
God of War
God of War ou Bom de Guerra para os íntimos é um game de porradaria desenfreada que se passa na Grécia e acompanha as desventuras de Kratos, um humano, que busca vingança contra os Deuses. Mais especificamente contra Ares nesse primeiro jogo, mas não se apressem muito, que logo logo ele vai meter a faca em todos eles sem muito remorso. Essa maravilha playistica foi lançada para o PS2 no longínquo ano de 2005 (nossa 20 anos já), mas vem bem até os dias de hoje. Basta você assumir o controle do nosso Fantasma de Esparta e sentar a chibata nos primeiros esqueletinhos, para ver que está jogando algo fora do comum. Tenho tanto apreço por esse jogo e essa franquia, que vou ter que segurar bastante para não parecer como uma fã débil mental que fica 8 dias na fila para ver a Taylor Swift. Se esse povo tivesse essa mesma disposição no trabalho, com certeza nossa economia não estaria a bosta que está. Faço desde já um compromisso de imparcialidade com vocês, até porque mesmo chupando as bolas do título e série, tenho sim minhas críticas, que são bem pesadas. Não acreditam? Sigam o texto do post para ver. Juro que não é clickbait!! Confia!!!
Ficha Técnica
Publisher | Sony Computer Entertainment (que agora lança tudinho para PC também) |
Desenvolvedor(es) | Santa Monica Studio (pago pau mesmo e que se foda) |
Diretor | David Jaffe (para mim um Javé) |
Produtor | Shannon Studstill (uma mulher potente) |
Designer | David Jaffe |
Artes | Terry Smith Steve “Scat” Caterson |
Músicas | Gerard Marino Mike Reagan Ron Fish Winifred Phillips Winnie Waldron Cris Velasco Marcello De Francisci (justificadíssima a quantidade) |
Plataforma | PlayStation 2 PlayStation 3 PlayStation Vita |
Lançamento | PS2 na América – 22 de Março, 2005 PS2 na Euro – 8 de Julho, 2005 PS2 na Japa – 17 de Novembro, 2005 PS3 na América – 17 de Novembro, 2009 PS3 na Japa – 18 de Março, 2010 PS3 na Austrália – 29 de Abril, 2010 PS3 na Euro – 30 de Abril, 2010 PS Vita na América – 6 de Maio, 2014 PS Vita na Euro – 9 de Maio, 2014 PS Vita na Austrália – 14 de Maio, 2014 PS Vita na Japa – 15 de Maio, 2014 |
Resumão para não ficar perdido
Na pancadaria da vez vamos acompanhar Kratos, um grande porradeiro espartano, que hoje sabemos que não são tudo aquilo que venderam. Ele é marcado por um passado complicado e vive assombrado por suas memórias. E são memórias bem pesadas mesmo, envolvendo até o assassinato de sua familia, coisa cabeluda da cabeluda. Buscando se livrar da dor e encontrar a paz, nosso mano aceita uma missão dada pelos Deuses do Olimpo, que consiste principalmente em salvar a cidade de Atenas que está sendo atacada pelo Deus da Guerra Ares. Que por sinal tem muita culpa no cartório do passado de nosso mano de pele branca. Não que a missão seja simples, claro, pois a jornada vai levar nosso warrior para lugares perigosos, repletos de mistérios e desafios, enquanto confronta uma caralhada de seres mitológicos. É porrada na Medusa, porrada na Hidra, porrada no Cerberus, porrada no Centauro, porrada no Minotauro, que deixaria qualquer professor de mitologia de queixo caído. A jornada também vai mergulhar fundo nos conflitos internos do nosso gritão, ao ponto de entendermos que as escolhas do nosso mano geraram consequências terríveis que o colocaram em um caminho sem volta de poder, vingança, fé e redenção. Em um mundo onde os Deuses brincam com os humanos ao bel prazer, é óbvio, que a coisa tende a ser mais feia que a moça que atua como Ellie na série de The Last of Us, que a princípio não deveríamos comparar com o jogo. Por que não fazer outra história vocês perguntam? E eu respondo, não sei, só deixa quieto por hora.

