
Lunar: Silver Star Story Complete
Lunar: Silver Star Story Complete é um remake do primeiro jogo da saga Lunar (e que já fiz post) que vem para “completar” a experiência da versão do trambolho Sega CD. Mesmo o trocadalho do carilho sendo horroroso, cabe bem para explicar a proposta desse maninho aqui, que de fato vem para ser a versão definitiva da história da estrela de prata que ainda não descobri o que é. Não é como se não existisse mais dois remakes de Silver Star, mas imagino que a proposta era para ser definitiva no lançamento. E vocês aí achando que esse papo de remaster/remake é uma prática atual da safada indústria de video jogos. Procurem a quantidade de versões que existem do Final Fantasy 1, do Dragon Quest 1, ou do Ys 1 e tenham uma grande revelação. Sim, eu sei, quando a gente escuta falar em remaster já vem aquele bode monstro e vontade de matar uns quatro pombos. Ainda mais se eles vêm na pegada do The Last of Us que não muda quase nada de uma versão para outra, saem a cada 2 anos e são feitos só para tirar grana de fã tonto. O que posso garantir não ser o caso de Lunar Complete, que além de melhorar muito a narrativa, coloca muitas e muitas cenas animadas de deixar otaku de tico ereto. Acho que ainda falha na jogabilidade, mas sendo sincero, estou só sendo chato e rendendo o bloco com polêmicas vazias para dar ódio no público pagando de entendido. Bem vindos a internet!!
Ficha Técnica
Publisher | Kadokawa Shoten na Japa Working Designs na America DigiCube na versão PC (faria mais sentido estar publicando Digimon, mas ok) SoMoGa na versão mobile (parece empresa de fachada) GungHo na versão remasterizada (sim, remaster de remake) |
Desenvolvedor(es) | Game Arts Japan Art Media GungHo na versão remaster |
Diretor | Toshiyuki Kubooka Kei Shigema Toshio Akashi (em trio para fortalecer o trabalho) |
Produtor | Youichi Miyaji (segue no trampo) |
Designer | – |
Artes | Toshiyuki Kubooka (também segue no trampo) |
Músicas | Noriyuki Iwadare (outro que segue no trampo) |
Plataforma | Sega Saturn PlayStation Windows iOS Android Nintendo Switch PlayStation 4 PlayStation 5 Xbox One Xbox Series X e Series S (senti falta dele no Zeebo e no Zeenix) |
Lançamento | Sega Saturn só JP – 25 de Outubro, 1996 PS1 JP – 28 de Maio, 1998 PS1 NA – 28 de Maio, 1999 Windows só JP – 8 de Dezembro, 1999 Windows só Coreia – um dia de Maio, 2000 IOS – 20 de Setembro, 2012 Android – 26 de Janeiro, 2024 Remaster – 18 de Abril, 2025 |
Resumão para não ficar perdido
Ufa, que alegria, dessa vez não preciso gastar muito tempo escrevendo essa parte, que é a que mais me dá trabalho, afinal é só ir no post da primeira versão que o resumo está lá lhes esperando. Além de vocês me agraciarem com mais um clique, ainda resolvem o meu lado de não precisar ser muito criativo. Todo mundo ganha, não é mesmo? O que? Que que é? Não fiquem me olhando com essa cara não! Não estou mentindo não, a história é a mesma. Tem um pouco mais de aprofundamento, mas é tudo que nem que igualzin. É, Alex querendo ser Dragonmaster, 4 grandes guerreiros do passado, Dragões Misteriosos, Deusa Althena, traição que dá para ver vindo a 500 quilômetros de distância, Luna, Ramus, Nall, Nash, Mia, Jessica, Kyle, Tempest and Fresca, Laike e salvassada de mundo. Está meio raso eu confesso, mas é aquilo lá, sem tirar nem pôr, confia no pai!

Lorota
O que era bom, ficou melhor e a Honda conseguiu se superar.
