
Bioshock Infinite
Bioshock Infinite é o terceiro jogo da submarina saga de games da 2K que mistura terror e tiro em primeira pessoa. Se bem que esse carinha aqui não se passa na cidade de Rapture e sim em uma cidade nas nuvens chamada Columbia e está muito mais puxado para ação que terror. Só continua sendo game de tiro em primeira pessoa, para a gente não dizer que ele traiu totalmente o movimento. Na verdade mesmo, ele tem todos os elementos dos outros dois jogos e é só playar 10 minutos para ver que está em casa. É tipo aquele seu amigo que você brigou por achar que o melhor homem aranha é o Andrew Garfield, ficou 3 anos sem nem desejar feliz aniversário, volta a falar depois de nem lembrar o motivo da briga e a amizade continua a mesma de antes, só esperando o novo hiato. Tenho uns pontos para reclamar, principalmente da trama, mas no mais ele é de longe o melhor da saga até o momento. Tudo é tão fluido que você nem vê a hora passar. Só se dá por conta mesmo quando percebe que está na hora de ir dormir, pois tem que acordar para o trabalho daqui 15 minutos. Às vezes a gente passa do ponto e dá corda para os nossos maravilhosos políticos que nunca viram um “gamilis que fale de amor” quererem proibir essas nabas.
Ficha Técnica
Publisher | 2K (atualmente fundiram tudo e é 2K somente) |
Desenvolvedor(es) | Irrational Games (não se enganem com nome novo que isso aqui ainda é 2K) |
Diretor | Ken Levine (também escreve) |
Produtor | Adrian Murphy |
Designer | Christopher Kline |
Artes | Scott Sinclair (mais uma vez dá um show) |
Músicas | Garry Schyman (continua com um trabalho fácil) |
Plataforma | PlayStation 3 Windows Xbox 360 OS X Linux |
Lançamento | 26 de Março, 2013 OS X – 29 de Agosto, 2013 Linux (novidade isso aqui) – 17 de Março, 2015 |
Resumão para não ficar perdido
Nosso arreganho da vez começa quando o nosso protagonista chamado Booker DeWitt é levado para um farol por um casal meio suspeito. Farol esse que dá acesso a cidade de Columbia, que é onde o nosso mano vai ter que realizar um resgate, em troca de pagar a sua dívida no jogo do bicho. Sabe como é, nosso mano Booker foi achando que ganhava na próxima, ganhava na próxima, até que ficou devendo até os cabelinhos do anus. Quem nunca se empolgou tanto que perdeu o carro que atire a primeira pedra. Sim, vocês não entenderam errado não, a cidade se chama Columbia e não Rapture. O acesso também se dá através de um farol suspeito no meio do oceano, mas não é a mesma coisa. Ainda mais que uma, Rapture, é submarina, e a outra, Columbia, é flutuante. O que pega Booker, assim como a gente, de surpresa, já que o mano é catapultado para o além quando chega no topo do farol. Ele chega a dar uma leve desnorteada, mas tudo fica bem quando aterrissa na cidade e se depara com a entrada. Ou mais ou menos, pois Columbia é meio bizarrinha numa primeira olhada. Tudo tem um ar extremamente religioso e o pessoal adora um tal de profeta Comstock de uma forma estranha. A parada só dá uma amenizada quando Booker começa a explorar a cidade e vê os avanços tecnológicos e maravilhas do local. Está até rolando um tipo de festival cheio de engenhocas e demonstrações de poderes mágicos chamados Vigores, que a turma de Columbia usa no dia a dia. Não que tudo fique tranquilo assim obviamente, afinal estamos em um game de tiroteio, e no meio da exploração nosso mano se envolve em uma treta com a polícia. O que é o suficiente para que a cidade inteira entre em alerta e persiga nosso carinha o chamando de falso profeta. Sorte, que nosso mano é faca na bota, pois se não era missão falhada logo de cara. Ele tão faca na bota, que mesmo sendo perseguido consegue chegar até a pessoa que veio resgatar, que é uma linda moça chamada Elizabeth e que tem uns poderes temporais e multidimensionais estranhos. E é a partir daí que vamos acompanhar Booker tentando tirar Beth de Columbia a todo custo. O que nem preciso dizer não vai ser fácil, já que no caminho ambos vão encarar os homens do profeta Comstock, conhecer uma dupla de irmãos cientistas malucos, se envolver na luta dos rebeldes, já que Columbia é a cidade mais racista que já existiu, fugir desesperadamente de um homem pássaro mecânico que faz as vezes de Big Daddy, além de se envolver em uma trama temporal mais emaranhada que os fios dos meus carregadores de PC, celular, consoles e afins na minha mesa.

