
Phantasy Star é… o primeiro game do estilo RPG lançado pelos manos do ouriço azul com versão live-action no mínimo questionável. Até hoje sonho com aquele Sonic da AACD que tiveram a cara de pau de lançar no primeiro trailer. Normalmente a internet só serve para coisa ruim e sem propósito, mas conseguir mudar aquele modelo 3D valeu por todas as merdas. Depois disso dá até para voltar a levar fé na humanidade.
Mas e o jogo? É definitivamente um jogo. Tive umas dúvidas em um certo momento, confesso, mas definitivamente posso afirmar que é um jogo. E é bom ou não é? É um jogo, definitivamente…
Sei que uma galera ama esse carinha e não quero ferir o sentimento de ninguém. Então quem sabe a gente deixa esse assunto quieto por hora e fala sobre outra coisa? Quem sabe a gente fala sobre coisas menos polêmicas? Tipo aborto, religião, politica, futebol, legalização das drogas. Acho que vai ser mais produtivo…
Ok, ok, esse site afinal é para falar de vídeo jogos, né? Vamos falar de vídeo jogos então. Só depois não vem querer ameaçar minha mãe de morte. Eu avisei que o que vou dizer aqui pode não agradar todo mundo. Não me culpem!!
Phantasy Star foi lançado nas terras do sol nascente em 1987 e nas do Tio Sam em 1988 para o console da Sega da época (Sega Mark III (JP) / Sega Master System (EUA)). Ou seja, o bicho é mais velho que esse maravilhoso rapaz que vos escreve. Bichinho está há muito tempo no mundo. Ele e o Silvio Santos já rodam umas estradas por aí.
Ele também teve um lançamento aqui no Brasil em 91, onde a Tectoy distribuía as paradas da Sega. Você me pergunta o que isso muda no final das contas? E eu lhe respondo que essa versão nacional é 100% traduzida meu garoto.
Sei que parece besteira isso nos dias de hoje, mas nessa época era difícil existir jogos em PT-br. Tinha que dar glória a deus e chupar as bolas da Tectoy por fazer uma coisa dessas. Joguei tanto jogo em Japonês na minha vida que chego a me emocionar com esse tipo de coisa.

Ih, olha quem voltou!! A piada das capas!! É, como de praxe nessa época, a capa do nosso lado era totalmente diferente da original japa. No Master System, todas as capas eram com esse quadriculado de toalha de mesa que fica na garagem com alguma imagem que deveria lembrar o jogo. E eu digo que deveria, que nem sempre lembrava, as vezes era só um borrão mal desenhado mesmo.
No caso do Phantasy Star até que lembra bem o game, só foi desenhado com o lápis no cu mesmo. Que desenho feio da porra! Os personagem tudo torto, parece que estão tudo com reumatismo. Sem falar nesse moguerço aí! Esse eu não tanko não!!

Se isso aí é um morcego eu sou um bloco de concreto!! Isso está mais para um chupa cu de Goianinha misturado com doguinho caramelo que um vampiro!!
Detalhe também que a capa ressalta que você poderia salvar até 5 jogos em memória!! De novo parece besteira hoje, mas era raro jogo que você pudesse salvar alavontê. Era só jogo grande mesmo ou que sabia que faria você sofrer o inferno durante a jornada, como é o caso aqui. O resto era começa tudo de novo ou deixa ligado essa merda de vídeo game até zerar. Quem não perdeu todo o progresso dessa forma que atire a primeira pedra. Tenho ótimas histórias com isso, mas neste momento não vem ao caso.
E o jogo seu arrombado? Não vai falar mesmo? Estou evitando a fadiga, mas não tem como, vou ter que falar disso mais cedo ou mais tarde. Então vamos lá. Ele é um JRPG de turno com exploração em um mundo semi-aberto. Padrão desse estilo de jogo mesmo. Satisfeitos? Obviamente que não né, nem eu estaria satisfeito se não destila-se meu ódio e cinismo nesse queridinho da galera.
E é querido mesmo, que a parada foi lançada em um monte de plataformas. Master System, Mega Drive, Sega Saturn, Game Boy Advance, Playstation 2, Celular, Virtual Console, Calculadora Científica, Geladeira Frost Free, Juicero, Excel, Relógio do Silvio Santos. Se bobear roda até no PC da Xuxa! Não dá para negar que o jogo é um sucesso! Só não entendo o porquê. Na real entendo, mas quero causar intriga!

