
Lunar: Eternal Blue
Lunar: Eternal Blue é mais um game de JRPG do nada famoso periférico Sega CD e que continua a história do primeiro Lunar. Inclusive foi nesse jogo que descobri que Lunar na real é o planeta onde o jogo se passa. Algo que, ou passei batido na jogatina do primeiro, o que é bem possível pelo meu baixo nível na língua da rainha, ou não foi mencionado em nenhum momento. Quem sabe tinha algo no manual também e eu simplesmente ignorei, já que consultei o mesmo só para saber o que as magias faziam. Imaginem a minha decepção quando descobri que tinha apenas 30% das magias no manual. O que é curioso, já que se é para ter algo meia boca, não coloca porra nenhuma. Se é para fazer vê a bunda, não faz, como diz minha saudosa Mother. O game em si é de fato muito parecido com o primeiro, mudando a história obviamente, mantendo a base do combate e exploração e adicionando umas leves palhaçadinhas aqui e ali. O destaque mesmo, e que comento melhor depois, é a quantidade de falas dubladas e cenas em anime que conseguiram colocar no jogo. Porra meus manos, não é pouca bosta colocar quase um EP inteiro de anime em 94. É tudo pixelado e às vezes é PNG safado? Sim, mas se até hoje em dia temos animes com animação cu, é de se louvar de pé ter isso em games com cheiro de mofo. Abração aí para o Blue Lock segunda temporada e Nanatsu no Taizai quarta e quinta temporada.
Ficha Técnica
Publisher | Game Arts e Kadokawa Shoten (que é quase da Sony hoje em dia) no Japão Working Designs no EUA |
Desenvolvedor(es) | Game Arts (continuaram afinal já tinha o código base) |
Diretor | Yōichi Miyaji Hiroyuki Koyama |
Produtor | Kazutoyo Ishii Yōichi Miyaj |
Designer | Masayuki Shimada (desta vez coloram alguém) |
Artes | Masatoshi Azumi Toshio Akashi Toshiyuki Kubooka (desta vez também deixaram explícito, afinal tem muita animação) |
Músicas | Noriyuki Iwadare (já tinha a base e tocou solito) |
Plataforma | Sega CD |
Lançamento | JP – 22 de Dezembro, 1994 NA – em algum dia de Setembro, 1995 |
Resumão para não ficar perdido
A parafernália da vez começa quando conhecemos nosso mano Hiro e sua gata alada chamada Ruby explorando uma dungeon draconiana, já que eles são muito adventurieres. Sim, a lacração nos games já está aí a bastante tempo e trocaram o gato por uma gata, vejam que absurdo. A exploração não dá boa e nossa dupla tem que sair vazada do lugar, o que os faz conhecer um dos cavaleiros da Deusa padroeira deste mundo, Althena, chamado Leo que está atrás de uma tal de destruidora do mundo. Hiro diz não saber nada sobre a tal e corre para casa para avisar seu avô Gwyn que o exército religioso pode vir atrás dele por ser um arqueólogo renomado. O que não dá certo, já que quando Hiro chega em casa, Leo já está intimando o vovozinho. Também não dava para esperar algo diferente já que Hiro e Ruby estavam de apé e o homem gato com chifre na testa estava em uma grande nave chamada The Dragonship Destiny, um nome nada pretensioso. Gwyn também diz que nada sabe sobre a tal destruidora, ao passo que Leo o ameaça caso esteja mentido e parte para explorar um estranha torre que fica perto do local e é motivo de estudo do vovô a anos. Mesmo parecendo que é mentira, na verdade o vovô não manja nada sobre a destruidora mesmo. O que muda por obra do destino e conveniência do roteiro quando uma luz vinda da Lua Azul (Eternal Blue, dah) que orbita o planeta, que se chama Lunar como disse antes, atinge