
SD Gundam World: Gachapon Senshi – Scramble Wars
SD Gundam World: Gachapon Senshi – Scramble Wars (eita nome grande da porra) é um game de estratégia lançado para o sistema Famicom Disk System (FDS), que pelo que entendi é um sistema que lê jogos de disquetes no Nintendinho Japa. Disquete para a turma que não manja, é tipo um pendrive, só que usando um tipo de disco e que não cabia uma foto com 2PX. Épocas mais simples, onde a gente usava internet discada, ficava desenhando no Paint e jogando campo minado. Época dureza na verdade, não caiam no papo de quem diz que era melhor. As músicas e os filmes eram melhores acredito, mas o resto todo era um cu. O game se baseia nos brinquedos Super Deformed (SD) da saga Gundam, que nada mais são que os pais dos famosos Funkos Pops da atualidade, ou seja, bonecos cabeçudos. Não que isso deixe o jogo leve e descompromissado, já que ele é mais um enviado dos confins do inferno. A parte estratégia é bem tranquila, mas os combates, que rolam como jogo de luta um contra um, são carne de pescoço de quinta. Puta que me pariu, mais uma vez me senti um verme lixo e se existe alguém que consegue jogar isso aqui bem, me avisa nos comentários que vou enviar um presente misterioso! Bom ou ruim? Bem, leia o post e tente descobrir.
Ficha Técnica
Publisher | Bandai (que curtia fazer a galera passar mal nessa época) |
Desenvolvedor(es) | Sonata (depois virou a Human Entertainment, que vocês devem conhecer) |
Diretor | – |
Produtor | Bandai (ou pelo menos façamos de conta) |
Designer | – |
Artes | – |
Músicas | – |
Plataforma | NES (usando o FDS como disse) GBA 3DS |
Lançamento | Só na Japa NES – 20 de Novembro, 1987 NES (Rewrite) – 20 de Janeiro, 1988 GBA – 10 de Agosto, 2004 3DS – 19 de Março, 2014 |
Resumão para não ficar perdido
Bem, o que posso dizer aqui é que esse game não tem necessariamente uma trama rolando. Ele traz personagens, robôs e cenários dos animes Mobile Suit Gundam (79), Mobile Suit Zeta Gundam e Mobile Suit Gundam ZZ em SD, mas não rola nenhuma narrativa e é só gameplay mesmo. No entanto, fica mais uma vez a recomendação para assistir esses caras que citei acima. Que são sim muito datados e que vão ofender as crenças do famoso público moderno, mas que são imprescindíveis para amantes dos gêneros de porradaria de Mechas e porque não de Guerra, já que a trama não é bobinha como aparenta em uma primeira olhada. Vai achando que é uma palhaçadinha de robô se batendo para cair do cavalo com críticas ácidas sobre o terror da guerra. Ainda tem um monte de loucura e gente super poderosa (Os New Types que um dia devo falar mais), mas não é só isso.

Lorota
Nem nota de honra.
Como disse, SD Scramble Wars não tem trama e é focado 100% em gameplay, o que deveria me fazer relevar bastante esse quesito, ainda mais levando em conta a época. Só não vou fazer isso devido primeiramente a raiva, mágoa e despeito e segundamente por acreditar que caberia muito bem um modo campanha nessa porra. Me senti tão humilhado tentando jogar esse game aqui, que desta vez não vou aliviar em nenhum ponto, vai vendo só! Mas sério, seria muito interessante que tivéssemos uma campanha que passasse por batalhas recriadas do anime, para pelo menos nos sentirmos na pele dos heróis ou até dos vilões da Saga. Sim, ia ter toda a limitação de recursos e ficaria longe da experiência das batalhas de robôs do desenho, mas levando em conta o período de lançamento já seria o bastante. Além de não termos outras referências naquele momento, nós todos éramos jovens nessa época e todo mundo sabe que jovem é burro. Repetindo, entendo a proposta de ser algo mais casual, mas foi de fato uma oportunidade perdida ao meu ver. Sim, eu confesso, só estou de vingancinha besta, já falei e me deixa quieto aqui lustrando minha plaquinha de Gamer!!
NOTA: 0.0

