Wild Arms 4

Wild Arms 4 é… um jogo da saga empoeirada de JRPG’s do playstation que tem a brilhantíssima ideia de fazer alterações drásticas na gameplay e world building da saga. Como isso pode dar errado não é mesmo? A maioria dos games que fizeram isso em uma franquia se deram bem! Salve para BoF Dragon Quarter!

Para ser sincero, mesmo falando essa máxima muito repetida na indústria vital do entretenimento jogabilístico. Eu não achei de todo ruim as mudanças e até curti muitas das coisas novas que esse cabra aqui trouxe.

Calma rapaziada, não precisam ficar exaltados com isso! Não precisa avisar ao Carecones que estou fazendo piadas ofensivas aqui para ele me prender. Também teve um monte de coisas que não curti e que vou reclamar! Só estou dizendo que esperava uma trolha muito maior e mais grossa. Essa trolha aqui até dá para sentar de boas.

Antes de começar a sabatina é bom lembrar que esse RPG segue sendo desenvolvido pela famosíssima empresa Media Vision. E foi lançado entre 2005 e 2006 pelo mundão a fora com diversas publishers. Até o momento está exclusivo para PS2, até porque conheço pouca gente que o encarou e deve ter feito menos sucesso que os jogos anteriores.

Obviamente que daqui a dois dias pode ser que entre na PSN, pois parece que a Sony aguarda meus posts saírem para me trollar. É a mesma coisa que Deus faz quando esquecemos o guarda-chuva e chove, mas quando levamos não.

Obviamente que esse papo acima é puramente otimismo do escritor aqui, pois se mal e mal meus amigos leem os posts, o que dirá a Sony. É que às vezes tenho uns sonhos de grandeza que vão além do senso do ridículo. Mesma coisa de quem anda de crocs e acha que vai convencer alguém que é plausível usá-lo em público por ser confortável.

WA 4 segue sendo um JRPG de turno cheio de coisas de anime, mas ele passa bem perto de ser considerado um joguinho tático. Digo isso, pois o sistema de batalha mudou para caralho. Agora temos um tipo de hexágono onde você deve movimentar seus personagens durante a treta. É um negócio super esquisito, mas realmente dá um ar de estratégia nas batalhas e que eu gostei. Reclamei tanto disso nos outros, que me agradou. Poderia ser super maçante a batalha assim, mas no final ficou bem dinâmico. Acho que isso se deve ao mapa de batalha ter poucos lados.

Não que tudo são flores nesse sentido, pois temos um fator sorte gigante que atrapalha a estratégia. Isso porque quando inicia uma batalha, os personagens são jogados no “tabuleiro” de forma random. Como eu odeio Random()! Vou criar um grupo extremista anti-random e acabar com essa função!

Sendo random o posicionamento, às vezes seus personagens vão cair em ultra desvantagem. Ou cercados de inimigos ou em blocos (chamados HEX) que não tenham o elemento que os favoreça.

Se você olhar a imagem acima, vai ver que alguns HEX são de cor diferente, o que indica qual elemento ele tem. Ataques mágicos usam essa mecânica para determinar o tipo de dano gerado. Aí um personagem em um HEX verde, vai lançar dano mágico de vento. O que ocorre muito é o personagem ficar em um HEX verde e todos os inimigos serem imunes a esse tipo de dano, ou ainda pior, causarem mais dano nesse tipo de terreno. Chatão isso aí, você não tem nenhuma escolha nisso, tipo ter nascido no Brasil!

Quando também não acontece de todos os personagens iniciarem em um mesmo HEX e tomar o mesmo dano de largada. Porque sim, na maioria dos ataques o dano em área é gerado quando os personagens compartilham um mesmo HEX. Tem exceções, mas no mais é isso. Nem preciso dizer que um heroi não pode estar em uma mesmo HEX de um inimigo né seu burro!

Outra coisa que mudou foi o sistema de diálogo, que agora é feito 100% com portraits (sabe, aquelas imagens estáticas dos personagens?). Eu ouvi em algum lugar, mas não averiguei a veracidade da informação, pois sou a favor de espalhar Fake News, que esse jogo foi feito na pressa e que esse é o motivo de não termos ceninhas durante os diálogos como no 3 e no ACF. E eu espero que seja isso mesmo, pois que sistema lazarento. Além de ser tosco, pois os personagens estão quase sempre com a mesma expressão, quando existe algum movimento o PNG safado apenas balança para os lados ou para cima. Além de demorar uns 30 segundos para abrir cada conversa com NPC. Nojento!

