
Ori and the Blind Forest
Ori and the Blind Forest é um jogo fofíssimo, com uma arte linda, super emocional e que come a bunda de noobs (como eu) sem dó e nem piedade. Você está lá, pulando saltitante como uma gazela indomável no meio do mato, maravilhado com tudo e achando tudo maravilhoso. Até que cai em um lugar com espinhos dentro de espinhos, com plataformas minúsculas, inimigos querendo seu sangue e fogo atrás de você, e aí percebe que o esquema estava só brincando com sua ingenuidade. Parece até aquelas moças que dizem que seu membro é enorme e que você é lindo, mas no final só querem mesmo roubar seu dinheiro e lhe passar doenças venéreas. Não que Ori seja uma experiência terrível, pois o jogo é muito bom. Só não precisava jogar o quão ruim nós somos na cara a cada minuto. O cabra quer apenas se divertir, mas acaba sendo humilhado, que sacanagem!!
Ficha Técnica
Publisher | Microsoft Studios (aquela que quer comprar todas as empresas, compra nós também!) |
Desenvolvedor(es) | Moon Studios (Ahh, como xinguei essa gente!) |
Diretor | Thomas Mahler |
Produtor | Gennadiy Korol |
Designer | Thomas Mahler |
Artes | Johannes Figlhuber |
Músicas | Gareth Coker |
Plataforma | Windows Xbox One Nintendo Switch |
Lançamento | 11 de março, 2015 Definitive Edition Xbox – 11 de março, 2016 Definitive Edition PC – 27 de março, 2016 Definitive Edition Switch – 29 de setembro, 2019 |
Resumão para não ficar perdido
A putaria da vez ocorre na floresta de Nibel, onde conhecemos Ori, que é uma cópia albina do alienígena Stitch, e sua mãe adotiva Naru, um tipo de gorilão da cara branca. Ambos vivem sua pacata vida de colher frutinhas para não morrerem agonizando de fome, até que um tipo de mal cai sobre a floresta fazendo tudo ir para o caralho e ambos passarem sérias necessidades. Necessidades essas que os levam ao óbito. É, os dois vão de base sem muita cerimônia. Todos nós vimos esse choro que você quis causar roteirista safado! E não venham também reclamar que dei spoiler, pois isso rola antes do jogo acontecer de fato. Já que depois de um tempo, Ori meio que ressuscita e conhece Sein. Que é uma cópia deslavada da Navi do Zelda e que explica que nosso maninho Ori deve restaurar a floresta, restaurando a Árvore Espiritual, que é de onde nosso bichinho vem. Nesse passo, Ori parte em busca dos três elementos, já que estava caro colocar os 4 de sempre, e conhece a real causadora da treta. A coruja gigantesca chamada Kuro. Que por sinal, tem um ótimo motivo para ter metido o loco.

Lorota
Falou pouco, mas falou bonito.
A narrativa com certeza não é o principal foco de Ori, mas se engana quem acha que ela não é comovente, cativante e sensacional. Existem poucos diálogos e poucas explicações. O que não atrapalha em nada o desenrolar da trama. O que é mostrado é o suficiente para você se afeiçoar aos personagens e se envolver na história. Ela tem uma moral bem clara, nem tudo é o que parece e muitas ações são justificadas dependendo do ponto de vista. Meus manos, esse carinha aqui já te faz suar pelos olhos logo no começo. É igual aquele filme vagabundo da pixar, o Up, que te soca na cara no início para te deixar esperto. A narrativa é simples e complexa ao mesmo tempo e não tenho como não dar nota máxima nesse quesito. Me pegou no coração mesmo. Os bichinhos fofinhos com cara de Disney podem estar me ludibriando os olhos? Sem sombra de dúvidas, mas fodasse que eu gostei para cacete.
NOTA: 2.5

Playada
Já acabou Jéssica?
Para quem não está ligado, Ori é um game estilo Metroidvania, que podemos resumir como jogo de leva e trás. Ele então vai ser focado na exploração do mapa, que é cheio de segredinhos guardados, e em combates frenéticos, que não chegam a ser tão frenéticos assim. Sério, a exploração é maravilhosa e super intuitiva, de certo modo até fácil demais, mas em geral ótima. Agora os combates, meio que ficou faltando. Não tem nenhuma batalha épica com boss e você em suma vai enfrentar inimigos repetidos que vão trocando de cor e ficando mais pirocudos (famoso pallet swapp). No lugar das boss battles, os devs acabaram colocando umas sessões que chamo de correria, onde você tem que ir usando todo o arsenal de habilidades do Ori e fugindo de fogo, água ou da corujona vilão, e que achei meio merda. Sim, morri uma caralhada de vezes e isso pode ter contribuído para o ranço, mas não vem ao caso. A maioria das habilidades adquiridas, como pulo duplo, dash, impulso nas paredes, que já são características desse tipo de game, eu gostei. Só odiei mesmo a mecânica onde Ori pode se impulsionar usando projéteis inimigos, que além de me embaralhar o cérebro na hora de mirar, é usada de forma excessiva ao meu ver. Puts, como morri nesses trechos, quase que o Ori me mandou tomar no cu e parar de ser noob. Também não curti os pulos, achei meio duros, mas isso acredito que seja minha falta de perícia mesmo.
NOTA: 1.7