Lorota
Precisava ser tão confuso assim?
Vou ter que ser sincero aqui. Estou bem dividido e com vários sentimentos conflitantes. Eu gostei da história e como ela é contada, mas odiei o conceito base que é aplicado para fazer a trama andar. É um conceito bem manjado e eu já reclamei dele em outro game, mas não vou poder me aprofundar muito, pois se me aprofundar corro o risco de estragar a experiência de quem quer jogar. Se eu só mencionar o termo que resume o conceito, com certeza vocês não vão ter a mesma experiência em termos narrativos, para terem uma noção. Eu sei, é um game de 10 anos atrás, mas como eu acredito que vale a pena vocês descobrirem o plot e caírem no twist, não vale a pena me estender, só entendam que eu não gostei do conceito. As revelações são chocantes, te pegam de calças curtas, mas após isso, tudo tão confuso e tão abstrato, que parece que um diretor da A24 assumiu a rédea do esquema. Sério meus amigos e minhas amigas, a conclusão não tinha nenhum motivo para ser tão bagunçada como foi. Parecia só que estavam querendo ser cult e inteligentes a troco de nada. Os outros dois games tem conceitos filosóficos super profundos e não precisam partir para essa punhetação de diretor de cinema mudo preto e branco do Azerbaijão. O que de forma nenhuma tira o impacto do final, que é muito emocionante, pura e exclusivamente porque você vai se importar com a melhor personagem da franquia, Elizabeth. Puta que me pariu 12 vezes ao quadro triplo bye bey bird que personagem foda. Elizabeth consegue ser a moça em perigo menos em perigo que existe na face da terra. E você acompanha a sua evolução de menina que não sabe como o mundo funciona para uma mina casca grossa sem medo de ser feliz e tudo faz sentido. Porra, isso aqui que é uma personagem feminina forte e bem escrita. Ela não precisa ser masculina para ser forte e não precisa ser perfeita para ser uma ótima personagem. A gente entende os sentimentos dela, alegria, tristeza, raiva e tudo o mais. E que trabalho de interpretação da Courtnee Alyssa Draper, merecia uns 2 ou 3 oscars, na moral. Também gosto do Booker, que aqui por sinal tem fala diferentes dos outros protagonistas, dos vilões que aparecem e dos NPC’s, mas não tenho como não dar todo o holofote para a nossa Betinha. Que foi quem sustentou a nota alta do quesito. Ela é linda e uma mulher para casar? É, sem sombra de dúvidas, mas está longe de ser esse o motivo da minha pagação de pau. Ajudou a ganhar mais pontos? Com certeza, mas não é só isso, ela é de fato o grande diferencial narrativo do jogo.
NOTA: 2.0

Playada
Aprende como se faz Ashley!!
Falando em gameplay, podemos dizer que a parada continua sendo um FPS com exploração de cenários, mas com algumas novas mecânicas. Novas mecânicas essas que em sua maioria melhoram ainda mais a jogatina, que já era foda. Pode parecer forçação de barra, mas a principal e melhor mudança se dá, assim como na trama, devido a Elizabeth, que vai acompanhar nosso protagonista em quase toda a play. Ela é sem sombra de dúvidas a NPC mais útil que já vi em um jogo onde temos que proteger alguém. Tem uma concorrência forte com a Ellie de The Last of Us, eu concordo, mas acho que ganha disparado por alguns metros de distância. Além de você não precisar se preocupar com Eliza durante as batalhas, já que ela se esconde super bem e os inimigos não a atacam, ela ajuda catando munição, sal (que é o EVE desse game) e curativos. E isso não ocorre somente nas lutas não, pois ela cata dinheiro, aponta itens e ainda comenta coisas que ajudam durante a exploração. Ela é tão, mas tão útil, que ficou no lugar dos minigames de hackear coisas, que era um pé no saco nos outros games, usando gazuas para abrir portas secretas. Inclusive é bom demais Elizabeth ajudar com munição, pois nesse jogo resolveram limitar a quantidade de armas que nosso mano carrega para duas. Eu sei que é estranho o cabra carregar 1 bazuca, 6 pistolas, 5 metralhadoras e 1 lança chamas ao mesmo tempo, mas estamos em um vídeo game, não precisa tanto realismo. Isso deixa a Beth ainda mais útil? Deixa, mas também não é como se ela tirasse munição do cu toda hora, às vezes a parada dá uma apertada. Não que isso seja de fato um problema, pois faz parte do desafio. O que é um problema mesmo é a falta de um mapa para a gente se guiar. Não sei porque caralhos, os manos resolveram tirar o