Se você lembra disso aí, parabéns! Você está cada dia mais próximo da morte amigo!!
Como disse, o jogo é um RPG clássico, raiz e com cabelo no saco e no cu! Negócio bruto mesmo, nada de depilação, creme e frescuras de hoje em dia. É luta em turno, xp e grana por luta, cidades, calabouços, mapa mundo, batalhas aleatórias, lojinha, sistema de diálogos e aquele lance todo. É o padrão. Básico porque é o que tinha e não tem do que reclamar.
Mesmo assim, temos coisinhas diferentes em relação a outros JRPG’s que já deram as caras aqui por essas bandas. A primeira diferença é o sistema de batalhas e a exploração das dungeons que são em primeira people.
Em termos de batalha é simples, os personagens não vão aparecer em tela. Só o inimigo. O máximo que você vê são as faíscas que saem ao executar um golpe. Que mudam de cor e formato dependendo da arma empunhada. Bacana isso na real. Outros games dessa época também usavam esse sistema, então não é nada muito diferente. Eu não desgosto desse sistema, mas realmente é melhor ver os sprites dos nossos manos. Pelo menos eu me importo mais com os personagens vendo eles, mas só frescura minha mesmo.
Em termos das dungeons é que a parada fica complexa mesmo. No mapa mundo e cidade temos sprites dos personagens andando em fila indiana (padrão). Entrando nas famosas masmorras, isso muda e a câmera fica em primeira pessoa, onde você vê as paredes da parada e pode se movimentar livremente em 360 graus. Uma doideira!! Magia!! Bruxaria!!

Só com imagem para vocês entenderem isso aqui! Parece um 3D, mas não é. É simplesmente efeitos de paralaxe e profundidade, o que não deixa de ser foda. Não quero ser técnico aqui, porque não é o propósito. O que posso dizer é que fazer um esquema desse, em 1900 e guaraná com rolha não é para qualquer um. Tem que bater palma de pé por isso existir. Simplesmente fantástico!!
Com certeza esse é o sistema chamariz dessa série de jogos (pelo menos nos primeiros) e quem curte esse game deve adorar a parada. E eu entendo isso, a pena é que o mesmo sistema que faz o jogo ser único e foda, também transforma ele em um inferno completo.
Começa que é impossível uma pessoa com labirintite jogar isso aí!! O cara vai ficar tonto e cair duro com toda a certeza!! Na primeira dungeon que eu entrei quase tive um AVC, na moral. Depois que me recuperei fiquei impressionado e levemente excitado, mas que dá um nó no cérebro, isso dá!
Perdido! Simplesmente perdido! É isso que vai acontecer com você se não jogar com mapa. Tem versões mais novas que até tem um sistema que vai demarcando os caminhos percorridos e que facilita um pouco, mas sem mapa é uma tortura. Puta merda, realmente não sei como que os antigos sumérios zeravam esse jogo sem guia. É muita treta! Você dá meia dúzia de passos nas dungeons mais complexas e você não sabe nem sair da cadeira mais. Estava jogando, parei e fui pegar uma água e não lembrava como voltar para o computador. Acabei parando no quarto da minha mãe, que estava trocando de roupa nua, foi constrangedor.
Se você consegue zerar esse cara sem mapa, me manda um e-mail que quero lhe mandar uma taça. Parabéns!! Você é pica doidão!! Sei que não sou um pro-gamer nem nada disso, mas isso aqui não é de Jesus!! Tem que ter um senso de direção fudido!! Eu realmente não teria capacidade cognitiva para jogar sozinho.
Eu imagino que isso também se deva ao jogo ser bem curto. Que se você sabe onde ir, no máximo do máximo o game leva 10 horas. O que para um JRPG é bem pouco. Aí os caras colocaram um sistema de labirinto infernal para você ficar mais tempo no game. Tem dungeons que sem guia você corre o risco de ficar eternamente nelas. A dica é ir fazendo como os antigos fenícios e ir mapeando o caminho percorrido no papel, caso queira tentar o desprazer que é ir no pelo.

