
Mobile Suit Z Gundam: Hot Scramble
Mobile Suit Z Gundam: Hot Scramble é um game shooter de robôs gigantes lançado originalmente para o NES (Famicom para os lados do Japão) que tem como base a famosa saga de Mechas Japoneses Gundam. Eu sei, eu sei, esse não é o primeiro game da saga lançado, mas é o primeiro que achei minimamente aceitável para trazer em um post. Me deem um desconto por favor, que isso aqui já foi carne de pescoço de jogar. Sim ele também não se baseia no primeiro anime lançado em 79, mas no segundo com codinome Zeta, mas vamos parar de tecnicalidades aqui e curtir a baixaria. Afinal, baixaria é pouco para esse game velho e cheio de mofo. Negocinho aqui é complicado. Ele não chega a durar nem uma hora se você souber o que fazer e é aí que a coisa fica estranha. Pois saber o que fazer para não se fuder de verde amarelo é para poucos indivíduos abençoados. Algo que não é meu caso, mas deixo para chorar mais daqui a pouco, já que estou me sentindo uma farsa gamer.
Ficha Técnica
Publisher | Bandai (que atira para tudo que é lado) |
Desenvolvedor(es) | Game Studio (isso mesmo, a famosa, vai dizer que não conhece a empresa?) |
Diretor | Masanobu Endoh (massa onde?) |
Produtor | Bandai (confesso que não achei um nome) |
Designer | Masanobu Endoh Satoshi Naito |
Artes | Kunio Ohkawara Kazumi Fujita Mamoru Nagano Makoto Kobayashi (só faltou o Hiro Nojima para completar os nomes clichês) |
Músicas | Neil Sedaka Nobuyuki Ohnogi |
Plataforma | NES (na real Famicom, já que ficou só no Japão) GBA |
Lançamento | NES – 28 de Agosto, 1986 (mais velho que eu) GBA – 18 de Março, 2004 |
Resumão para não ficar perdido
Bom a aventura da vez acompanha os mesmos acontecimentos do anime Mobile Suit Zeta Gundam. Ou pelo menos é o que ele diz, já que não aparece nenhum personagem do anime e as localidades ficam meio que por conta da imaginação. Até dá para correlacionar uma nave aqui, um robô acolá ou algum tipo de satélite, mas não que seja “Nossa, está ingualzin o anime”. O que posso dizer para quem não viu o anime – que recomendo se não vai tomar um tabefe na cara (referências) – é que vamos acompanhar o jovem Kamille Bidan e sua máquina de matar MSZ-006 Zeta Gundam em altas Tretas espaciais. E é tretas com T mesmo, pois o mano se enfia no meio de uma guerra galáctica onde um pessoal que colonizou uns planetas quer se rebelar contra os maus tratos da galera da Terra. Não que eles sejam oprimidos também, pois não faz muito que queriam tomar tudo de assalto metendo um Nazismo Espacial. Só desta vez mesmo que estão sofrendo nas mãos de quem ganhou a primeira guerra, que inclusive é retratada no primeiro anime de Gundam. Enfim, ficou afim de saber mais? Vai atrás do anime. Ele é bem datado e meio complicado de assistir hoje? Sim, com certeza, mas garanto que é melhor que o novo filme da Branca de Neve com anão de CGI de PS1, ah isso eu garanto!!

