
God of War: Chains of Olympus
God of War: Chains of Olympus é um spin-off prequela da série de porradaria mitológica da Sony lançado para o Playstation Portable, PSP para os mais chegados. Sabe como é né, tem tanto Deus, Semideus, Titã e herois na mitologia Grega, que tiveram que fazer jogos para tudo que é console para dar conta. Poderiam ter deixado alguns de fora e diminuir o desrespeito cultural? Podiam, mas já que colocaram um pé na merda, porque não colocar os dois ou até o corpo inteiro. Eu sou sempre dessa máxima, se não é para deixar todo mundo ofendido, nem faz nada. O jogo em si é uma adaptação do jogo 2, mesmo se passando cronologicamente antes, para portátil e olha, me caiu os 3 cu que não tenho da bunda!! O jogo é bem limitado comparando com os da série principal, mas é uma coisa de maluco. Enquanto playava, não parava de pensar em como conseguiram fazer o que fizeram. Não era uma diferença absurda de poder como era entre PS1 e GBA, que foi o caso do post anterior, mas mesmo assim é coisa de doido o port que foi feito. Pois é, a parada já começa com a puxação de saco lá no alto. Vocês já devem imaginar o que vem daqui para frente!!
Ficha Técnica
| Publisher | Sony Computer Entertainment (que está quieta ultimamente deixando a Microsoft se lascar sozinha) |
| Desenvolvedor(es) | Ready at Dawn (não deixou barato para a Santa hein!!) |
| Diretor | Ru Weerasuriya (duvidei falar esse nome rapidão) |
| Produtor | Eric Levine |
| Designer | Dana Jan (parece nome de iogurte) |
| Artes | Nathan Phail-Liff |
| Músicas | Gerard Marino Mike Reagan Cris Velasco (diminuimo mais, para cortar custo) |
| Plataforma | PSP PS3 PS Vita |
| Lançamento | América – 04 de Março, 2008 Europa – 28 de Março, 2008 Japa – 10 de Julho, 2008 |
Resumão para não ficar perdido
Na bagaceira da vez acompanhamos nosso mano Kleitos em pequenas missões em nome dos Deuses do Olimpo, já que a mesma se passa antes da merda generalizada que deu no primeiro game. Isso aí, no momento que se passa esse jogo, nosso matador de Deuses ainda não tinha matado ninguém e servia de cachorrinho adestrado desse monte de pela saco. Ou melhor, servia como um fiel soldado de elite dos Deuses – melhor suavizar, que vai que esse mano doido leia isso aqui e venha aqui em casa quebrar tudo os meus vasos que gastei uma grana, ninguém merece!! As missões são em suma tranquilas para nosso porradeiro, mas a merda agarra quando um estranho cometa bate na Grécia e ele descobre que o mesmo se tratava da Biga do Deus Hélio. Hélio esse que está desaparecido a um tempo, o que faz com que o Sol não nasça e o Deus do Sono Morfeu tente colocar geral em um nana neném gostoso. Resta então a nosso anti-heroi chutar o cu de tudo o que aparece em sua frente para descobrir onde está o Deus Sol e fazer geral acordar. Eu preferia continuar no sono se tivesse escolha, mas se não achar o cara, não zera o jogo. No meio da missão, Kratos vai então enfrentar hordas de monstros, Perséfone, a rainha do submundo, e até dar de cara com uma escolha dificílima que faz seu passado trágico vir a tona.

Lorota
Agora funcionou bem mais.
Não vou repetir o papo de sempre sobre história funcional que já está batido demais e normalmente só sou repetitivo para fazer graça. Até porque aqui nesse game, achei que tivemos não só um pano de fundo para a porradaria lambrar, mas também uma trama interessante. É algo nível RPG ou cinematográfico como TLOF, Uncharted ou Red Dead? Não, passa léguas de distância, mas tem uma boa motivação por trás dos eventos e agrega bastante profundidade no nosso mano Deus da Guerra. Não quero dar spoilers aqui, mas tem uma cena nesse game que é de partir até o mais pedregoso dos corações. Normalmente games que se propõem a contar o passado ou a origem dos personagens falham contando o que não precisa ou que ninguém pediu. O que não é o caso aqui, já que estávamos precisando de mais aprofundamento no nosso mano raivoso. A coisa é facilitada obviamente quando temos um personagem folha em branco, para não dizer profundo como um pires, sem dúvidas. Mas poderiam ter feito algo que não melhorasse a situação ou ainda a estragasse. Não é obrigatório jogar Chains of Olympus para entender a lore da saga, mas quem resolver se aventurar vai pegar mais nuances e entender o que nosso protagonista estava fazendo antes de ir atrás de sua vingança. Também vai ficar com mais raiva dos filhas das putas desses Deuses que não só estão usando Kratos, como também arruinando sua vida e o traumatizando de forma irreversível. Colheram o que plantaram e Kratos matou foi pouco. Só não dei nota máxima, pois iria ser passar muito do ponto e porque mesmo tendo a narrativa mais bem estruturada, ainda falta muito para ser ótima como outros jogos que já receberam o tão sonhado 2.5 no blog.
NOTA: 2.0