E contar para vocês que esse sistema de dungeons só vai tendo mais e mais desgraça ao longo do caminho. Uma delas é a bendita lanterna. Todas as masmorras são escuras para cacete, a ponto de não dar para entrar sem uma merda de lanterna. Que só pode ser utilizada uma vez e depois é jogada fora tendo que conseguir outra!! Olha que absurdo isso aí!! O esquema é no futuro, não temos luz em lugar nenhum e as lanternas são descartáveis!! Que merda de futuro é esse? Prefiro ficar aqui no nosso presente, que meu celular tem lanterna que dura uma semana!!
Você vai querer me dizer: “Obviamente que esse futuro era o que foi pensado em 1987” e “Que deveria levar isso em consideração”. Só que isso não faz sentido, mesmo um cara de 87 não ia imaginar que as lanternas iam ser tão rapidamente descartadas!! Só se ele levou muito ao pé da letra o lance da obsolescência programada. Aí, acho que temos um ponto. Que se hoje um celular dura no máximo um ano, pode ser que no futuro ele dure 1 dia. Oxi, ainda bem que vou estar morto quando esse futuro chegar!! Vou até voltar a comer Big Mac todo dia!!
Mais um desgraça em relação a dungeon é o fator realismo aplicado nelas. Não, não estou falando do 3D fake, mas sim de você ter que voltar da dungeon depois de completar seu objetivo. Sim, faz sentido não só ir até o final, mas dar um jeito de voltar, mas não preciso desse tipo de realidade. Já me perdi umas 200 vezes, enfrentei um monte de bicho, estou com a party toda fudida, não quero ter que voltar tudo. Me manda de volta, por favor!
Sim, isso é padrão de todos os jogos dessa época e até um pouco depois, mas queria reclamar disso agora. Sim, também tem itens e magias que te levam para fora que são adquiridos mais para frente, mas quero não ter que gastar grana ou MP nisso. Até porque nunca sobra MP para isso nessa naba. Facilita a minha vida como os jogos mais atuais que te jogam para fora depois de concluído o objetivo. Não seja mau comigo!!
Falei em enfrentar um monte de bicho antes né? É, pois é, se prepara. Já é padrão de RPG dessa época lançar inimigo no teu cu sem medo e aqui não é diferente. É muita batalha meu irmão!! Puta merda, de onde que sai tanto monstro? Tem um ninho em cada dungeon? Tem mais monstros do que gente nesse mundo. Mundo insalubre do caralho!

Falando em luta com monstro, vamos ao sistema de batalhas. É o padrão de turno. Escolhe a ação, executa, passa o turno, faz tudo de novo até você ou inimigo ir de base. Padrão do padrão.
O que não é o caso dos grupos de inimigos. Quando você entra em uma luta contra cinco moscas, por exemplo, você não vê cinco sprites de mosca. Você só vê um. O que indica que são 5 moscas, é que vão existir 5 vidas inimigas em tela. Já que o jogo faz o favor de mostrar a vida dos inimigos em tela (muito bom). O que complica, é que você sem os sprites, não pode escolher qual inimigo vai atacar.
É isso mesmo que você entendeu. Em batalha, você não pode escolher qual inimigo atacar. Você simplesmente escolhe ataque e a máquina escolhe em qual inimigo que o ataque vai ocorrer. Nem preciso dizer que isso ocorre da forma mais burra possível, USANDO O FUCKING RANDOM()!!! COMO ODEIO COISAS RANDOM!!! Que cacete de pastor alemão!! Sendo random, óbvio que as lutas duram muito mais, já que não existe concentração de ataque. Que inimigos com 2 de HP vão ficar vivos por diversas rodadas sem motivo nenhum!! Puta isso aqui não tem explicação, que sistema mais cu!!
Para ajudar, sabe o que mais é random?? A velocidade de ataque!! É rapaziada, o jogo não implementou um sistema de velocidade. Ele usa RANDOM()!! RANDOM()!! Você pode estar no nível mais alto do game (que não cheguei nem perto, já que não tem sentido chegar nisso) e a mosquinha de cu do cachorro ainda pode te atacar primeiro. É para colocar os dois dedos no cu e girar!! Não é possível um troço desses!!
Queria me acalmar, mas não tem como. Os caras desenvolveram um monte de coisas para te fuder com areia. Quando você mata um inimigo, um baú dropa dele e você pode conseguir itens e grana. Que nem que igual ao sistema dos Wild Arms 3 e Alter Code: F. E sabe o que mais é igual? É, o sistema de armadilhas!! O lindo, maravilhoso sistema de armadilhas!! A diferença é que nos WA’s você ainda tinha chance de conseguir desarmar essas merdas e aqui eles simplesmente explodem te dando dano para caralho!! Sem prévio aviso, sem nem levar para tomar uma gelada antes, sem carinho…… PUTA QUE ME PARIU!! PARA QUE UMA COISA DESSAS??? PORQUE??? POOORRQUUUEEEE??? O QUE EU TE FIZ????

