
Grandia
Grandia é mais um game de JRPG desenvolvido pela saudosa empresa Game Arts, que na real só conheci devido aos posts de Lunar. Sim, eu sei, nada haver então chamar de saudosa, mas como o tempo passa cada vez mais rápido posso dizer que já conheço a empresa faz anos. Vão dizer que vocês também não têm a sensação de nunca conseguir fazer tudo o que planejaram no seu dia? Às vezes a minha missão é só colocar os filmes que não assisti em dia e mesmo assim não consigo. Uma loucura. Claro que agora também tomamos conteúdo de tudo que é lado, o que aumenta a sensação de estar sempre atrasado. Vou ter que começar a assistir séries durante o banho e quem sabe durante o sono. É, meti todo esse desabafo sem sentido só para fugir da polêmica de dizer que não gostei muito desse carinha aqui. Sorry, sorry, vou fazer o que se sou assim? Eu sei que a turma ama esse game e todo mundo fala super bem, mas comigo não clicou. Gostei do mundinho, dos personagens e até da trama com leves ressalvas, mas a gameplay me pegou. Tem muitas ideias boas nela, só acho que não foram bem implementadas em sua maioria. Peço que antes que saiam por aí dando Strike nos meus vídeos, pelo menos tentem entender meus pontos. Não precisam respeitar nem nada do gênero e está livre me chamar de burro nos comentários que não sou chorão, só não vale me imputar crime ou falar do meu cachorrinho.
Ficha Técnica
Publisher | Entertainment Software Publishing (ESP) no Japão Sony Computer Entertainment no EUA Ubisoft na Europa (?) GungHo Online versão Remaster (que inclusive foi a que o papai aqui jogou) |
Desenvolvedor(es) | Game Arts (usaram o fonte do Lunar eu tenho certeza) |
Diretor | Hidenobu Takahashi |
Produtor | Misa Usui (nome de vilão de anime sobrenatural) |
Designer | Takeshi Miyaji |
Artes | Toshiaki Hontani |
Músicas | Noriyuki Iwadare (já tinha a base do Lunar e tocou solito) |
Plataforma | Sega Saturn PlayStation Nintendo Switch Windows PlayStation 4 Xbox One |
Lançamento | Sega Saturn JP – 18 de Dezembro, 1997 Playstation JP – 24 de Junho, 1999 Playstation EUA – 26 de Outubro, 1999 Playstation EU – 31 de Março, 2000 Switch Mundo – 16 de Agosto, 2019 Switch JP – 25 de Março, 2020 PC – 15 de Outubro, 2019 PS4 e Xone – 26 de Março de 2024 |
Resumão para não ficar perdido
A safadeza da vez acompanha Justin, mais um menino arteiro, cheio de energia e que tem o sonho de se aventurar pelo mundão de Deus sem medo de morrer na primeira esquina, algo que convenhamos seria o natural a acontecer. Ele é acompanhado de sua amiga e companheira Sue, que também é destemida, cheia de energia, além de ser acompanhada por um bicho esquisito chamado Puffy e de longe ser a melhor personagem do esquema. Ambos aprontam várias na sua pequena cidade natal, que esqueci o nome agora, deixando todo mundo com os cabelos do cu em pé, mas sonham mesmo em se aventurar pelo mundo descobrindo os mistérios de uma antiga civilização chamada de Angelou. Ou pelo menos Justin sonha, já que Sue mais anda com ele de um lado para o outro que qualquer coisa (paixonite infantil saca?). Como nosso protagonista não pode ficar parado na vila inicial, logo Justin e Sue recebem a oportunidade de visitar uma ruína Angeloiana a pedido do arqueólogo da vila. Que é um puta de um irresponsável por deixar duas crianças fazerem isso? Sim, mas como disse temos que ter um conflito para resolver. Conflito esse que se dá logo quando nossa dupla chega nas ruínas e são barrados por Mio, Nana e Saki, que são tsunderes capitãs das Forças Garlyle, que por si só é um tipo de exército desse mundo. Sei que as moças parecem umas filhas das putas, mas no final estão certas, afinal como disse temos duas crianças entrando em uma possível tumba amaldiçoada com doenças do passado. Não é também como se nossa dupla as ignorasse, entrasse na tumba e encontrasse uma moça de cabelos azuis chamada Liete ao usar uma Pedra mágica que Justin recebeu de seu pai. Liete pede então que Justin, o portador da pedra e escolhido, afinal JRPG, vá para o extremo leste e encontre a cidade de Alent, o local onde respostas serão dadas para todas as dúvidas do mundo. No caso lá vamos descobrir sobre a civilização de Angelou e o que rolou com seus habitantes, os Icarianos, vamos descobrir sobre a pedra de Justin, vamos descobrir como colocaram a placa de não pise na grama, porque chove quando você não leva o guarda-chuva, porque as pessoas gostam do PodePah e afins. Ouvindo toda a explicação de Liete é óbvio que nosso mano ruivo fica com o cu coçando e parte de qualquer jeito com sua amiga Sue para o extremo leste em busca de aventuras. Também é óbvio que ele vai conseguir ajuda de uma cacetada de gente durante a jornada, mas os mais importantes são: Feena, uma linda jovem aventureira de primeira classe (par romântico de Justin para decepção de Sue), Gadwin, um guerreiro sisudo pau para toda obra, Rapp, menino desbocado cheio das malandragens, Milda, mulher touro para ninguém botar defeito e Guido, um simpático coelho comerciante com problemas de dicção. E como estamos em um JRPG é claro que a jornada não vão ser só flores, já que a Garlyle por meio de seu General Baal, seu coronel loiro príncipe da Disney Mullen e sua tenente Leen, estão mexendo com coisas que não devem e querendo refazer coisas que nunca deram certo. Que coisa, como pode esse pessoal de JRPG ficar insistindo no mesmo erro do passado achando que agora vai dar bom, né? Só na ficção mesmo para os pessoal ser burro assim!!

