Wild Arms 2

Wild Arms 2 é… uma sequência da série Wild Arms, mas que não segue diretamente a história do anterior. Ele vai se passar em um planeta com o mesmo nome, Filgaia, e ter uns elementos parecidos, mas a história não tem porra nenhuma a ver. Como acontece com os jogos da saga Final Fantasy.

WA 2 foi lançado em 1999 pela Sony e foi desenvolvido de novo pela Media Vision, além de escapar do final do mundo de cu cuspido! Ah, verdade, para quem é mais novo não pegou esse lance né? Bom, para resumir, quando chegasse o ano 2000, o filho do capiroto ia chegar e meter o louco na terra.

Kkk, isso era só muita cachaça na cabeça do povo no final das contas. A única treta que deu na virada dos anos 2000, foi com os calendários dos computadores que não estavam esperando voltar para 00, o famoso bug do milênio. Aconselho geral ir atrás dessa história que é fantástica também.

Voltando, o game em si também tem um subtítulo em algumas versões, que é 2nd Ignition. Que faz parecer que o game está naquela série merda de animes que ninguém manja o que está acontecendo, mas dizem que sim para pagar de cult. O Evangelion.

Graças ao Amado da Quintessência Da Terceira Estrela de Davi, esse game não tem nada haver com o anime e é sim um JRPG que evolui a versão anterior.

Não que isso seja motivo para ele ser bom, que por incrível que pareça o anterior é mais legal. O que corrobora com essa opinião é que a maioria das pessoas não o jogaram, e do game 1 passaram para o 3. Por muito tempo, inclusive na PSN haviam esses dois games e não o 2. No dia que escrevo esse post ele já está, mas demorou.

Para começar com o que piorou, vamos na abertura. Deixei bem claro no post anterior que a abertura do 1 é a melhor de todos os tempos. Já essa daqui, o máximo que posso dizer é: Nhé! Na moral não fede e nem cheira. Não é ruim e nem boa, é só uma abertura, dá uma curtida:

Como esse jogo tem 2 CD’s ele tem uma outra abertura que não melhora muito as coisas no final das contas. Para não deixar a moral cair, vou colocar a do jogo 1, pois se ainda não comentei é a melhor de todas.

Em termos de gameplay, temos o básico de antes com algumas leves alterações. A primeira que posso comentar é a troca de 3 personagens para 6, o que adicionou um sistema de gerenciamento de party. Que não é ruim, não chega a ser um BoF 4, mas não atrapalha em nada.

Lembram que comentei sobre o sistema de Force? Pois é, ele está de volta, só que foi ampliado para ser usado em 100% dos casos. Ou seja, você não vai ter MP, só FP. Isso é bom e ruim no final das contas.

Bom, porque além de unificar o sistema de batalha e você só focar em uma barra, também gera o fator estratégico que tinha comentado antes. Você vai ter que parar e pensar em alguns turnos para frente sempre. Pois algumas habilidades só são liberadas depois de muita treta.

Ruim, porque o sistema quebra fácil. No começo a parada é complicada, pois o FP só aumenta quando os manos levam porrada e quando a luta começa o inicial está relacionado com seu nível. Aí, nível 1, sai com FP 1, para usar os ataques legais só tomando muita porrada (ou com item, mas vocês entenderam). Quando você chega no nível 50, os ataques mais fortes já estão disponíveis no primeiro turno. No 99 então, os rasga cu já saem de cara. Coitado dos monstros.

Manos, tem um personagem que consegue dar 13K de dano no primeiro turno. É covardia demais. Sim, vão ter uns chefes cabeludos que são secretos, mas na maioria vai ser passeio no parque. Nesse ponto, voltamos ao mesmo problema do primeiro. 0 estratégia, só macetar magia e mísseis em tudo que se mexe.

Algo que é novo é um sistema chamado de Personal Skill(PS), que são pontos que podem ser distribuídos para acelerar mais a progressão de alguns atributos. Aí, você pode melhorar a build dos manos, fazendo um persongem com pouco HP, ter um HP decente. Já disse antes que não curto essa parada não, mas é liberdade no final das contas.

Também temos uma alteração nas summons do game, que são runas equipáveis desde o primeiro. A diferença é que aqui além da runa permitir o uso do guardião (summon), também vai adicionar uma habilidade especial que pode ser usada em batalha. É super útil isso? Não, mas está aí.

Rolou uma alteração em termos gráficos também. No primeiro a única coisa em 3D eram as lutas e aqui tudo é 3D tirando os personagens fora das lutas. Vocês me perguntam se ele envelheceu mal também? E sim envelheceu, mas em comparação ao outro é uma obra de Michelangelo. Para começar os personagens principais em batalha não são SD (super deformed), o que não fazia sentido antes, já que só eles eram assim.

A exploração do mundo também mudou. Eles adicionaram um sistema que chamo de sonar. Ele serve para descobrir as dungeons, cidades e itens no mapa, pois eles não aparecem de cara. Isso faz sentido? Para mim não, é como se os manos fossem cegos! Porra, você pode não saber onde um lugar é, mas não enxergá-lo a dois passos já é demais!