Playada
Contando é melhor que jogando.
Aqui temos o estranho caso do game que contando é muito melhor que de fato jogando. Ele tem todos os elementos para ser um puta jogo de estratégia, que além de usar as unidades como sendo os robozões do Gundam, nos levaria para os cenários das inúmeras tretas da Saga, mas que vacila por alguns erros de design e vícios da época dos 8 bits. Cuida só como rola o looping de gameplay e me diz que não parece ser massa: Você começa podendo escolher jogar player VS player (o que deve ser foda), player VS com ou com VS com (ficando só de voyeur), depois escolhe a quantidade de tropas que cada jogador vai ter (o que pode desbalancear o combate para quem tem menos tropas), depois se escolheu jogar contra máquina escolhe quem será o adversário (M’Quve, Haman Karn, Bask Om e o lindo, cheiroso e picudo Char Aznable, que são personagens do Anime), depois escolhe o cenário/mapa (que são 9) e vai para a pancadaria, que em suma rola em turnos, onde no seu turno você pode mover as suas unidades pelo mapa levando em conta a quantidade de pontos de movimentação de cada robô VS o quanto é gasto para se movimentar por cada terreno (que são grama, montanha, espaço, vacuo nulo e afins), pode invadir bases e cidades para gerar mais recursos por turno, pode produzir robôs usando os recursos gerados a cada turno (você pode ter 32 robôs no máximo para não fritar o console) e pode batalhar contra uma unidade inimiga, onde a batalha rola como se fosse um game de luta 1 x 1 tendo 60 minutos de tempo até encerrar. Vai dizer que tudo isso que descrevi não parece ser no mínimo divertido? É não é? Sim, muita porradaria de robô com estratégia e só acaba quando alguém perde a base. É foda, vai dizer? Pois é, eu sei que parece, mas aí você pega o controle e quer colocar ele no anus e furar os dois olhos. Começa que essa bosta demora horas e horas para de fato acabar, já que cada jogador só pode realizar 3 ações por turno!!! Você pode ter 32 robôs, mas só pode mover 3 por vez!!!! Você pode de fato salvar no meio das batalhas e voltar a qualquer momento, mas tenha paciência. Isso que nem contei que existe um tipo de campo onde você só pode se mover uma vez por turno. Compreendo que essa lentidão foi proposital para parecer um grande jogo de tabuleiro de guerra, mas tomar no meu cu, hoje não tenho tempo para gastar 4 horas em uma mesma partida. Não que esse seja o real problema aqui, até porque o real problema está no sistema de batalha contra o computador. Puta que me fudeu a carteira de trabalho!!! Os robôs do computador são a coisa mais frenética que já vi. Ela responde a qualquer tipo de input seu da forma mais instantânea possível, não deixando tempo para você fazer nada na batalha a não ser explodir. Você ataca de longe, ele desvia e vem no ataque corpo a corpo, você ataca corpo a corpo, ela foge e ataca de longe, e mesmo você tendo uma unidade muito mais poderosa, vai suar para ganhar um combate. Sério, só consegui ganhar lutas no espaço, onde o campo te move automaticamente e você pode camperar nos cantos da tela. O que não foi suficiente, já que temos luta em terra firme onde meu cuzinho foi comido de todas as formas. Eu precisava de 4 robôs para derrotar um da CPU e mesmo colocando handicap maior para o meu lado, não fui capaz de ganhar nenhuma partida. Sim, não terminei nenhuma batalha e confesso que não acredito ter a capacidade para tal. Nem com muito treinamento. O que também entendo não ser totalmente minha culpa, não sou um true gamer fodão, mas consigo me virar bem em games que me dão as ferramentas necessárias para passar os desafios. Aqui, é só dor e sofrimento e aquela falta de experiência que levava a games com dificuldade desbalanceada. Vocês perceberam que o esquema é promissor, ele tem uma estrutura base interessante, você consegue até ter diferença ao controlar os vários robôs, mas peca ao pesar a mão em como a CPU se comporta nas batalhas. Imagino que jogar contra outro player seja bem mais divertido do que tentar encarar a CPU, só para entender que elas vão acabar mesmo dominando a humanidade. Vou dar uma parada aqui para chorar no banho, mas juro que volto para terminar o post e você nem vai perceber.
NOTA: 1.4

Barulhama
Quase tive um aneurisma.
Tomei um bom banho de 45 minutos, chorei bastante, bati bastante punhetas e agora estou com a corda toda!!! Não vou me deixar abalar por esse jogo que nem saiu do Japão!!! Tomar no Cu!!! Toma logo esse outro 0 que aqui ninguém é palhaço de ninguém!! Ora essa, que absurdo é esse!! Os caras querem colocar esse monte de bips e flicks rodando sem parar durante partidas de 4 horas? Aqui não violão! Fodasse limitação, época e qualquer outra desculpa. Tinha que ter conseguido pelo menos ter uma música por mapa e azar.
NOTA: 0.0