Nosso menino Jude (o protagonista), está sempre triste, com raiva ou sorrindo. 0 expressão. Ahh, e melhor dizer enquanto é tempo, que é brincadeira que sou a favor de Fake News! É só o personagem, eu de verdade não sou não! Não precisa me denunciar para o Xandi gente!

Outra coisa que mudou foi o mapa mundo. Que aqui simplesmente sumiu, foi de banda! Quer dizer, ainda existe um mapa mundo, mas ele não tem gameplay de exploração, é um point and click com em BoF 4. Eu sinceramente não desgosto disso, mas que esse mundinho é bem capado é! Parece que tem umas 20 áreas só. Pode ser o lance da pressa que falei antes.

Tocando em exploração, não posso deixar de dizer que esse bicho aqui é ultra, master, blaster, linear. Caraio! É quase só corredores essa porra. Tem vários momentos que inclusive temos a câmera em 2D para apenas seguirmos para a direita ou esquerda. Olha, nem sendo o Zoro do One Piece pro cara se perder aqui.

Isso também se dá devido a um sistema maldito de plataforma que foi implementado nessa porra. Sim, você não leu errado não. Wild Arms 4 tem elementos de plataforma! Inclusive tem um minigame que é só isso, como se fosse Mario! Mas olha, tem que dar um pau no fulano que achou interessante essa ideia! Vou colocar plataforma em um JRPG, kkk! Que isso. Se não bastasse, o botão de pular é o triângulo! O TRIÂNGULO! O FUCKING TRIÂNGULO! Que coloca o botão de pulo no triângulo! Que gente sem noção!

Para vocês terem uma noção de como a exploração desse game é ruim, você nem pode entrar nas casas das cidades. Que heresia é essa de você não poder roubar os pacatos NPC’s? Vai dizer que faltou tempo para isso também? Estou começando a ficar puto, vou mudar de assunto antes que me ataque as hemorroidas de novo. Em ACF já tive que gastar muita grana com pomada, melhor dar uma maneirada.

Uma coisa que mudou em relação aos últimos é o sistema de pular lutas. Não temos mais aquele lance de contador. O que para mim é bom, pois a taxa de lutas aqui é muito menor. Mesmo na dungeon final não é grande! Graças ao senhor Jesus! Não aguentava mais passar raiva com isso! Ah, e além disso temos a opção de desativar as lutas nas dungeons depois de fazer um puzzle ou luta que purifica o save point (que por sinal também está de volta). Nossa, a igreja dá graças de pé, irmão!!

Para continuar com coisas mais lights e não me estressar, é bom comentar sobre o sistema chamado GC Graph. Que nada mais é que um substituto eficiente aos PS dos demais jogos. Esse sistema sempre serviu para dar vantagens aos manos usando a distribuição de pontos ganhos ao passar niveis. Aqui por outro lado, os personagens já tem essas vantagens intrínsecas e bem distribuídas levando em consideração a suas características. O que muda é que você pode usar os pontos para usar as vantagens e habilidades antes, já que as mesmas são destravadas na progressão de níveis.

O sistema é tão legal, que você pode escolher não usar os pontos para acelerar o uso das paradas e aumentar HP e MP (que também está de volta). Isso faz com que se você chegar ao nível 100 (sim, essa heresia segue aqui) os pontos não sejam desperdiçados. Claro, isso também acontece quando o personagem chega ao nível que ele ganha a vantagem de forma natural.

Para ser sincero, isso dá uma quebrada no jogo. Se você for um doente como eu e ir até o 100, seus personagens vão ser máquinas de moer monstro. Puta merda, eu matei o boss final em um turno e ele nem atacou. Sim, eu sou desses, adoro humilhar os chefes! Ah! Isso é fruto de todo o meu desperdício de tempo e vida fazendo farm, parem de me julgar!

