
Legend of Legaia
Legend of Legaia é um jogo que todo mundo lembra com carinho, mas que ninguém revisitou por motivos óbvios. Essa parada tem um sistema de combate muito interessante, pena que depois de uma 6 horas de jogo você só está querendo que tudo vá se lascar e seja automático. O jogo é mais direto que gaúcho se expressando e se você ficar perdido em algum momento tem que receber o troféu Zoro de qualidade. O mundo criado até é bacana, só parece mais sem graça que calcinha bege. Carece de um pouco de tempero nas coisas, picolé de chuchu é uma boa definição quando se trata de estética. A história até vai para algum lugar, pena que faltou uma atenção no protagonista, que como padrão é mudo, e nos vilões, que só querem acabar com um mundo sem uma mínima explicação plausível. Nunca vou entender um cara que quer dominar o mundo, quando o mesmo está mais zoado que a Cracolândia.
Ficha Técnica
Publisher | SCEA (Sony para os mais íntimos) |
Desenvolvedor(es) | Prokion (Que só fez Legaia mesmo, one hit wonder) Contrail (Que fez um monte de jogo que eu gosto, mas nem sabia do que se alimentava) |
Diretor | Kazuhiro Kobayashi |
Produtor | Takahiro Kaneko |
Designer | Natsumi Arisawa |
Artes | Natsumi Arisawa, Kazuhiro Miyawaki, Taketoyo |
Músicas | Michiru Ōshima |
Plataforma | PS1 |
Lançamento | Japa – 29 de outubro, 1998 (ano da derrota contra a França) América – 17 de março, 1999 (ano pós derrota contra a França) Europe – 15 de novembro, 2000 (2 anos pós derrota contra a França, essa derrota marcou muito minha geração) |
Resumão para não ficar perdido
A pataquada da vez se passa no planeta Legaia, afinal é a lenda de Legaia. Se bem que a Lenda de Zelda, não se passa no planeta Zelda e Zelda é o nome do protagonista (piada!!). Neste mundo os humanos vivem e usufruem sem medo de ser felizes de uma raça de outra dimensão chamada Seru. Ou seja, se tornaram uns come e dorme do caralho, deixando os bichos fazer todo o trampo pesado. Um belo dia uma névoa atinge o mundão fazendo com que os escravizados Serus se tornem raivosos e toquem o fodasse em geral. Com isso, acaba a mamata dos humanos que vivem a moda caralha fugindo da névoa do jeito que dá. Resta então ao nosso trio de protagonistas, Vahn, Noa e Gala, se juntarem a 3 Serus mais evoluídos, chamados Ra-Seru, para despertarem as Árvores Gênesis, que é a única forma de mandar a névoa para a puta que pariu. Sim, no cu de crianças, já que Noa tem 12 anos e Vahn tem 14, mas até aí normal.

Lorota
Tinha potencial, mas no final era uma cilada Bino.
Bem, falando sobre enredo, Legaia é o básico do básico. Tem um fela da puta que quer controlar o mundo e os protagonistas têm que derrotá-lo para salvar o mundo. O cara não tem uma motivação clara para estar fazendo o que está fazendo além de um ciúme injustificável. É interessante o lance que eles tentam abordar sobre a queda da humanidade ao usarem os Serus para resolverem seus problemas, mas a parada fica nesse raso aí. Tinha tudo para ir fundo nessa treta e abraçar o “tempos difíceis criam homens fortes, homens fortes criam tempos fáceis, tempos fáceis criam homens fracos e homens fracos criam tempos difíceis”, mas não, vamos só fazer tudo ser preto e branco e o inimigo só é ruim. Gostei muito da Noah e para mim ela é a real protagonista da treta. Ela é inocente e tem as melhores reações às paradas que rolam enquanto vai descobrindo o mundo. É a famosa personagem orelha. Não que desgoste de Gala, é que a personalidade raivosa dele não combina com um grande mestre de artes marciais. Sem falar que o cara se chama Gala, o que me faz levantar toda a quinta série do fundo do meu coração. Vahn eu nem comento, pois ele é desnecessariamente mudo na trama. Mesmo ele tendo vários momentos de fala sem fala, uma palhaçada mesmo. Os Ra-Serus, que tem falas, também não achei bem desenvolvidos. Existe na trama uma boa motivação para eles não terem personalidades distintas, só que achei uma desculpa para lá de esfarrapada. No final a trama tem seus momentos empolgantes, divertidos e até surpreendentemente emocionantes, só carece de um pouco de profundidade. Como já disse antes, falta um leve tomperô.
NOTA: 1.2

