Wild Arms 3

Wild Arms 3 é… o game mais velho-oeste da série disparado! Jogando você chega a passar calor e ficar com sede. A minha mesa e cadeira ficavam cheias de areia sempre que jogava essa porra, uma loucura! Sem falar que quase fui picado por uma cobra quando vacilei! Muito Foda!

Também arrisco a dizer que ele é o game mais divertido da saga, ou até, o melhor game da saga!

Ele foi lançado entre 2002/3 para o PS2, tendo os mesmos envolvidos de sempre. É um JRPG padrão, mas com tantas novidades e melhorias que vou ter que tirar o chapéu. A parada é muito boa mesmo! Sem ser puxa saco e sem nostalgia, porque a primeira vez que joguei foi time.now();.

Começamos com algo que já dei uma leve pincelada, a estética. Aqui temos um jogo quase 100% feito em cima do estilo velho-oeste. Tudo vai ser desértico, os personagens vão usar poncho, vestido longo, sobretudo, chapéu, botas, jaquetas com franja, vamos ter tribos indígenas, cidades decrépitas, saloons, tiroteio em cima de cavalos, assaltos a trens, e mais uma cacetada de coisas que vão lembrar um bang-bang.

Sim, ainda vamos ter demônios, androides, dragões, lolis, magia, summons e outras coisas padrão Japão. Mas mesmo assim a estética vai ser Western. Inclusive as dungeons vão na maioria ser temáticas. Tem umas naves e torres tecnológicas aqui e ali, mas passam no meio do resto.

Só podemos falar aquelas duas palavras para os designers e artistas que montaram o estilo artísticos desse game…

Falando em termos de gameplay, a parada foi tão modificada que mesmo lembrando os antecessores parece um game totalmente à parte. E a maioria das coisas mudaram para melhor.

O primeiro ponto está na batalha, que continua de turno, mas os personagens vão ficar se mexendo na arena a todo momento. Eu acho esse esquema bacana, mas é meio estranho ver os manos correndinho sem ter algum destino. Não reparei se estar mais perto ou longe dos inimigos muda algo em termos de dano, mas é maneiro a corridinha.

O segundo ponto de alteração é que todos os personagens usam ARM’s, no caso armas de fogo. Cada um vai ter um tipo de arma, que vai definir o seu estilo de luta. Pistola, rifle, shotgun e metranca! Caralho, até que enfim! O nome dessa merda é Wild Arms e se passa no velho-oeste! Puta merda!

Outra coisa que alterou foram os Guardiões/Summons/Runas que ao atrelar a um personagem agora não só permite o uso do bicho, como concede habilidades mágicas, as Arcanas. Isso eu já não curto tanto, mas é liberdade, é liberdade.

Nas runas dos summons também podem ser atreladas opções de vantagens, que colocando PS’s (Personal Skills para quem não lembra) vão conceder habilidades especiais ao personagem equipado com a runa. Aí, o cara vai poder ser imune a fogo, raio, veneno, curar mais, dar mais hits em um combo e assim segue ao longe.

Isso permite um fator de estratégia que vai agregar muito na gameplay. Não vai ser mais aquele lance de só jogar o que tem de melhor no cu dos monstros. Várias batalhas vão ter condições especiais e dominar esse sistema vai ser imprescindível para a vitória. Sério mesmo, mesmo nos níveis mais altos, você não vai simplesmente arregaçar o que passa na sua frente. Muito, bom, já tinha reclamado duas vezes disso.

O sistema Force permanece e segue a mesma coisa do 2, com seus prós e contras. O que faz a real diferença nas tretas, são as condições de batalha. Onde vamos ter usar de strategy na build dos PS’s. Se você não montar um esquema bom, com certeza vai tomar muito pau! A sorte que o sistema de continue permanece.

O que também segue é o sistema de poder pular as batalhas. Com uma certa limitação, mas permanece. Você agora vai ter um contador que diz a quantidade de batalhas consecutivas que pode pular, para não virar casa da mãe joana também! Se esse contador chegar a zero, toma batalha no seu rabo sem choro!

Falando em batalhas, vou já comentar a coisa mais chata desse jogo, as batalhas aleatórias. Puta que pariu! Tem um monte delas! Perderam a mão legal! Parece BoF 1 e 2! Às vezes você vai ter saído de uma batalha e vai entrar em outra em um passo! Os caras não colocaram nem um delay entre uma luta e outra. Era só adicionar uma variável de controle nessa porra gente! Quase colocaram tudo a perder em um jogo tão maneiro!

