
Wild Arms Alter Code F é… um remake safadíssimo do primeiro jogo da nossa saga de metedores de tiro na cara de vagabundo. Para geral entender que não é coisa nova fazer remake de games com pouco tempo de vida, que nem o Dead Space.
Esse mano aqui foi lançado em 2003 para PS2, ou seja 7 anos depois que sua versão originária. Tem algum motivo para uma merda dessas eu pergunto? Para mim não, mas tenho opiniões fortes sobre remakes e que podem machucar o coração das pessoas. Como não estou me importando muito com o coração de ninguém e vivo apenas esperando o dia que um novo meteoro vai dizimar nossa raça, vou falar ela para vocês.
Não sou a favor de nenhum tipo de remake, nem de jogos muito antigos como rolou com Final Fantasy 7. Prefiro muito mais que sejam feitos novos jogos e que possam usar do mesmo mundo, personagens e conceitos dos antigos, mas não o mesmo jogo refeito, com gráficos melhores e jogabilidade “moderna”. Acho que remake é atestado de decadência criativa e uma aposta em algo que “tem muitas chances de vender”, pois tem base de fãs.
Isso faz os jogos remakes serem ruins? Claro que não, mas na minha opinião nada especializada, prefiro deixar os jogos originais quietos e que venham coisas novas. Obviamente que mesmo explicando isso, a maioria das pessoas vai me achar fascista, nazista, machista, conservador de extrema direita, mas até aí já estou acostumado e jogo que segue.
Falando do jogo em si, vou fazer um apanhadão de coisas que são diferentes entre as duas versões, primeiro porque estou com preguiça de escrever e segundo porque estou afim. Nem sei porque estou me explicando para um bando de desocupados que perdem tempo lendo blog de jogo retro na internet em 2023.

O primeiro ponto que vou abordar está relacionado a imagem acima, os gráficos. Não tenho como defender os gráficos do primeiro game, que como já falei no post dele, o negócio é nojento. Mas não posso dizer que os gráficos do ACF também são bons não.
Não sei o que rolou aqui, mas os gráficos desse mano são muito, mas muito piores que os do game 3. O 3 temos aquele cel-shading maneiraço que envelheceu bem demais, mas nesse game temos modelos mais puxados para o realismo que só parece que os caras são feitos de borracha. Os modelos dos personagens humanos são muito esquisitos, com a cabeça com pouca proporção com o corpo, nada de expressão, muito magros e cabelo que parece que passaram laque do Silvio Santos. Negócio brabo de se ver, os inimigos até são bacanas, mas os humanos erraram a mão.
Em termos de gameplay, a maioria das coisas do terceiro game foram aproveitadas. Assim os personagens dão aquela corridinha marota na luta, temos o sistema de pular batalhas levando em consideração um contador, temos bônus de xp levando em conta habilidades usadas (acho que não mencionei isso no outro post, mas vocês sabem que isso aqui é bagunça), temos o uso das vantagens com os Personals Skills (PS) e mais um monte de outras mecânicas que já me esqueci.
Mesmo com o que comentei acima algumas coisas foram mantidas do primeiro, como o uso de MP. O que na minha visão é uma merda, pois só o uso do Force já era suficiente. Além de não ter a merda de um item que restaura MP. Acabou o MP durante a luta com o chefe fudido comedor de bunda? Te fudeu, quem mandou não poupar. Se bem que brasileiro já está acostumado a gastar mais do que ganha por padrão. Errado é quem não deve para ninguém! Quem não tem score -100 no SPC.
Outra coisa que foi mantida do original foi a total falta de diálogos por parte do protagonista Rudy. É, ele é aquele maravilhoso personagem orelha e que é mudo. Acho que não cheguei a comentar isso antes, mas odeio personagem mudo! Preguiça do caralho! Vai colocar desenvolvimento nesses bichos! As paradas mais mirabolantes acontecem e o cara não manda nem um “Puta merda, tem um demônio entrando no cu do outro”! Se ferrar! Personagem mudo é o meu ovo!
Se bem que Rudy é um android, pode ser que não tenham colocado a função de fala nele mesmo. Claro que não é isso, mas até que é uma boa teoria. E obviamente que personagem mudo não é específico desse game, pois só o BoF 5 que não é assim, os demais também seguem nessa pegada. Quer dizer, no 1, o Ryu até tem umas 3 falas, mas no mais fica quieto.

