
Bayonetta Origins: Cereza and the Lost Demon
Bayonetta Origins: Cereza and the Lost Demon (nome grande da porra, parece até filme do Harry Pota) é um game spin-off da bruxeira safadona da Sega lançado exclusivamente para Switch e que me enganou legal. Pensei que a parada ia ser um joguito de puzzles, mas na real é um metroidvania daquele mais raiz possível, ou seja, com longas idas e vindas nos mapas. Ele até tem 5% de Hack and Slash mais para a finaleira, mas em suma pode se dizer que é de fato um metroidvania. Para mim ele é um grande misto de sentimentos. Achei meio esquisito e nada haver com a saga em um primeiro momento, mas logo depois me acostumei e achei um game muito divertido, só para depois passar raiva com um leve defeitinho que comento mais quando falar da playada. No final é um game muito do simpático e que passou mais batido que quem faz aniversário no final do ano. Sorry, meus amigos, mas dia 25 existe uma pessoa muito mais importante que vocês que faz aniver e meio que vocês vão ter que ralar muito se quiserem uma festinha.
Ficha Técnica
Publisher | Nintendo (esse título sim combina com a vibe da empresa) |
Desenvolvedor(es) | Platinum Games (Não é muito a vibe deles para ser sincero, mas até que ok) |
Diretor | Abebe Tinari (não tem nada no Imdb) |
Produtor | Koji Tanaka Makoto Okazaki Genki Yokota Toyokazu Nonaka (quase a mesma turma de antes) |
Designer | Noriaki Nango |
Artes | Tomoko Nishii (o ponto alto) |
Músicas | Aoba Nakanishi Hitomi Kurokawa Masahiro Miyauchi Rina Yugi (mandaram bem demais) |
Plataforma | Nintendo Switch (podia não ser exclusivo também) |
Lançamento | 17 de Março, 2023 |
Resumão para não ficar perdido
Nossa louquice da vez acompanha a jovem Cereza – que não vou falar quem é, mas que só vendo a imagem dela dá para sacar de longe – que está treinando duro com Morgana para se tornar uma Bruxa Umbra. E ela treina sofrendo o pão que o diabo amassou com a bruxa de nome manjado, pois tem o objetivo de salvar sua mãe, de nome Rosa, que foi aprisionada nos confins do cu do inferno por ter feito merda contra seu clã – merda essa que também é um puta spoiler. Na verdade Cereza se culpa muito por não ter tido poderes fortes o suficiente para poder ajudar sua mommy, o que a faz ter pesadelos constantes com um jovem loirinho quase angelical que a instiga entrar em uma floresta dominada por fadas pau no cu em busca de um poder maior. Coincidentemente essa floresta se encontra perto da casa de Morgana, que avisa que Cereza não deve entrar no lugar em nenhuma ocasião, o que ela ignora na primeira oportunidade já que é uma jovem desmiolada sem noção do perigo e o roteirista precisava de um evento impactante para sua trama andar. Aí, nossa Cerezita só não vai de arrasta no meio do mato devido a um demônio que ficou preso em sua pelúcia de gato chamada Cheshire em uma tentativa falha de invocação e porque vai revelando seus reais poderes ao longo da aventura. O que não vai obviamente deixá-la preparada para todos os perigos, reviravoltas e tramas malignas que a aguardam, mas que vai fazê-la crescer como bruxa e até pessoa. Que lindo cara, até me emocionei aqui! É uma jornada de uma menina virando mulher!!