Já tinha elogiado bastante a narrativa de Lunar: The Silver Star, que mesmo sendo bem simples me agradou. Agora imagina a grata surpresa quando pego o remake e ele melhora tudo que tinha no original. Confesso que me masturbei umas 5 vezes só por causa disso. O esquema ainda segue sendo o clichê de menino aventureiro que se mete em altas aventuras até salvar o mundo da destruição, mas conseguiram não só realinhar os acontecimentos para fazerem bem mais sentido, como também aprofundaram e muito alguns personagens. O que fizeram com a Luna aqui foi palhaçada. Sem muito spoiler, ela saiu de um par romântico meio deus ex-machina, para uma grande motivadora da aventura como um todo. Puta merda, existe uma cena onde essa diaba canta e que me fez simplesmente derramar lágrimas másculas sem motivo. Vou falar mais sobre as músicas quando chegar a hora, mas o uso dela na narrativa também é outro ponto muito interessante. Antes parecia só uma nota de rodapé, ah a Deusa Althena gosta de cantar, que legal! Agora a música não só permeia a relação de Alex e Luna, como também dá um certo direcionamento para como o mundo criado pela Deusa que gosta de música funciona. Porra dei um sorriso largo, quando vi Alex puxando Luna para o barco e não a deixando para trás como é no original. A presença dela na trama fez muito mais sentido agora e que pena que não fui pego de surpresa com o desfecho, já que tinha jogado a primeira versão e ele em si não muda. Seria interessante mudar algumas coisas e termos algumas novas surpresas? Seria, mas organizar melhor os acontecimentos já é a conta. Existem ainda uns diálogos super expositivos para mostrar os sentimentos e personalidades dos personagens, mas confesso que entendo que é algo da época desse game e não espero algo super complexo. Sim, cena de personagem enfrentando seu eu malvado e tomando verdades inconveniente na cara é manjado, mas deixa a turma ser feliz fazendo o conte e não mostre. No final, me emocionei bastante, senti ainda mais apreço pelo turminha e só não dei nota máxima, pois achei a motivação do vilão pior do que o do primeiro. Sem dar muito spoiler, no primeiro o cara fica puto pois um amigo se sacrificou e aqui ele só quer manter o status quo. Achei meio tipo pombinha rolinha de centro de cidade suja.
NOTA: 2.4

Playada
E lá vamos nós!!
Não é novidade nenhuma que não gosto muito desse estilo de combate dos games da Game Arts e espero que já tenham me perdoado pelo que fiz com Grandia. Ainda mais, que vou reclamar de novo nesse mano aqui, que por sinal também tem uma turma que ama. Ele tem coisas melhores que o original? Sim, tem muitas. Como uma arena mais compacta, evitando que os personagens fiquem se movendo demais e perdendo ataques desnecessários. Como uma boa melhoria na IA, fazendo a escolha dos alvos de ataque ser mais inteligente. Como marcação da área de dano dos ataques em área, para não ficar na tentativa e erro. Como Nall ressuscitando seus manos caidos depois da batalha ou durante elas de vez em quando, evitando que você perca aquele XP maroto. Podia citar mais umas aqui e nada disso ia me fazer gostar desse sistema que tenho pouco controle de onde os ataques vão e qual é o real tamanho da movimentação da party ou dos inimigos. Parece uma ideia boa, mas que foi mal implementada como já disse. Porra, nem dá para fazer uma formação defensiva direito nessa naba. Você coloca um personagem atrás, mas os inimigos alcançam ele sempre sem problema, tomar no cu!! Mesma coisa se não tivesse sistema de movimentação. Já comecei a ficar puto de novo, calma, calma, vou pensar em algo bom. Tipo, agora não temos batalha random e os inimigos aparecem no mapa, o que permite desviar deles para evitar as lutas. Se bem que não é fácil desviar, pois a hitbox é zoada, e tem tanto inimigo que dá no mesmo que ter luta random. Vou pensar em outra coisa. Bom, não temos mais batalhas no mapa mundi. Se bem que isso faz removerem os pontos de cura do mapa que facilitavam a vida e o farm só rola nas dungeons mesmo. Se bem que é tranquilo, pois rola respawn de inimigos saindo e entrando dos mapas. O que é algo chato, pois às vezes você sai do mapa sem querer e tem que matar os