
Lunar Legend
Lunar Legend é o segundo remake do JRPG Lunar da Game Arts originalmente lançado para Sega CD e pela primeira vez na história desse blog posso pedir música no Fantástico. Quero pedir um louvor da cantora Mariane Mariosa aqui do Rio Grande do Sul, me espelhando nos jogadores de futebol, que pagam de cristão, mas depois dos jogos vão gastar seu nada pequeno salário com as do Job. Não que eu seja contra a prática do uso dessas moças, até gosto bastante sendo um jovem adulto de 40 anos solteiro. Só acho que as duas coisas não combinam muito. Deixando de lado as moralises, o jogo em si é uma adaptação do outro remake que saiu para o PS1 – que tem post aqui – para o portátil Game Boy Advance, que tem muito jogo foda, principalmente RPGs. E é uma boa adaptação para falar a verdade. Obviamente que ele dá uma puta simplificada no esquema original, mas ainda sim é uma boa pedida para quem nunca se aventurou com Alex, Nall, Luna e sua turma. Agora para quem já pegou as outras versões… aí conto mais ao longo dessa bagaça.
Ficha Técnica
| Publisher | Media Rings na Japa Ubisoft no resto do mundo (é ela mesmo, que todos conhecemos muito bem) |
| Desenvolvedor(es) | Game Arts Japan Art Media |
| Diretor | Takeshi Miyaji (figurinha carimbada) |
| Produtor | Masato Hiruta |
| Designer | Yoichi Miyaji (outro que sempre aparece) |
| Artes | Toshiyuki Kubooka (nem comento) |
| Músicas | Noriyuki Iwadare (esse menos) Hiroshi Fujioka Isao Mizoguchi Yoshiaki Kubotera |
| Plataforma | Game Boy Advance (GBA pra nóis) |
| Lançamento | JP – 12 de Abril, 2002 EUA – 12 de Dezembro, 2002 Europa em 2003 |
Resumão para não ficar perdido
Olha aí, que coisa linda de Jesus, mais uma barbadinha. Mais uma vez não vou precisar gastar tempo com a parte que mais me ferra e seguir sem medo de ser feliz. O trabalho está pronto meus amigos, só ir no post do game original que está tudo lá mais uma vez. E nem venham me criticar, pois sei que todo mundo aqui não gosta de trabalhar e também se aproveitaria desse tipo de oportunidade para procrastinar, coçar o saco, ver vídeos curtos random no Facebook e afins. A parada é Alex e sua turma mais uma vez buscando Dragões pelo mundo de Lunar e se deparando com o nefasto Magic Emperor e seus monstros terríveis da Vile Tribe – que não sei se vem da Vila ou de uma Tribo -, e eras isso aí. Sem perder tempo então sigo para a resenha que é onde brilho e os faço rir, chorar ou ficarem putos da cara.

Lorota
Deu uma leve enfraquecida.