Temos também umas coisas diferentes em relação ao sistema de batalha que quero comentar rapidão. Primeira: ainda existe o sistema de Force, mas está bem subutilizado, cada mano tem só uma habilidade. Segunda: mesmo cada mano tendo apenas uma habilidade Force, existe a possibilidade de ataques combinados entre os caras, que é sempre bem vindo (lembra Chrono Trigger, o best of the best). Terceira: os inimigos tem barra de life e isso é lindo, ficar no escuro em lutas não é legal não. Quarta e última: existe uma timeline de ação que é chuchu beleza, estamos 100% as claras nas lutas nesse mano.

Outra coisa interessante em relação às batalhas, é que a nossa equipe sempre restaura o HP a cada treta. Não temos fadiga entre as lutas, sempre começamos com o HP no talo. Isso só não rola com o MP, uma pena. Não que isso facilite muito as coisas, pois os inimigos constantemente matam seus personagens causando dano alto para caceta! Em geral esse game usa o padrão de numeração bem alto, o que eu não curto muito. Não que também seja um jogo difícil, mas é bem diferente do usual.

WA 4 também é o primeiro da saga que tem dublagem. Não que isso seja muita coisa, pois pelo menos na versão americana pegaram os caras que estavam passando na rua e pagaram uma coca zero em um pastel sem graça de queijo. Caralho, que má vontade dessa gente! Lembrando que nessa época não tínhamos a opção de escolher áudio! É, nem tudo de antigamente é bom, tipo só poder telefonar em orelhão, assistir filme só de locadora e fazer pesquisa na Barsa cheia de traça da sua avó. Épocas mais simples eu diria!

Temos a volta do uso de equipamentos, como era no 1 e 2. Não que isso acrescente algo em gameplay, pois no mais é sempre usar os mais fortes que aparecem. O que muda mesmo são os acessórios chamados de Distintivos. Eles inclusive são colecionáveis no jogo e que não tive saco para completar. Em relação a equipamentos, também temos uma lojinha sintetizadora que pode gerar raros. Eu acabei não usando ela, pois tem que farmar os materiais até o cu fazer bico! Aí, também não sou tão trouxa assim.

Tinha deixado o esquema de lado, mas não posso fugir da pior parte do gameplay, a exploração. Já falei que não tem quase nenhuma exploração, que tem plataforma e não temos mapa mundi. Mas a pior coisa que mudou disparado foi o uso dos tools. Eles eram meio que uma marca registrada do troço e aqui virou qualquer porra.

Já começa ruim, pois só podemos controlar Jude nas andanças, o personagem principal. Não temos como usar os outros. Ele em si não tem nenhuma tool, mas vai poder pegar algumas nas dungeons e depois descartá-las. Até porque esse retardado não sabe pular e segurar algo nas mão. Normalmente nós homens não temos essa santa habilidade de fazer duas coisas ao mesmo tempo, mas esse guri passou dos limites. É zero coordenação motora! Baita retarda!

Ele até tem um sistema que desacelera o tempo chamado ACG (ou accelerator, já muito visto de outras formas nos jogos anteriores) e que dá uma facilitada nas partes de plataforma, mas isso não redime o rapaz dessa incongruência neurológica extrema.

Entrando na parte de gráficos, ele é bom e só. Não é aquele maravilhoso cel shading que deixa Otaku de pau duro, mas dá para o gasto. Pelo menos não é tão esquisito quando o ACF. O que pega mesmo é a estética, pois obviamente resolveram tirar o clima velho-oeste. Sim, eles mudaram a estética velho-oeste, de uma saga consagrada por usar estética VELHO-OESTE!!!!!!!!

Cacetada manos, era a unica coisa que não era para mexer! A marca registrada da parada! Se contarmos o remake do 1, estamos no quinto jogo da saga. Não era para mudar isso não. Temos sempre berries para cura, sempre temos um personagem chamado Tony, vampiros chamados Lordes Carmesim, um chefe chamado Trask, um golem chamado Asgard que tem um escudo poderoso (que aqui é uma mina, mas ok), um chefe apelão que mata party toda com um golpe chamado Ragu O Ragula e mais uma cacetada de elementos que podiam ser alterados. Mas o que os caras escolheram mexer? O estilo! É para colocar as duas mãos em um moedor de carne e ser servido na boca pelo resto da vida!