Normalmente deixo uma caralhada de coisas de fora dos meus posts, mas estaria cometendo um pecado mortal se não comentasse sobre o principal ponto de Armas Selvagens 3. FUKING BATALHAS EM VEICULOS! Puta merda! Isso é foda demais! Vamos ter 3 veículos durante o jogo e na boleia de todos eles vão existir batalhas. É muito badass! E faz muito sentido em um jogo com estética de velho-oeste! Mais uma vez parabéns aos envolvidos!

Também é bom comentar que os gráficos agora são 100% 3D e que continuam bacanas. É o que já comentei antes, jogos cel shading do PS2 são lindos demais até hoje! Coloca umas melhorias gráficas no emulator que é mais sucesso ainda!

Acabei não falando antes, mas esse game também tem uma abertura em anime. É boa? Nhé! Infelizmente nenhuma vai bater a do jogo um, inclusive é uma boa lembrar dela que faz mais sentido. Acho que coloquei ela pouco!

Para não acostumar vocês mal só falando bem, vou reclamar de duas coisitas! A primeira é um sistema de baús pós lutas que é de arrancar os cabelos do cu! As vezes, de forma aleatória, ao invés de você ganhar as recompensas da labuta, elas vão estar dentro de um  baú. E ele deverá ser aberto por um dos 4 personagens, levando em conta seu atributo sorte. Se ele errar você pode ou perder as recompensas ou sofrer dano. DANO! DANO! E às vezes é metade da vida. Vão tomar no cu. A sorte é que existe um sisteminha de bolsa de HP que regenera o mesmo depois da luta, se não era para foder. Confesso que roubei muitas vezes nessa parada, que se fosse na honestidade não me arriscava a abrir porra nenhuma.

A segunda coisa que vou reclamar está vinculada a história. Ela é muito boa em geral e um pouco mais dinâmica que a anterior. Um pouco, pois ainda tem muito diálogo. O problema é que constantemente os personagens vão ganhar as batalhas em gameplay, mas vão perder na história. Contei pelo menos 9 vezes que isso acontece! Caralho, você vai lá, monta uma estratégia, gasta um monte de itens, senta o sarrafo nos chefes e chega nas cutscenes e eles tomam no cu! Que broxante! Nada a ver!

Spoilers


A treta em si começa em um trem, afinal estamos no velho-oeste. Lá nossos quatro personagens principais, que são Drifters (aventureiros), se encontram ao tentar impedir o roubo de um artefato mágico.

São eles: Virginia, uma mocinha sonhadora e justa que está atrás de seu pai desaparecido, Gallows, um índio fanfarrão alívio cômico que não está muito afim de seguir as tradições de seu povo, Jet, um chatinho cheio da onda que perdeu suas memórias, e Clive, um pai de família que trabalhava como arqueólogo.

Após esse primeiro encontro nossa turminha resolve se juntar e formar um time. É meio sem motivo mesmo no início, mas logo conseguem um objetivo em comum. Que nada mais é que salvar Filgaia de novo, afinal esse planeta está sempre na merda! Tem que dar uma olhada nessa parada aí, já está pedindo música no Fantástico caceta!

Podemos dividir então a aventura em quatro grandes tretas. A primeira é a corrida para encontrar outro artefato mágico chamado Brilho Eterno. Que é uma traquitana que pode trazer os demônios de volta à vida. É, aqui temos os bichos meio mecânicos, meio humanos de volta. Só não são aliens, quer dizer são, não aliens mesmo, tá, já já explico…

Falei que é uma corrida, pois nosso time vai enfrentar mais dois times de Drifters. O primeiro é o de Maya, que é composto por ela, que é uma loirinha cheia da onda com a habilidade apelona de poder usar poderes de personagens fictícios, Alfred, o irmão mais novo da líder, Todd, um samurai que usa black power e apropriação cultural, e Shady, um gatinho falante, porque é isso aí mesmo!

O segundo time é o de Janus, um mano chato para cacete, cheio da onda, que fica tirando sarro sempre, que eu odeio com todas as forças, que é um macho escroto machista que apoia o patriarcado e é bobo! Deu para entender que não curti esse maluco, né? E ele anda com mais dois papagaios de pirata que nem vale comentar nada não.

A corrida em si é ganha por Janus e seus capangas, pois que nem já falei nossos manos vão perder muitas vezes. Ele em posse do artefato usa seu poder para benefício próprio, mas no final toma um cacete e perde para a turma.

Com isso começamos a nossa segunda treta das quatro, que é contra um grupo chamado de os Profetas. Eles são uns manos que querem “ajudar” Filgaia a evoluir transformando geral em demônios. Bem tranquilo! O grupo é composto por Melody, uma mocinha vaidosa que só quer ser bonita, Malik, um loirinho aguado que quer trazer a mãe de volta a vida, e Leehalt, o grande líder e idealizador da treta toda.

