
Phantasy Star 2: Text Adventures é… um joguinho de texto baseado no PS 2 que foi lançado somente no Japão para o sistema SegaNet do Mega Drive (Sega Genesis) e que o moço que vos escreve quase passou batido. Eu sabia que essa pérola dos vídeos jogos existia, mas achava que como ficou só no Japão não tinha como eu jogar, já que ainda não sou fluente em Japonês. Conheço algumas palavras como Sashimi, Honda, Playstation, mas ainda não é o suficiente.
Por sorte, ou não, existem traduções do game feitas por fãs e que me permitiram poder desfrutar do jogo. Existem até traduções para o português BR, falar para vocês. A comunidade de Phantasy Star no Brasil é forte, o que não consigo entender, já que em suma tem muita merda nessa saga.
Ei, estou de zoeira, ok? Não vão querer se juntar e ficar me queimando por aí! Já é complicado ter um blog em 2023, não precisa complicar mais. Estou fazendo piadas aqui! Se bem que algumas coisas de fato são minha opinião mesmo, mas façam de conta que não.
Para trazer um mínimo de informação para esse blog lixo, vou contar um pouco sobre o SegaNet, que eu sinceramente não conhecia. Se você procurar por gadgets e serviços de consoles na internet, vai achar uma infinidade de coisas e a maioria absurdas. Tem arma, luva controle, dispositivo para aceitar CD, dispositivo para 3D, dispositivo de captura de movimento, controles de papel e serviços de jogos online, que é o caso do SegaNet.
Você então comprava um tipo de adaptador que podia ser acoplado no console e que permitia você plugar nele um cabo de rede para navegar na internet e jogar uns joguinhos excluvies. É, você acha que serviços como Steam, Game Pass e PSN nasceram a pouco tempo? Você não sabe é de nada inocente. Modelos de games online já eram moda em 1991.

Recomendo dar uma pesquisada sobre sistemas de jogos online dessa época para verem o quando o pessoal era ousado nos primórdios. Nego já estava com a cabeça em 2023 nos anos 90, vai tirando esses Japas para bobo para ver se eles não aparecem com um Gundam voando por aí.
Já falando do game, ele foi lançado entre 90 e 91 e vinha em 8 capítulos. Um para cada um dos personagens jogáveis em Phantasy Star 2, como uma forma de aprofundar mais seus backgrounds e lhe dar mais motivação.
O game para mim é simplesmente um adventure. Para quem não manja, adventure é aquele estilo de jogo onde você vai executando ações através de menus e texto, não tendo um controle livre do personagem. Uns famosos nesse estilo são Monkey Island, Grim Fandango e Full Throttle.
Alguns lugares definem que TA na real é visual novel, o estilo também de texto e que dependendo das suas escolhas a trama muda. Mas não consigo vê-lo dessa forma, já que ele não tem múltiplas escolhas e a trama é linear. Ele não tem o sistema point and click que é comum nos ADV’s, mas não vejo que isso define esse estilo a ponto de TA não se enquadrar.
Esse pessoal aí está somente sendo preconceituoso, se o jogo se identifica como um ADV, ele é um ADV. Parece difícil de entender uma coisa simples assim? Se ele quisesse ser um FPS ele também podia, mesmo não sendo de tiro em primeira pessoa. Papo encerrado!