Lorota
Cheguei a estar com a pica duraça.
Confesso para vocês que fiquei por um bom tempo pensando no atentado que iria cometer quando fosse dar minha opinião sobre a história de Grandia. Quando veio o clichê super ultra mega batido de civilização antiga que despertou um grande mal que os levou à ruína, eu já estava batendo palmas e correndo dentro do meu escritório. Quando o papo foi para menino de vila pequena, mas que na verdade é o grande salvador do mundo, já fui tirando a minha roupa. Quando a história foi se arrastando sem nada muito interessante acontecer, já fui passando óleo de bebe bem lentamente. Até estava curtindo o mundo maluco e com furry de todos os tipos para tudo que é lado, mas nada ia me impedir de sentar o pau sem medo de ser feliz. Aí veio uma cena com a Sue que quase me fez chorar que nem uma criança e me desarmei todinho. Puta meus amigos, tomei um reto no meio da cara que me deixou sem reação. Nesse momento entendi que mesmo com uma caralhada de coisas que eu já tinha visto em outros RPG’s, o mundo e personagens de Grandia me conquistaram. O sentimento de grande aventura e descobrimento de novas culturas são o charme da parada e nunca fez tanto sentido a frase “a jornada são os amigos que fizemos no caminho” como aqui. Tanto que na treta final quando todo mundo vem para ajudar quase tive um AVC. Como disse é clichê, mas como é bem feito. Esse game passa uma sensação de nostalgia que não sei explicar. No final acabei me envolvendo nos mistérios e querendo saber mais do que estava rolando. Só tirei pontos pelo que comentei acima e pelo vilão real oficial ter uma motivação muito mal desenvolvida. Nem uma guampa, nem uma multa de trânsito, uma senhora andando devagar na frente dele ou algo assim. O cara só quer tocar o fodasse porque acha que está errado o que tem atualmente e eras isso. Se bem que se a gente parar para pensar no momento atual das coisas mesmo, até pode ser justificável uma leve destruição mundial.
NOTA: 2.1

Playada
Aqui não terei dó.