Lorota
Para mim funciona.
Sabendo que GoW é um game com foco na ação frenética e porradaria, vocês já devem saber por qual caminho eu vou. E sim, vou puxar a carta da proposta novamente na cara dura e não venham me acusar de ser preguiçoso. Vou fazer o que, se o game não tem foco principal na trama e ela serve apenas para sustentar a treta? Puxa, temos uma trama simples de vingança, com um protagonista carrancudo, mas carismático, que funciona bem. Falta trabalhar bem o antagonista? Falta, ele só é um Deus que mexe com a vida dos humanos sem muito remorso, pois afinal é um Deus. Falta trabalhar mais a dor e a tormenta de Kratos? Falta, mas ainda sim dá para comprar o papo do cara e existe uma cena mais próxima do final que dá uma dor no coração. Falta mais desenvolvimento nos NPC’s que ajudam na baixaria? Falta, eles só servem para resolver alguma quest ou morrer por ela, mas sendo sincero, não queria saber mais sobre nenhum deles. No final, aqui o que importa é Kratos e sua jornada e o troço é bruto ao ponto de ninguém criar nenhum sentimento além de raiva o suficiente para querer matar tudo o que se move. Não vou dar uma nota alta, que aí seria sacanagem, mas fica na média.
NOTA: 1.5

Playada
Poderia ter mais porrada.
Ah, saúdem o rei dos Quick Times Events!!! Eu sei que isso parece chacota, mas na moral não é não. God of War é em suma um game Hack and Slash de fatiar tudo o que se mexe na sua frente e entendo que seu maior diferencial é justamente a implementação dos QTE nas finalizações dos inimigos. Muito game depois dele abusou desse sistema ao ponto de ficar manjado e criticado, mas nosso mano aqui não só o usa de forma magistral, como faz o mesmo não ser chato ou desnecessário. Mesmo eu sendo um manco em games de ritmo, fico de pau duro quando tenho que apertar uma sequência de bolinha, triângulo, quadrado, bolinha e ver um monstro ser estripado humilhantemente. Só não curto os de rodar o analógico, mas isso é mais pela minha falta de habilidade do que qualquer coisa. Pensando bem, a jogabilidade de GoW é bem básica em um geral. Temos um sistema simples de progressão onde suas armas e magias vão melhorando usando pontos de habilidade, temos secrets espalhados por tudo que é buraco dos mapas, podemos dar upgrade na vida e mana coletando 6 itens específicos, temos pulo duplo, temos diversos puzzles para deixar claro nossa falta de inteligência, temos ataque de raiva quebra tudo pela frente, temos bloqueio, temos parry e contra-ataque. Tudo isso bem implementado obviamente, mas é bem básico. Claro que na época de lançamento tudo era novidade e foi esse game que construiu esses pilares para hoje outros games seguirem, como a saga Bayonetta que trouxe aqui para o site. GoW também foca em uma jogabilidade super ultra mega brutal, com finalizações super Gore, cabeças e membros rolando, algo que meio que é marca registrada e a gente ama. Porra e como eu amo, amo essa franquia do fundo do meu coraçãozinho e me doi dizer que ela tem defeitos e que esse primeiro game é um dos que mais tem. Imagino que seja justamente por ser o jogo de estreia, que não conseguiram balancear muito os trechos de ação e de exploração. Temos apenas 3 chefes no game inteiro para terem noção. Porra, eu adoro enfrentar um monstro 5 vezes maior que eu onde vou desmenbrando ele aos poucos e não curto nada ficar caindo de plataformas hit kill. Hit kill esse que está muito presente e tem cada sacanagem nessa porra que te vaz repensar no amor com a franquia. Agora já passou o ódio e o amor voltou, mas que a minha relação ficou estremecida toda vez que tinha que passar por plataformas onde o erro era a morte, a isso foi. Tem pontos onde você tem que se equilibrar em varetas com o tamanho do Kratos e ainda desviar de espinhos que é para você xingar até a avó dos Devs. Ainda mais que a câmera do jogo é fixa e resolve trocar de posição nos piores momentos possíveis. Não foi uma, não foi duas e não foram três vezes que tomei game over por me embananar com o meu posicionamento na troca de câmera. Eles bem que poderiam ter focado mais na porradaria que nos momentos de plataforma. Se bem que isso poderia acabar me fazendo reclamar dos inimigos que não sentem os golpes de Kratos e te atacam mesmo tomando combo no cú, o que é insuportável nos inimigos mais poderosos, então melhor deixar como que está. Até porque esse leve defeitinho pode ser corrigido se a gente for mais estratégico nos combates, mesclando golpes, magias e armas dependendo da situação. Enfim, mesmo com esses leves deslizes, ainda amo esse estilo de jogo e GoW segue no meu coração.
