
Wild Arms é… um dos primeiros jogos de JRPG do meu console favorito, PS1. Ele foi desenvolvido pela grande empresa Media Vison e publicado pela própria Sony. Vocês conhecem a Media Vision? Claro que não conhecem, ninguém conhece essa porra! Se você respondeu sim, parabéns você é um modinha do caralho!
Manja aqueles caras que dizem que leram todas as histórias dos Guardiões da Galáxia? Que conheciam os livros do Game of Thrones antes da série? Que jogaram todos os jogos de Megaman, mas não sabem nem o que é uma tela de seleção de fase? Esse tipo de gente! Para com isso agora, que um dia isso vai vir morder a sua bunda! Quem avisa amigo é!
O lançamento do maninho da vez, se deu em 1996 para os Japinhas e em 97 e 98 para o resto do povo. E falar que o troço envelheceu que nem vinho vagabundo de garrafa de plástico deixado no sol.

Eu realmente adoro esse game, mas não tenho como defender o gráfico não! Chega a dar dor nos olhos de olhar isso aí! É mais quadrado que o Minecraft! Que os vídeos que a minha internet carrega! Pai nosso que estais no céu!
Não que isso o define, somente pode ser um grande empecilho, principalmente para pessoas mais novas e que não tem nostalgia. Para tirar essa imagem horrenda da mente, vou colocar a abertura em anime que ele tem que é simplesmente épica!
Puta que me pariu! Se é louco! Cheguei a soltar uns 4 rojões aqui de tanta felicidade. Essa abertura é a melhor de todos os tempos, pode colocar contra! Essa música é sensacional, vai dizer? Vai dizer?
Essa abertura casa com toda a estética e grande chamariz da série das Armas Selvagens. Para quem não manja, esses games tem uma estética chamada Western Punk, onde temos uma mistureba de velho-oeste, fantasia e tecnologia. É muito tiro na cara de malandro, na moral. Você vai parecer estar em um grande impasse mexicano de filmes de bang-bang! Às vezes vão aparecer umas lolis aqui e ali, mas isso não importa.
Wild Arms, é um jogo de JRPG como já comentei, com tudo que tem de direito. E é isso aí! Na moral, ele é o básico do básico, sem grandes inovações. O que posso e devo salientar é que esse básico é tão gostoso que faz valer a pena.
Sabe, um hambúrguer gourmet de carne de bisão do himalaia com queijo de cabra dos alpes é bom, mas não bate um feijão com arroz bem feito. E é o que ele é, um feijão com arroz bem feito e divertido.
Vamos ter um mundo aberto com veículos para exploração, batalhas por turnos, dungeons, gerenciamento de itens, lojinhas, gerenciamento de equipamentos, progressão de personagens com níveis, sistema monetários, lutas épicas de chefes, aquela coisa toda que amamos. Pelo menos eu amo, que o povo de hoje em dia não é chegado.
O que vale ressaltar em termos de novidade é que cada um dos três personagens do game tem mecânicas únicas em batalha e que se complementam. Um usa os ARM’s, trabucos, berros, tiros e que podem ser realizados upgrades. Outro vai usar técnicas de espada, que podem ser aprendidas observando o ambiente à volta. E outra vai usar magia, que vão poder ser liberadas usando um tipo de matriz de magia.