mapinha que ajudava gente perdida que nem o pai. Faz falta real? Não faz, pois o design das fases foi bem feito e tem lógica, mas confesso que eu particularmente senti uma leve falta, porque nos outros tinha mapa e peguei o costume de ficar abrindo toda hora. O que mais me perdi para ser sincero, foi no uso do gancho, pois às vezes ficava girando que nem pião da casa própria para fugir dos inimigos e levava um tempo para entender onde estava. Não cheguei a explicar, mas em Infinite existe um gancho que o protagonista consegue logo de cara e que permite não só quebrar a cara de geral, como se pendurar em alguma coisa e andar em uns tipos de trilhos suspensos. A mecânica é boa e permite uma puta variação nos combates, mas confesso que não usei tanto por ficar perdido depois do uso. Alguém que sabe o que está fazendo, que não é o meu caso, deve esmerilhar qualquer batalha que tenha os trilhos. Outra coisa nova é a implementação de um escudo protetor, que absorve os danos e regenera, antes de chegar nos seus preciosos Hit Points. É algo simples, mas é muito mão na roda, ainda mais para gente cagona que nem eu que não vai de cara no perigo. Mais para o final do jogo ele meio que “quebra” muito fácil, mas ainda sim salva mais que atrapalha. Para encerrar as coisas novas, vale comentar que foi implementado um sistema de equipamentos que dão vantagem nos combates. Antes existiam plasmídeos que faziam as vezes, mas acho que no final sendo equipamentos faz mais sentido estético. Falando dos plasmídeos, no caso as magias, vale dizer que estão presentes e só mudaram de nome para Vigor. Mais uma vez usei muito pouco e foquei no tiroteio, mas não que elas não me ajudem, principalmente a que joga corvos nos inimigos para atrapalhar. Enfim, falei de um monte de coisas, só para dizer que essa é a melhor gameplay de toda a saga. Ela pega tudo o que existia, melhora e ainda trás muitas coisas novas fodas. Tudo é muito fluido, tudo é muito divertido e não tem como não dar nota mauxima!!
NOTA: 2.5

Barulhama
Fugiu um pouco do tema.
Podemos dizer que em termos musicais temos mais do mesmo. O que não seria problema, se o tom da coisa não tivesse mudado de terror para ação. Vamos ser sinceros minha gente, música tensa, barulhos assustadores e sussurros não combinam com esse carinha aqui que se passa em sua maioria do tempo de dia. Entendo que isso gera uma coesão com a saga como um todo, mas está muito deslocado. Em Infinite é dedo no cu e gritaria, tiroteio para tudo que é lado e áreas amplas, nada haver clima de suspense. Só não zero a categoria, pois temos efeitos muito bons quando a cidade toda vira um campo de guerra (que não vou dizer quando exatamente pois é spoiler) e as músicas de época dão ainda mais charme no estilo Belle Epoch de Columbia.
NOTA: 1.5

Batom no Porco
Ainda mais bonito e agora até vou nisso aí.
Simplesmente uma das melhores direções de arte que já vi. Meus maninhos, Bioshock 1 e 2 já eram fodas em termos de estilo artístico, mas Infinite está em outro patamar. Você pode pegar qualquer cenário, olha para o horizonte, tirar um print, que ele vai se tornar um wallpaper fantástico para o seu PC. Claro que tudo dá uma valorizada quando saímos dos ambientes claustrofóbicos de Rapture e vamos para as áreas abertas e claras de Columbia, mas a diferença é tão gritante que não posso me dar ao luxo de não dar o devido crédito. Os cenários também estão mais bem montados, ao ponto que você não precisa de mapa para saber do que se trata o local. Você entende que está em uma área comercial, ou residencial, ou fabril, só andando pelos lugares e sem pegar textos suplementares. Sem falar que todo o estilo da cidade de Columbia é muito único e remete aquele retrofuturismo mais raiz possível. Você chega na praia, os NPC’s estão com roupas antigas, mas a praia em si é artificial usando uma máquina a vapor para criar ondas. Que troço joia!! Tenho apenas uma reclamação na parte visual, mas que acredito que nem se enquadre na direção de arte em si, que é as legendas e menus minúsculos desse game. Isso na verdade está mais relacionado ao upscaling que rola para telas mais atuais, já que o jogo é de 2013 e não tinha TV’s ultra mega blaster 720 micro mega bots com resolução pirocuda naquela época. É um problema com uma solução fácil de encontrar na net e que não estraga o 2.5 desse cara, mas que achei bom pontuar.