Só faltava eles mexerem no nome do planeta né? Mas fiquem tranquilos que mais uma vez estamos em Filgaia e ela está totalmente fudida…

Pois é, isso permanece na mesma. O pessoal tem que dar uma olhada nesse lance. Não pode ser que esse planeta esteja sempre com treta. Acho que algo deve ser feito. Quem sabe a gente cria uma lei, onde não pode mais ninguém falar que Filgaia está a beira da destruição? Acho que pode dar certo.

Aproveitando, vamos falar um pouco da história. Eu achei ela interessante no final das contas e me importei com os personagens. O problema real é a forma que contaram essa parada, pois eles realmente contaram a parada! Como disse antes, os diálogos e cenas são todas com imagens estáticas (os portraits) , então quase não temos coisas acontecendo de fato. A história é quase 100% contada e não mostrada. Temos uma máxima no audiovisual, que é o “Mostra não conta” e aqui é conta e só conta mesmo. Muito da história é contada em diálogos longuíssimos entre dois personagens. Bem desinteressante mesmo!

spoilers


A treta em si começa com nosso amigo Jude Maverick em sua pacata vila chamada Ciel. Jude é um jovem garoto vagabundo pra caceta, mas de bom coração no final das contas. Ele está vadiando como normalmente faz, até que acaba se envolvendo em uma treta sinistra. Uns soldados invadem a vila dele para tomar alguma coisa dos moradores. Só pode ser maconha, já que na vila não tem nada de bom.

Nessa treta inicial, Jude descobre que tem o poder de controlar as famosas ARM’s, os balaços da série. Ele também conhece Arnaud Vasquez, um jovem aventureiro metido a sabe tudo, cagão até dizer chega. E Yulie Ahtreide, uma garotinha fofíssima que consegue controlar o poder dos ARM’s em outras pessoas e invoca nossos famosos Guardians (que aqui parecem digimons digitais são campeões). Yulie, na verdade, está sendo mantida refém pelos soldados que atacam a vila.

Jude usando seus tirambaços acaba conseguindo derrotar os soldados, mas nesse processo a vila entra em colapso. Tiro forte desse moço, melhor tomar cuidado. Nesse ponto geral vai para cápsulas de fuga, mas acabam se separando. Deixando assim nosso trio isolado pelo mundão de Filgaia.

Nesse momento então nossa turminha acaba assumindo duas missões, uma de procurar o resto das pessoas da vila de Jude e outra de proteger Yulie. Que revê-la ser fruto de experimentos bizarros com o controle dos ARM’s. Logo no início da aventura, nossa gente encontra Raquel Applegate, que é uma espadachim fodona que está visitando lugares bonitos por Filgaia. Ela sem muito motivo aparente se junta a turma e o quarteto está fechado para a treta!

Aí é aquela coisa, andar légua tirana por Filgaia e ir desvendando os mistérios da força. O primeiro mistério a ser desvendado é o que rolou com Filgaia, que está toda ferrada. E nos é explicado que ela está ferrada, pois uma grande guerra causou muita destruição. E foi a guerra entre demônios, Elws e humanos? Não, dessa vez foi entre duas forças políticas, pois estamos em um jogo sombrio e realista, como os filmes da DC. A guerra rolou entre as forças da União Global, que era um grupo de pessoas ricas que estavam no poder, e os Cavaleiros do Congresso, que eram um grupo de pessoas comuns que queriam o poder nas mãos do povo.

E quem ganhou a guerra? Os Cavaleiros do Congresso. Sim, aqui tivemos a grande revolta do proletariado e o patrão se fudeu. O estranho é que a guerra acabou há dez anos, mas o mundo segue na merda. E sim, essa é uma das tretas que nos é revelada na aventura. Depois de vencer a guerra, nada rolou e o povo ficou esperando um grande salvador da pátria chegar. Paralelos com a realidade, são meras coincidências.

É nesse ponto que entram os dois grupos de antagonistas dessa parada, o primeiro é o Alto Conselho, um grupo de velhos que acha que pode assumir o controle de tudo e as forças chamadas Brionac, um grupo militar de elite. São esses dois grupos que estão atrás de Yulie, já que ela pode controlar os ARM’s.

Para que eles querem essa naba? Bom, os ARM’s eram para ser nanomaquinas usadas para restaurar Filgaia, como no game 3. Mas foram usadas na guerra. Nada de novo no front também. O Alto Conselho, quer ter o controle dessa tecnologia para despertar um grande poder oculto que irá levar os humanos a um novo futuro. Também já vimos isso anteriormente. Como os Brionacs acreditam nesse papinho furado, ajudam a caçar Yulie ao longo da tretosa.