capirotos tudo de novo. Quem sabe seria bom comentar que agora temos um botão de atalho para fazer save? Se bem que isso faz você abrir esse menu, que é lento para caramba, toda hora. Nossa está ficando difícil agora. Quem sabe eu comento sobre alguns baús terem armadilhas estilo D&D. Se bem que isso só atrapalha e não faz sentido. Humm… acho que não tenho mais nada de bom para falar e vou ter que me estressar mesmo. Puta que me pariu, como é ruim a progressão dessa merda de jogo!!! Caralho, na passagem de nível você sobe 1 ou 2 pontos de cada atributo no máximo. Você passa a porra de 5 niveis e parece que não mudou nada. Vão a merda, não achei meu tempo no lixo, não!! Sem falar que eles tem a pachorra de fazerem todos os inimigos, eu repito, todos os inimigos do game causarem status negativo!! Você enfrenta um macaco no jogo e ele te causa poison. Não basta ele dar 60 ou 70 de dano, ainda tem que me deixar ferrado!! E isso tudo só não é pior que o game te prender nas últimas 2 dungeons, fazendo você ter que reiniciar tudo se não tiver backup de save. Entrou no covil do capeta? Não sai mais, pois não mandei você achar que tinha os recursos suficientes para encarar a encrenca. O game não precisa ser fácil, mas confesso que me sinto muito triste quando os inimigos varrem o chão comigo mesmo tendo grindado uns vários níveis a mais. Não que isso aqui seja um Dark Souls da vida também, mas achei muito desbalanceado de forma artificial. Aí, aí, reclamei tanto que até faltou gás para dizer a merda que é ter um inventário muito limitado e um item ser fixo na sacola de um dos personagens. Acho que vou deixar para a próxima antes que tenha uma síncope. Até porque uma quatrope acho que tive. Também não disse que esse game é um JRPG, mas acredito que tenha ficado claro.
NOTA: 1.2

Barulhama
Agora pelos motivos certos.
Confesso que forcei bastante a barra dando nota máxima para o game original. É de se tirar o chapéu ter um game de 92 com dublagem e uma qualidade de som melhor, mas nada que de fato valesse todo esse estouro. Só não se sintam tristes e nem incomodados, pois venho por meio desta dizer que no remake posso de fato dar a nota máxima por merecimento!!! Ahhhhh ehhhhhhhh!!! Já dei um breve spoiler na parte da trama, dizendo que as músicas agora fazem parte da mesma, só não comentei que a qualidade delas é nível good. Porra, fazia tempo que não ficava com uma música de game na cabeça, como fiquei com o cantarolar singelo da nossa Luninha. E não é só isso não, muitas cidades e dungeons tem músicas muito fodas também. A única música que acho meio fraca é o tema de batalha comum, mas nada que faça remover o merecido ouro. A dublagem americana ainda é canastra para caramba, mas muito melhor que a original. Os efeitos de combate são no máximo legalzinhos eu confesso, mas a trilha tende a compensar. Nesse game agora conseguimos ficar bem mais imersos e ele tem um clima bem próprio, que o difere dos comuns mundos de aventura da sessão da tarde. Como já disse, agora estou dando 2.5 com orgulho e sem remorso.
NOTA: 2.5

Batom no Porco
Tinha minha curiosidade, agora tem minha atenção.
Como eu sou previsível, né mesmo? Não era óbvio que eu ia dar uma nota boa para um game cheinho de cenas em Anime e com abertura? Poxa, quer me pegar mal é ter esse combão da alegria Otaku. Ainda mais que vamos ter Tsunderes, Waifus e moças insinuantes. O caminho para o sucesso e banhos muito, muito e muito demorados. Tirando tudo isso, ainda acho que tivemos um puta upgrade no quesito artes mesmo. A disposição das cidades e masmorras faz mais sentido, o design delas é bem menos repetitivo, os gráficos são de fato muito melhores e com sprites que passam muito mais a vibe dos personagens nas cenas, temos uma variação maior, mesmo que ainda pequena, de portraits que dão mais imersão nos diálogos, os menus são mais agradáveis e tudo parece que tem muito mais vida. Não é top dos tops, pois vamos ter a merda das palette swaps que não tínhamos no original e, tirando os chefes que tem sprites super expressivos, no mais os sprites serão bem limitados. Sim, no final o que importa são as cenas em Anime e nem vem me xingar aqui, pois eu sou desses.
