainda mais que ele é o desfecho da trilogia. Você vai ver as decisões de 2 games sendo reverberadas aqui, no mais claro “as coisas que fazemos ecoando pela eternidade”. Se você salvou a rainha inseto no 1, aqui ela vai te ajudar, se você ignorou aquele NPC que te pediu ajuda no 2, ele vai mandar você a merda, se você chutou uma velha, o filho dela vai querer ver os Reapers comerem a sua bunda e assim vai. Isso é muito foda, na moral, só para te deixar de pau mole quando descobre que o final acontece da mesma forma sempre e as 3 opções de escolhas que te dão mudam no máximo a cor de um raio laser. Sou o maior defensor das histórias se manterem em uma caixinha, mas aqui que a proposta não é essa, me parece meio paia não termos de fato um desfecho que fizesse por exemplo você poder escravizar todo mundo. Sério meus manos, fiquei triste e pensativo quando terminei esse cara aqui. Aquele sentimento de decepção foda mesmo. Parece que assisti a última temporada de Game of Thrones e Lost na sequência. Pura dor e sofrimento. Só não fiquei mais triste, pois me lembrei da interação que rola entre os personagens da party que é a melhor que vi em muitos games com controle de grupo. Caras, aqui é um dos poucos games que a turma parece mesmo ter algum tipo de vida. Eles ficam zanzando de um lado para o outro na Normandy, trocam papo entre eles, tem discussões, tem momentos de descontração e até romance. Sem falar que no meio das tretas rolam altos papos entre o grupo que você acaba se apegando a todos de uma maneira especial. É um trabalho de construção incrível o que foi feito aqui, que não se estende só para party e sim até para outros membros ex-companheiros dos outros jogos. Tem redenção, tem sacrifício, tem cenas épicas de fodelança e tem um sentimento real de amizade rolando que convence 100%. Vou deixar claro aqui que o Wrex é o melhor personagem disparado e quem pensa diferente está errado. O que ri com esse maluco não está escrito. Tem uma missão DLC que esse bicho além de destruir tudo que passa na frente, ainda mete cada tirada digna de um comediante. Inclusive, já que falei sobre DLC’s, quero ressaltar essa que se passa no AP novo do Shepard, que digasse de passagem é quase uma mansão do Gusttavo Lima. Não falei sobre nenhuma DLC até então, pois elas são missões meio meia boca, mas essa, puts que coisa FODA!!!! Além dela dar ainda mais interação para a party e ser super engraçada, tem uma parte onde todos os personagens entram junto na porradaria. Rendendo a frase memorável do Wrex: “Adoro andar com vocês caras! Para que resolver com um tiro, se podemos resolver com 100”. Manos, recomendo demais, até me vez esquecer aqui do quão broxa é essa trama.
NOTA: 1.8

Playada
RPG foi para o caralho de vez.
É caras, aqui não dá para dizer que temos um WRPG com Shooter, pois largaram a mão do WRPG e focaram no tiroteio completamente. Ao ponto de ter momentos de troca de tiro com 10 inimigos que vem para cima e te dão hit kill. Mais uma vez, não que isso seja ruim, nem nada. Eu queria que ele fosse de fato um RPGzão raiz, mas entendo se tornar mais action, ainda mais que esse combate é o melhor e mais refinado da trilogia. Existe toda uma movimentação entre proteções que é foda, o nosso mano Shepard pode dar ataque fisico pesado, pode fazer rolamento, existem granadas, existem mais teclas de atalho para comandar os 2 aliados e mais um monte de pirocopteros que ajudam na porradaria. Tendo mais coisas rola aquele lance de você querer trocar de proteção e o cara rolar para o meio dos inimigos ficando desprotegido? Sim, acontece, mas nada que a gente nunca tenha visto antes e que mate a jogabilidade. Claro que não removeram todos os elementos de RPG, pois a turma ainda passa de nível e podem aumentar seus poderes em uma árvore de skills, que agora inclusive é maior e com decisões, só não é aquele controle de excel que a gente ama. É meio que simplificado. Pois é, está aí, simplificado é um bom adjetivo para algumas mecânicas de ME 3. Por exemplo, removeram o hackeamento (de pé igreja) e só rola uma cena, os upgrades das armas são comprados, os upgrades dos acessórios também são comprados ou achados, os upgrades da Normandy foram removidos para dar lugar a upgrades da equipe encontrados na exploração, que também foi bem simplificada não tendo toda aquela coleta de minérios, ou seja, muita coisa foi simplificada, afinal sem tempo irmão, tem uma guerra rolando e a galáxia está indo de base. Exclusive, já que falei na exploração, deixa eu já mandar a merda quem implementou a mecânica de perseguição dos Reapers, pois ele é um filho de uma cadela. É gente, existe uma mecânica que é a seguinte: se você entrar em um sistema que está sob ataque dos Gemini com esteroides e escanear muito, eles vêm atrás de você e te perseguem, aí se você se deixar capturar é game-over. Sério, não estou zoando, sei que parece uma merda essa mecânica, mas ela existe mesmo, eu não conseguiria inventar algo tão merda, juro. A mecânica faz sentido com a trama, afinal a parada está sendo invadida e todo o cuidado é pouco, mas eu quero que se foda o realismo, realismo é meu ovo, ou melhor, my egg!! Coisa chata do caralho essa merda, preferia que não fosse possível fazer exploração ou tivesse que ter luta antes. E já que é para esculachar vou mais a fundo, pois cansei dessa malandragem que os inimigos têm de ler os seus movimentos. É desde o primeiro game que estou notando essa safadeza de o inimigo que está na mira trocar de posição como se tivesse o sentido aranha. Tomar no cu, né gente, não precisa disso aí, eu já sou ruim por natureza. Sem falar que as quests desse jogo estão com feedback que nem a bunda de quem vez. Antes tinha todo um andamento mesmo das secundárias, agora é pega algo em algum lugar e entrega para alguém em um outro e eras isso. Que preguiça que rolou nisso aí, parece até eu quando tenho que fazer documentação técnica de sistemas. Sim, nada disso estraga o gameplay, que de fato, assim como muitos outros jogos da Bioware é meio sem variação e repetitivo, mas queria dar uma reclamada para render o bloco. Para amenizar queria elogiar o sistema de coleta de poderio militar, que faz total sentido com a trama, e a variedade de armas que mudam a play, mesmo eu tendo usado as mesmas duas armas durante todo o jogo por puro comodismo. E são duas, pois esse game implementa um sistema de peso, onde seu mano pode levar um arsenal se quiser, mas vai ficar pesado e deixar mais lento a recarga de escudos e poderes, algo que não é bom acontecer.
NOTA: 2.3