No gif acima o cara está quase dentro da cidade, mas não a enxerga! Isso aí é uma pataquada sem tamanho!

Os últimos pontos que quero comentar em termos de gameplay, são a possibilidade de pular lutas e o continue. Aqui antes de uma luta aleatória rolar uma exclamação vai aparecer e se ela não for vermelha você vai poder decidir se a enfrenta ou não. Bacana né? O continue é simplesmente a possibilidade de repetir lutas perdidas usando um item chamado gimel coin. Também é bacana né?

Poxa, poder pular lutas e repeti-las sem precisar dar load? Vai dizer que não é massa? Eu pelo menos curto. Deixa o gameplay mais dinâmico pelo menos.

Vamos ter também a adição de um bestiário, um sistema de emboscadas diferentes, vários tools para cada mano, muitos chefes secretos, muitos guardiões secretos e mais um monte de coisa que não vale a pena comentar 100%.

Infelizmente tenho que dizer que os puzzles aqui já não são mais tão legais quanto antes. Vão existir vários que para resolver no mínimo você vai ter que estar formado em matemática para entender a lógica. É, aqui você vai ter a confirmação de que de fato é apenas um acéfalo.

No final, não parece que esse mano é pior que o primeiro, mas a minha sensação jogando é de que sim. Isso pode ser simplesmente minha nostalgia reversa. Aquela decepção quando você tem uma memória muito boa de uma coisa, mas quando vai ver de novo não era aquilo que você se lembrava. Até porque tenho uma história com Armas Selvagens 2.

É, tenho uma história com ele e que vou compartilhar com vocês, mesmo se não quiserem saber. Wild Arms 2 foi o primeiro jogo de JRPG que joguei em toda a minha vida. Isso aí, perdi a virgindade dos jogos com milhares de linhas de texto nesse game. E ele me introduziu a esse mundão de adolescentes que salvam o mundo.

Peguei o jogo emprestado com uma amiga, após ela me explicar o que era esse lance de jogo de RPG. Obviamente que eu só queria pegá-la e nem pensei muito na hora. No final das contas acabei nunca pegando ela, que era lésbica, e hoje tenho um blog com um monte de posts desse estilo de jogo. Essa é a vida!

Além da desventura amorosa, tive uma ao tentar zerar o jogo. Essa versão que peguei emprestado era a Japonesa, aí imagina o tempo que levava para descobrir o que tinha que fazer na parada. Sem falar que para descobrir o que uma habilidade ou item fazia, era só no teste mesmo. Nossa, levava meses para avançar no jogo. Ia em todas as cidades, cada canto do mapa, falava com todos os NPC’s, até que algo diferente acontecia e seguia o mesmo ciclo para descobrir algo novo. Bons tempos que tinha tempo para perder! Sem boletos para pagar! Sem ter que trabalhar! Isso que era vida!

Bom, nem preciso dizer que levei quase um ano para terminar o primeiro CD, e quando terminei tive a grande descoberta que existiam games com mais discos, kkkk! Achei que estava zerando o esquema, mas ainda tinha o CD 2. Até aí, estava ok, fiquei feliz que tinha mais coisa para jogar. O problema foi pegar emprestado o jogo 2, pois o jogo não era da minha amiga e sim de um amigo dela. O cara demorou muito tempo para me conseguir a parada e para fechar a decepção, ao colocar o CD na bandeja, não carregou no meu game!

Aff! Para resumir a saga, só consegui zerar completo para fazer esse post! Aí a minha decepção quando peguei ele e não achei tudo aquilo que estava na memória. Porra se eu sofri tudo isso, ainda jogo JRPG e isso é por causa desse mano, ele deveria ser muito melhor do que é! Desculpem pelo desabafo, mas o sentimento é real!

E a história? Bom, ela é bem interessante em alguns aspectos, mas acho muito truncada. Existem muitas cutscenes e diálogos que se encadeiam, que torna a parada maçante pra caramba. Na moral, tem horas que você só quer jogar e os manos estão falando e falando. Jogos de RPG tem muito diálogo mesmo, mas aqui passaram do ponto!

Spoilers


A treta então começa com nosso protagonista principal chamado Ashley. Ele é um mano de cabelos azuis, mas que não vira dragão, e no lugar é um soldado. E ele é um bom soldado, desobedece algumas ordens que acha ruim, mas é um bom soldado. Tanto que entra para um grupo de elite chamado ARMS.

Esse grupo de elite foi montado de forma independente de qualquer um dos 4 reinos de Filgaia e segue os ensinamentos de uma grande heroína que viveu a mil anos no passado e enfrentou um demônio chamado Lord Blazer.

A merda começa quando a cerimônia de formação desse grupo é invadida por um tipo de portal, que transforma geral em demônios. Incluindo nosso mano Ashley. A diferença é que ele meio que fica consciente e inclusive volta a ser um humano. E isso tudo se dá por uma conjunção de coisas malucas.

Quando todos são possuídos por capetas, Ash é possuído pelo tal Lord Blazer. O bichão tenta tomar conta do nosso mano, mas o espírito da guerreira do passado, chamada Anastasia, e sua espada mágica seguram o bicho. A partir desse evento Ashley vai conseguir usar o poder do demônio, podendo se transformar em um cavaleiro negro e de fogo. É, temos leve transformações aqui!