Também vão existir mais dois inimigos nesta segunda treta. O primeiro é o golem Asgard, que aqui é um vira casaca do caralho pau mandado dos Profetas. Traíra! O outro é Janus. Sim, de novo esse merda! Só que aqui ele está virado em capeta, pois os Profetas meteram o Brilho Eterno nele, que no final das contas era uma lança das trevas.

Depois de muita pauleira, nossos manos chegam a base dos profetas, que se chama Yggdrasil. Nesse lugar também é encontrado Werner, o pai que foi comprar cigarro de Virginia. Ele explica que ele e os Profetas fizeram parte de um grupo de pesquisadores chamados de conselho dos sete. Esse grupo então encontrou uma biblioteca dos capetas chamada Hyades, que lhes concedeu sabedoria para criar um sistema que foi batizado com o nome da base, no caso Yggdrasil. Esse sistema tinha como objetivo revitalizar Filgaia usando nano-robôs, mas quando utilizado, um erro ocorreu e o contrário aconteceu. Transformando Filgaia no deserto que é hoje.

Nossa, que puta treta né mesmo? Acho que me perdi nas primeiras linhas. Só sei que no final os Profetas queriam usar de novo o tal sistema Yggdrasil para acumular energia para transformar todos em demônios. Claro que nossa turma os impede, quer dizer mais ou menos, pois depois dessa luta a terceira treta começa.

Essa treta tem relação com um velho conhecido nosso, Zeikfried (Sigfried aqui, mas quis manter o nome do 1). Mesmo impedindo os Profetas a energia acumulada trás o líder dos demônios de volta, ao passo que ele toma o corpo de Janus, que já vai tarde.

Nesse ponto temos mais várias tretas, até que geral chega a torre Ka Digel, para fechar as referências. Lá o mano é enfrentado junto com a versão demoníaca dos Profetas. Também é revelado que os demônios na verdade são humanos que evoluíram, esses humanos vieram da terra e são os antepassados dos que vivem hoje em Filgaia. É, nesse jogo, os humanos fugiram da terra que tinha dado ruim e colonizaram Filgaia. Claro que mataram a raça que já vivia no planeta chamada Elw, pois como já vimos no Avatar os humanos são chinelões nesse ponto mesmo.

Outra revelação é que Jet é um tipo de android (como rudy do um) que foi construído a partir das memórias de Filgaia quando era um planeta verde e azul. Eu entendi o que isso quer dizer? Sinceramente não! Vamos fazer de conta que isso não aconteceu. Seguimos…

A chinela então canta para o lado dos demônios e quando tudo parece estar se encaminhando para o final, a quarta e última treta estoura. Após a derrota de Zeikfried, o real mal se revela, uma menina super fofinha chamada Beatrice. Que na verdade é um demônio dos sonhos que vive dentro da tal biblioteca de Hyades.

Mania essa de colocar o vilão final como sendo uma criança né? Acho que é porque de fato eles são capetas enviados pelo belzebu! Tomar no cu, teve um filho de um amigo meu que resolveu que era uma boa ideia dar um ponto na caixa de gordura aqui de casa! Quase morreu o infeliz! Tenho certeza que se morresse a culpa ia ser minha ainda por cima!

Nesse ponto é revelado que Beatrice enviou Hyades para os sete e fez que eles ferrassem Filgaia de propósito. Também ficou mandando sonhos para Shane, o irmão mais novo de Gallows, para tentar roubar o poder dos Guardiões que o garoto conseguia usar. Fez também um mano chamado Lamium formar uma religião que acumulava relíquias tecnológicas para montar umas máquinas que spamam demônios. Resumindo, tocou o fodasse em geral! Bem sapeca essa menina!

E isso tudo foi para o quê? Para ela construir um mundo novo com as memórias roubadas do pessoal de Filgaia, onde ela poderia ter um corpo e viver de verdade. Como ela era um ser imaterial de sonhos, até que é plausível isso! Pena que nossos manos não acham a mesma coisa e mandam ela e seu novo mundo para puta que o pariu!

Depois disso, é tudo alegria, os manos seguem as aventuras e tentando achar uma forma de corrigir as cagadas que geral meteu no planeta.


Ah, resumi, mas é legal, vai dizer? É legal manos, confiem. Tem um monte de lutas repetidas? Tem para caralho, você enfrenta o tal Janus umas 12 vezes. Mais um dos motivos que odeio esse personagem. Mas a gameplay também é bacana. Tem uma caralhada de side quests que são um cu? Tem também, mas dá para passar reto. No fim a balança (meus ovos) é positiva vale a pena dar uma pegadinha de leve nele.

Bom, até mais ver então e não convidem amigos que tenham filhos para ir na sua casa!

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