Aqui que a brincadeira de comparação começa e não tenho ideia de quando ela vai parar. Se preparem que vai ir longe. Não posso vir aqui e dizer que a história de Legend é fraca, até por que a mesma segue a receita dos outros dois games. Mas posso sim dizer que ela tem menos impacto que a melhor versão, que é a de PS1. Existe uma cena que já cansei de comentar aqui que me faz suar pelos olhos toda a vez que eu vejo. Vocês até já devem estar cansados de imaginar qual, mas não vou spoilar, pois é uma cena muito importante e pode estragar bastante as surpresas do game, que já são poucas. O que vou fazer é usar ela como exemplo da falta de impacto de Legend. Nessa cena no PS1 temos um diálogo bem extenso que aprofunda a relação de cada um dos 3 casais do jogo e terminamos com uma grande cena musical – puta merda já estou embargado de novo aqui -, que mostra principalmente como é a personalidade meiga Luna. Foda, foda, foda!!! Aí em Legend temos a mesma cena, com menos diálogos, super rápida e sem o peso do musical que não ocorre por limitação do portátil. A moral da cena é a mesma e o resultado final para trama também, mas não temos a mesma grandiosidade de direção que no de PS1. Ela é boa, mas bem xoxa e meio broxa, ainda mais se você jogou o outro jogo. Uma parece que foi dirigida por Christopher Nolan usando efeitos práticos e cenários reais, já a outra parece dirigida por Paul W. S. Anderson usando um monte de tela verde e sua esposa que parece uma porta atuando. O pior disso tudo é que isso não é culpa do jogo, mas sim da plataforma que o mesmo foi feito. Já estou sendo repetitivo aqui, mas não posso fugir do tema. Não tem como pegar uma obra prima do PS1 com 3 CD’s e fazê-la caber toda dentro de um cartuchinho de bolso. Algumas coisas vão ser limitadas, cortadas e diminuídas para caber. E uma delas é a história, que além de ser bem resumida e condensada, perde muito peso em comparação. Eu imagino que se não tivesse jogado o original, que nem era original, mas remake, teria curtido mais a trama. Até porque os personagens ainda seguem sendo muito carismáticos e tem um bom desenvolvimento – tirando Kyle que é só um estereótipo de personagem malandro como o Han Solo -, temos um mundo de fantasia com um lore bem construído, vilões com uma certa motivação e uma aventura cativante. Confesso que deu uma cansada do mesmo papo no final, mas ainda é bom e me diverte. Perde pontos só mesmo na comparação, que sim é injusta, levando em conta as grandes diferenças de hardware.
NOTA: 2.0

Playada
Voltamos aos primórdios.
Já estava preparadinho para me chatear com a play novamente se tratando dessa saga. Movimentação com baixo controle estratégico, inimigos causando efeitos negativos a torto e a direito e cabelos do cu suados de tanto contar itens de cura, que medo!! Aí pego a primeira batalha, que aqui volta a ser random, e me surpreendo com um JRPG raiz. Pois é meus nobres leitores de alta cultura, Lunar Legend esquece todo o sistema dos outros jogos e me taca nos beiços um sistema de combate simples como os Dragon Quest. Nada de movimentação, nada de timeline muito doida, nada de posicionamento, aqui é troca troca franca com a mostrada. Gosto de outros sistemas de combates e não sou contra experimentações, mas não ficou legal esse estilo implementado em Lunar e fico bem grato de poder pegar um JRPGzinho mais simples e esquentar menos minhas hemorroidas. Sem falar que ainda temos espaços para novidades, como ataques especiais carregados ao usar ataques físicos, como itens compartilhados podendo serem agrupados até x99, como itens espalhados pelas cidades para motivar a exploração, como slots de equipamentos para saber o que cada personagem está usando e como um sistema de cards com os sprites do jogo. Inclusive é bom falar que esse sistema de cards até permite trocas via cabo entre Game Boys. Isso faz com que essas cartinhas sejam relevantes e não uma perda de tempo? Não, mas bom pontuar já que gastaram tempo desenvolvendo isso que deveria bater de frente com as trocas de Pokémon. E as limitações, rolaram? Sim e não teria como ser diferente como já comentei. Só nada do que tiraram ou reduziram faz a experiência pior ao meu ver. Tipo, agora temos só 2 slots de save – algo que é perigoso se tratando de um RPG com pontos sem volta -, agora não temos um mapa aberto e sim um point and click, agora não temos ícones que identificam fácil os itens e agora temos muito menos mapas para explorar. Como disse, nada que atrapalhe. Então é jogo 10/10? Pior que não, primeiro porque os baús vermelhos secretos só tem itens merda (picuinha minha) e o jogo é super ultra mega master blaster fácil. “Que porra é essa, parece o Baltar esse porra!”, vocês devem estar pensando, eu sei, mas calma que vou explicar meu ponto. Não sou a favor de jogo