Ashley acaba sendo salvo por Irving, um almofadinha rico que tem uma estranha relação com sua irmã Altaecia. Bem no nível Game of Thrones mesmo. O mano não só salva o nosso herói, como assume o ARMS recrutando novos guerreiros que tem como principal objetivo salvar Filgaia de qualquer treta.

Os novos guerreiros são: Brad, um emo ex-soldado que foi preso por crimes de guerra, Lilka, uma maguinha fofa que sofre de síndrome do impostor, Tim, um menine que pode usar o poder dos Guardiões, Kanon, uma ciborgue parenta direta de Anastasia que morre de vontade de matar Ashley por causa do capeta em seu corpo, e Marivel, uma vampirinha super inteligente que está super deslocada no mundão velho-oeste. Inclusive Mari é uma personagem opcional, mas que vale a pena ir atrás, fica a dica.

Muitas aventuras rolam com esse time, mas a principal treta se dá contra um grupo terrorista chamado Odessa. Que tem muita vontade que o proletariado tome conta, que sejam taxadas grandes fortunas, que as grandes corporações não existam e que o patrão se foda.

Esse grupo é composto por: Liz e Ard, uma dupla de lagartos alienígenas alívios cômicos que não tem graça nenhuma (me identifico com eles na real), Antenora, uma assassina profissional que na verdade só quer se vingar do líder do esquema usando seu corpinho (é, essa mina transa com o líder para ele se apegar e ela fazê-lo sofrer quando morrer! Puta Plano!), Caina, um tipo de mago místico que usa uma chave que abre portais (inclusive foi ele que fudeu a cerimônias do ARMS), Judecca, um assassino sádico que só quer matar geral, Ptolomea, um soldado bombado que usa um gancho impossível de erguer, e Vinsfeld Rhadamanthus, o grande líder e idealizador do grupo.

Depois de muitos enfrentamentos, nossa galera invade a nave base desses malucos e a parada se define. Quer dizer, meio que se define, pois Vinsfeld confessa que estava buscando poder para enfrentar um mal maior que estava por chegar.

Mesmo parecendo uma desculpinha furada, o mal maior realmente vem após a derrota de Odessa. Esse mal é um tipo de mundo paralelo que está tentando engolir Filgaia chamado Kuiper Belt. É tipo um choque de realidades. Uma fumaçada foda! Nem tente entender!

Nossa turma então tenta achar uma forma de derrotar esse esquema, mas como ele é uma entidade sem forma a parada não é simples. Com isso o mano Irving toma uma medida drástica que leva todos até um Guardião que deu vida a Filgaia, o Guardião da lama. Outra fumaçada, não se apeguem!

Antes da luta final com a entidade/planeta/mundo, a turma descobre que Irving era um dos principais apoiadores de Odessa. E ao confrontá-lo, ele diz que estava simplesmente querendo que todos os reinos se juntassem para estarem preparados para o real perigo. Estava meio que criando um pretexto para o mundo se juntar, como o vilão de Watchmen fez para quem leu essa HQ. O filme não existe!

Como já vimos que Irving não é gente boa, ele também explica seu plano para derrotar Kuiper Belt. Ele mete o boneco em sua irmã e prende o mundo no feto que está crescendo. Nem quero comentar mais nada sobre isso aqui…

No final, Irving e sua irmã se sacrificam para dar a chance da nossa gente enfrentar o mundo, que na verdade é um feto, que é o filho dos dois, que está servindo de receptáculo… puta merda, aqui já se passaram demais! Olha esse bicho aqui!

Dá para ver o fetinho e o negócio tem forma de útero! Ah, esses Japas tem sérios problemas!

Depois de matar o feto mundo, geral fica triste, afinal acabaram de meter um aborto e matar os pais. Aí o Lord Blazer que está em Ashley entende que é um bom momento para tentar tocar o fodasse no mundo de novo. Ele também acabou absorvendo energia negativa depois de toda essa bizarrice.

Óbvio que o bicho é parado por Ashley, usando o poder de Anastasia e sua espada mágica e o poder da amizade. Com isso Filgaia é salva de ser comida e geral volta para suas vidas. Inclusive Ashley mete gêmeos em sua namoradinha Marina, que aparece um monte no game, mas que não escrevi nada para não inchar demais o texto.


É, no final, o desfecho dessa treta escalona demais. Se ficasse só na luta entre nossos manos contra Odessa, que é o CD 1, acho que seria muito melhor. Esse lance todo de incesto, feto e mundo paralelo acho too much. Mesmo assim, acho que o jogo vale a pena ser apreciado.

Ah, esqueci de comentar também que a versão americana do game foi traduzido com o rabo e muitos diálogos não fazem nenhum sentido. Acho que só jogaram no tradutor! A parte de humor com os lagartos e nossa turma é super sem pé nem cabeça. Isso realmente prejudica a experiência final.

Bom, vou indo nessa de novo e não façam sexo com seus parentes, isso é feio!

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