
Soul Blazer
Soul Blazer (Soul Blader) é um game de ação com elementos de RPG, que a gente gosta muito de chamar de Action RPG, lançado para o SNES (Famicon) pela Enix. Enix essa que seguia sua vida stand alone naquele momento e até rivalizava com a Square. Quem diria que um dia ambas iam se fundir gerando a poderosa Square Enix, né mermo? É que nem que igual quando o Goku e o Vegeta meteram a fusão no Dragon Ball. Ambos eram rivais, mas se juntaram para formar uma coisa mais poderosa. Difícil devia ser para a Bulma e para a Chichi, que iam ter que transar com meio marido e meio outro cara. O game em si não tem muito mistério, é meter espadada em tudo o que se mexe passando nível e salvando pessoas que foram sequestradas. Se bem que existe uma mecânica de City Building que é o diferencial do mano e que me apaixonei. É uma ideia bem simples, mas eu gostei pra caramba, depois conto mais. História em si é bem marrom menos para ser sincero, mas a construção de mundo é o que pega. Meus jovens, posso resumir esse game em uma única palavra que é simpático. Sério mesmo, esse é um dos jogos mais simpáticos que já trouxe para o blog e vou ter que me segurar para não dar nota máxima. É tipo aquele seu conhecido que te leva na conversa e quando você percebe está financiando uma moto no seu nome para ele. Super perigoso inclusive, fiquem de olhos bem abertos com esse tipo de gente. Fica a dica.
Ficha Técnica
Publisher | Enix (que até então metia uns Dragon Quests aqui e ali) |
Desenvolvedor(es) | Quintet (era unha e carne, queijo e goiabada, cabelo e bunda, com a Enix) |
Diretor | Masaya Hashimoto (está de parabéns) |
Produtor | Yasuyuki Sone |
Designer | Masaya Hashimoto |
Artes | Koji Yokota Masahiko Takai Takeshi Matsumuro Shintaro Majima (na real essa turma é de gráficos, pois não achei um diretor de arte) |
Músicas | Yukihide Takekawa |
Plataforma | SNES (e, infelizmente, nada mais) |
Lançamento | Japa – 31 de Janeiro, 1992 Nas Américas – 27 de Novembro, 1992 |
Resumão para não ficar perdido
Nossa barulheira da vez se passa em um reino mágico medieval com tecnologia para fazer robôs – que no Japão é padrão essa misturança – onde um Rei chamado Magridd perdeu a mão total e fez toda sua gente ser capturada por monstros. É, o cabra ficou na ganância e trocou toda sua gente por moedas de ouro com um bicho capirotesco chamado Deathtoll (sim, ferramenta da morte na cara dura). O cara meteu um Tigrinho do Satanás sem muito remorso. E o pior é que não parou por aí não, pois o Rei também obrigou um cientista chamado Leo a fazer um exército de máquinas mortais para o malfeitor. Falei, perdeu a mão legal. Sim, eu sei, um cientista chamado Leo não passa nenhuma credibilidade, mas confiem que o rapaz é bom. Tanto que com o exército o tal Ferramenta da Morte dominou tudo, fazendo o Deus deste mundo, chamado Master, mandar um de seus “anjos” para resolver a treta. Anjo esse, que não é nada mais e nada menos, que o nosso protagonista. Que no meu caso se chama Dincack, pois é o nome que sempre uso quando temos que escolher o nome do nosso personagem. Aí é nessa pegada que nosso mano vai derrotando os exércitos robóticos e monstruosos do vilão, salvando não só as pessoas, como todos os tipos de seres vivos do reino. E é de todo o tipo mesmo, pois o cara salva cabra, gato, passarinho, cachorro, planta, cogumelo e até porta, que por incrível que pareça são seres vivos nesse mundo. Ou seja, aqui você tem que tomar cuidado com que faz dentro do quarto, pois pode não estar sozinho. Sim, esse é um recado para você que pratica o auto amor com Waifus Dragoas!!