que te sacaneia na cara dura para ter dificuldade artificial como os dois Lunares de PS1, mas também não precisa ser feito para criança retardada comedora de mosquitinho de banheiro (inclusive para que servem eles, alguém aí sabe?). Para vocês terem uma noção da facilidade, esse maninho aqui coloca vendedor de itens na entrada de todas as dungeons do jogo, inclusive na última que é em um templo sagrado no céu. Tem cabimento um negócio desses? Não precisa se preparar para dungeon não, dá uma farmada aqui e compre 99 itens que curam MP que está tudo sussa meu amigo. Puts, perde muito aquele frio na barriga que dá entrar em uma caverna escura cheia de capirotos querendo seu rim e que você nem sabe quando vai acabar ou onde vai dar. Isso que nem comentei que aqui é só bater pesado e fodasse o sistema de vantagens. Passei a maioria das dungeons só usando ataque físico com a luta automática e eventualmente curando com minhas 99 poções compradas no pior vendedor do mundo. Não precisava ter inimigo com 1000 de HP, defesa alta e dando status negativo toda hora, mas podia ter dado pelo menos uma diversificada nos combates para não ficar tão pueril. Me diverti? Puta, pra caralho, adoro humilhar monstros, mas aqui se passaram na simplicidade. Até deu para matar uns cachorrinhos brancos que fogem e desviam de tudo que nunca tinha matado nos outros jogos. E isso que nem estou levando em consideração um bug da versão americana que cura todo o HP/MP se você der load no seu save. Isso, você não entendeu errado, é dar save e load que seus personagens voltam tudo de pau bem duro. Kkkkk, eu sei que isso é um bug e não algo planejado, mas é você descobrir isso para saber que vai zerar o mano sem se estressar muito. Claro que eu não usei esse bug de propósito e fui na garra, mas queria comentá-lo para ciência dos amigos. Quê, porque estão me olhando assim? Vão dizer que não acreditam em mim? Porra, nunca, NUNCA, eu, um Games com G maisculo me rebaixaria usando um truque sujo desses!! Quem vocês pensam que eu sou? O Mago que não sabia o que fazer com o POW? Me respeitem!!
NOTA: 2.0

Barulhama
Aí ficou feião.
Aqui voltamos com aquela comparação marota, já que Legend tem uma trilha sonora muito inferior que qualquer um dos dois games anteriores. Sim, sim, o GBA não vai conseguir tankar nem mesmo o Sega CD que tinha mais poder de som, mas não vou poder passar pano. A música é sim parte importante da trama de Lunar 1 e sem poder ter elas bem reproduzidas o esquema fica complicado. Legend até se esforça bastante com seus sons polifônicos, mas não chega a arranhar a superfície do que era necessário para fazer nosso coração de pedra castigado pelas intempéries da vida ficar quentinho. Não temos nem as vozes dos nossos maninhos para nos alegrar. Sei que é foda a comparação e já deixei isso bem claro, mas não posso não fazê-la, tendo em vista que estamos falando de versões de um mesmo game. Pelo menos os efeitos dos ataques aqui achei mais satisfatório. Quando damos espadas temos sons de cortes, quando damos porradas temos sons de porradas e quando damos madeiradas temos sons de madeiradas. Nada espetacular e que faça o game ter uma nota Top, mas bom salientar para não ser só depressão o quesito.
NOTA: 1.2

Batom no Porco
Meio dividido.
Vou confessar prô cêis que esse é o quesito que me deixou mais em dúvida. Passei dias e mais dias sem dormir, horas e horas no banho em posição fetal, quilômetros e mais quilômetros caminhando sem rumo e sem uma conclusão. Achei o jogo lindo de morrer, o que me deixou muito impressionado. Os sprites são grandes, super nítidos e com uma expressividade nunca vista na franquia. Principalmente nas cutscenes a parada é de cair o queixo e tem poucos games com uma pixel art tão foda. Também é bom salientar que todos os mapas, sejam cidades ou dungeons, são mais bem detalhados e até mais bem arquitetados que os outros. O foda é que temos toda essa lindeza, mas não temos as cenas em anime. Puta, que merda, que tristeza me deu quando não veio aquela abertura que deixa Otaku de pau duro. Fiquei matutando antes de jogar como teriam portado as cenas que enchiam 3 CD’s para no máximo 32 MB de um cartucho? E recebi a resposta logo no início vendo que colocaram imagens estáticas e caixa de texto. Era o que dava para fazer e até uma boa alternativa? Sim, com toda a certeza, mas não posso negar que me deu uma broxada. É, mais uma vez, sendo pego no bichinho das comparações. Me sinto triste com essa situação, pois como disse achei esse joguito muito do bonito, mas minha alma Otaka não vai deixar passar batido a falta das animações. Ainda mais que as transições de tela são para lá de esquisitas e lentas. Sim, isso que comentei agora, não passa de mais uma picuinha sem importância para tentar amenizar o pecado que estou cometendo.