Outro ponto legal é o sistema chamado de Force, que são ataques especiais que podem ser executados consumindo uma barra à parte do MP. Essa barra é aumentada a cada novo turno, o que faz você pensar em estratégias bacanas para usá-las bem.
Também é uma boa falar sobre o sistema de tools (ferramentas), que são traquitanas que os personagens usam exclusivamente e servem para resolver puzzles dos mais variados. Aí temos bombas, isqueiro, sonar de item e mais um monte de coisas.
Também vale ressaltar que o sistema de condução de party em Wild Arms não segue o padrão de fila indiana, e que usamos um personagem só por vez. O que pode atrapalhar em alguns casos. Não vou mentir, pois é chato ter que trocar o personagem controlado para outro, só porque é o outro personagem que tem a tool certa para passar por um puzzle.
Agora, os puzzles são realmente um show à parte. Puts, a maioria deles é muito foda e usam direto essa mecânica das tools. E não são coisas absurdas que só Einstein conseguiria resolver, você vai conseguir resolver de boas. Se eu consegui, geral consegue. O que dá uma satisfação, uma sensação que você não é um completo acéfalo.
O ponto mais negativo desse amigo aqui, é a dificuldade das batalhas. Não que seja difícil, é exatamente ao contrário. Se você estiver fortão, vai passar o carro em tudo o que se mexe, zero estratégia. É chegar na luta e socar no cu dos monstros as melhores habilidades. Claro, se você estiver fraco, os monstros vão fazer o mesmo com você, porque o fator estratégia é bem básico aqui.
No nível 99, com as armas mais fortes, com as armaduras mais fortes e os acessórios mais fortes, é GG easy. Falo isso, pois alguns RPG’s mesmo você estando uma máquina de matar, vão ser lhe impostos empecilhos que vão fazer você suar a camisa para achar uma solução de vitória. Sem dar muito spoiler, nessa mesma série vão ter jogos melhores nesse sentido.
Para não ficar para baixo com isso que acabei de comentar, vou colocar o vídeo da abertura desse jogo, que não sei se falei, mas é uma das melhores aberturas de todos os tempos.
Em termos de história, temos uma história bem interessante e até intrigante em uns dados momentos. A progressão dela é bem boa e segue um padrão meio anime que eu gosto muito. Tipo, nossos heróis vão enfrentar um grupo de vilões que são uma organização X, e aí vai rolar várias batalhas entre eles até o derradeiro encontro final. Mas ou menos isso. Eu que sou um Otaku safado que adora Ecchi quase se goza pelo menos.
O ruim em termos de história é que tem muita lore em livros que são encontrados durante a treta. Poxa, me mostra essa lore, não fica deixando tudo escondido em texto não! Realmente não sou fã dessas notas para lore não, só sou a favor se for para acrescentar algum detalhe sobre o cenário onde os personagens estão.
Spoilers
A treta da vez começa com os três protagonistas se encontrando na cidade de Adlehyde. São eles: Rudy, um aventureiro calado que mete bala na cara dos inimigos, Jack, um espadachim obcecado por conseguir poder que anda com um ratinho sabichão chamado Hanpan, e Cecilia, a princesa de Adlehyde que também usa magia e pode conversar com umas entidades chamadas Guardiões.
Esses guardiões inclusive são as summons do mundo de Wild Arms e vão estar sempre presentes. Nesse jogo aqui eles tem relação com uma grande guerra que aconteceu no passado e que logo vou comentar.
Nossos heróis no início não tem muita coisa em comum, mas quando um ataque de demônios acontece na cidade a coisa muda. Esses demônios são seres alienígenas meio orgânicos e meio mecânicos, que já estão a um tempo tentando dominar o mundo do jogo, Filgaia, que aliás está pela hora da morte.

Esses demônios na verdade chegaram à terra a 1000 anos atrás e entraram em confronto com seres chamados Elws, a humanidade, os guardiões e uns robôs gigantes conhecidos como Golens. Essa guerra foi quem trouxe a decadência de Filgaia. Foi muito tiro porrada e bomba, a terrinha quase não aguentou. Tem até lugares onde a parada ficou 100% deserto.
Após o ataque a Adlehyde, o rei, que é pai de Cecilia, morre e um cristal chamado Gota da Lágrima é roubado. Cristal esse que contém a essência da vida e pode ser usado para fazer o contrário contra a humanidade. Ou seja, a morte. Isso faz a nossa turma partir para o fight contra os monstros, buscando a ajuda de um Golem chamado Asgard, uma mecânica genial chamada Emma, um capitão de navio mal amado chamado Bartholomew, uma coisinha fofa chamada Mariel que é a ultima Elw de Filgaia e que ama flores, uma mocinha linda metida a bandida conhecida como Jane Calamidade e o poder dos Guardiões.

Durante a treta nossa gente vai enfrentar os Quarter Knights, que são os grandes generais demônios. São eles: Belselk, um tartaruga ninja que só odeia a humanidade, Lady Harken, uma guerreira orgulhosa que tem um tipo de relação com Jack, Alhazad, um cientista maluco que adora usar humanos inocentes como brinquedo, e Zeikfried, o grande líder e cavaleiro bolado que usa uma lança.
A turma também vai acabar enfrentando dois manos que não são de fato generais, mas que vão tretar direto. O primeiro é Zed, um ninja que serve de alívio cômico e tem o sonho de se tornar um dos 4 generais. Mas que não consegue, afinal são 4 generais e não 5. Se ele entrasse teria que mudar toda a marca, é foda. O segundo é Boomerang, que também é um ninja sanguinário caçador de humanos e que vive andando com um guardião lobo chamado Luceid. O merangue em um dado momento entra para os 4 cavaleiros, o que para mim é vacilo com Zed!