Playada
Vai de revolucionário para lixo em pouco tempo.
Vamos separar os esquemas aqui em combate e exploração, já que são os pontos principais da play. Exploração é muito merda, já digo logo. As dungeons são ridiculamente lineares e os acontecimentos se passam em uma sequência reta no mapa, muito broxa. Sim, a parada não precisa te deixar mais perdido que filho de meretriz em dia dos pais, mas também não precisa te tratar como uma criança tonta comedora de terra. O esquema às vezes te tira para idiota. Já o combate é o que há. Existe uma mistureba de jogo de luta com batalha de turno, que temos que tirar o chapéu. Ela dá uma cansada depois de um tempo? Dá sim, mas ainda é muito massa. Tem diferença de golpe baixo e alto, golpe forte e fraco, golpe posicional, ataque especial, combo e tudo o que você imagina em um game de lutaria. A ressalva fica para a parte das magias, que aí me deu uma gastada. Eu realmente acredito que não precisaria existir esse lance de magias e o sistema ser 100% o de luta, ainda mais que para conseguir as tais magia, nossos manos vão ter um RNG (Random) safado ao derrotar inimigos Serus. É uma bosta RNG, todo mundo sabe, e não tem nada que me dê mais raiva que levar uma fucking hora para aprender uma magia que nunca vou usar, pois não tem efeito nos chefes. Tomar no cu!! Para encerrar, vale a reclamação da quantidade de mecânicas não explicadas ou adquiridas durante a gameplay e que supostamente são “secrets”!! Custava um personagem aprender a magia de Ra-Seru durante a trama para o jogador saber que existe essa mecânica? Acho que a vida de todos seria melhor se os caras soubessem um pouco de game design naquela época.
NOTA: 1.8

Barulhama
Um bom batuque para invocar uma bela chuva em lugar de seca.
A trilha com toques tribais me parece que casa bem com o tom pós-apocalíptico da trama. Nada memorável que vou adicionar na minha playlist de trabalho no spotify, mas é de fato um ponto positivo para mim. Sim, ela é repetitiva e não tem para onde fugir. Acho difícil a parada não ser repetitiva quando o jogo tem horas e horas de gameplay e as músicas são recicladas. Eu vou de mute e bola para frente. Cês tem que entender que não dá para colocar 200 músicas em um CD. Os sons de porrada e efeitos de putaria explosiva espacial também me agradaram e nada a reclamar. No final nesse quesito Legaia atende a expectativa. Tem uns momentos que a trilha animada não casa com a cena triste ou urgente, mas nada que atrapalhe e ocorre pouco.
NOTA: 2.2

Batom no Porco
Cuidado para não olhar muito rápido que pode causar náuseas.
É aqui que Legaia pisa feio na bola para mim. Na moral a estética que foi aplicada aqui é muito bunda. Tudo carece de cor e tem um tipo de desfoque nas coisas que até dá uma tontura se você focar durante um tempo. Entendo que os caras queriam algo mais minimalista para mostrar que o mundo voltou para a idade da pedra com a perda dos Serus. Só acredito que não deu muito certo. O design dos personagens, NPC’s, cidades, dungeons e monstros é muito pobre, na moral, genérico do genérico. O Vahn parece uma criança com meia fantasia de cowboy e meia de lutador de artes marciais, porque não deu para comprar uma fantasia completa e o pai teve que pegar o que tinha no fundo do armário. E lembrando que estou falando da estética só, que acho covardia falar de gráficos nesse caso. O negócio envelheceu que nem parede de lugar úmido. Tudo descascando, com fungo e apodrecendo. Se bem que tenho que tirar o chapéu para expressividade que conseguiram dar para esses bloquinhos quadrados empilhados. Eu mesmo sempre ficava triste toda vez que a Noa chorava. O que ocorre muito durante a trama, afinal ela só tem 12 anos. Tem corpo de jovem pronta para a noite? Tem, mas isso é só aquele leve exagero Japonês com crianças. Lembrem-se que os Cavaleiros de Atena só tinham 14 anos e tinham corpos de crossfiteiros.
NOTA: 0.4