Falei antes que a base de gameplay era do WA 3 né mesmo? E muitas das coisas foram melhoradas no final das contas, mas tenho muito que colocar a minha raiva para fora e vou dar uma pistolada no próximo parágrafo, pois preciso muito. Se vocês não querem ler um monte de atrocidades, lhes aconselho a pular dois parágrafos e desculpem…
Falei que a pior coisa do 3 era a quantidade de lutas que apareciam, não é? Pois é, os desenvolvedores acharam uma boa manter assim, os lindos e maravilhosos. Como eu amo essa gente, amo tanto que gostaria de ver eles irem para o céu neste exato momento junto de Deus pai todo poderoso. Obviamente que a morte teria que ser lenta, um tumor cerebral de repente, acho que é uma boa. PUTA QUE ME PARIU!! Tem muita luta nessa porra! É como se BoF 1 e 2 tivessem transado com WA 3. A gente às vezes dá três passos e aparecem 8 lutas, nem é possível isso caralho! Não tem nem um delay entre uma luta e outra! TOMAR NO CU 35 VEZES!!
Falei que foi mantido o sistema de escolher as lutas que você vai encarar, o que deveria ser uma coisa boa né? É, mas não é não, pois os caras acharam de bom grado dar um downgrade nesse sistema e aumentar a taxa de lutas onde você é emboscado! CHUPAR O CU DE UM MECÂNICO DE AVIÃO! Os filhos da puta dos personagens estão sempre sendo emboscados! Eles são cegos por um acaso? Tem TDAH? Eles são tontos? Sim, existe uma habilidade que diminui essa taxa, mas te tomar no cu com essa porra!
Você quer explorar uma dungeon ou resolver um puzzle e toda hora você é emboscado nessa CARALHA! Se bem que faz sentido, os monstros não iriam parar e esperar os belezas fazerem essas coisas. Iam usar esse tempo para atacar. Mas isso aqui também não é realidade não, é game, já basta na rua que a cada esquina você pode cruzar com dois vagabundos em uma moto.

Falei que ia parar de xingar nesse parágrafo, mas se fodam e aprendam a não confiar no que eu falo, pois vou xingar mais um pouco. Além da jogabilidade, umas side-quests do game 3 foram “reaproveitadas”. Temos a fazendinha feliz, abertura de mapa, caça a todos os baús (que não fiz), caça a chaves secretas (que dão extras no pós-game, não falei isso no 3 também) e o maravilhoso abismo. O abismo é uma dungeon de 100 andares, cheia dos monstros mais depravados do game e com o chefe mais casca-grossa no fim. Ele é opcional, mas se você não tem o mínimo de amor pela sua vida, lhe convido a entrar nesse sofrimento.
PUTA QUE ME PARIU 18 VEZES! Fiquei com tanta raiva fazendo essa porra que quase quebrei o meu teclado gamer de 2K! Que vontade de me jogar na frente de um ônibus! Imagina a delícia que é descer esses 100 andarezinhos com um monte de luta e emboscadas! Que também não é só descer simplesmente, pois a porra é um grande labirinto. Eu desejo do fundo do coração que os desenvolvedores da Media Vision, nunca mais consigam passar por um sofá sem bater o dedo mindinho na quina do mesmo. Eu amo demais essa rapaziada!!
Para parar um pouco de xingar, vou comentar um pouco dos sistemas que foram melhorados. O primeiro foi o do Force, que agora não tem mais base no nível do personagem. Isso facilitava muito a luta, mas acredito que quebrava o game. Agora o FP começa do zero e vai existir uma habilidade que pode mudar isso. Assim sendo, não vai ser todos os manos que vão sair já tocando o fodasse nos inimigos.
Não que não tenha como quebrar o game, pois existe uma forma muito simples de farm de level e grana bem no início. Não vou revelar esse ouro aqui, mas é só jogar na net que é fácil de achar. O que posso dizer que esse game é o mais fácil de chegar no LV 100. Isso mesmo, é 100, não 99. O que é uma heresia, mas deixo passar, já falei muito mal desse game para isso ser uma coisa que me afetou. Além de que no 3 já era 100 também.
Outro sistema que melhorou muito foi o de feedbacks em batalha. No game 3 você não sabe de forma nenhuma se um personagem está com um buff ou um debuff. É tudo no imaginário e conta de turnos. Tanto que era fácil tomar uma magia no meio do rabo, pois o reflect acabou e você não sabe. No ACF temos tudo escrito direitinho e o controle é maior. Pelo menos uma os caras tinham que acertar.
Também temos a implementação de cenas em CGI, que dão uma dinâmica mais interessante para a narrativa. O gráfico é lixoso e os modelos parecem caricaturas de vitrine dos anos 2010? Sim, mas é legal um filminho. Vocês gostam de filminho? Eu gosto! E se você pula os filminhos, sua vida deve ser muito triste!
Outra coisa diferente é que nesse jogo os guardiões só podem ser invocados por Cecilia. O que para mim é mais interessante que geral poder usar. Porra, a mina é uma sacerdotisa escolhida e os caralhos a quatros, deixa só ela usando o poder. No final das contas, a invocação é como se fossem magias de alto nível, mas é massa.
Falando em personagens, aqui também vamos poder usar mais do que os 3 originais Rudy, Jack e Cecilia. Também vão poder ser recrutados Emma, a cientista maluquinha inventora de um super motor, Jane, a loirinha espevitada que arrasta uma boa asa para Rudy, e Zed, que é o demônio alívio cômico que não consegue entrar para os 4 generais. Além deles, também vai existir a possibilidade de jogar com o mordomo de Jane, que não lembro o nome, e Mariel a mocinha Elw que é a única que sobrou em Filgaia e ama flores.