Lorota
Atende bem ao que se propõem, mas as vezes cansa.
E voltamos aquele papo chato de contexto só para ser bem repetitivo. Bayonetta Origins revoluciona em termos narrativos e tem algo nunca visto antes na indústria dos videos jojos? Não e nem precisa, afinal estamos falando de um jogo onde o foco é a exploração, mas mesmo assim o negócio consegue te deixar de coração quentinho. Consigo fazer um bom paralelo com relação à Ori (que já meti post no blog) e este jogo, onde em ambos a história é minimalista e simples, mas mesmo assim tão emocional que te pega no contrapé. Sério mesmo, no final quase me caiu uma lágrima de macho alfa du neida e fiquei com sorriso de tonto durante uma boa parte da aventura. Que por sinal é uma grande aventura mágica como as melhores histórias de conto de fadas de todos os tempos. Caramba, como conseguem dar o clima de contos dos irmãos Grimm nessa porra, meu amigo e minha amiga. O game pode não parecer, e de fato não tem, nada haver com os outros 3, mas é uma entrada tão boa, ou até mais bem feita, que o resto da saga. A construção do crescimento de Cereza como personagem é maravilhoso e a amizade e companheirismo que ao final é gerado com o gato porradeiro é para deixar muito roteiro de animação no chinelo. Não tenho medo de ser exagerado ao dizer que esse é o melhor roteiro da saga de longe. Os personagens são bem construídos e você só precisa apenas de duas linhas de diálogo dos mesmos para entender sua personalidade e motivação. É uma coisa de maluco mesmo. Só retirei uns pontinhos mesmo devido a forma que é contada a história. Que faz toda uma firula para parecer de fato um conto de fadas, mas às vezes só parece alongar algumas cutscenes. Tipo, tem cenas onde a narradora da parada comenta qual o sentimento do personagem mesmo que a imagem já deixe claro o que ele está expressando, algo que me pareceu bem desnecessário. “Disse o demônio grunhindo e com os olhos com muita raiva”, sendo que eu vi o bicho puto na cutscene. Sim, entendo que isso ocorre para tapar o buraco das cutscenes mais estáticas – que inclusive são padrão desde o primeiro jogo, mas que aqui cabem mais -, mas na moral, acho que passaram do ponto. Não estraga a trama de forma nenhuma, só não faz ela ser nota mauxima.
NOTA: 2.3

Playada
Lançado o desafio!
Para deixar claro antes de mais nada, eu gostei para caramba da gameplay de Netta Origins, mas mesmo assim estou aqui para lançar um desafio. Quero desafiar os games metroidvanias em 3D a terem um mapa decente, que faça você se guiar bem e não ficar que nem filho de mulheres adeptas ao meretrício no dia dos progenitores. Nunca joguei um game metroidvania em 3D com mapa bom, o que é o caso desse game aqui também. Em games 2D (ou 2.5D) você consegue muito bem saber onde está e qual área sai em qual área, mas nos em 3D a putaria rola solta. Você às vezes acha que está em cima, mas está em baixo, acha que está em um lado, mas está em outro, ao ponto que seu cérebro funde e você tem duas escolhas: Ou se guia por algo na internet, ou vai só em frente e deixa a vida te levar, vida leva eu. Manos, eu gostei do lance de controlar dois personagens independentes com lados diferentes do controle, mesmo me embananando todo várias vezes, gostei da mecânica de aprisionamento de inimigos de Cereza, ao passo que os ataques ficam a cargo do Chesire, dos vários quick time events para liberar secrets e itens, do cozimento de ingredientes para gerar poções – que já existia, mas que faz mais sentido nesse tipo de game -, da mecânica de liberar pontos do mapa através dos desafios das fadas e de toda a parafernália de coleta de coisas do estilo MV, mas não consigo gostar de um mapa que mais te atrapalha que ajuda. Poderia ter um contador para os coletáveis, a movimentação da personagem ser mais rápida e ter um sistema de lojinhas? Sim, mas nada disso iria fazer eu passar tão mal que nem a bosta desse mapa. Ainda mais que uma boa parte do game é voltar às áreas já visitadas para coletar coisas que antes não eram possíveis serem alcançadas devido a falta de alguma habilidade. Porra, estava tudo certo, era o tipo de jogo propício para coletação de bugigangas, diferente de um game de Hack and Slash, não podia ter vacilado no mapa não! Não que o design das áreas em si seja ruim, só o mapa te prega tantas peças que você tem vontade de deixar de ser você mesmo nesse plano astral.
NOTA: 1.6

Barulhama
Desta vez se puxaram ainda mais.
Aqui é excelência da excelência na moralzita. Falei que a história ajuda a você se sentir em um conto de fadas, mas ela não seria nada sem o trabalho primoroso de áudio aplicado nessa bagaça. Caramba, é cada música e sonzinho que te fazem entrar nessa porra dessa floresta mágica que não tem o que reclamar. A trilha em si não é memorável a ponto de martelar no cérebro, mas não vou poder fechar os olhos para um trabalho cirúrgico como esse aqui. As partes que te fazem dar uma emocionada também são carregadas pelo áudio, não vai achando que é só escrita não. Mais uma vez não tem nada haver com a saga como um todo, mas pensando no escopo desse game, vai ser um pecado se eu me atrever a ser um pau no cu como de costume. Também vou deixar uma menção ao trabalho de dublagem que é sensacional, principalmente no caso de Cereza, onde a dubladora manda demais.
NOTA: 2.5