a torre que Leo foi e pode trazer a tal destruidora. Nosso trio então parte para a torre e contrariando o prognóstico que passei acima chegam antes de Leo (acho que os caras se perderam), onde encontram uma linda moça de cabelos azuis chamada Lucia que diz morar na Lua e que está atrás de Althena, pois um tal Zophar – um monstro devorador de mundos – está se assanhando demais nos últimos dias. Sei que parece papo de doido e a moça pode ser a tal destruidora, mas Hiro deixa isso de lado e resolve ajudá-la em sua missão, que parece ser nobre missão. Não, não é porque ele se atrai pela jovem saliente vinda do espaço, é pela missão que parece nobre. Missão essa que no final se torna fugir da perseguição de Leo e ir até o local onde a Deusa se encontra, a base naval chamada Pentagulia, antes que o tal Zophar fique poderoso o suficiente para botar tudo a perder. Claro que Hiro, Ruby e Lucia vão acabar encontrando pessoas no caminho que vão ajudá-los e as principais são, Ronfar, um ex padre com poderes curativos e sérios problemas com apostas, Jean, uma dançarina karateca, seja lá o que isso queira dizer, e Lemina, uma maga que está tentando recuperar a guilda mágica de Vane que se ferrou a muitos anos atrás. Pois é, acabei esquecendo de dizer, mas esse game se passa em um futuro distante do primeiro jogo, mas antes tarde do que nunca. Também não posso esquecer de dizer que a jornada não será simples, pois além do perigo do tal Zophar, nossa turma vai ter problemas com o culto de Althena e seus cavaleiros, Borgan, Lunn, Mauri e o já comentado Leo, que podem ter se desviado do caminho da luz, além de encontrar um conhecido inimigo, que na verdade nem é tão conhecido assim, já que só conheço uma pessoa que jogou essa franquia.

Lorota
Começou um pouco esquisito, mas no final me apeguei.
Não vou entrar novamente no papo de proposta para não ser repetitivo, então aceitem desde já a nota alta ou me xinguem no twitter que isso dá engajamento para a página, algo que preciso, afinal, dólar 6 pilas. O que vou focar mesmo é no porque dá nota alta, que no final das contas não é nada misterioso. Eu simplesmente gostei da aventura e me apeguei no grupo de personagens. Eles podem parecer esquisitos em uma primeira olhada, não combinarem como um grupo – afinal uma dançarina, uma colegial de anime e um usuário do tigrinho – e até terem motivações fracas para partir para o fight. Mas conforme você vai entendendo suas aflições, vontades e problemas, você se apega como gente da sua gente. Quem não tem um grupo de amigos que não combina em nada e que mesmo assim são inseparáveis, não viveu a vida direito. É um certinho casado e com filhos, outro zé droguinha que está sempre metendo rolo, outro que enche a cara e é satanista, outro que é vegano e faz crossfit que dá gosto de ver. A trama em si não é nada demais e a maioria dos vilões não são bem desenvolvidos, mas não consigo desgostar de mais um desses feijão com arroz bem feitos. Tirei nota justamente pelos vilões meio bunda e pelo tempo que leva para você entender qual o pastel de cada membro da party, e eras isso. Às vezes na sua vida você só quer pegar a mochila e partir em uma leve aventura para salvar um planeta desgraçado cheio de gente filha da puta das garras de um mal legendário que mora na lua. Epa, dei um leve spoiler, mas pelo menos desta vez entendi o que Eternal Blue quer dizer.
NOTA: 2.2

Playada
Achei que seria melhor.