Lorota
Nota de honra.
É complicado falar sobre enredo, narrativa e personagens quando temos um game que não os tem não é mesmo? E nesse caso não é nem meme, pois vai existir um texto de resumo da luta entre a AEUG (rebeldes anti-terra) e os opressores Titans, que também cita Kamille e Char Aznable – que nesse anime assume a identidade de Quattro – os principais protagonistas e nada mais. Não vai ter nenhum diálogo, não vão aparecer os personagens do anime e seus tanques de guerra bípedes e nem ao menos vamos ser localizados de onde as fases estão se passando. Acredito que só sendo muito viciado em Zeta para conseguir saber onde rolam as tretas das 16 fases. Eu que assisti a muito tempo, no máximo me lembrei da luta contra o Qubeley que também ocorre no game. Não que isso seja posto em termos narrativos, lembrei devido ao design icônico do robô, o que na verdade rende elogios para o estilo artístico e não para a trama. Não esperava algo muito complexo, mas dava para ter feito umas cenas com sprites ou daquelas que parecem quadrinhos para linkar com o anime. Entendo que esse é um game pautado em cima do Anime e para quem o assistiu, mas acho que isso não basta, um game tem que ter vida própria. Nem que seja só para recontar o que se passa na animação. No final dei uma nova de honra pelo texto inicial, mas não posso passar disso, para não ser injusto com ninguém. Ah, mas estou sendo injusto com esse game por avaliar algo que ele não tem como proposta. Pois é, na verdade eu sou bastante hipócrita e me contradigo com muito frequência.
NOTA: 0.1

Playada
Peguei leve, eu confesso.
Comentei antes que Hot Scramble é um shooter, mas na verdade ele é um shooter misturado com rail shooter. Rail shooter para quem não manja são aqueles jogos onde você não controla o personagem e ele vai seguindo por um trilho (rail, dah!), só cabendo a você dar os pipocos no coco do que aparece na sua frente. Não que isso vá adicionar algum tipo de complexidade na jogatina, pois o looping de gameplay aqui é simples, simples. Seu robô começa em um planeta usando o estilo rail shooter, depois vai para o espaço ainda no estilo rail shooter, aí entra em alguma base (nave, asteroide ou satélite) e dentro do lugar tem a missão de destruir o gerador do local usando o estilo shooter. Claro que vão ter mechas inimigos variados, mas em suma é isso por 16 fases que depois entram em looping, só aumentando a dificuldade. E que dificuldade, pois depois da fase 6 o esquema vira um inferno na terra e só usando magias proibidas você consegue seguir. Vi um mano chegando até a fase 26 e a partir desse momento consegui um novo ídolo. Caras, isso aqui tem tudo o que fazia os games dessa época serem o diabo encarnado. O negócio é mais rápido que os olhos podem ver nos momentos de rail shooter, tem inimigos infinitos dando respawn dentro do seu cu na parte shooter, você perde os upgrades ao levar dano e tem sacanagens (armadilhas) por tudo que é canto. É meio padrão esse nível de dificuldade para a época, mas mesmo assim não posso deixar de ficar abismado quando coloco as mãos em um título onde vejo que sou um nutella. Só consegui chegar à fase 16 usando save state – o que faz contar como não zerado – e levaria anos e anos da minha vida se quisesse ter uma performance mais natural. Não posso dizer que esse looping de gameplay é divertido, pois ele cansa nos primeiros quinze minutos, mas também não posso dizer que ele é 100% cagado. Ele funciona bem ao que se propõem e as únicas coisas que achei zoadas mesmo foram a colisão e o respawn que já comentei. A colisão é meio foda, pois você pode se transformar em nave e navegar pelo mapa da parte shooter, mas vai perder a “transformação” se encostar nas paredes. Onde encostar é correr o risco de chegar perto. Puta merda, às vezes está longe do sprite tocar na parede e seu robô fica todo mambembe no meio do ar suscetível a tomar bomba de tudo que é lado. Isso até não seria problema se os inimigos mais fortes não fossem o capeta em forma de guri atirando quase de fora da tela no menor sinal de sua presença. No final do dia, vou pegar um pouco leve não dando a nota real que ele merece por quase ter me causado uma úlcera, por ser um game de épocas mais simples.
NOTA: 1.0

Barulhama
Ficou na mente pelos motivos errados.
Me explica como que avalia um jogo que só tem 3 músicas e uns toques polifônicos como sons? Obviamente sendo super injusto, já que não estou aqui para ser um veículo sério. Na moral, se você for um ser humano normal e ficar durante 10 horas treinando para chegar a fase 8, você vai estar escutando a mesma música durante todo esse tempo. Vai ter uma variação de música de game over e tela título, mas em suma vão ser horas e horas da mesma música. Se isso não é uma prova de resistência contra o enlouquecimento eu não sei mais o que é. Sim, temos muitas e muitas limitações, mas podia ter umas 4 musiquinhas ou variações durante as trocas de fase. Ainda mais que as músicas remetem pouco ao anime e não são de fato boas. Os sons abafados de explosões e tiros até cabem, o problema é a solitária música de combate genérica.
NOTA: 0.5