Em termos de gameplay, ele é basicamente essa tela da imagem acima, mudando apenas o estilo da borda para cada um dos personagens. Sempre tem o texto com a descrição do que está rolando na parte inferior, deixando em amarelo pontos de atenção. Dois portraits acima, um para o personagem que está sendo jogado e na outra eventualmente algum inimigo. E na esquerda das imagens as opções de ação, que fazem o jogo andar.
As opções são as seguintes:
- Mover (Move): Que apresenta os lugares que seu personagem supostamente pode se movimentar. Digo supostamente, porque é tudo na base do imagination, o personagem não se move mesmo. Até tem um sprite dele que aparece na tela, mas ele é mais parado que a Dona Florinda. As opções normalmente são norte, sul, leste e oeste e às vezes aparece subir ou descer.
- Olhar (Look): Que faz o personagem olhar alguma coisa. Normalmente um item ou lugar. Essa é a opção que dá dicas das coisas e que gera alguns eventos na trama.
- Pegar (Take): Que faz o personagem pegar algum item e carregá-lo consigo. Caso não tenha nada a pegar um tipo de alerta de falha é lançado, parecendo quando o pessoal responde alguma merda em quiz de televisão.
- Usar(Use): Que obviamente usa algum item, causando um efeito de ação e reação na cena. Também é usado para batalhar, mas logo comento melhor o sobre o mini sistema de batalhas.
- Largar (Drop): Que larga algum item no chão. Normalmente usado quando o personagem está cheio de coisas. O que acontece sempre, já que o cara só pode carregar uns 8 itens. Poxa, 8 também já é um número bem grande, tenta carregar uma espada, uma vassoura, um canhão laser e um gato para ver se você consegue!
No mais é isso aí o gameplay, você vai se movendo, olhando tudo que é coisa e lendo suas descrições, pegando tudo que aparece em amarelo no texto, usando as coisas e largado o que não quer mais por aí que nem o Luiz, o Espalha Lixo.

Falei que também existe um mini sistema de batalhas né mesmo? É, vamos falar dessa naba que nem sei porque existe. Em algumas salas você vai se deparar com inimigos e esses inimigos vão entrar em combate com o seu personagem. Aí, você vai na opção de usar item, escolhe uma arma e a trocação se inicia. Ah, mas se eu não tiver pegado nenhuma arma para lutar? Se fode, vai tomar um cacete e se não tiver como fugir, é game-over.
Caso você tenha a arma, uma animação de dados rolando vai acontecer. A soma desses dados vezes a quantidade de hits que a arma pode ter vai ser o seu dano. Algumas armas vão ter mais hits e ou mais dados para a rolagem. O dano então é aplicado no enemy e se ele não for de base, a rolagem acontece do lado dele causando dano no seu personagem. E assim vai até alguém morrer.
Bem simples né? É, até demais. Esse sistema de rolagem de dados parece legal no início, mas quando você percebe que isso é puro uso de RANDOM(), fica puto!!! COMO ODEIO COISAS RANDOM()!!! QUE VONTADE DE MATAR QUE INVENTOU O RANDOM()!!!
Caralho, não tem sentido isso! Muitas vezes você vai morrer e não tem como ter reação nenhuma. Não foi sua culpa, você não está fraco, você não cometeu nenhum erro. Simplesmente teve “azar” nos dados. Desde quando que isso aqui virou a Blaze!! Tomar no cu! Tem um monte de lutas que são resolvidas usando ações ou um tipo de item. Por que não é tudo assim? Ia ser tão mais fácil.

Caralho, que tanto dado tem nessa imagem aí! Não sei se tem como fazer isso no jogo ou se nesse caso o cara trouxe de casa esses a mais. No máximo vi o uso de 6. Achei no mínimo suspeito isso. espero muito que seja Fake News e que vocês percam horas tentando fazer.
Comentei que se você perder uma luta da game-over, e você não entendeu errado. Seu personagem pode morrer de várias formas. Deixando de pegar um item, tomando uma ruim em batalhas que devem ser ganhas, caindo em uma armadilha, entrando em lugares que não deveria, falando com alguém no momento errado e mais umas aí.
Isso é chato? Muito, mas na real faz sentido com a proposta. Para quem não sacou ou até nunca viu um, esse game é para ser igual a um livro jogo. Imagino que a galera de hoje nem saiba o que é um livro, diga lá um livro jogo, mas ele é um tipo de livro que você além de ler também tem algum tipo de gameplay. Onde você vai progredindo na história usando indicações de página.
Tipo, o livro diz assim: “Seu personagem encontrou uma garrafa de Caninha 7 belo”, e aí em baixo da as opções: “Se ele bebeu, vá para a página 69”, “Se ele fez uma macumba, vá para a página 666”, “Se ele usou para desenferrujar sua espada, vá para a página 13”. Aí você chega na página 69 e o livro diz: “Fulano morreu de cirrose galopante” e você tem que voltar e ler do início. Alguns inclusive vão lhe pedir para fazer rolagem de dados para ver o que acontece a seguir.