Barulhama
Chegou a crescer mato dentro do meu quarto.
Sensacional! Simplesmente, sem mais. A trilha sonora desse game faz você se sentir em uma floresta caras. Não consigo explicar. Só sei dizer que quando a música é bem feita, ela consegue te mandar para qualquer lugar. Como uma guerra com a trilha de Coração Valente, ou uma tribo indigena com a trilha de O Ultimo dos Moicanos, ou até para o inferno com o último CD da Anitta. Se você morrer muito, como foi o meu caso, vai acabar querendo matar quem fez a música de momentos de urgência, mas isso vai ser culpa sua e não dá música. Os sons do jogo também são impecáveis. Barulheira de bichos, inseto, água caindo ao fundo e mais um monte. Não tem como 10/10!
NOTA: 2.5

Batom no Porco
Achei bonito viu? Talindo! Achei lindo!
Não tem como. O que eu vou fazer se a parada é uma obra de arte a cada quadro? Eu mesmo morri um monte de vezes só por ficar apreciando os belos cenários que o game tem (façam de conta que acreditam por favor). Tudo é muito bem feito e consegue ter um charme próprio. É uma mistura de estúdio Ghibli com pitada de Disney e uma esporada de Dreamworks por cima que funciona bem para caramba. Não é atoa que foi super premiado. Nota máxima e quem discorda é pichuru das ideias. A expressividade do Ori, de sua mãe Naru, da corujona maluca e do amigo desengonçado Gumo é algo que só pode ser considerado obra-prima. Sem mais!
NOTA: 2.5

Fator Nostalgia
Será?
Pensei bem em tirar pontos do amigo Ori por causa desse sentimento de desenho que passava na sessão da tarde, mas voltei atrás. Não tem como tirar pontos de um jogo foda desse. Fiquei puto em muitos momentos eu confesso, mas após o encerramento do mesmo, só tenho lembranças felizes e que vão se tornar uma memória nostálgica, que vai me fazer gastar 3 mil reais em um boneco do Ori em tamanho humano movido por IA, daqui uns 10 anos.
NOTA: 0
Por que perder tempo com essa bosta?
Porque o game é muito bom e seus estilo artístico merece pelo menos uma testada. Olha as imagens do post, você não tem vontade de ver qual é? Confessa que tem, que se não tiver você deve ir atrás de ajuda profissional. Ori não é um jogo revolucionário nem nada e para quem já jogou muitos metroidvanias pode achar mais do mesmo, mas a forma que a trama se desenrola vai valer a pena encarar mais esse desafio, eu garanto. Para quem então é fã de SotN, Super Metroid e seus derivados, vai ser um prato cheio. Eu garanto x 2.
Por que não perder tempo com essa bosta?
Pelo desafio. Não que o game seja difícil nem nada. Só deixo a advertência mesmo para quem é lesado e descoordenado como eu. Existem várias facilitações para você chegar até o final do jogo, como várias formas de recuperar vida, poder salvar em quase todos os lugares e poderes apelões. Só não vai achando que é um passeio no parque, que quando o negócio engrenar ele pode te surpreender e até afastar. Imagino que não trazer nada de novo para o gênero seja também um bom motivo para largar a mão, só não acho um bom motivo, já que você vai encontrar um bom metroidvania no final das contas. Tudo bem implementadinho, pode acreditar.
Avaliação da Playada
Tempo de Jogo | 16:42:04 |
Save State | 0 (se bem que existe uma mecânica parecida em game. E que não vou contar como SS por motivos óbvios) |
Detonado | 1 (tive que apelar perto do final do game que já era 1 da manhã) |
Trapaças | 0 |
Game Over | 0, porque não tem Game Over no jogo, agora mortes. 917 mortes (isso eu contei). |
Zeramento | sim |
100% | não lista: Zerar no Difícil (eu longe disso aí) Zerar no Uma Vida (se olhar a quantidade de mortes dá para entender o motivo de eu passar longe desse disgraia) |
Resultado | ![]() |
Avaliação do Querido
Lorota | 2.5 |
Playada | 1.7 |
Barulhama | 2.5 |
Batom no Porco | 2.5 |
Fator Nostalgia | 0 |
Total | 9.2 |
Dificuldade | Dá para perder uns cabelos |
Resultado | ![]() |
Conclusão | Jogaço, não tem como. Tem como passar raiva, mas no final a experiência vai ser prazerosa. |