Tive que colocar uma imagem tranquila, tomar um chá de camomila e colocar sons da natureza. Se não, ia me dar um infarto aqui. Para resumir minha gente, Phantasy Star é um jogo difícil para porra, que vai querer te ferrar toda hora. Sem mais, é jogo raiz que não está nem aí para os teus sentimentos. Ele quer te humilhar e mostrar o quão merda você é. Dark Souls, Sekiro e Bloodborne são um lindo passeio no parque perto desse cara. Confesso para todos vocês, que tive que roubar bastante para chegar ao final.
As dungeons são labirintos gigantes cheias de becos sem saída e com armadilhas, os itens encontrados não valem o esforço, tem muitas lutas contra inimigos de pica dura, os sistemas não vão te favorecer em nenhum momento e é isso o que temos. Um choque de realidade para você largar a mão de ser besta. Tomar jeito de gente!
Isso que nem falei que o jogo, como padrão da época, não te diz o que tem que fazer ou onde ir. Ele te larga no mundo e te vira maninho. Você pode simplesmente ficar vagando sem rumo. Como um andarilho. Te vira!! Entrou em uma dungeon que os inimigos te mataram com um golpe? Não era para ter entrado. Vai procurar outra coisa e volta mais tarde.
Não que isso seja ruim. Faz parte do estilo da gameplay e funciona. Só é empecilho para o pessoal mais desavisado, que pode xilicar na internet por ele ser assim. Tem muita gente que escreve review de jogo na internet que faz esse tipo de coisa. Que gentinha!!
O que mais podemos falar? A grana vai ser um problema durante a aventura. Vai rolar farm nervoso nesse aspecto. O sistema de gerenciamento de equipamentos é bem limitado. Não é fácil ver qual é o melhor e qual é o pior. Para equipar é usada a mesma tela de itens, que por sinal podem ser carregados com limitação, mas até aí, já estamos acostumados com esse tipo de coisa, ainda mais para a época que tinha limitação de hardware. Não vamos ter as famosas hospedarias para recuperar e sim hospitais, que cobram os olhos da cara o tratamento. Deve ser padrão americano o sistema de saúde dessa gente. Também não vamos ter itens de reviver, isso só pode ser feito em igrejas ou via magia. Pessoal é fervoroso Cristão no game também, mais um padrão americano de vida.
O que achei curioso foi o fato de não existirem os já consagrados status negativos. Tipo envenenamentos, sonos, petrificações, doenças e maldições de todo tipo. Aqui pela graça do senhor é só o dano mesmo e já era. Algumas armas e inimigos até amarram o adversário, mas não chega a ser um status. No final com esse nível de dificuldade não fez falta.