NOTA: 2.2

Barulhama
É um show de gritaria.
Que coisa incrível. Basta o primeiro griteiro começar após o logo do PS2 passar para você entender que está diante de um dos melhores trabalhos de som que vai ver na vida. Desta vez não é pura fanboyolagem gratuita, mas sim quase um consenso no mundo dos games. O trabalho de trilha e áudio de God of War é foda até arrepiar cada cabelinho do orificio dentado. Essa porra dá o tom épico que a aventura precisa, afinal estamos enfrentando Deuses e criaturas mitológicas, além de criar uma ambientação que te transporta para a Grécia antiga. Ouvir essa maravilhosa gritaria misturada com tocar de tambores, faz você querer pegar em armas e gritar o famoso “HAU”!! O que na verdade dura até desligar o game, afinal somos um bando de nerds sedentários que mal sabem amarrar os sapatos. Mas falando sério, existem poucas trilhas que fazem você ficar tão imerso quando as dessa saga e para esse game só não dei a nota máxima, pois ele dá uma errada no tom algumas diversas vezes. Mano, às vezes você empurra uma pedra e toca uma música épica como se tivesse matado Zeus. Caramba gente, sei que o esquema tem que ser grandioso, mas segura um pouco esse balanço, se não vira lugar comum. Não que isso ocorra toda hora, que em suma a trilha é bem distribuída e tem momentos calmos bem encaixados, só tem uns que se passaram. Entendo querer aproveitar o máximo, já que pagar orquestra não é barato, só não precisa encaixar de qualquer jeito.
NOTA: 2.4

Batom no Porco
É para bater palmas de pé.
Não temos como deixar de lado que os gráficos desse game estão já bastante ultrapassados. E também não podemos deixar de lado que na época de lançamento o gráfico dessa loucura era algo alienígena. Puta que me pariu de novo duas vezes, que choque tomei a primeira vez que vi nosso mano Clayton enfrentando aquela Hydra 5 ou 6 vezes maior que ele. Era algo tão surreal, tão surreal, que a gente achava de fato que tudo aquilo era mais real que a realidade. E olha, não tenho medo de errar quando digo que até hoje a parada mete pau em muito game mequetrefe nova geração. E isso muito por conta de sua direção de arte de cair o cu das calças até os calcanhares. Tudo está no seu devido lugar de uma forma que parece ter sido desenhado pelos próprios Deuses Gregos. As cinemáticas são muito bem dirigidas e sucintas, as transições de batalha são super fluidas, os cenários são super detalhados e bem ambientados, os biomas apresentados tem vida própria mesmo sendo lineares, o mapa se interliga de uma forma muito engenhosa e vou parar de rasgar seda antes que vocês comecem a me estranhar. Mesmo assim, não tem como, God of War tem que ser emoldurado e guardado para sempre. Os netos dos meus netos tem que pegar isso aqui e sentir a grandeza do que é essa direção de arte, que te leva para um mundo onde vida e morte sambavam nas mãos dos Deuses. Ou como dizia meu ídolo Freddie Mercury “In The Lap Of The Gods”!!
NOTA: 2.5

Fator Nostalgia
Não foi um amor de verão.