Lorota
Não precisa inventar moda.
E lá vamos nós de novo. Sim, vou dar uma nota boa para esse cara aqui da mesma forma que dei para Lunar, pois os dois estão no mesmo contexto. Não são histórias super complexas e elaboradas, mas atendem a necessidade primária, que é ser pano de fundo de uma aventura divertida. Aqui inclusive, temos até uns temas interessantes sendo abordados. Como reencarnação, ganância, líderes questionáveis e suas ações e até mortalidade. Sim, nada é muito aprofundado e no máximo vamos ter uma meia dúzia de diálogos, mas eles são bem efetivos e não vão agredir ninguém sendo super expositivos. Além do mais, o mundo construído é bem interessante. Mesmo tendo apenas 7 regiões no game e ele sendo curto, sobra espaço para você ver como vivem os gnomos (que eu chamei assim, por serem criaturas pequenas e de orelha pontuda) e os caracois que servem de veículos para eles, como é a convivência das sereias e dos golfinhos, como funciona a comunidade de animais liderados pelo grande cachorro chamado Turbo, além de pegar uma serviçal e um guarda do castelo se pegando as escondidas. Isso dá um charme para o mundo e a gente consegue se envolver com ele mesmo que seja por pouco tempo. Os únicos pontos que não gostei foram o vilão, que é um monstro sem nenhum desenvolvimento, e um romance, que aparece du neida aos 90 do segundo tempo e é zero trabalhado na trama. No mais, mais uma vez o esquema é efetivo para mim e satisfatório.
NOTA: 2.0

Playada
Mais redondo que uma garrafa pet.
Bem, como disse, Soul Blazer é um Action RPG. Então vamos ter um jogo onde terá exploração de cavernas (e similares), batalhas em tempo real e uma progressão de personagem – que é ficar mais forte passando nível com XP ganho em batalha, ou com novas armas ou até novos itens. Para quem já jogou algum Zeldinha, SB, é um Zelda Like com passagem de nível. O que o diferencia, é o sistema de construção de cidade (City Building), ou melhor, reconstrução de cidade. Como disse no resumo, a missão do nosso protagonista divino é salvar os seres vivos do reino que foram sequestrados por monstros e é isso que também vai guiar a gameplay. No caso, nosso mano vai chegar em uma vila deserta, e conforme for destruindo tocas de monstro, vai ir liberando os habitantes do reino, assim reconstruindo as cidades, vilas e assentamentos onde os carinhas viviam. Sim, forcei a mão quando disse que isso era um City Building, mas como não é obrigatório salvar todas as pessoas, meio que dá para enquadrar dessa forma. É, você tem alguns personagens que é obrigado a resgatar para a trama seguir, mas não precisa liberar geral. Você vai acabar ficando mais fraco? Vai. Vai acabar tendo bem mais dificuldades? Vai. Vai perder muito da lore do mundo? Com certeza vai. Vai perder muitas quests? Aham, vai. Vai ser um filha da puta sem coração queria ver se fosse a tua mãe nas garras de capirotos? Sem sombra de dúvida, vai. Mas é algo possível no jogo e que eu aprecio. Na boa, sei que essa mecânica não é nada muito grandiosa, mas eu curti para caramba. Assim como curti a gameplay como um todo. Sinceramente, não tem nada que eu mexeria nesse carinha aqui. Para mim está perfeito do jeito que está. Ou melhor, eu até mudaria um pouco o sistema de magias, pois as mesmas são lançadas através de um espírito que fica circulando seu personagem, o que te faz ter que acertar o timing ao lançá-las, mas ainda assim entendo que é uma boa penalidade em vista que as magias podem causar muito estrago em tudo que se mexe. Também mexeria no respawn de certos inimigos, que acabam ocorrendo sempre quando você tomba uma toca de monstro, mas como isso te força a prestar mais atenção na treta, acho que não é realmente um problema. Também colocaria uma forma de trocar itens sem ser tendo que ir no menu toda hora, já que isso dá uma cansada, mas se o Ocarina of Time de 64 tem esse mesmo problema, quem sou eu para pedir isso em um game 6 anos mais velho. É como eu disse mesmo, a parada é isso aí e não tem porque mexer. Jogabilidade 10/10 ou 2.5/2.5.
NOTA: 2.5

Barulhama
Cheguei a procurar OST no Youtube.
O que eu posso dizer além de que me pegou demais da conta. Sério meus manos e manas, fazia tempo que não escutava uma trilha sonora que me fizesse dançar que nem um frango sem asa perneta durante a play. O tema da fase aquática e o tema do porão do laboratório do Dr. Leo estão sem sombra de dúvidas entre meus top 10 temas. É cada pedrada que fiquei até surpreendido quando reparei que o esquema era foda assim. Nosso mano Takekawa tem que ser saudado de pé igreja!! Os efeitos em si não são nada demais, eu confesso, mas a trilha brilha tanto que nem sobra espaço para mais nada. Cheguei a salvar a playlist para escutar de vez em quando, para terem uma noção da pagação de pau que fiquei.
NOTA: 2.5