Obviamente que lendo, você pode roubar, mas em algo eletrônico não tem como. Aí você de fato volta tudo do início. O que ficou claro na explicação que é justo levando em consideração a proposta. E na moral, as historinhas aqui são curtas demais e se você sabe o que fazer não levam 5 minutos. Se estiver sem saco, pode simplesmente usar save state e aproveitar o lance.
Gráficos não tem muito o que comentar, já que é uma tela e uns portraits que se movem para cima e para baixo. Já a música dá para comentar. Cada história/personagem tem duas músicas, uma que toca durante a aventura e uma que toca nas tretas. Elas são legais e casam bem com o tipo de aventura, mas não dá para negar que uma hora enche o saco. Se você jogar lendo tudo e sem saber nada, que é o jeito certo de jogar isso aqui, uma hora vai ter que mutar, se não vai rolar uma dor na pleura com certeza. 40 minutos com a mesma música só meu vizinho arrombado que escuta a mesma música do Matue.
Se bem que pensando aqui, não sei se ele escuta a mesma música ou se são outras. Já que elas são todas iguais, falando de comer gente e andar com coisas caras. Quem sabe até troque o artista e eu que acho que é o mesmo mano. Puts, posso estar cometendo uma falha terrível! Acho que vou me desculpar com ele depois de escrever esse post!!

Sobre a história, o que posso falar? Nem oito, nem oitenta. Algumas histórias, como a da Nei, são muito boas e outras, como a do Hugh, são um cu de mendigo. Mesmo assim, todas dão mais background para os personagens e até aprofundam o planeta de Mota. Também era o que faltava os caras errarem a narrativa em um jogo narrativo. Eu largava de mão.
Também percebi umas leves referências ao mestre Asimov em algumas histórias. Como sou fã, obviamente que fiquei de pau duro e dei mais pontos para o jogo. Imparcialidade é meu ovo, sou 100% a favor daquele ditado:

Se tivesse colocado um sabre de luz então eu tinha comprado o Mega Drive com adaptador para internet e transado com ele.
Spoilers
Como são oito histórias, óbvio que eu vou resumi-las uma a uma para vocês aqui. Até porque juntando tudo não dá uma tarde de leitura ao sol comenta bergamota (bergamota é o nome científico para mexerica).

Rolf (Eusis no JP, parece o Mussum falando não dá para levar a sério)
Rolf é o nosso protagonista de cabelos azuis. O agente secreto do governo de Paseo. Sim, secreto eu inventei que até hoje não sei que tipo de agente que ele é. Nessa história ele ainda é um jovem mancebo que se acha a última bolacha do pacote em termos de lutaria de espada.
Ele vive em um pequeno orfanato e até tem um interesse amoroso, uma jovem bonita chamada Shelley. Tudo está de boas até que ele descobre que existe um grande espadachim que chegou no lugar.
Como ele se acha para caceta, imagina que pode ganhar fácil do cara. Aí que ele comete um ledo engano. Ele desafia o espadachim, que se chama O’Connor, mas toma um cacete desmoralizador. Tão desmoralizador que o faz se isolar na ilha Uzo para treinar mais.
Uns anos então se passam e Rolf volta, já quase um homem feito e muito mais habilidoso. Ele descobre que sua “amiga” Shelley foi sequestrada e corre como um grande herói para salvá-la.
Seguindo algumas pistas ele chega em uma torre, onde senta o cacete no que se move e encontra a moça presa. Ele então a liberta, mas a moça parte para cima dele como se estivesse possuída. Como já bem sabemos, para tirar o mau do corpo o melhor remédio é a porrada, então Rolf senta a chibata na louca. Ela então recobra a consciência e Rolf parte para ver quem fez essa patifaria com ela.
Chegando a sala de controle ele encontra o seu Nemesis, O’Connor, que estava por trás da sacanagem. Os dois lutam novamente, mas dessa vez nosso mano sai vitorioso. No momento em que ele vai disparar o golpe fatal no Zé Ruela, Shelley se intromete e explica o que estava rolando.
Ela diz que na verdade tudo aquilo era uma armação. Que ela não foi sequestrada e que O’Connor na real é o governador de Paseo. O cara então explica que só fez o que fez para que Rolf caísse na real, parasse de ser um exibido e despertasse seu poder, pois precisa dele como agente.
Eu ficaria puto por ser enganado, mas Rolf que amadureceu no treinamento, não fica e resolve aceitar se tornar um agente da vigilância sanitária de Paseo. Ok, vigilância sanitária eu inventei, mas é que realmente ainda não sei que tipo de agente ele é.