Que nojo que tenho de mim por ter jogado esse game algumas vezes na minha adolescência e ter que vir aqui tirar pontos dele. Meu caso de amor começou em uma revista, quando o conheci através de fotos. Sabe, tipo aquela prima do interior de uma amiga próxima que é solteira e você nem imagina que vai ser o amor da sua vida. Ou fazer um filho com você e voltar para o interior vivendo da pensão que você vai pagar. Depois vi alguns vídeos de gameplay no extinto programa G4 Brasil que passava na Band, onde meu coração bateu mais forte. Passei noites e mais noites com o coração apertado pensando em minha paixonite. Mas só consegui confirmar que era mesmo amor quando cheguei na banquinha do 4 por 10 e ele estava lá. Desde aquele dia foram altos e baixos. Tivemos algumas zeradas, tivemos outros encontros em suas outras versões, tivemos compra de console novo para fortalecer e ultimamente um grande afastamento devido a mudança na personalidade. E sim, toda essa palhaçada para dizer que joguei, re-joguei e zerei GoW e tenho uma nostalgia fudida que pode estar muito bem atrapalhando minha visão.
NOTA: -0.5
Por que perder tempo com essa bosta?
Simplesmente porque esse é um dos poucos games que entram nas famigeradas listas de obrigatório jogar antes da morte e que fazem sentido. Além desse game ter consolidado o estilo Hack and Slash, também trouxe evolução para o gênero de ação que nunca mais foi o mesmo. Ele inovou no lance dos QTE’s, na jogatina quase cinematográfica, no uso do mesmo gráfico em game e nas cutscenes, no jeito frenético de seu combate e deve ter muito mais coisa que esse humilde resenhador de video jogos não tem o conhecimento. Gente, não precisa zerar esse cara nem nada, mas vocês devem pelo menos jogar uma horinha que seja. Isso aqui é história dos games e não deve ser ignorado mesmo que muita gente na internet o xingue hoje em dia em detrimento dos games mais novos da saga, que supostamente “melhoraram” não só a gameplay como a história. Não que isso seja uma mentira completa, mas quando eu penso em God of War o que me vem na mente é esse cara aqui e vai seguir sendo para sempre.
Por que não perder tempo com essa bosta?
Bem, se você ainda insiste, acho que não vale perder tempo se você não curtir um game mais preciso e que não tenha muito foco na narrativa. Sendo sincero, GoW não é um game difícil, mas é bem sacana. Vão existir partes onde você vai querer jogar o controle na parede, pois vai morrer de bobeira, já que o jogo espera que você execute uma ação no modo exatamente igual ao que ele pré-determinou. Deu um passo a mais? É dead. Deu um pulo na hora errada? É dead. Deu um hit fora do tempo? É dead. Existe checkpoint para tudo que é canto e você pode tentar e tentar várias vezes, mas vai se sentir ofendido quando o game perguntar se quer diminuir a dificuldade por estar morrendo que nem o maninho do South Park. Nesse quesito quero dar um destaque todo especial para a parte do inferno de Hades que está de parabéns quando se trata de filha da putagem. Puta merda, se equilibrar enquanto desvia de lâminas e anda na direção oposta da plataforma é para fuder!!
Avaliação da Playada
Tempo de Jogo | 08:44:16 |
Save State | 0 |
Detonado | 0 |
Trapaças | 0 |
Game Over | 62 (a maioria foram nos momentos de plataforma, morrendo que nem um tonto nos mesmos lugares) |
Zeramento | sim |
100% | não lista: Zeramento no modo Espartano (no máximo do máximo guerreiro) Zeramento no modo Deus (Deus só no céu) Todos Upgrades (faltou 1, pois perdi uns baús) Todos Troféus (tem que zerar no modo Deus e não digo mais nada) |
Resultado | ![]() |
Avaliação do Querido
Lorota | 1.5 |
Playada | 2.2 |
Barulhama | 2.4 |
Batom no Porco | 2.5 |
Fator Nostalgia | -0.5 |
Total | 8.1 |
Dificuldade | não é difícil, mas é muito muito fã de te matar de graça |
Resultado | ![]() |
Conclusão | um jogaço, que deu início a maior franquia da Sony e quem discorda só está errado |