Batom no Porco
Temos que ser justos.
Estou em guerra com esse game e ele me ofendeu profundamente, mas tenho que confessar que a abertura engraçadinha onde dois Mobile Suits SD correm um atrás do outro fazendo palhaçadinha me pegou. Dei risada com os dois e isso me encheu o coração de alegria. Só para depois ser apunhalado pelas costas da pior forma possível e ainda ser tratado que nem lixo. Preferia pegar a minha esposa na cama com outro homem, ver a minha banda de rock preferida cantando funk ou até ter o jogo que mais gosto sendo adaptado pelo Adi Shankar na Netflix, que isso aqui. Porra, levando em conta a época, os cenários são bem feitos, os sprites dos robôs são bons e toda a hud é competente ao mostrar as informações mais importantes para o gerenciamento da batalha. Tenho vontade de dar mais um 0.0, mas não posso, já que de fato esse game em termos artísticos é bem competente. Vou ter que engolir o meu orgulho de videogameiro raiz e dizer que ele merece esses 2.0. Merecia mais, eu confesso, mas também tenho que manter um pouco a minha dignidade.
NOTA: 2.0

Fator Nostalgia
Louco para cometer um crime.
Será que posso descontar uns pontinhos deste cara por ter assistido todos os Animes que ele faz referência? Se eu tinha jogado ele antes? Não, foi a primeira vez que joguei e inclusive ouvi falar. Mas eu tenho até uns Actions Figures do Gundam aqui em casa. Não é o suficiente? Não? Não mesmo? Então ok, vou deixar zerado então, vocês me convenceram que não tem motivo. Eu acho que tem, mas vou seguir vocês.
NOTA: 0.0
Por que perder tempo com essa bosta?
Eu sei lá!! Porque você é um masoquista e quer sofrer muito? Ainda acho que dar uma martelada na bola esquerda seja mais agradável, mas quem sou eu para impedir alguém. Eu também iria para os games mais novos dessa franquia SD, que pelo que vi são mais no estilo RTS e com combates de turno como um Fire Emblem, mas tudo bem se quiser entender onde a franquia começou e os erros que cometeu até ser alguma coisa minimamente jogável. Ah, na moral, joga isso aí não ou pelo menos acha um amigo para testar que vai ser menos traumatizante.
Por que não perder tempo com essa bosta?
Porque não tem uma campanha, o que acarreta e não ter um zeramento, porque as batalhas contra a CPU são dureza e mesmo você sendo um Alexandre o Grande na estratégia não ganha nenhuma partida sem ganhar elas, porque as partidas são lentas e o turno da CPU tende a demorar de forma desnecessária e porque esse game já passou da validade. Para terem uma noção, tive que jogar a versão de GBA por não encontrar uma rom usável para o emulador de NES desse cara. Ele está esquecido no tempo e deve continuar assim. Me desculpem se por acaso existe alguém que ama esse jogo, o que acho difícil, mas vai que, pois gostaria de não ter nem experimentado esse mano.
Avaliação da Playada
Tempo de Jogo | 04:00:00 (e não consegui nem encerrar uma das partidas para terem uma ideia) |
Save State | 0 (não ia fazer diferença mesmo) |
Detonado | 0 (mas dei uma olhada no GameFaqs para ver como jogar, algo que não é claro) |
Trapaças | 0 |
Game Over | 0 (não tive saco nem para perder uma partida) |
Zeramento | não (conto como zerar ganhar de todos os oponentes e em ganhar em todos mapas) |
100% | não Ganhar em todas os 9 mapas Ganhar dos 4 oponentes |
Resultado | ![]() (pipipitchu simbólico por mal ter jogado) |
Avaliação do Querido
Lorota | 0.0 |
Playada | 1.4 |
Barulhama | 0.0 |
Batom no Porco | 2.0 |
Fator Nostalgia | 0.0 |
Total | 3.4 |
Dificuldade | estratégia é tranquilo, mas as batalhas são de tirar os cabelos do anal |
Resultado | ![]() |
Conclusão | um game que tinha potencial para ser divertido, mas que peca na CPU banhada no pó |