Barulhama
Já pode encaminhar os documentos de genérico para a ANVISA.
Não vou perder muito tempo aqui, tá ligado! A parada segue sendo genérica para caceta e não me pega. É mais do mesmo que os outros e nem consegui sentir nenhuma diferença nesse quesito. O agravante é que esse cara aqui deveria ser muito mais épico e passar um senso de grandiosidade e urgência maior, algo que ao meu ver não consegue. Em geral acho as trilhas e efeitos sonoros da trilogia bem pouco memoráveis e até monótonas. Fico mais empolgado metendo tiro e explodindo cabeças do que de fato com as músicas.
NOTA: 1.0

Batom no Porco
Pegando pesado na cara dura.
Já comentei nos outros games que não sou fã desse estilo mais realista aqui e sigo firme nas minhas convicções. Acho tudo meio brochante em termos de estilo artístico e tirando as grandiosas batalhas que rolam nas cutscenes, não consigo ficar de queixo caído e pau duro por nada. Tudo meio blasé e no máximo legalzinho. Armas, armaduras e itens são no máximo do máximo funcionais e não épicos. Dá para tirar o chapéu pelo mundo parecer um futuro distante crível, mas não é algo que eu goste em geral. Não temos aquela repetição em termos de design de levels que é característico, mas é tudo tão igual em termos de cores que ou você está em ruínas ou trechos acidentados ou em alguma base estelar cheia de elementos militares. Para mim, estilo artístico não é definitivamente o forte da trilogia.
NOTA: 1.7

Fator Nostalgia
Confesso que tivemos um lance maior que os demais.
Bem, acho que comentei que esse game foi o que me fez comprar um Xbox 360 na época de seu lançamento antes né? Imagino que sim, se não está aí pela primeira vez, que estou com preguiça de confirmar. Pensando hoje não sei o que me chamou a atenção para esse carinha. Ele é um bom game de ação, tem uma construção de mundo fantástica, uma trama com personagens carismáticos e um final merda, ou seja, nada que brilhe os olhos de ninguém. Se pudesse voltar no tempo, primeiro diria para meu eu do passado investir em Bitcoins e depois perguntaria qual era a pira de comprar um novo videogame só para jogar um RPG cheio de texto sendo que mal sabia o to be? Hoje faria mais sentido tentar conhecer a saga para mim meus amigos, até porque mal aproveitei o que ele tem de bom quando zerei pela primeira vez. Explicado agora porque não estou sentando o dedo na nostalgia desses games ou precisam de mais?
NOTA: -0.3
Por que perder tempo com essa bosta?
Só existe uma resposta certa aqui como no jogo anterior da série: Porque você quer ver o desfecho da aventura de nosso mano Shepard. Que a bem da verdade não é lá um grande personagem e depende muito do que você decide. Na real você está muito mais afim de ver o que vai rolar com esse mundo louco e cheio de alienígenas mutreteiros. Ele é sim um bom jogo de tiro em terceira pessoa e segue tendo uma jornada massa, mas o principal motivador é completar a trama construída até então. Não vejo ninguém pegando esse game para começar a franquia. O 2 até consigo, agora esse não. Se pegar vai ser uma puta cagada, pois vai perder todo o envolvimento com os personagens e não vai sentir nenhum dos vários sacrifícios que rolam ao longo da grande guerra.
Por que não perder tempo com essa bosta?
Meio que já deixei claro em cima, mas não vale a pena perder tempo com esse jogo se você não jogou o 1 e o 2. Sinceramente, se você chegou até o game 3 é porque curtiu o falatório do game e está de boas com os combates de trocassada de chumbo futurísticos.
Avaliação da Playada
Tempo de Jogo | 40:38:00 |
Save State | 0 |
Detonado | 0 |
Trapaças | 0 |
Game Over | 16 (quase todos na mesma quest que fiquei sem saber o que fazer e era sempre pimba) |
Zeramento | sim |
100% | não lista: Zerar no Veterano (vou deixar mais para quando fizer 60 anos) Zerar no Insanidade (vou deixar mais para quando o Alzheimer bater) Renegade (sigo sendo bom moço e não querendo zerar 2 vezes) Upgrade de Armas (nem tem grana para isso) Todos as Armas e Armaduras (dólar 6 pilas manos) Todas as Quests (deixei passar umas várias) Todos os Finais (vi no Youtube para me decepcionar menos) |
Resultado | ![]() |
Avaliação do Querido
Lorota | 1.8 |
Playada | 2.3 |
Barulhama | 1.0 |
Batom no Porco | 1.7 |
Fator Nostalgia | -0.3 |
Total | 6.5 |
Dificuldade | Aqui deram uma puta apelada mais para o final, mas com a graça de Deus vai |
Resultado | ![]() |
Conclusão | Um bom jogo, mas que deixa uma sensação ruim por causa do final meia bomba |