Com isso nossa gentalha vai ser assediada várias e várias vezes pelos membros da Brionac. Os membros do grupo são: Jeremy Non, um maluco da porra que só gosta de matar gente, chato umas quantas horas e que tem habilidade de fazer várias ações em uma mesmo turno; Scythe Riebaure, um mano que acha que é vampiro, mas só tem sangue fraco, e que pode esquivar de ataques sumindo do HEX; Belial, meninha esquisita que compartilha seu sangue e poder com Scythe; Hugo Hewitt, grande espadachim que pode distorcer o tempo, mudando de HEX ao ser atacado; Asia e Fiore, uma dupla de bonequinhas magicas criadas por um mano que ficou imperceptível aos humanos e lançam um monte de status negativos; Balgaine Ales, um bombado super forte que empunha uma fucking motoserra, dá dano para porra isso aí; Enil Aidem, uma moça filha da puta que pode se transformar em outras pessoas, uma doppleganger; Gawn Brawdia, o melhor soldados de todos, tão bom, tão bom, que nossa gente nem consegue derrotá-lo em batalha; Augst Henriksen, um velho cientista super inteligente que participou da criação das ARM’s; Farmel Arianrhod, a mina que tem os poderes do manjado golem Asgard; Kresnik Ahtreide, irmão mais velho de Yulie e que consegue usar ARM’s com um leve consumo de psicotropicos; E por último Lambda Zellweger, o grande lider da porra toda e que pode prever o futuro.

Jesus, é gente e luta para porra. Não que todos esses manos tenham algum desenvolvimento. O lance é mais focado no líder Lambda, seu amigo Gawn e no irmão mais velho de Yulie Kresnik. Não que as lutas com os caras não sejam foda, já que cada um tem um tipo de vantagem que devemos descobrir como superar, mas é gente para caralho. Também dá uma sensação de grupo malvadão de anime, e eu sendo um Otaku de carteirinha amo!

No mais, a perseguição vai rolando e nossos heróis vão matando os membros da Brionac a sangue frio. Pô, os caras só estão cumprindo ordens no final. Se bem que ninguém mandou estarem do lado errado também.

A merda começa a agarrar quando Gawn entra na história, pois o cara se faz de maluco e amigão da nossa turma, consegue a confiança deles e acaba os emboscando em uma das várias cidades destruídas do game. Na verdade, essa cidade onde são emboscados é a cidade natal de Raquel, e lá descobrimos a real motivação da jovem. Ela fala que estava no local quando tudo foi destruído e que acabou adquirindo uma doença incurável durante esse processo. E esse é o motivo dela estar usando seu tempo final para ir atrás das poucas coisas bonitas que ainda existem em Filgaia. Nossa que triste, não é mesmo?! Essa me pegou do nada quando joguei!

Voltando a emboscada, Gawn também consegue prender um outro personagem chamado Hauser Blackwell. Esse mano é considerado um criminoso de guerra nos tempos atuais, mas na guerra era considerado um herói. E ele é realmente muito OP e também pode usar ARM’s. Para estragar a experiência logo de cara, esse mano é pai de Jude. Não que ele entenda isso durante a história, mas além de ficar na cara na primeira aparição do mano, tem uma cena onde isso é revelado.

Também é revelado que a vila de Ciel é composta pelos cientistas que criaram as nanomáquinas que viraram as ARM’s. Que a mãe de Jude, Ethelda Maverick e as piradas, era umas das principais da turma e que passou esse poder para Hauser seu marido e consequentemente para seu filho. Os cientistas estavam se escondendo justamente para não serem mais usados por ninguém. Pena que a merda já agarrou, pois eles também já foram capturados pela Brionac.

Gawn leva geral para a base da Brionac e tudo está a favor dos vilões. Ou mais ou menos, pois nesse momento o Alto Conselho elucida seu maravilhoso plano para Lambda. Eles falam que vão extrair do cérebro de Yulie o poder de controlar Arm ‘s, para então despertar uma tal de Divine Weapon (a Wild Arm) que está na prisão Illsveil (outro lugar conhecido) e vão usar essa parada para restaurar os seus corpos decrépitos. Isso para assumirem o controle do mundo, já que os seres humanos normais não têm essa capacidade. Hum, onde já vimos isso? Ah, em todos os governos da história do Brasil!!!