NOTA: 2.0

Fator Nostalgia
Não tinha no 3 por 10.
Sou muito fã de JRPG’s e joguei diversos deles na minha infância/adolescência usando o PS1, que até hoje é meu console favorito. Mas nenhum deles foram de fato games da Game Arts. Não que eu não tivesse interesse, só era complicado achar esse estilo de jogo na banquinha da dona Maria, que é um nome meramente ilustrativo. Tekken 3, Yu-gi-oh Forbidden Memories, Medal of Honor ou Medalha de Honra para os íntimos, Winning Eleven, eram games muito mais fáceis de serem encontrados, do que qualquer JRPG. Nem mesmo o aclamado Final Fantasy 7 era fácil de achar para terem noção. Com isso seguimos zerados nesse quesito para toda essa saga e para mais umas que hoje são bem mais acessíveis de meter o bedelho.
NOTA: 0
Por que perder tempo com essa bosta?
Porque isso aqui fede a JRPG raiz de todos os lados. Se você tem vontade de se aventurar em um mundinho fantástico cheio de coisas viajadas e voltar a tempos mais simples, essa é uma boa pedida. Mesmo se você foi um dos poucos brasileirinhos que jogou a versão de Sega CD ainda recomendo a pegada, pois além de termos diversas cenas animadas, temos uma grande extensão da trama, que vai fazer você criar ainda mais laços com a turma e mundo de Lunar. A trilha também é uma coisa à parte e com certeza está na fina prateleira de melhores de todos os tempos. Na data que escrevo esse post não faz muito tempo que foi lançada uma versão remaster desse carinha em conjunto com o 2, que acredito valer muito a pena a playada, já que deixa o esquema redondinho nos consoles atuais. Se a parada já é bonita em 120 PX, imagina com como fica em 1080tão? Porra, é para nos Otakus unidos batermos palmas de pé glorificando as calcinhas da Roxy.
Por que não perder tempo com essa bosta?
Nem preciso dizer que se você não curte turno ou japonesisse deve passar longe. Mas posso complementar dizendo que esse cara aqui é meio chato em sua progressão a ponto de te deixar meio frustrado. Gosto quando o jogo faz você pensar em estratégias mirabolantes para ganhar as tretas e também quando ele te força a aprender bem as mecânicas. Só não acho que esse seja o caso aqui, pois no final, mesmo sendo desafiador, o que importa é descarregar tudo de mais forte que você tem em tudo que se mexe. Ficou sem MP, compra um monte de restauradores que tudo tranquilo. Se faltar isso, vai no modo esquiva, eventualmente usando magias que dão skip na luta. Porra, sei que estou sendo reclamão, mas o game acerta em todos os outros quesitos, não podia ter um turninho mais básico com um leve sistema de fraquezas? Não precisa ser aquelas planilhas gigantes, só tira essa parte de movimentação e melhora o balanceamento. Posso estar fazendo algo errado? Posso, que sou meio burrão às vezes mesmo, mas juro que estou me esforçando aqui.
Avaliação da Playada
Tempo de Jogo | 34:53:00 (quais o mesmo tempo que o outro, que curioso) |
Save State | 0 |
Detonado | 1 (existe um bug na versão NA que falta um código de um puzzle) |
Trapaças | 0 |
Game Over | 1 (vacilei no mesmo ponto que o outro, mas juro que o game tem culpa) |
Zeramento | sim |
100% | não Baús Vermelhos (O Kyle abre eles, mas só descobri depois de zerar) Cena das Meninas no Banho (perdi o timing dessa punheta indo para o final do game) |
Resultado | ![]() |
Avaliação do Querido
Lorota | 2.4 |
Playada | 1.2 |
Barulhama | 2.5 |
Batom no Porco | 2.0 |
Fator Nostalgia | 0.0 |
Total | 8.1 |
Dificuldade | Não é que seja difícil, mas é bem desbalanceado |
Resultado | ![]() |
Conclusão | É um jogaço, uma obra prima, mas que eu odeio o sistema de combate com toda a força |