E é chegado o momento de ser odiado por todos, pois eu realmente odiei uma boa parte da gameplay de Grandia. Vou pular todo o mesmo lenga lenga de explicar o que temos em um JRPG normal, pois esse maninho aqui cumpre toda a cartilha do que é esperado, e focar no combate, progressão e exploração, que é onde temos o diferencial. Começando pelo combate, posso afirmar que esse é o combate mais bagunçado que já pude experimentar. Caras quando entrei na primeira batalha, achei que ia ter uma epilepsia e não estou exagerando. Sendo da Game Arts temos uma base muito parecida com o Lunar, onde nossos amigos vão se mover pelo cenário livremente e ter um atributo de movimentação. Preciso reclamar desse sistema novamente depois do pau que meti nos 2 lunares que trouxe post? Preciso, pois aqui os nossos personagens são ainda mais estúpidos ao encontrar a melhor rota para chegar nos inimigos e constantemente vão ficar sem atacar por gastar os pontos de movimentação. Puta que me pariu, colocaram estagiário para fazer esse algoritmo de pathfinding. A novidade fica por conta do sistema conhecido como ATB ou Active Time Battle, que é muito conhecido na saga Final Fantasy e resumindo é um sistema onde cada personagem tem sua linha de ação própria com o tempo não parando (mais informações aqui). Confesso que esse não é um sistema que me agrada muito no geral e em Grandia a coisa fica ainda mais caótica e bagunçada, já que a câmera foca sempre no personagem que vai escolher sua próxima ação, deixando por muitas vezes os outros personagens fora de visão. O que faz você não ver, por exemplo, se o ataque do mesmo foi efetivo ou não. Pode parecer uma picuinha muito pequena, mas fiquei com dor de cabeça com essa loucura de foca e desfoca de câmera quando temos 8 inimigos em tela. Algo que poderia ser resolvido se existisse um pause até a ação ser completada, como por exemplo acontece no uso de magias. Sei que fere bastante esse esquema de tentar deixar a batalha em tempo real, mas meus olhos iriam agradecer. O esquema só não ficou ainda mais confuso, pois implementaram uma linha do tempo que orienta quem será o próximo a agir. Ou pelo menos se ele não receber um ataque atordoante que pode ou atrasar sua ação ou até cancelar uma já escolhida. Sim, implementaram mais isso aí e ao meu ver só serve para quebrar o jogo. Sério, teve chefes do game que simplesmente não me atacaram, já que eu sentava a porrada nele contudo e o fazia perder a vez. Isso é uma ideia ruim? Nem de longe, só acho que foi mal implementada e balanceada como um todo. Assim como foi com o sistema de emboscadas ou iniciativa. Em Grandia os inimigos ficam andando no mapa pela glória do senhor, se você pegar eles de costas a party começa atacando, se ela for pega de “costas” os inimigos começam. E é de “costas”, pois se o inimigo entrar em contato com o terceiro membro de sua party, mesmo de frente, o jogo entende que foi de costas. Aff, que gastura disso aí, que deveria ser um sistema que ajuda e no final por ser mal implementado só atrapalha. Custava deixar só um personagem na party durante a exploração ou o hitbox ser só no primeiro? Estou falando, as ideias não são ruins, só mal implementadas, o que faz você passar raiva. Outra coisa cagada são as magias, que você compra usando itens chamados ovos de mana. Tem a necessidade de uma coisa dessa? Não podia seguir o clássico dos manos irem aprendendo conforme passam nível? Pior que não, pois a progressão real do jogo não é por nível, mas sim upando magias e skills. Você ainda passa de nível usando XP, mas também ganha pontos de skill ao usar uma arma, habilidade ou magia, o que vai não só melhorar a skill como também aumentar atributos. Exemplo, uso uma magia de fogo, ganho 25 SP (skill points), ela chega a 100 no acumulado, ganho +1 nível de fogo, +1 de inteligência e fé. Não que o sistema como um todo seja ruim, só é mau implementado, já que é super desbalanceado. Logo no início do game você já consegue se tornar uma máquina de matar sem dó de monstro besta que mal ataca por ficar toda hora atordoado. Complicado! Para encerrar, já que falei sobre a progressão, vamos de exploração. Em Grandia não temos um mapa mundo e segue no estilo mapa Point and Click. Que é muito bonito e não é problema ao meu ver, já que o problema está no tamanho das dungeons. Ninguém aqui curte corredores lineares, eu acredito, mas não precisava colocar mapas gigantescos como se fossem áreas abertas. Ainda mais se não vai ter muito o que explorar nelas e vai servir só para o jogador perder tempo. Sendo sincero isso melhora mais para o final do game, que tem dungeons bem mais interessantes, mas por uma boa parte acho que elas são excessivamente largas. Nossa reclamei tanto que no final nem sobrou fôlego para criticar o tamanho super limitado do inventário que ao meu ver só funciona em Survival Horror e da camera 360 que mais deixa o jogador perdido que ajuda. Sério meus amigos, esse foi o tanto que desgostei da play de Grandia e fui 100% sincero sem querer dar hate à toa. Me diverti muito pouco com as lutas e com a exploração, algo que entendo deveria ser o ponto forte de um RPG. Vou parar por aqui antes que reclame do baixo uso de estratégia nos combates que em suma são tocar tudo que você tem de mais poderoso no inimigo, até porque isso não é uma falha exclusiva desse jogo.
NOTA: 0.8

Barulhama
Não vai tocar no meu aniversário.