Batom no Porco
Não é luxuoso, mas ainda sim é lindo.
Aqui fechamos a trinca de ouro que faz o game ter o clima de conto de fadas. Sério meus manos e minas, olhem as imagens que eu coloquei no post e procurem sobre o jogo na internet e me digam que isso não é uma animação feita pelo Tim Burton? Caramba, tem animações gastando uma banana de grana que não são tão bonitas e cinematográficas que nem esse jogo. Ele de fato não tem tantas cenas animadas ao longo da aventura, mas esse estilo gótico de fantasia cai tão bem que você nem se importa com os PNG’s safados durante as cutscenes. Os inimigos são de fato bem repetitivos, mas além dos mesmos de fato lembrarem fadinhas, tem um charme muito especial. As vezes mais é menos, olhando os designs das criaturas chamadas Whisps por exemplo, que nada mais são que fantasmas de crianças que morreram na floresta onde passa o game (tenso), podemos ver como elas passam toda a fofura necessária para você querer as salvá-las do mal, o que é mais que o suficiente levando em conta a trama e gameplay. Só tirei um pontito, pois algumas áreas do jogo às vezes flickam pra caceta na troca de câmera, deixando tudo borrado e feio umas quantas horas. No mais o esquema é bunito demais e deixa você se sentido dentro da aventura.
NOTA: 2.4

Fator Nostalgia
Nic.
Nem teria como ter nostalgia, afinal esse game é do ano passado. Sei que o tempo passa cada vez mais rápido e que para jovens do TikTok que assistem vídeos de no máximo 1 minuto a percepção de tempo pode ser diferente, mas não tem como sentir nostalgia nesse caso nem se eu quisesse. Não que eu tenha jogado o game antes também, mas só queria deixar claro esse absurdo que pode de fato ser propagado na internet hoje em dia.
NOTA: 0
Por que perder tempo com essa bosta?
Porque esse é um jogo simpatiquíssimo, com uma história bem bacaninha e com uma ambientação de deixar qualquer marmanjo apaixonado. Ele tem defeitos em seu gameplay? Tem, principalmente o mapa como comentei, mas se você não quiser meter o backtracking como um maluco cracudo colecionista, acho que nem vai reparar no que comentei. Vai ser só diversão, alegria e coração quentinho.
Por que não perder tempo com essa bosta?
Por dois únicos motivos: Um se você não tem uma boa memória ou senso de direção, ou dois se não curte coisas de “menina”. Sim, se você é um daqueles machos que não consegue apreciar o mundo feminino ou coisas kawaii, passa longe dessa parada, que isso aqui pode muito bem afetar a sua masculinidade fraca. Os outros Bayonettas você ainda tem a desculpa de jogar com uma gostosa, já aqui? Aqui não tem desculpa, ou entra de cabeça no mundinho ou seus vizinhos e parentes vão te questionar sem sombra de dúvidas.
Avaliação da Playada
Tempo de Jogo | 25:30:00 (acho que acabei levando muito mais tempo perdido que tinha imaginado) |
Save State | 0 |
Detonado | 4 (mapa lascado da porra) |
Trapaças | 0 |
Game Over | 0 (sim, o jogo é bem fácil) |
Zeramento | sim |
100% | não lista: Zerar no Difícil (gostei do jogo, mas não é pra tanto assim) 100% (meti 97% e não tenho ideia do porque) Time Trial (nem abri para ver como é) Todas as Roupinhas (tenho mais o que fazer na vida) Capítulo com a Jeanne (dropei para dar tempo do post sair antes do final do ano) |
Resultado | ![]() |
Avaliação do Querido
Lorota | 2.3 |
Playada | 1.6 |
Barulhama | 2.5 |
Batom no Porco | 2.4 |
Fator Nostalgia | 0 |
Total | 8.8 |
Dificuldade | Um dos jogos mais fáceis que já tive o prazer de meter a mão |
Resultado | ![]() |
Conclusão | Um game muito simpático, com um estilo artístico foda, mas que podia ter um mapa melhor |