Caralho! Tenho que parar um pouco aqui para comentar esse modelo! Isso foi feito com o cu! Que bicho escroto! Meu Jesus!
Depois de muita porradaria e brigaçada, nossa turma chega ao covil dos demônios, que é a nave onde os bichos chegaram na terra. Lá, eles são ajudados deliberadamente por um cara misterioso de capa e enfrentam a mãe dos demônios, a Mother, que para quem não manja é mãe mesmo. Estranhamente os generais não protegem a bicha e a chinela come solta para o lado dela.
Com a derrota da mãe, todos acham que a treta está resolvida, mas só acham mesmo. Os generais demônios ainda estavam vivos e prontos para dominar a raça humana. Inclusive o mano de manto que ajudou a turma era Zeikfried. Eles no final se revoltaram contra a mãe, pois entenderam que ela queria destruir Filgaia e não conquistá-la. Isso porque a raça dos demônios é uma raça destruidora de mundos e não conquistadora.
A treta seguindo temos umas várias revelações. A primeira é que Rudy não é um humano e sim um android que foi criado na guerra a 1000 anos. A segunda é que a mãe não morreu e em um dado momento a bicha até entra no corpo de Zeikfried. A terceira é que Jack na verdade era um cavaleiro de um reino que foi invadido pelos demônios e que Lady Harken é sua companheira e amada Elmina, que foi levada na invasão sendo transformada em capeta pelo FDP do Alhazad. Esse também é o motivo de Jack estar constantemente atrás de poder, ele se culpa pelo que aconteceu, acha que foi fraco.

Depois das muitas revelações, nossa turma tem que enfrentar os demônios em uma torre chamada Ka Dingel, que servia de transporte para um tipo de colônia espacial. Essa colônia chamada Malduke era usada pelos humanos antes da guerra de 1000 anos para exploração espacial. Em Wild Arms também temos o lance de a tecnologia do passado ser maior que a dos dias atuais. Acho que esses caras estão querendo nos dizer algo no final das contas! Será que é para a gente parar de evoluir tecnologicamente? Para não dar merda! Acho que não, é só efeito das drogas usadas pelos roteiristas mesmo.
Em Malduke a turma enfrenta uma cacetada de Golens que foram reprogramados pelos demônios e também a fusão da mãe com Zeikfried. Nesse ponto os bichos também usam um cristal negro, que foi criado a partir da Gota da Lágrima, para deixar Filgaia ainda mais na merda. Só que com a vitória dos nossos manos no final, a Gota da Lágrima misturada com a força dos Guardiões faz tudo voltar ao normal.
Nossa gente então volta para Filgaia, mas no caminho são atacados por um decrépito Zeikfried, que foi jogado em uma outra dimensão. Pelo menos foi o que entendi. Ele toma um cacete, mas o plano na verdade não era derrotar os heróis e sim sobrecarregar a dimensão e explodir Filgaia. Eita, que maluco matreiro esse! Meteu um: “Se eu não vou jogar, ninguém vai e vou levar a bola para casa”! Parece criança!
Para sorte de Filgaia, o golem Asgard tem uma armadura e escudo foda e consegue segurar a explosão. Isso com o preço de sua vida mecânica. Com isso a treta é resolvida e nossos manos voltam para suas vidas com o objetivo de seguir ajudando Filgaia a voltar aos tempos aureos, que mesmo com a treta resolvida o negocio está esbagaçado para caralho!

Com isso, o que podemos dizer? Entendo quem não quiser jogar esse mano aqui devido ao gráfico ou por ter um gameplay básico, mas garanto que ele é divertido e a história é interessante. Ele inclusive é encontrado facilmente hoje em dia, qualquer site de roms… opa… quer dizer… na PSN para você pode encontrá-lo de boas. Então se você não se importa com gráficos e sim com diversão, vai na fé eu agarantcho!
No mais, vou encerrar com a abertura em anime fodástica desse jogo, que acredito que não cheguei a mostrar antes.