
Breath of Fire é… o primeiro jogo de RPG da grande empresa que adora fazer remake de Resident Evil. Empresa essa que também adora vender personagens de DLC, mesmo eles já estando prontos no lançamento do game. Isso aí foi muito vacilo!
Dizem à boca pequena que o nome do jogo tem relação com um dos desenvolvedores da equipe que tinha tanto, mas tanto bafo que parecia um sopro de dragão. O cara era o famoso boquinha de merda, o boquinha de cemitério, boquinha de fossa!
Essa porra foi lançadada entre 1993 e 1994 para SNES no mundão de meu Deus, e tem coisas bizarrisimas na adaptação da Japa para a USA. É nome de personagem tudo trocado, nome de item abreviado que não dá para entender porra nenhuma e a já famosa capa que não faz nenhum sentido com o que o jogo é. Não manja do que estou falando? Dá uma curtida meu nobre:

Você olha essa porra e acha que vai controlar um filho do Ragnar com o Conan, que come monstro com leite no café da manhã. Aí chega no jogo e recebe isso aqui:

Um muleque chumbelento que deve ficar o dia inteiro vendo bundas no Tik Tok! Que decepção. Essa época era foda isso aí, muitas capas Americanas não tinham nada a ver com o jogo. Pessoal lá era pouco preconceituoso, nunca que ia comprar um jogo com tanta japonesisse.
O game em si é o que chamamos de JRPG, pelo menos do nosso lado do globo. Porque no Japão é só RPG mesmo. Tipo o pão francês, que na França só se chama pão. Ou a montanha russa, que na Rússia só se chama montanha.
Para quem por um acaso caiu perdido nesse blog e não sabe o que é um JRPG vou descrever algumas categorias desse tipo de jogo. Mundo de fantasia, com um mapa aberto onde podem ser acessadas masmorras, cidades, torres, cavernas, florestas e etc. Batalhas em turnos, que todo o gamer atual com setup de cabaré fuleiro de beira de estrada ama. Progressão de níveis, onde os manos que você controla vão ficando mais fortes e ganhando habilidades. História com uma caralhada de diálogos, cutscenes e personagens. Sistemas de controle de itens, armas e armaduras. Sistemas de comércio e de finanças. E é isso aí, sinceramente se você não sabia disso, você está no site errado.
Sim, já sei que, “Não é isso que define esse gênero, pois eu com meus dois mestrados em games entendo que seja…”. Só quis dar uma simplificada para geral. Não vem arrotar virtude aqui, se não vou mandar o pessoal da minha vila brincar de lego com você! “Ah, mas você não sabe onde eu moro”. Eu trabalho com TI, claro que eu sei (quem olha pensa que isso é verdade)!
Não vou mentir meus amigos, BoF 1 não é muito tragável hoje em dia. E levando em conta o que existe nos dias atuais, você tem que ser um guerreiro para querer jogar isso aqui. Ou ser um desocupado que nem eu sem amor a vida.
Ele é bem basicão mesmo, acredito que até para a época era simples demais. O que ele tem de grande atrativo mesmo são o carisma do mundo e dos personagens principais. O mundão é habitado por um monte de mistureba de bicho gente. Acho que a zoofilia é bem comum por aquelas bandas! Você vai encontrar, homem-peixe, homem-cachorro, homem-mosquito-de-banheiro, homem-lesma, homem-ornitorrinco, homem-tatu e assim por diante. O sexo ali realmente não tem limites! Coisa linda de Jesus!
Outro ponto legal, são as transformações dos personagens em batalhas. E são transformações mesmo, não só troca de cor de cabelo para vender boneco. Nosso mano principal, por exemplo, consegue se transformar em vários tipos de Dragões. Não que se diga: “Nossa que Tiamat foda que eu tenho aqui”! Mas são umas lagartixas bem maneiras. Tem um outro mano também que pode se fundir com outros personagens. Aí, fica uma mistura bem mais doida. Mistura um homem-fuinha com um homem-lhama para ver que massa o que acontece.
Ok, nem todas as fusões são legais, tipo isso aqui:

Não tenho nem ideia de que porra é essa não! É tipo um ornitorrinco com pato e dragão. Um Ornipagão? Ou Dratoinco? Ou até Padraco? Sei não, fica a dúvida aí!
Um outro ponto que vale ressaltar é a inventividade dos puzzles que existiam nesse game. Oxi, tem uns que são para ferver o cérebro manos! Dá para perder bastante tempo nessas paradas, se você não foi um merda que nem eu, que vai atrás de detonado se ficar preso. E vou mesmo, me julguem!
Claro, nem tudo são flores nesses puzzles, pois tem uns que se você não tomar um Dramin antes pode ser que dê teto preto. Tipo esse aqui:

Espero que ninguém tenha tido um AVC aí por minha causa. Qualquer reclamação vocês podem mandar um e-mail para reclamacao@davyjonesmestredosjogos.com.ui.
Uma coisa que pega na moral ao jogar essa parada aqui, é que ele é dificil para porra. Ele não te fala porra nenhuma, nem onde você dever ir, nem o que fazer, nem com quem falar. E tem a pachorra de meter luta aleatória no teu rabo até pedir chega. Se você estiver vacilando, não passa da primeira dungeon. Ou ainda pior, nem chega nela.
Também nem preciso dizer que o bichinho é mais lento do que eu acordando para ir trabalhar. O bom que hoje os emulators estão aí para salvar a turma. E você pode meter um 5x nele bem de boas. Vai ser top, ainda mais para grindar aqueles 99 tão desejados.
A história é mais genérica que a de um filme de origem de super heróis nos dias atuais. Um guerreiro escolhido vai precisar enfrentar um mal ancião com a ajuda de um grupo de valorosos amigos. Sessão da tarde!
Spoilers
A treta em si começa quando o exército do Clã dos Dragões Negros ataca a pequena vila do Clã dos Dragões da Luz. O que é muito vacilo, pois os da Luz só estavam querendo viver em paz e fumar um na beira do rio.
Os Dragões Negros, que vou chamar carinhosamente de Negrões, estão atacando não só a vila quanto o mundo inteiro, pois estão atrás de umas chaves místicas para liberar uma poderosa Deusa. A Deusa da destruição, Tyr. Só acho que não é uma boa liberar essa puta não, afinal ela é a Deusa da DESTRUIÇÃO! Só se esses manos não sabem o que destruição quer dizer.

Falando da Deusa, ela está presa, pois no passado fomentou uma grande guerra justamente entre os Negrões e os da Luz. Isso tudo prometendo realizar um desejo para o vencedor. O que só corrobora em não ser uma boa libertá-la, né?
Voltando ao ataque, os Negrões tocam o zaralho na vila e um loiro heteronormativo top escroto a favor do patriarcado general chamado Jade, leva a irmã mais velha do nosso protagonista Ryu, Sara, como refém.
Ryu, que é um maninho magrim, de cabelos azuis, do Clã da Luz e que pode se transformar nos calangos criados a Toddy, vendo tudo isso decide tomar vergonha na cara, parar de jogar Fortnite e ver XVideos e ir atrás da irmã. Por tabela vai acabar enfrentando o exército dos Negrões e tendo que salvar o mundo desses merdas.
Claro que ele não vai ir sozinho nessa, afinal tem um monte de gente que foi esculachada pelos vilões e também não gosta dos caras. A primeira a se juntar ao mano é a princesa dos homens-pássaros de Winlan., Nina. Vai dizer que vocês não conhecem esse povo? Poxa, são a turma desse cara aqui:

Nina é uma menina meiga que sempre quer ajudar, mas é mais sem graça que calcinha bege. Ela entra para a treta depois que Ryu ajuda a salvar o pai dela, que foi envenenado. Ela também se apaixona pelo mano, afinal quem não ficaria caidinho por esse partidão! Não que tenhamos romance no game, que faltou um pouco de trabalho de roteiro para isso! Não é à toa que no Japão a taxa de natalidade é pequena.
Depois de Nina, temos mais uns manos. Bo(Gilliam no JP), que é um dogão caçador bolado que está sempre de batom para fora. Karn(Danc no JP), um ladrão que por algum motivo que não sei dizer pode se fundir com outros personagens. Gobi(Manillo no JP), um peixão ex-comerciante, que perdeu sua licença por vender tóxicos e que se deixar vende até a mãe. Ox(Builder no JP), um tourão brabo, pai de família e duro na porrada. Mogu, uma simpática toupeirinha, que ninguém deve ter usado no jogo e Bleu (Deis no JP), uma poderosa, milenar e deliciosa feiticeira parente da medusa.
Essa turma toda vai ir passando por um monte de florestas sombrias, cavernas cheias de monstros e montanhas sinistras. E é um monte mesmo, uma caralhada, que não temos uma rua ou uma ponte nessa merda de mundo. Poxa, está faltando um trabalho de infraestrutura nesse esquema, quase morrer toda hora só para visitar outra cidade não dá não!

Se bem que na época medieval era bem isso mesmo. Você ia no mercadinho comprar umas duas Bavarias e do nada tomava um flecha no peito. Quando não virava escravo ou era estuprado. Se bem que nos dias de hoje não estamos tão longe disso, em alguns casos. Eu longe de passar pelo morro do coco, uma vila que tem aqui perto de onde eu moro.
Nossos manolos também vão enfrentar um monte de masmorras, torres, castelos abandonados e fortalezas inimigas. Além disso, também vão encarar os poderosos generais dos Negrões. Cort (Kyura no JP), um cientista louco que transforma pessoas em monstros, Mote (Sigmund no JP), um bicho parente do Freddy Krugger que ataca nos sonhos, Cerl (Carla no JP), um monstrinha que sofreu bullying quando jovem e quer se vingar da humanidade e Goda, um queijo.
Depois de muito suar e salvar gente da mão dos Negrões, nossa turma vai enfim conseguir chegar a fortaleza dos caras. E também vão conseguir entrar nela sem muita dificuldade, afinal para que segurança né? Lá vão encarar o filha da puta mor chamado Zog, que é o pior nome de vilão que eu já vi! Só não vai pensando que por ele ter um nome cu, ele é de boas. O mano também se transforma em dragão! A luta é treta!
Mesmo assim, a nossa gentalha ganha dele e acaba achando Sara. Ela então pega as chaves da Deusa, que nosso povo consegue durante as tretas anteriores e as rouba! Isso aí, Sara está sob controle do real vilão do jogo Jade, o loiro hetero top.
Com isso, o loiro consegue invocar a Deusa, que tem aparência de criança, mas é um bichão feio para porra, cuida só:

A Deusa e Jade então invocam uma fortaleza demoníaca, onde se passa o confronto final. Que tem o sacrifício de Sara que se liberta das garras de Jade e a chibata no lombo desse puto. Também tem o confronto com a Deusa, que chega a tentar nosso povo oferecendo um desejo, mas dá com os burros na água, pois os manos são pelo certo.
Depois de salvar o mundo, nossa turma volta para suas terras natais para reconstruir as paradas que foram esculhambadas pelos Negrões. Também vemos uma cena pós-créditos aos moldes da Marvel, onde mostra que a Deusa não morreu, só ficou fraquinha. E ela voltará em “Vingadores 17, o confronto final”.
Bom, como disse a história é isso aí mesmo, bem simples. Mal vencendo o bem. Nada demais. O que importa mesmo são os amigos que fazemos no caminho. Piada velha e bosta essa, podem desconsiderar.
No final, acho complicado alguém querer jogar BoF nos dias atuais, além de por pura nostalgia. É um jogo simples e não é ruim, mas tem muita coisa melhor por aí. Mesmo nos retros tem coisas muito melhores.
Encerrando então o meu primeiro post aqui, desejando tudo de melhor para vocês e fazendo de conta que isso aqui não é um remake. E eu criticando a Capcom por só viver disso hoje! Vlw!