Hugh (Huey no JP, parece nome de modem)
Hugh para quem não lembra é o botânico que a gente nem usa no game. Nessa história ele ainda está na universidade onde fazia experiências com plantas. Inclusive está encarregado de investigar um monstro planta que está rondando a school.
Ele então sai procurando por tudo que é lado e descobre que o bicho está indo atrás de energia para evoluir para Venusaur. Hugh então consegue afugentar o bicho da escola, mas ele sai para a usina da cidade.
Ele então vai atrás da criatura e a derrota causando uma sobrecarga de energia nela. Eu imagino que também tenha causado um blackout, mas isso não é comentado. O que é comentado é que na real aquela planta era de fato um de seus experimentos que saiu do controle.
Ao saber disso todos os funcionários da usina e estudantes da universidade dão aquela sonora vai para o maluco, que ainda chega a tomar um tapa na cara da namorada (que eu não lembro o nome). Imagino que ele não vai conseguir fazer um amorzinho gostoso por um tempo.

Kain (Kinds no JP, parece nome de chocolate vagabundo puramente gordura)
Kain é o mano que destrói robôs para quem não recorda. Nessa história ele está fazendo uns bicos por aí para tentar montar uma super arma. Tudo vai bem até que ele explode um bar inteiro ao consertar um ar condicionado e se torna um fugitivo. O cara realmente é craque em destruir coisas mecânicas/elétricas, que não é fácil explodir coisas com um ar-condicionado.
Ele então vai fugindo dos samangos e conseguindo peças para terminar a arma, até que é preso por uma gang controlada por Melville. Essa gang já estava atrás do cara a muito tempo e imagino que ele tenha consertado o Xbox dos caras.
Melville então faz uma proposta para Kain, o destruidor de máquinas. Ele diz que vai liberar Kain se o mano ajudar a destruir o Cérebro Mãe. Para quem não lembra, esse é o super computador que manda em tudo construído pelos terráqueos para fuder com geral em Algol.
Kain não aceita a parada, mas a gang mesmo assim parte para onde o PC está, que era em uma base no espaço, mas aqui por algum motivo fica em terra. Nesse meio tempo, uma mocinha chamada Sue aparece e salva Kain. Essa mocinha é gamada no chinelo aí por algum motivo. Bem, algumas mulheres gostam de se envolver com homens pouco confiáveis para depois poder dizer que nenhum homem presta.
A dupla então vai atrás de Melville para pará-lo, mas nem precisam, já que o mano e sua gang tomam uma ruim para um robô igual ao inimigo do Robocop. Só acho que eles não pensaram muito bem sobre esse ataque.
Tudo poderia ficar bem, mas o robô parte para atacar Kain e Sue, afinal eles também estavam invadindo o lugar. Kain foge e deixa Sue para trás, afinal como disse ele é um homem pouco confiável.
Kain consegue chegar a um aeroporto para poder vazar do lugar e deixar todas as merdas para trás, mas o robô o encontra facilmente. Até porque ele não teve a ideia de se esconder até baixar a poeira. O bicho parte para cima dele, mas o cara é especialista em destruir esse tipo de parada e faz isso com o bicho que só estava cumprindo sua programação.
Com tudo resolvido o cara parte para pegar a nave enfim e encontra Sue o esperando. Os dois então partem para Paseo para começar uma nova vida e quem sabe destruir mais uns robôs por aí. Pois é, a mina viu que o cara a abandonou no primeiro sinal de perigo, mas mesmo assim foi viver com ele. Te contar. Imagino o que tenha acontecido com ela, já que não aparece no jogo original.