Aff… vou ter que ser sincero, passei uma raiva federal nesse game. Ele não muda muita coisa em relação ao primeiro como comentei, mas de alguma forma ele testou a minha paciência. Reforço aqui que odeio esse sistema de combate fake estratégia que não te dá tanto poder de escolha de uma forma que até é difícil de explicar. Já experimentei muitas formas de batalhas e existem vários piores que esse, mas na moral esse aqui tem seu lugar na lista negra. E para piorar, as coisas novas não ajudam em nada. Começa que foram implementadas uma cacetada de mecânicas que normalmente são padrão em games de JRPG, como esquiva de ataques, dano crítico – que inclusive acontece tanto que é quase invertido -, veículo para exploração – que inclusive é o pior que já usei -, itens equipados por personagem, defesa e auto battle, e que tanto faz como tanto fez, afinal já deveriam existir no primeiro. Depois partimos para o sistema de macros, que são as automações de ataques, que até ajudam no farm, mas que fazem seus manos tomarem as piores decisões ao escolher qual inimigo atacar. E fechamos no que chamei de postura do inimigo, que indica qual ataque ele vai usar, mas que tanto faz já que o que importa é tankar o golpe. Para completar a trindade de mudanças bestas que fazem invocar a pior mudança de todas que é a progressão das magias. Em Lunar 2, você vai ganhar XP, money e Magic Points, que servem para evoluir as habilidades mágicas dos personagens e salvar. Sim, salvar, diferente do 1, aqui você usa esses Magic Points para poder salvar em qualquer lugar. O que não é o real problema, já que não vai faltar pontos mesmo a quantidade aumentando conforme você avança. Poderia ser gasto só nas dungeons e free nas cidades? Poderia, mas como disse esse sistema não é o problema, o problema é a progressão. Que faz as magias ficarem mais fortes evoluindo, o que acarreta em mais gasto de MP. O que por sua vez não vale a pena, já que esse “fortes” nem é tão forte assim e o gasto de MP aumenta monstruosamente. Vou dar um exemplo: O Ronfar tinha uma magia que curava o time todo que gastava 20 de MP, não era cura 100%, mas fazia um bom trabalho. Aí, eu tonto, evolui ela, só para fazê-la custar 45 de MP e ainda não ser 100%. Nossa, como me senti otário fazendo isso. Porra risco e recompensa mandou um abraço de final de ano meus queridos devs de Lunar. Isso que nem levei em conta que a progressão de nível dessa tranqueira também é mais bagunçada que festa de Natal na casa do Nego Di. O Hiro por exemplo, que logo de cara precisa de 1000 de XP para passar de nível em lugares com monstro que dão 5 de XP ao serem derrotados, só para quando chegar em lugares com inimigos que dão 200 de XP precisar de 1500 de XP. É uma trabalheira da porra em uma dungeon, para a próxima ser tranquilo passar 10 níveis e na outra ser dureza de novo. Faltou aquele leve balanceamento (meus ovos) para a dificuldade não ficar artificial. Assim como a ajuda que Ruby dá nas lutas, que é mais artificial que festa de amigo secreto na firma, onde ela mata inimigos que ficam com 3 ou menos de HP depois do fim do turno. Falei de tanto faz a tanto fez e olha aí mais um exemplo. Parece que peguei pesado né? Isso que nem dei o hate da movimentação ainda. Sim, no primeiro game já existia aquele sistema de repulsão das paredes que fazem seus personagens serem jogados automaticamente para algum canto ao se chocar nelas fazendo tudo parecer cheio de óleo, mas aqui o esquema é para te tirar do sério. Não foi pouco a quantidade de gritos de raiva que dei quando o cenário me jogava para lugares que mais atrapalham a andança que ajudavam. Ainda mais quando me via preso e tomando uma random battle no meu cu. Na boa, eu adoro JRPG, é meu estilo favorito de games, mas random encounter é pior que martelar o dedo sem querer. Confesso que entendo quem reclama desse sistema e quem defende é simplesmente como o grande Sagat dizia: “Um doido de pedra”.
NOTA: 0.5

Barulhama
Quase gabaritou de novo, quase.
Mais uma vez temos que louvar esse jogo por ter dublagem e uma quantidade enorme de falas. Sim, o Sega CD permitia isso e tals, mas deixa eu elogiar o mano depois de sentar o pau na categoria anterior. Se não fica até parecendo que o odeio e ele até me é bastante simpático no fundo no fundo. Eu até gosto mais das músicas dele do que do outro para terem uma noção. Acho que elas são mais variadas, combinam mais e são mais interessantes. Só não dei nota máxima mesmo porque esse game tem um puta de um chiado no fundo que te faz ficar meio abiblabah dos cornos. Isso pode ser devido ao meu “Sega CD” estar com algum problema, mas como não tinha isso no primeiro, vou penalizá-lo sem dó e nem piedade. Todo mundo sabe que a justiça é muito injusta e que ela não funciona aqui no Brasil. Qualquer coisa vão reclamar nas portas dos quarteis que tem dado muito certo ultimamente. Só não vão querer vir cagar na mesa do meu escritório depois, que aí não vai ter anistia para ninguém.
NOTA: 2.4

Batom no Porco
Todo mundo sabe que sou um otaku safado.