Não sei se expliquei bem, mas os Elw’s são o povo originário de Filgaia, que tem uma grande ligação com a natureza e tecnologia. Uns maconheiros do vale do silício. Essa raça aparece em todos os games até aqui, e só agora reparei que eles tem umas orelhinhas de vaca. Isso é para mostrar que não sou preconceituoso, por mais que me chamem disso direto na internet!

E a abertura? Ahh, não podemos esquecer dela não é mesmo? É, quase tive um infarto quando não começou o jogo com ela, achei que não existia. Cheguei a morder meu monitor e vocês podem ter certeza de que iria ao Japão ter uma conversa com essa gente se não tivesse. Pois a abertura existe, mas ela só aparece depois de terminar os prólogos e ao dar load em algum save. Ela não é igual a outra, mas a música sim, então nada a reclamar, só levantar o som e se masturbar.
Como é foda essa música! Não tem para ninguém! Sem clubismo agora, é a maior abertura de todos os tempos. Superlativos a gente vê por aqui não é mesmo?! O bom é que não preciso repetir a piada da abertura do um, pois essa é melhor mesmo.
Bom, e a história? É a mesma do outro, sem tirar nem pôr. Sim, vamos ter cenas levemente diferentes, algumas batalhas mudadas, mais diálogos e o design das dungeons totalmente diferente, mas no final a treta e a conclusão são as mesmas do original.
Nossos manos vão tentar impedir a invasão de seres alienígenas tecno orgânicos, chamados de demônios, ao planeta Filgaia, que já está bem fudido depois de uma outra tentativa de invasão. Para isso vão atrás do poder dos Guardiões e usam um cristal mágico chamado Gota da Lágrima, para deixar tudo sussa. Bom, é a mesma coisa do post do 1, se quer saber mais volta lá e me dá mais esse view!
Uma coisa que muda na história e que é heresia, são os prólogos. Não que a história em si mude, mas você não pode escolher qual ordem fazer. Isso muda alguma coisa na narrativa e gameplay? Nada, mas era uma marca registrada e que queria reclamar aqui.
No mais então qual é o balanço final? Não sei. E estou sendo sincero. Realmente não sei o que concluir. O jogo em si não é ruim, tirando a taxa de batalhas, mas ainda parece que falta alguma coisa. Sei lá, o original parece ter muito mais alma que isso aqui. Só não sei explicar, se eu pudesse escolher agora jogava o original com gráfico escroto e não pegava nisso aqui mais não. Coisa de maluco, né mesmo?
Bom, vou me despedindo por hora e fica a dica, melhor que pensar em algo novo é requentar uma ideia já validada e ganhar dinheiro com fã trouxa!