Outra coisa curiosa é o sistema de portas fechadas com chave no jogo. Não que isso seja algo diferente e inovador, mas nunca tinha visto você conseguir uma única chave que abre todas. Caras, existe uma chave no jogo todo, que você consegue em um dado momento, e que vai abrir qualquer porta do game. Kkk, imagina isso na vida real! Você ter uma chave que abre qualquer porta! Você está na sala e do nada um mano entra na sua casa, sem mais nem menos. Iria facilitar a vida da bandidagem, mas a nossa ia ficar bem desafiadora.
E a estética do game? Acho que deixei bem claro que é futurista! É um futuro pensado no tempo que se amarrava cachorro com linguiça, mas é. E pior que em game a parada funciona bem nesse ponto. As casas, dungeons e os NPC’s estão seguindo essa estética. Os carinhas usam um uniformezinho padrão Star Trek bem bacana! Sim, existem espadas, machados, escudos e armaduras medievais, mas também tem armas laser. Até aí, essa mistureba de conceitos é normal né meu povo.
Gráficos e música é complicado falar. Eles são datados e não tem o que fazer. Mesmo usando sprites e portraits, que aqui cabem bem pela limitação, a parada está datada. É bem limitado e feinho, mas não foge do padrão de outros games da época. Se olhar com olhos do passado, ele é bem interessante, ainda mais a parte maluca das dungeons que já comentei. Também tenho que comentar que as músicas são repetitivas ao ponto de dar dor de cabeça em certos momentos. Mas o que vamos cobrar de barulhos, toques polifónicos e bips? Mais uma vez, é o que temos para o almoço.
Vamos ter tanto palette swap, que acho que deve ter uns 10 inimigos diferentes só. Para quem não manja, palette swap é aquela técnica de usar o mesmo sprite/modelo de inimigo e apenas mudar suas cores e atributos Isso é padrão, mas tem jogos, como PS, que se passam nessa cachorrada. Sim, tem limitação, mas vou reclamar mesmo. Em compensação, tenho que dizer que vamos ter diversos ships para usar na exploração. Para a época tem bastante mesmo, tem carro, carro de neve, barco e até gato voador. Bacana de verdade.
Falei sobre o jogo ter uma versão em PT-br, o que é lindo, mas também tenho que reclamar sobre algo que também falei em BoF 1. Devido a diferença de bits usados nas letras, algumas coisas traduzidas usam uma linguagem diferente do português que não sei o que é. Alguém me diz o que é um cond, ou um proc, ou ainda um esp. p, ou quem sabe arm. cou? Sem falar do bendito PF, que deveria ser o HP, ou Pontos de Vida, mas ficou como prato feito por algum motivo. Realmente não sei o que seria PF, para mim é prato feito. E deixando claro que para o caso do Bolsonaro era Polícia Federal sim e ele estava só se fazendo de maluco!!

E aí vem a parte onde a galera vai querer meu brim, a história. Desculpem, mas não gostei de como rola a trama e não tenho como me importar menos com os 4 protagonistas (que é a quantidade em batalha também). Eu sei, você deve estar me odiando do fundo do coração nesse momento, me chamando de fascista, nazista, halterofilista, e principalmente machista. Já que a protagonista é uma mulher (Alis). E eu que achava que mulher protagonista era coisa das grandes conquistas de agora, só pode ser delírio coletivo uma protagonista de sucesso em 87. Acho que peguei a ROM errada.
Mas voltando à história… Ela existe, ou mais ou menos. É um pano de fundo para o que vai rolar no jogo. E tenho que dizer que é um pano velho usado de fralda por mães dos anos 90 para baixo. Que o lance é só, existe um cara mau controlando o mundo e temos que reunir uma turma para dar um fim nele. E era isso, vai nessa.
Não tem nenhum efeito de ação e reação na trama! Zero, nada, azar! Você vai fazendo missões para ficar mais forte para derrotar o chefão e não temos desenvolvimento nenhum de nada. Mal e mal, tem umas cidades onde os NPC’s falam que estão fudidos devido ao vilão e nada mais. Não tenho nenhuma ideia do que os protagonistas gostam e porque estão lutando. Acredito que eles não estão curtindo o governo do vilão, mas bem que tudo poderia ser resolvido nas urnas. Kkkk, nossa já disse muita merda nesse blog, mas essa última aí nem eu tanko. Desculpem, viajei nessa!!
Qual a motivação do cara mau? Como ele chegou ao poder? Como se constitui esse sistema de planetas onde se passa o jogo? Quem são essas pessoas que estamos acompanhando? Poderia ficar aqui até amanhã levantando questões não desenvolvidas pelo jogo, mas acho que vocês entenderam meu ponto. Sim, eu compreendo que nessa época a maioria dos jogos não continha uma história detalhada e o importante era a gameplay. Mas sabendo que Duna foi lançado em 65, não tenho como deixar de reclamar da história. Desculpem aos que ficaram bravos com o que disse, mas é o que esse jovem senhor sentiu.
Spoilers
Nossa treta começa com a morte de Nero. E quem é Nero? Obviamente não é o de Roma, mas sim o irmão mais velho de nossa protagonista Alis Landale. Que é uma garota destemida e corajosa. E era isso, pois não sei mais nada sobre, só considero pacas!
Antes da morte, Nero diz que a moça deve encontrar Odin, que também não é o nórdico, mas sim um grande guerreiro que irá ajudar a enfrentar Lassic. Que é o cabra que mandou matá-lo, por estar se metendo onde não devia. Lassic é o governador de Palma, um planeta com grandes florestas. Quer dizer, eu acho que ele é governador, pois no jogo mesmo não falam qual o cargo dele. Ou dormi nessa parte.
Alis então sai pelo planeta à procura do tal Odin, que vai ajudar a meter a porrada no cara mal. Não que eu tenha visto ele fazer alguma maldade durante todo o game, mas se é para meter a porrada nele, vamos nessa.
Depois de muito andar légua tirana e chegar a Paseo, que é capital do planeta Motávia, Alis descobre que existe um mano vendendo um gato. E que esse cat era companheiro do tal Odin. Meio suspeito um grande guerreiro usar um gato como companheiro, mas não vamos ser preconceituosos. Vai que o fulano é bom na porrada!
Alis entra em contato com o vendedor, mas o mano quer até as calcinhas da moça para vender o bicho. Aí complica, o cara não deixa nem fazer em 36 vezes no cheque pré datado. A sorte começa a mudar quando o cara se interessa por um pote que está em posse da protago e o troca pelo gato. Não sei realmente qual era o valor do pote, mas se o cara aceitou trocar pelo gato, só pode ter sido na trambicagem. Ou o pote era uma relíquia suméria perdida, o gato na real nem valia tudo isso ou o cara queria ver se alguém tonto pagava o absurdo.