Lambda escutando isso fica putasso, pois ele acreditava que o poder deveria ir para as mãos do povo. Ele então conta o plano para o que resta da sua turma, ao passo que Kresnik cai na real e entende que está fazendo merda. Ele então parte para salvar Yulie, nossa turma e os cientistas. Nesse mesmo momento Lambda dá uma xilicada e mata todo o Alto Conselho, assumindo o papel de restaurar Filgaia. Não que ele tenha um plano melhor, pois ele entende que o povo é mesmo um bando de escorados e quer resetar Filgaia usando a arma. Puta merda, saímos de um bando de gente louca para outra! De novo, qualquer similaridade com a realidade é coincidência.

A treta então passa a ser parar o reset de Lambda, que larga a mão de usar Yulie e vai usar Hauser, que aguenta mais o tranco. Aí, a nossa turma foge da base Brionac, mas o pessoal de Ciel, incluindo a mãe de Jude, morrem na explosão gerada pela autodestruição da parada que foi armada por Lambda.

Jude obviamente fica putasso, afinal é apenas um garoto, mas entende que o melhor a fazer no momento é parar essa tal Divine Weapon, o que também era desejo de sua falecida mãe. A turma então parte para o confronto final em Illsveil, sendo ajudados por Gawn e Kresnik arrependidos e que acabam se sacrificando pela causa.

A peleia com Lambda é ferrenha, mas ele acaba perdendo e voltando a ter fé no futuro de Filgaia pelas mãos da nossa turma. Mesmo assim, a treta não acaba, pois Hauser, pai de Jude, também acaba perdendo a fé na humanidade nesse processo todo e quer deixar Filgaia livre deles. O mano virou meio que um ativista ambiental bem do extremista, né mermo?

A chinela obviamente canta para o lado do cara, que antes de morrer também renova sua fé na humanidade. Vendo essa história linda eu quase renovei a minha fé no futuro da humanidade pelas mãos das novas gerações, mas aí passou um rapaz escutando Trap, tomando corote e falando poggers e acabei perdendo de novo a fé.

Com tudo resolvido, nossa turma volta para um pequeno assentamento de refugiados de guerra. Lá, Arnaud e Raquel partem em uma jornada para tentar descobrir uma cura para a doença da mina e vão fritar o bife loucamente enquanto isso. Jude e Yulie ficam na vila para fazê-la crescer e reconstruir Filga. Também vão fritar o bife, mas no futuro, pois agora são crianças e não é de bom tom no momento.

Na verdade mesmo, só quem frita o bife são Arnaud e Raquel, que inclusive tem uma filha. Eles tem vários momentos românticos durante a trama para falar a verdade. A treta é que eles não encontram uma cura e a moça falece, deixando mais um pai solteiro no mundo. Se virar filme WA 4 já sabemos quem vai interpretar Arnaud né mesmo (Pedro Pascal). Agora como que Raquel conseguiu passar por uma gravidez com uma doença terminal é que é o mistério. A moça é porreta de forte, melhor atacante da party, mas até aí acho um pouco demais.

Isso que comentei, é mostrado em cena pós-créditos com imagens estáticas e super preguiçosas. Onde também é mostrado que Yulie virou uma grande professora e Jude um guarda florestal. Ou seja, salvaram o mundo e pegaram as profissões mais sem graça de todas! Arnaud e sua filha, por outro lado, cuidam de um restaurante bem bacano. Ou seje, todo mundo ficou bem e vida que segue.


É, e aí o que concluímos? Que o jogo tem uma treta interessante. Eu pelo menos gosto desse lance mais pé no chão sem demônios, alienígenas e coisas mágicas. Pena que a parada é contada de forma preguiçosa demais. A jogabilidade também curto bastante, tirando obviamente a parte de plataforma. Preferia mesmo a exploração clássica dos JRPGs. No final o game para mim não é de todo ruim, mas peca em coisas que o deixam com cara de mal acabado.

No mais eras isso e pensem bem antes de dar poder nas mãos dessa gente que só quer comer a sua bunda com areia.

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