Nei (Nei no JP, por algum motivo Nei é normal em todos os lugares)
Nei para quem não lembra é a nossa moça Furry com orelhas de gato. Nessa história começamos vendo a mocinha fugindo de sua casa adotiva que está em chamas. Ela e seus pais foram atacados por um caçador filho de 28 gigolos holandeses com uma cicatriz na bochecha e somente a guria conseguiu se pirulitar.
Ela então vaga por aí por um tempo até chegar na cidade de Paseo. Onde começa a procurar alguma coisa para fazer da vida. Ela então conhece nosso soldado loiro Rudolf, nosso protagonista de cabelos azuis Rolf e um estranho velho cientista que adora gatos da mesma raça que Myau, do jogo 1.
O velho inclusive está atrás de uns gatinhos que fugiram, ao passo que nossa gatinha resolve dar uma força e encontrar seus semelhantes. E é semelhante mesmo, que um cara chega a confundi-la com os gatos que o velho procura e desmaia nossa amiga. Zoado é pouco, um gato é bem diferente de uma moça com orelhas de gato/lince.
Essa leve confusão obviamente não impede nossa mina de continuar a procura pelos gatos de verdade. Até que ela dá de cara com o caçador maldito que matou seus pais. Ela corre mais que diabo da cruz e despista o cara ao mesmo tempo que encontra um dos gatinhos fujões.
Esse gatinho leva Nei ao encontro de um outro que estava em um esgoto. Esse esgoto leva a moça até o pátio da casa do velho que estava atrás dos fulanos. Ao olhar pela janela da casa uma cena grotesca é presenciada, o caçador cuzão está assassinando o senhor sem medo de ser feliz.
Nei então espera o vilão sair da casa e entra para tentar socorrer o senhorzinho. Infelizmente já é tarde demais, mas mesmo assim o homem faz grandes revelações antes de ir para o além túmulo. Ele explica que Nei é fruto de uma de suas experiências de mescla de DNA humano com gatos. Fala também que acreditava que ela não tinha dado certo no início e pretendia descartá-la como falha, mas que os pais adotivos da moça, que eram seus ajudantes, ficaram com pena e fugiram com a pobrezinha.
O velho também contratou o caçador monte de merda para caçar os pais da moça e trazê-la de volta, o que ocasionou a morte deles. Porque o caçador atacou o contratante você me pergunta? E eu digo, ele achou que estava ganhando pouco. No final o velho tonto se arrepende de tudo, diz que estava errado sobre Nei, que cresceu muito bem sendo uma experiência de sucesso maravilhosa, e vai ver se no céu tem pão.
Nei então decide ir atrás do caçador para prestar contas. Para isso ela primeiro consegue garras que nem as do Myau, afinal ela bem que pode ser uma parente dele. Com as garras ela confronta o mal feitoso e até o deixa gravemente ferido, o que não é suficiente, já que o cara é o catisso. O caçador então usa suas últimas forças para matar Nei, mas é impedido pelo menino heroico Rolf, que consegue o prender.
Rolf leva Nei para sua casa e não abusa da moça, já que é um rapaz decente. Ela explica a treta toda e o cara na pena pede para que ela seja sua irmã mais nova. Nei então fica vivendo com Rolf e o “ajudando” e se sente feliz por ter mais uma vez um lugar para chamar de lar. Também promete que vai fazer qualquer coisa para salvar o humano que lhe estendeu a mão com tanto carinho. Até se jogar na frente de sua versão maligna, que inclusive faltou alguma menção nessa história aqui! Vacilaram, quase foi 10/10.