O gato então se apresenta como sendo Myau. Aí já comecei a ver vantagem, o gato fala e não é sempre que a gente vê isso. Ele também fala que Odin foi petrificado ao tentar tretar com uma Medusa, mas que pode salvá-lo com o remédio que está no frasco em seu colar. Aí já vi desvantagem, que se o mano cai no vacilo de ser pego por uma Medusa, acho que não é grande coisa.
Alis e o masacote então partem para uma caverna que fica em Palma, o planeta inicial, onde conseguem liberar o tal Odin de sua petrificação. Ele então se junta a dupla para lutarem contra Lassic e descobrimos que ele não era um grande guerreiro bosta nenhuma. Ele até pode usar armas que atingem todos os inimigos, mas na treta sou muito mais o gato. Que além de dar unhadas pode usar magia.
Durante as andanças, Alis escuta que o governador de Paseo também não curte o tal Lassic. Ela e a dupla de dois então acham uma boa trocar um papo com esse cara. Afinal, inimigo do meu inimigo, tanto bate até que fura.
A treta é que o tal governador, chamado Sirius, é cheio das segundas intenções e só recebe gente que leva presente. Bicho é interesseiro mesmo! Corruptão! Negócio dele é aquele sistema bem conhecido da nossa gente tupiniquim.

Nossa turma então leva um bolo para mano, que é comprado em uma loja que fica no final de uma dungeon. Vê se não é para o cara se foder! Depois vem dizer que é difícil ser empreendedor e microempresário. O cara vai lá e abre a merda de uma padaria, que para chegar nela tem que matar um monte de monstro comedor de novinhas! Aí complica a parada né meu bacano! Parece a lojinha que tem na esquina aqui de casa, que já foi barbearia, padaria, açaí, sorveteria, tele de bebida, mercadinho e nada deu certo, mas continuam insistindo, pois o ponto é muito bom!!
Voltando… entregando o bolo o mano fala para a turma procurar um mago chamado Noah, que também não curte Lassic. Sim, ele só não gosta do cara e vai entrar para a turma. Se no mundo real fosse assim. Só juntar uma turma que não gosta de um político para tirá-lo do governo. Não teríamos nenhum presidente/governador/prefeito por mais de dois dias.
Antes de partir atrás do último membro da party, nossa gente tira um sonho na casa de Sirius. E misteriosamente todos têm o mesmo pesadelo. Onde lutam contra um bicho feio e tomam um cacete.
Todos acordam mijados, mas resolvem deixar para lá, já que isso é bem comum de acontecer. Eu achei bem suspeito esse lance todo que rolou, mas os caras estão sussa. Não curti esse mano aproveitador que é governador e se rolou sonho ruim na casa do cara é porque tem muita energia ruim no local. Eu não confiaria nele não.
Pessoal então consegue encontrar Noah em uma caverna treinando e não querendo ser incomodado. A sorte é que Sirius deu uma carta de recomendação para a turma, que faz com que o mano do capuz largue tudo e se juntem a geral. Assim, fecha o brique e temos os quatros manos que vão para a treta. Não sei nada sobre Noah, assim como os demais. O que importa é que todos querem sentar a xibata no Lassic.