Fator Nostalgia
Um dos primeiros em minha vida e uma relação complicada.
Joguei Legaia em meu usado Playstation Caixotão e ele foi um dos primeiros RPG’s que meti a mão. Junto com Final Fantasy 8 e Wild Arms 2. Normalmente a gente não esquece das nossas primeiras experiências, ainda mais quando se trata de uma traumatizante. Pois é, foi traumatizante, tanto que agora na nova playada fiquei com um certo gelo na alma. Não que o game seja difícil, já que LoL (o primeiro de seu nome) é bem tranquilinho de zerar. Era mais a minha falta de experiência no game mesmo e meu nível de retardadice de criança dos anos 2000 criado com Gilberto Barros na TV. Naquela época acabei travando em um dos primeiros grandes chefes do jogo (Zeto) e apanhei mais que pessoal do MBL em manifestação do PT. Isso tudo para agora descobrir que era só ter grindado um pouquinho mais e conseguido as magias certas e tudo iria fluir sem problemas. Mais uma lembrança que foi desfeita, assim como a do Shurato, que eu achava muito foda na época que assisti, mas que revendo descobri que é um cu de Anime cópia de outro que também é bem ruizinho. Dica, não revejam animes da sua infância! Deixa isso quieto e vai ver meninas cavalo!!
NOTA: -0.2
Por que perder tempo com essa bosta?
Pelo gameplay de combate, sem sombra de dúvidas. Não dá para deixar de lado o quão diferente é um sistema que mistura jogo de luta com RPG de turno. É muito foda você fazer uma meia lua para frente e ver que o cara dá um pseudo hadouken. Existem outros games que usam esse mesmo sistema, mas aqui com certeza é mais refinado. Pena que não focaram 100% neste sistema e deram mais umas dicas de tipos de coisa que dava para fazer. Descobri só depois de zerar que dava para misturar habilidades e criar novas. Fiquei triste uns 10 dias. Não fez falta, só queria ter podido usar isso nas lutas mais tretas. Como o game não te dá uma dica desse tipo de mecânica, tem que sair na sorte o combo e eu não tive essa sorte. Sad!!
Por que não perder tempo com essa bosta?
Bom, a estética foi o que mais me incomodou. Somando com os gráficos zoados de tempos longínquos acho que temos o maior ofensor para a playada. Também dá para levantar o RNG para conseguir as magias, magias essas que dão um bom apoio para tretas cabeludas, a exploração pobre, as lutas serem pouco estratégicas e a lentidão do game, que é normal para o estilo (JRPG). A história não é algo sensacional para ser sincero, mas a Noa vai fazer seu coração Otaku ficar quentinho, lembrando de personagens Kawaii, então dá para aguentar.
Avaliação da Playada
Tempo de Jogo | 62:18:52 |
Save State | 0 |
Detonado | 0 |
Trapaças | 0 |
Game Over | 1 |
Zeramento | sim |
100% | não Lista: Chefe Secreto Lapis (é tão secreto que nem fazia ideia que existia até ver na net) Magia de Ra-Seru (perdi todas as summons do game! 😭) Minigame de Dança (desculpa o tio Noa, ele é muito ruim em game de ritmo) Baka Fighter (só agora entendi como essa porra funciona) Coliseu (fiquei na preguiça de grindar para encarar o desafio) Super Arts (tomar no cu) Miracle Arts (tomar no cu x 60) Pesca (não curto muito esse tipo de minigame, mas aqui nem foi o caso de não gostar, eu não entendi o que precisava para pescar mesmo. Eram 2 itens no caso) 92,30% dos baús (quase hein!!) |
Resultado | ![]() |
Avaliação do Querido
Lorota | 1.2 |
Playada | 1.8 |
Barulhama | 2.2 |
Batom no Porco | 0.4 |
Fator Nostalgia | -0.2 |
Total | 5.4 |
Dificuldade | Um passeio no parque |
Resultado | ![]() |
Conclusão | Sem graça como um pastel de queijo é de fato o que melhor define esse maravilhoso game |