NOTA: 1.5

Fator Nostalgia
Nunca nem vi.
Se não tive um Game Boy quando menine o que dirá um Advance, que era muito mais avançado. Sim, um trocadilho infame desses nas suas caras, só para dizer que passei mesmo longe dos portáteis da turminha do Mario, que não comeu ninguém atrás do armário, e desse game aqui. Também não tive os portáteis da Sony, eu era pobre igual, para não gerar guerra de consoles. O bom é que hoje temos nossos amados emuladores para poder ter essas experiências gratificantes. Sim, eu sei que peguei pesado nas comparações, mas do fundo do coração eu gostei da playada desse maninho e mesmo sendo um game repetido não fiquei com a sensação de perda de tempo.
NOTA: 0
Por que perder tempo com essa bosta?
Porque é sim um bom JRPG e vai lhes dar horas e horas de diversão. Se você procura um grande desafio, aí passa longe, mas se está procurando algo mais leve, aí é uma grande pedida. O game ainda vai ter uma pixel art muito da maneira e mesmo com a trama resumida, você vai se apegar a Alex e seus amigos. O jogo não é nada inventivo ou até revolucionário, mas dentro do seu gênero é competente e vai sim te deixar feliz. As batalhas randômicas dão uma pegada, óbvio, mas estão bem balanceadas e não rola luta a cada 2 passos. Sem falar que a Luna aqui usa uma frigideira para atacar os capetas. Para um pessoal pode ser machista uma mulher usando uma panela, mas para o geral vai ser uma coisa engraçada que mostra o tom mais leve desse port.
Por que não perder tempo com essa bosta?
Primeiro se você não gosta de JRPG, e não deveria nem estar nesse blog, e segundo se jogou principalmente a versão de PS1. Como disse no tópico acima o game é bom e divertido, mas isso vai se perder como lágrimas na chuva, se você tiver jogado a outra versão. Mesmo que a jogabilidade e estilo artístico desse carinha aqui me agrade muito mais, não posso dizer que ele é melhor que a obra prima dos JRPG’s que é Lunar: Silver Star Story Complete. Aceito argumentos ao contrário sem problemas, só não compactuo dos mesmos. Não posso fazer nada e não vou vir aqui mentir dizendo que minha experiência não foi impactada com as diversas comparações. Mesmo com isso, ainda acho que no fundo vale a playada de qualquer jeito.
Avaliação da Playada
| Tempo de Jogo | 28:42:00 (10 horas a menos na média, o que diz muito) |
| Save State | 0 |
| Detonado | 1 (agora tinha o código do puzzle, mas me confundi em quando poderia abrir os red chests) |
| Trapaças | 0 |
| Game Over | 0 (removeram o ponto que morri nos outros, para a minha sorte, se não era ferro de novo) |
| Zeramento | sim |
| 100% | Todas as Cartas (134 de 175, sem tempo para essa tolice) Protector Cave (só descobri que existia depois de zerar) |
| Resultado |
Avaliação do Querido
| Lorota | 2.0 |
| Playada | 2.0 |
| Barulhama | 1.2 |
| Batom no Porco | 1.5 |
| Fator Nostalgia | 0.0 |
| Total | 6.7 |
| Dificuldade | passeio no parque num domingo ensolarado |
| Resultado | |
| Conclusão | é um bom jogo, divertido e bonito, mas que me pega muito na comparação com as outras encarnações |