A primeira missão do nosso grupo destemido é ir até Gothic encontrar o professor Luveno, que pode construir naves. O que vai permitir à nossa gente viajar entre planetas de forma mais tranquila, sem depender do sistema de viagens controlado por Lassic. Gothic é um lugar sombrio, com pessoas maquiadas, tristes e depressivas. Desculpem, não consegui me conter, tive que fazer essa piada. Mas realmente é um lugar fudido, que a princípio sofreu nas mãos de Lassic. O professor não está no lugar, pois foi preso em uma prisão no meio das montanhas.
Obviamente que nossa gente vai lá salvar o velho, que faz charminho para construir a nave, mas no final aceita. Também pede para salvar um ajudante moreno alto bonito e sensual e umas várias mesetas, que é a moeda corrente nesse jogo.
Tudo parece bacana, mas falta um piloto, já que nenhum dos quatro idiotas sabe pilotar. Ok, o gato até dou desconto, mas os outros 3 são uma vergonha. Nossa galera então anda até por dentro da lava (isso é verdade) e encontra um robozito parceria que pode servir de piloto. Primeiro tem que comprar um óleo lubrificante que custa os olhos do cu e passar por uma caralhada de masmorras, mas conseguem.
Com a nave ok, tudo está pronto para o que eu chamo de preparação para sentar o sarrafo no vilão final. Isso porque não temos de fato história aqui. Temos uma busca por armas poderosas que são feitas de Laconian (seja lá o que isso for, acho que é um similar ao adamantium e o vibranium), busca por garras mais afiadas para Myau, busca para uma capa poderosa para Noah, que é encontrada com o mestre do rapaz. E muito farm de grana e XP, que não é mole entrar no covil do capiroto final.
Durante as andanças ou viajanças, nossa turma vai passear além de Palma, por toda Montavia, que é onde fica Paseo e é um planeta deserto, cópia na cara dura de Arrakis. Tem até uns “vermes de areia” que parecem cu, é cópia mesmo. E por Dezori, que é um planeta gelado com gente mentirosa e que é cópia do planeta gelado de Star Wars.
Aí, depois de zanzar que nem louco, pegar um monte itens, armas e veículos, a nossa turma está pronta para o confronto final contra Lassic, que fica na cidade/castelo de Baya Malay.
Te contar que é um lugar de difícil acesso esse na moral. Tem que passar por um monte de cavernas, monstros e rios de lava para chegar ao esquema. Geral até encontra um cientista maluco, chamado Mad, que quer fazer atrocidades com Myau. Nem preciso dizer que os manolos não deixam e metem a sola no xarope da cabeça.