Sim, puxei um pouco a nota na cara dura por causa das várias cenas em anime que existem e fodasse o cu do palhaço. Continuei achando bem genérico os personagens, tirando um inimigo aqui e ali, e até meteram uns palette swaps safados que não tinha no 1, mas as cenas me deixaram animado. Não tem abertura cantada, mas tem cena inicial de uns vários minutos mostrando a Lucia pelada, ou seja, elas por elas. Inclusive na versão americana censuraram os atributos da moça, como era padrão naquela época. Porra, é muito massa ver aquelas cenas de apresentação de personagens ou interação entre eles, onde vem a transição mais lenta que já vi em video games e aquela dublagem mais sem emoção de todos os tempos. É foda meus amigos e minhas amigas, até ofusca os erros dos design de dungeons que você entra por cima do mapa e sai em cima de novo no próximo te desorientando completamente e até fazendo voltar para onde estava antes. Também vale ressaltar que temos muitas melhorias na hud do game, como descrição dos itens e magias e comparação de equipamentos nas lojas, para vocês fazerem de conta que não foi só meu lado otaku fedido roubando na nota na cara de pau.
NOTA: 1.5

Fator Nostalgia
Também foi nosso primeiro encontro.
Mais uma vez nunca tinha visto mais gordo. Como é interessante a gente descobrir essas pérolas que ficaram esquecidas e que não existiam na banquinha do Cláudio a 3 por R$10 ou 1 por R$5. Não que seja algo tipo: “Nossa como pode Lunar 2 ter passado batido na minha carreira gamer até esse momento?”, mas se tivesse jogado pode ser que nutrisse algum carinho maior que me faria não jogar tanta pedra e ser um filha da puta com ele.
NOTA: 0
Por que perder tempo com essa bosta?
Mais uma vez, se curte um JRPG do mais bruto possível, cheio de grind, cheio de dungeons de se perder dos filhos, com história básica de salvar o mundo e fazer amigos que morrem sem motivo por você, com sistema de combate onde o mais forte manda, vai sem pensar duas vezes. Não achei esse game melhor que o primeiro, que até acho mais divertido, mas se você gosta de um anime, é uma ótima pedida. Os personagens são carismáticos, você vai se importar com eles e dar um belo sorriso ao completar a missão. Inclusive, menção honrosa para a batalha final, que me fez suar bastante, coisa que fazia tempo que não ocorria. Sim, eu entrei com uma estratégia vê a minha bunda e me fodi depois do quarto turno, mas conseguir me recuperar foi uma boa injeção de dopamina em um jogo que em suma é mais parado. Lunar 2 não chega a ser desafiador, mas existem umas batalhas puzzles, que inclusive deveriam ser mais exploradas, que fazem você se divertir muito e quebrar a rotina de macetar tudo com magia e skill apelona no cu dos monstros.
Por que não perder tempo com essa bosta?
Porque mesmo se você quiser se aventurar no mundo dos JRPG’s existem muitas opções melhores. Incluindo o primeiro jogo que ao meu ver é mais honesto que esse aqui. O combate esquisito misturado com a progressão zoada é uma combinação pesada para fazer a gente passar raiva. Você tomar 200 de dano de uma planta carnívora que te dá 10 de XP é para deixar qualquer um triste. Também vale a nota de repúdio com o que fizeram com Lemina, a representante da classe Mágica do game. Porra, mago tem que ter ataques de arrasar quarteirão, se não ele fica inutil, pelo risco de ficar sem Mana quando importa. Nossa Lemi só tem utilidade para lançar buff e olhe lá, já que eles mal fazem muita diferença. É uma pouca vergonha o que foi feito com uma das classes que mais tenho apreço e que faço parte, para quem não sabe, e vou levantar a hashtag: #FORCALEMINA.
Avaliação da Playada
Tempo de Jogo | 41:50:00 (não aproximado, pois essa bosta agora tem contador de tempo implementado) |
Save State | 0 |
Detonado | 1 (fazer o que se tem mapas que não deixam claro o que é passagem e o que não é) |
Trapaças | 0 |
Game Over | 0 |
Zeramento | sim |
100% | não Nível Máximo de Magia (fiquei na preguiça confesso) |
Resultado | ![]() |
Avaliação do Querido
Lorota | 2.2 |
Playada | 0.5 |
Barulhama | 2.4 |
Batom no Porco | 1.5 |
Fator Nostalgia | 0 |
Total | 6.6 |
Dificuldade | às vezes yes, mas às vezes no |
Resultado | ![]() |
Conclusão | É um jogo com personagens bacanas, muito anime, mas com gameplay meio pombo |