Batom no Porco
Nem tudo é perfeito
Aqui é onde acho que esse simpático game dá uma deslizada. Não que o estilo artístico seja ruim ou feio, ele só é básico demais. Principalmente quando se trata dos inimigos. Os capirotinhos são tão sem graça quanto os capirotões e na moral mal lembro deles. Até mesmo o último chefe é só um mago genérico que vira um capetão caveira. Parecem inimigos que você enfrentou em outros games e sem nenhuma relação com esse aqui. Eles têm relação com as fases, pois no mar temos bichos aquáticos, nas masmorras temos caveiras e no laboratório temos robôs, só é tudo sem a menor inspiração. Volto a dizer, não é feio, mas é sem vida. O que não é o caso dos mundinhos, que esses sim são bem massa e tem vida. É cada coisa inventiva nesses mapas de dungeon que você fica com um sorriso no rosto. Uma pena mesmo eles não serem recheados de criaturas diferentes e interessantes, que aí nosso mano iria gabaritar mais uma.
NOTA: 1.8

Fator Nostalgia
Não conhecia, mas já considero pacas.
Bom, esse é mais um gamezito que passei longe do cartucho. Para ser sincero com vocês, a maioria dos games de SNES fui conhecendo ao longo da vida através de vídeos nas interwebs. Não tive o Super quando era criança, já que era caro umas quantas horas, e tudo que joguei, ou foi na casa de amigos riquinhos ricos, ou na locadora da dona Enir. Naquela época o povo jogava no máximo um Street Fighter, um Super Star Soccer ou algum game de plataforma. Era difícil alguém jogar RPG e só fui cair nessas drogas pesadas quando tive meu PS1 quadradão. Por isso, tudo o que vem do gênero para SNES é novidade. O que é ruim por um lado, mas bom por outro. Ruim, pois perdi muitas pérolas (como é o caso de Soul Blazer), mas bom, pois posso as descobrir e me maravilhar (ou odiar) agora (que também é o caso de Soul).
NOTA: 0
Por que perder tempo com essa bosta?
Porque esse jogo é o jogo mais simpático que existe na face da terra. Sério meus irmãos, não estou de brincadeira aqui. Nunca me senti tão feliz jogando um game, como jogando Soul Blazer. É uma aventura divertida, com uma gameplay refinada, pensando na época de lançamento é claro, com uma criação de mundo bacana e uma trilha sonora chiclete que te deixa dançante. É uma aula de como fazer um jogo de video game cativante. Sem falar que ele não te trata como trouxa, te deixando perdido que nem filho de meretriz no dia dos progenitores, além de ter segredos que te deixam satisfeito ao desvendá-los. Se existe o conceito de Comfort Move, existe o conceito de Comfort Game, e ele é representado por Soul Blazer. Que agora me pergunto se não faz parte da saga Souls. Acho que não por ser bem tranquilo e pouco filho da puta, mas fica a dúvida no ar.
Por que não perder tempo com essa bosta?
Bem, o único motivo para não jogar esse carinha é se você não curte uma velharia mesmo. Pois como disse, o game é garantia de diversão. Pode ser que tenha gente que não curta o estilo Zelda de leva e trás de coisas e resolução de puzzles e quests com itens, e que pode não curtir esse cara, mas na moral, deem uma chance que temos uma pérola em mãos que deve ser apreciada. O jogo não é nem grande, dá para zerar em uma tarde com as mãos limpas, bem tranquilo. Não seja chato.
Avaliação da Playada
Tempo de Jogo | 13:00:00 (aproximadamente, que mais uma vez não tem contador) |
Save State | 0 |
Detonado | 4 (uma foi de tonto e as outras foram de curiosidade com quests que boiei em como resolver) |
Trapaças | 0 |
Game Over | 8 (em alguns chefes demorei a pegar o esquema, confesso) |
Zeramento | sim |
100% | sim (para ser sincero o game não chega a ter muito conteúdo) |
Resultado | ![]() |
Avaliação do Querido
Lorota | 2.0 |
Playada | 2.5 |
Barulhama | 2.5 |
Batom no Porco | 1.8 |
Fator Nostalgia | 0 |
Total | 8.8 |
Dificuldade | Fácil, fácil, fácil, que é para você apenas ficar feliz e alegre |
Resultado | ![]() |
Conclusão | Um jogaço que valoriza a diversão acima de qualquer coisa, deve ser jogado por geral |