Agora, tenho que salientar a criatividade empregada nos nomes escolhidos. Um cientista maluco se chamar Dr. Mad é de um desleixo inacreditável. É a mesma coisa que um padre assassino se chamar Pd. Assassin. Ou um advogado amaldiçoado se chamar Adv. Curse. Nem preciso falar nada sobre Myau né, que é um gato. Imagino que se ele fosse um cachorro, ia se chamar Auau, né mesmo? É nota negativa para quem pensou nesses nomes!!
Voltando a treta, nossa genta entra em uma torre que leva enfim até o tal castelo. Lá andam para um caralho, enfrentam um monte de monstro e armadilha até chegar ao topo. Onde usam um tal de prisma, encontrado durante as andanças pelo mundo, para revelar o castelo flutuante de Lassic, que eu não tinha ideia que estava escondido até então. Achei que geral sabia onde a parada estava, sorte ter encontrado esse tal de prisma antes, se não todos teriam que voltar toda a torre com o rabo entre as pernas.
Myau então come uma noz encontrada em uma árvore em Dizorio e ganha asas que permitem ao pessoal chegar até o castelo. Eu pesquisei aqui para poder me aprofundar no assunto e essa noz é usada na fabricação do Red Bull. Esse é o motivo para a parada dar asas ao gatinho. Só não encontrei o motivo dele crescer a ponto de todos poderem montá-lo, acho que a noz também tem efeitos anabolizantes em gatos, que não tem em humanos.
Nossa turma enquanto está voando em direção a parada tem seu caminho bloqueado por um dragão guardião do castelo. O nome do bicho é GD Dragon e deixo para vocês descobrirem que porra é o GD. Gentilmente Dócil? Gorduroso Duradouro? Gengibre Descascado? Deixo também umas dicas do que eu acho que pode ser.
O que importa mesmo é que derrotando o calango, nossa turma enfim entra na casa de Lassic e o enfrenta. Ele parece até gente boa na real e oferece uma parceria, mas como queremos zerar o jogo o melhor é sentar o pau mesmo. Que é o que a turma faz, com certa dificuldade, mas faz.

Com o mano derrotado é fim de jogo e créditos né? Ainda não, pois a turma volta para Paseo para informar Sirius, que chutaram a bunda de Lassic. E o que era para ser uma mera formalidade e quem sabe uma leve comemoração, passa a ser um inferno, pois ao chegar na casa de Sirius os manos caem em um calabouço.
Falei que estava estranho esse mano, não falei? Meu sensor aranha, que é uma leve coceira no toba, nunca falha!
Nossa turma então tenta encontrar a saída da parada e dá de cara com o mesmo monstro que os chutou a bunda no pesadelo. Ele é uma entidade do mal chamada Dark Falz e está possuindo Sirius. De onde isso saiu? Só pode ser do cu de que escreveu essa história, pois realmente em nenhum momento foi mencionado esse lance de possessão demoníaca.

O que nos interessa é que desta vez nossos manos estão mais poderosos e bem equipados e mandam o bicho ruim de volta para o buraco de roteiro bosta que ele veio. Também libertam Sirius, que diz que deve ter sido possuído por algo ruim, já que isso acontece normalmente com as pessoas.
Nesse momento descobrimos que Alis é descendente de uma família que tem o direito de governar toda Algol, que é o nome do sistema planetário onde estão os três planetas do game, e ela assume como governante geral. Para trazer a paz e a justiça para esse mundo cheio de monstros e calabouços escuros.
Sim, esse lance de Alis ser de uma família que pode governar Algol é um artifício de roteiro lixoso e vagabundo, mas vamos fazer de conta que estamos felizes por nossa amiga!! KANPAI!!!!
É galera, vendo tudo que falei ao longo do post, pode parecer que não curti o jogo, né mesmo? E é isso aí mesmo, eu não curti o jogo. Entendo quem o ama de paixão e imagino que a nostalgia pegue forte nesse momento, mas eu sem esse lenço mágico, não consegui ter essa mesma paixão. Estou sendo 100% sincero aqui. Esse carinha está muito datado e não tenho o que fazer. Me sinto triste por não compartilhar da mesma emoção de geral, mas é isso que tenho para dizer.
Esse game tem um remake para PS2 que espero que melhore algumas coisas no sistema e principalmente na história, que para mim é o ponto mais baixo. Vejo muito potencial no que vi aqui, potencial que se bem explorado pode mudar minha visão. Realmente recomendo geral dar uma testada para ver qual é, mas não recomendo investir muito tempo. Mesmo sendo curto a parada é cansativa. Mais uma vez desculpa se feri os seus sentimentos nostálgicos, mas não bateu pra mim, não. Espero que os outros da saga batam!!
No mais vou nessa e evitem dar Red Bull para os seus gatinhos, se já é difícil controlá-los não tendo asa, imagina tendo. Vai ser uma gritaria nos céus que não quero nem ver!!