Batom no Porco
Para não esculachar com tudo.
Estou sentindo que estou sendo meio bullying por estar sentando os cachorros em um game esquecido no tempo. Por isso vou dar uma nota boa para a parte artística para compensar. Não que os sprites dos robôs não sejam competentes fazendo você lembrar deles do Anime e que os stages não tentem se diferenciar para dar uma sensação de progressão. É só que isso tudo não merecia de fato a nota final que dei. Dá para admirar esse fake 3D da parte rail shooter, que deve ser onde investiram mais tempo, mas o esquema é tão frenético que nem dá para admirar nada. Parando bem para pensar quando você vai para o espaço o cenário até coloca um planeta ao fundo que é bem bonito. Sempre repete e só varia a cor? Sim, mas vamos ter um pouco de boa vontade aqui e fazer de conta que ele merece mesmo esse 2.
NOTA: 2.0

Fator Nostalgia
Sempre fui fã.
Eu poderia ser muito do canalha aqui e tirar pontos desse mano só por ter assistido o Anime, mas não serei, pois já peguei bastante pesado ao longo da jornada. Para deixar claro, sou muito fã da saga de robôs gigantes pilotados por crianças escolhidas. Assisti a maioria das produções já lançadas e sempre que sai algo novo meto a minha cara. Não que eu conheça o nome de todos os personagens e robôs de cabeça. Eu até confundo alguns como o SEED e o 0, mas podemos dizer que é uma saga que eu gosto. Motivo esse que me fez encarar uma saga tão longeva, já que tem game a dar com um pau sobre Gundam e para tudo que é tipo de console. Pode ser que eu não termine essa saga antes da morte? Pode, mas prometo que vou tentar. Mesmo que ninguém tenha pedido.
NOTA: 0
Por que perder tempo com essa bosta?
Difícil dizer. Por você ser muito fã da saga e querer ver como são os games lançados para ela? Por querer conhecer algo histórico? Sei lá, não consigo pensar em mais motivos sendo sincero. Se você quiser jogar algo sobre Gundam existem jogos atuais muito melhores que esse cara aqui. No máximo dá uma pegadinha rápida para ver como eram os tempos onde o gamer médio tinha que ser um gênio asiatico para zerar um jogo.
Por que não perder tempo com essa bosta?
Porque já passou bastante do prazo de validade e é um daqueles games com dificuldade injusta. Fiquei me perguntando se usando a Zapper a parte de rail shooter ficaria mais tranquila, já que com o controle é meio impossível acompanhar os inimigos que aparecem super rápido e atiram cinco rajadas na sua lata. Se bem que ficaria esquisito ficar trocando de controle quando chegasse o momento shooter, então posso estar viajando e os caras só queriam que você tivesse uma dadiva dos ninjas mesmo.
Avaliação da Playada
Tempo de Jogo | 05:00:00 (mais ou menos) |
Save State | chegando até a fase 5 com 0 chegando até a fase 27 com 108 pois é, o esquema é implacável e sendo sincero não sou capacitado para zerá-lo |
Detonado | 1 (para entender como destruir um reator) |
Trapaças | 0 |
Game Over | 61 (já falei que não sou capacitado) |
Zeramento | não (usei save state) |
100% | sim não tem nada extra na real |
Resultado | ![]() |
Avaliação do Querido
Lorota | 0.1 |
Playada | 1.0 |
Barulhama | 0.5 |
Batom no Porco | 2.0 |
Fator Nostalgia | 0.0 |
Total | 3.6 |
Dificuldade | difícil, difícil, até dizer chega, chega a ser injusto |
Resultado | ![]() |
Conclusão | um game perdido em seu tempo, repetitivo, difícil, sem muita relação com o anime no final das contas |