Rudolf (Rudger no JP, zagueiro do Real madrid)
Rudolf é o ex-soldado que odeia monstros para quem fuma um baseadinho. Nessa história ele ainda é um soldado que está alocado em uma base militar humana nos limites entre os humanos e Motavianos. Motavianos são um tipo de cópia do povo da areia de Star Wars e que tem um certo conflito com os humanos.
Tudo anda de boas até que a base é atacada misteriosamente e destruída por completo. Rudo então vai atrás de sua família que também acaba sendo obliterada nesse processo. O cara então os enterra e parte em uma jornada de vingança como Liam Neeson em Busca Implacavel.
Ele começa achando que tudo foi obra dos Motavianos, mas logo descobre que isso era puro preconceito de sua parte e que na real o culpado de tudo era um biomonstro toupeira que perambulava pelas localidades. Para deixar claro, os monstros de Phantasy Star 2 são chamados de biomonstros, pois são criados de forma artificial pelo Cérebro Mãe.
Rudo então parte atrás da tal toupeira que está escondida em um templo sagrado Motaviano cheio de tesouros. A toupeira aqui está mais para Dragão Smaug do Hobbit, mas é isso mesmo.
Nosso mano então mata a bicha sem medo de ser feliz depois de passar por várias armadilhas do templo. E decide reservar a sua vida para matar a monstrada que levou sua família embora.

Shir (Shilka, parece nome de chocolate que custa um salário mínimo)
Shir é aquela gatuna que veio de uma família rica para quem não está ligado, já que ela é super irrelevante na trama. Para ser sincero, nem vale a pena gastar tempo com a história dela. Na aventura ela simplesmente vai roubar um quadro do Opa Opa (mascote da Sega na época, procurem no Google para mais infos) e enganar outros dois ladrões no processo. A única coisa que vale a pena aqui é de fato a confirmação de que ela é de uma família nobre de Paseo, já que no game original isso não é mencionado.

Amy (Anne no JP, aqui nada demais os dois nomes são genéricos)
Amy é a nossa super mega útil curandeira para quem já está apresentando sinais de Alzheimer. Nessa história vemos ela ainda trabalhando no hospital de uma cidade do interior. Lá ela é chamada para atender uma escola que está sendo atacada por um monstro. O trabalho é somente curar os feridos, mas como a moça é treta, vai acabar enfrentando o capetão.
No meio do caminho até a escola, Amy ainda tira um tempo para ajudar os locais e conhecer um lindo rapaz loiro chamado Heinz (marca de Ketchup) que também estuda curas. Essa bichinha é multitarefa, continua sendo a personagem mais útil de todas.
Depois de um tempo chega a escola e se depara com o monstro, que é um tipo de demônio verde muito do sinistro. A moça tenta enfrentá-lo, mas sem sucesso, já que o bicho só é afetado por um tipo de anel mágico de ouro. Deve ser que nem rappers.
Amy então começa sua procura pelo tal anel que pelo que os boatos dizem está em uma floresta sinistra. No meio da procura acaba sendo capturada e abusada por um grupo de foragidos que estavam usando a floresta de esconderijo. Ok, abusada eu exagerei para dar mais dramaticidade, ela só é capturada.
A mina consegue então fugir do covil dos bandidos ao seduzir o guarda jovem que estava cuidando dela. Pior que mesmo sendo apenas um amontoado de pixel, dá para se dizer que Amy é muito gata. Puxa, gata, inteligente, corajosa e super útil, uma mulher para casar com toda a certeza. Se ela fosse um pouquinho louquinha era meu número.
Amy então segue na sua busca pelo anel, que coincidentemente está em um altar super acessível no meio da floresta. Ela então volta para encarar o bichão, que já se pirulitou da escola e agora está atacando a cidade.
Nossa moça destemida então parte para a cidade e a encontra totalmente ferrada. Também encontra os bandidos todos fudidos, mas como ela é uma médica e não distingue maldade na hora de seus afazeres, os cura sem pensar duas vezes. Puxa, a moça ainda é super profissional e bondosa, mas aí nem eu vou resistir a isso!
Nossa guerreira procura o monstro por tudo que é lado e descobre que o esquema foi atacar o hospital na trairagem. Ela então consegue achá-lo e o confronta, ao passo que toma um cacete homérico mesmo usando o anel. Heinz então aparece e a salva e ajuda a enfrentar o monstro mais uma vez. Claramente vemos aqui um sinal de machismo, já que um personagem masculino salva a feminina que não pode simplesmente resolver tudo sozinha. Que absurdo!! Ainda bem que os tempos são outros!
A dupla então senta a chibata no monstro nojento e salva a cidade toda. Nesse momento então Amy entende que existe muita coisa ruim rolando por aí e que seu dever é salvar todos usando suas várias habilidades, principalmente a de cura. Obrigado moça por ter tomado essa decisão, sem você não teria zerado o 2!!