NOTA: 2.5

Fator Nostalgia
Conhecia de longe.
Diferente de seus manos mais velhos, não cheguei a jogar Bioshock Infinte anteriormente e me deliciei agora pela primeira vez. Não é um jogo perfeito como muita gente caga aos quatro cantos, mas diverte como ninguém. Imagino que se tivesse pegado na época de lançamento, teria curtido ainda mais, pois naquele momento o conceito da trama não estava tão saturado quanto agora. Ainda ia achar a parada muito maconhada, mas imagino que não reviraria tanto os olhos quanto nesse momento.
NOTA: 0
Por que perder tempo com essa bosta?
Porque é de fato um dos grandes FPS’s da história dos videos jogos. Se você está procurando um game de ação frenético, com certos elementos estratégicos no combate e que ainda tenha uma leve exploração de ambientes. Esse é o cara para você sem dúvida. Eu chuto que até para quem não curte o gênero, esse jogo vai ser maneiro. Vai ter que dar uma ignorada na história muito encachaçada às vezes? Vai, a não ser que você curta um syfy hard com teorias super abstratas e interpretativas. Aí é safe, vai na fé e se esbalde até as tampas.
Por que não perder tempo com essa bosta?
Difícil isso aqui. Como disse anteriormente, acredito que até quem não gosta de FPS deve gostar desse game. Mesmo a história sendo meio zoada, você ainda vai se apegar a Elizabeth e ficar com o cu no chão quando realizar qual a treta. Pela primeira vez, acho que não existe nenhum motivo para você não dar nem ao menos uns tirinhos.
DLC’s
Pois é, mais uma vez temos DLC’s no game em questão e já queria deixar claro como essa sessão vai funcionar daqui para frente. Se o game tiver DLC’s mais simples, mais curtas e diretas, vou apenas comentar se vale ou não aqui, agora se a parada for uma DLC tipo a do Elden Ring ou The Witcher 3, aí trago em um post separado com uma análise mais ampla. Estamos combinados? Imagino que sim, pois se não estamos, vou seguir assim da mesma forma.
Falando então das DLC’s de Infinite, posso dizer que ele tem 3. Onde uma delas eu caguei litros por se tratar de modo arena com desafios chamado Confronto nas Nuvens e as outras duas me interessei por serem complementos da história base. Não que sejam essenciais para o entendimento ou algo do gênero, mas mostram outra aventura de Booker e Elizabeth. As duas se chamam Enterro no Oceano, mas uma é o EP 1 e a outra o EP 2. O EP 1 você controla Booker, não traz tanta novidade e é bem curtinha, no máximo tem 1 inimigo novo e 1 Vigor novo. Já o EP 2 é mais atrativo, pois você assume o controle de Elizabeth em uma gameplay de stealth – que encaixa bem – com novas engenhocas e minigames. Vale salientar que ambos os episódios fazem um link entre Columbia e Rapture e que vale jogar se você não estiver cansado da play base. Na minha opinião precisava desse link safado entre as duas citys? Não, mas já que está aí que lá esteje.
Avaliação da Playada
Tempo de Jogo | 28:30:00 |
Save State | 0 |
Detonado | 0 |
Trapaças | 0 |
Game Over | 2 (uma foi testando uma parada e outra burrice devido ao sono pegando) |
Zeramento | sim |
100% | não lista: Zerar no Difícil (para mim é sempre bom evitar a fadiga) Upgrade das Armas (fiz uns 70% e acho que nem rola fazer tudo) Upgrade dos Poderes (fiz uns 5% e assim como comentado acima não deve rolar) Pegar todos Voxfones (que são os files e devo ter deixado em algum canto) Fazer todas Opcionais (é temos umas sides e não fiz uma) Todos os Equips (pelo menos um eu deixei para trás pelo que vi) |
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Avaliação do Querido
Lorota | 2.0 |
Playada | 2.5 |
Barulhama | 1.5 |
Batom no Porco | 2.5 |
Fator Nostalgia | 0 |
Total | 8.5 |
Dificuldade | Elizabeth torna o esquema bem suave e nem tem gameover |
Resultado | ![]() |
Conclusão | Mesmo tendo fica aquém em termos de nota é um jogão e o melhor da franquia disparado |