Falando de um jogo da era PS1, não vou poder usar a dublagem como muleta para aumentar a nota desse querido. Mesmo que a dublagem seja excelente na versão Japonesa e eficiente na versão Americana. As músicas em si seguem aquele mesmo padrão de sempre, onde são boas, mas não marcam em nada. Estava até tentando lembrar da música de combate enquanto escrevia e no máximo me veio “Vou descer lá para BC”. O que pode falar muito mais sobre o momento musical do Brasil, do que do jogo em si, mas o caso é que realmente as músicas não são marcantes. Algumas músicas de cidades e dungeons passam bem o clima do cenário, mas confesso que tem umas de toque polifônico de Nokia arma de assaltar banco que são dureza de ouvir. Assim como alguns efeitos sonoros, que mesmo sendo bons, estão super estourados. Tive que colocá-los no 30 para terem a noção, pois teve uma hora que parecia que estava cheio de gaivotas aqui no meu escritório. Poxa, me assustei real, imagina a cagaçada que essas bichas não iam fazer aqui, Deus me livre. Também lembrei aqui de tirar mais uns pontinhos, pois esse game não tem uma boa música de batalha final. Entendo o conceito caótico, para um inimigo caótico, onde existe uma mistura de trilhas do game, só achei que não ficou legal não.
NOTA: 1.7

Batom no Porco
É um dejavu atrás de outro.
Eu seria um maluco com uma cara de pau do tamanho do penis do kid bengala se viesse aqui e falasse que esse game envelheceu mal. Sim, essa categoria não é necessariamente gráficos, mas quero salientar que mesmo com umas falhas aqui e ali, essa mistura de sprites 2D e cenário 3D ainda segura bem. Mesmo movendo a câmera em 360, algo que temos que fazer constantemente para não perder itens escondidos nos cantos do mapa, a parada não fica escrota. Comecei achando meio borrachudo os sprites, eu confesso, mas conforme foram me mostrando a expressividade que por incrível que pareça existe mesmo na limitação, meu cu caiu. Os designs das cidades, dos povos deste mundo e até dos inimigos dão um charme muito especial em termos artísticos para esse mano. Isso que nem falei que ele tem aquele quesito que faz meu coração bater mais forte, que é a abertura em anime. Ok, não é bem anime, já que tem muito 3D junto, mas se pensar em Arifureta acho que podemos passar um pano. O que não dá para passar pano é para o uso absurdo de Palette Swap. Puta que me pariu x 15!!! Tem Palette Swap dentro da mesma dungeon meus amigos!! Tem Palette Swap de todos os chefes!!! É um nojo mesmo, meu amigo e minha amiga. Game que tinha tudo para gabaritar esse quesito, custava ter dado uma escondida no Palette Swap??
NOTA: 2.3

Fator Nostalgia
Vi pela revista.
Não era totalmente aquém da existência de Grandia, só não tive a oportunidade de meter minhas mãos quando era um mancebo de médio porte. Uma pena, pois mesmo achando a jogabilidade esquisita e tendo me cansado bastante em vários momentos, tenho certeza que teria esse game no coração se o tivesse jogado antes. Entendo todo o amor dos fãs e só não levem como verdade absoluta o que um homem de meia idade frustrado escreve na internet.
NOTA: 0
Por que perder tempo com essa bosta?
Porque é uma aventura com A maiusculo que vai te fazer lembrar de épocas muito mais simples. Vamos ter um mundo divertido, interessante e que te dá vontade de desbravar. Além de ter personagens extremamente carismáticos que te fazem se apegar como se fossem amigos de infância. Poder esse que muitos RPG’s e animes tem eu hei de confessar. Sem falar que esse game é uma joia da humanidade em termos de JRPG e obrigatório para qualquer um que ame esse gênero. Mesmo criticando bastante, eu acredito que vale bastante a playada.
Por que não perder tempo com essa bosta?
Porque a história vai demorar a engrenar e você pode não querer perder horas e horas da sua vida para receber o que o game tem para te dar. Na minha opinião a jogabilidade também não vai sustentar esse tempo. Gostei bastante do sistema de progressão, que faz cada batalha se tornar importante, mas não acredito ser o suficiente. O game também dá uma boa esticada no final que pode cansar, algo que também acontece com a exploração das dungeons que são muito largas e pouco verticais. Cara, esse game não tem um puzzlezinho ou mecânica de dungeons para dar uma variada. No máximo tem uma armadilha aqui, um botão para apertar ali e um labirintinho acolá. Bem pobrinho mesmo.
Avaliação da Playada
Tempo de Jogo | 63:53:18 |
Save State | 0 |
Detonado | 0 |
Trapaças | 0 |
Game Over | 0 |
Zeramento | sim |
100% | não Magias e Skills (não liberei só as da Sue) Torre da Tentação (que descobri a existência somente depois de zerar infelizmente) |
Resultado | ![]() |
Avaliação do Querido
Lorota | 2.1 |
Playada | 0.8 |
Barulhama | 1.7 |
Batom no Porco | 2.3 |
Fator Nostalgia | 0.0 |
Total | 6.9 |
Dificuldade | um dos jogos mais fáceis que já peguei, só descer magia que tudo se resolve |
Resultado | ![]() |
Conclusão | um jogo com bons personagens, boa construção de mundo, mas gameplay tranqueira |