Anna (Amia no JP, parece nome de programa de vantagens e pagamentos)
Anna é a ex-caçadora boladona para quem é parente da peixa Dory. Nessa história ela está ainda trabalhando como caçadora de recompensas e seu trabalho é achar um Hacker Motaviano chamado Hack, que está avacalhando o Cérebro Mãe. O nome do cara é claramente uma homenagem ao gato que se chama Myau do game 1.
A moça então chega a uma região desértica e parte atrás do mano. Depois de uma série de desventuras, idas e vindas, jogo de gato e rato, a moça encurrala o cara. Eles então tem uma leve briga e acabam caindo em um tipo de areia movediça, que os leva para o subterrâneo. No meio da queda o cabra acaba salvando Anna de se fuder e isso desperta um sentimento de que o cara não é tão pau no cu quanto pintaram.
Os dois então conseguem sair do subterrâneo e se abrigam em um tipo de templo, pois começa uma grande tempestade, que deveria ser de areia, mas é de chuva. No lugar Anna descobre que Hack na verdade não era um Motaviano e sim um humano. Ele então explica que começou a ter ódio dos humanos após seus pais o abandonarem e os Motavianos o acolherem como semelhante.
Anna então fica ainda mais pensativa e entende os motivos de Hack. Mesmo assim, ela diz que deve cumprir seu dever e depois que a chuva para os dois voltam a uma cidade onde logo uma nave vai chegar para levar Hack para o xilindró. Hack também entende os sentimentos da moça e o que era raiva vira amor, como normalmente acontece em comédias românticas de quinta categoria.
Enquanto esperam pelo transporte, Anna e Hack vão até um computador para pesquisar sobre os pais do rapaz. Aí, descobrem que na verdade os pais morreram em um acidente de avião e não abandonaram o cara. O mano fica com a cara no chão e se arrepende de todas as suas ações, aceitando o seu destino cruel na cadeia. Sabe como é né, vai ter que dividir a cela com um pessoal que não é muito de respeitar o anus alheio.
Anna entendendo que tudo foi apenas um mal entendido e também dominada pelo fogo na priquita, resolve soltar o cara e largar a mão de ser caçadora. Ela inclusive resolve se dedicar a ser uma anti-caçadora, seja lá o que isso quer dizer.
Bem, se você leu as histórias pode concluir duas coisas comigo. A primeira é que de fato a maioria das tretas dão uma melhorada nas motivações dos personagens ao entrar na briga do segundo game. E a segunda é que os nomes em Inglês são melhores que os em Japonês. O que é uma exceção à regra, visto que normalmente é ao contrário. Podemos usar como exemplo o caso dos Cavaleiros do Zodíaco, onde o Tatsumi se chama Mylock e a Saori se chama Sienna, que é nome de carro vagabundo da FIAT.
O game é divertido e cumpre 100% a proposta. Tem o sistema de batalhas que acho um cu, mas dá para passar por cima de boas. Agora, só recomendo jogar ele se você jogou o game 2. Sem isso não tem o mínimo sentido. No final gostei desse carinha e enfim posso dizer que tem algum game dessa saga que me diverti minimamente.

Eras isso, e não tenho nenhuma dica para vocês nesse momento. Até porque se eu fosse pago para isso estava vendendo cursos na internet e não aqui.