Playada
Um feito histórico.
E se eu vier aqui e dizer para vocês que esse humilde jogo de PSP não deve em nada para os jogos de PS2, vocês vão me chamar de louco? Vão? Vão mesmo? Então me chamem, pois essa é a minha sincera opinião. Ele segue a mesma receita de bolo dos outros jogos – tirando Betrayal que um caso à parte – e você nem percebe que está jogando algo portátil. Ele segue sendo aquele Hack and Slash frenético com QTE (quick time events), cenários interligados e monstros gigantescos. Tem magias (Efreet de fogo, Light of Dawn projétil de luz e Charon’s Wrath bola verde de dor), tem armas (Gauntlet of Zeus e Sun Shield), tem olhos de górgona, tem penas da fênix e tudo o mais já comum. É impressionante e só você pegando para jogar para entender o que estou dizendo. Óbvio que ele é bem menos grandioso e é sim mais limitado, mas isso não estraga em nada a diversão. Tem coisas que até vem para melhor falar para vocês. Sério. Tipo a redução dos momentos de plataforma e os benditos saltos para a morte. Como Chains limita bastante o mapa e tende a ter corredores definidos, ele te sacaneia menos com mortes bestas. Sim, em suma é chato corredores apertados e melhor áreas mais livres, mas se isso for me ferrar, me coloca em um trilho. O que comentei é um claro uso da limitação para beneficiar a play. Não tem como correr das limitações, o que vão fazer com elas é que é o esquema. Tipo, seria mais simples remover alguns comandos tendo em vista que o PSP tem menos botões disponíveis que o PS2, mas o que os caras fazem? Usam combinações entre os botões disponíveis para manter tudo igualzinho e não parecer que tivemos um downgrade na jogatina. É um saco apertar dois botões para esquivar e lançar magias? Sim, bem merda, mas melhor isso que não ter a mecânica. Tem até o parry do 2 para terem uma noção. A parada é tão bem feita, na moral, que até trazem coisas novas e que espero que mantenham nos outros, tipo a barra de vida dos chefes e o melhor tempo de resposta do cancelamento dos combos – que inclusive é o ponto que mais foi bem vindo para mim. Na moral, é um saco você não poder cancelar ataques que sabe que vai dar ruim e ficar exposto. E em Chains senti que esse cancelamento ocorre com muito mais fluidez. Não sei se foi só sensação minha, mas pelo menos consegui me virar bem melhor aqui. Se você usa um ataque especial com L1 + quadrado ainda não cancela, mas no meio do quadrado, quadrado e triângulo sim. Algo que me ajudou a cadenciar mais as batalhas e tomar menos porrada no meio dos cornos. Só não vou dar nota máxima, pois a diminuição das arenas de batalha, também por limitação, dá uma complicada nas lutas com inimigos grandes. Além de a câmera ficar sempre onde não deve, você ainda toma muito golpe por ter pouco espaço de manobra para esquivar. Nossa, está encantado esse 2.5 nesse quesito, né mermo? Sempre tem uma picuinha para esse corno aqui reclamar. Espero que isso mude rápido antes que os Sonystas venham aqui em casa.
NOTA: 2.3

Barulhama
Seguimos no show de gritaria.
Esse foi outro quesito que senti muito pouco ou nenhuma diferença para os games de console de mesa. É gritaria no talo e música épica para dar o tom do esquema, que sim, continua épico. Combina desde o primeiro e não temos o que fazer. Só tirei uns pontos, pois já está me cansando. Não precisa mudar a música de tela título ou as gritarias, mas não custava nada dar uma variada, né mesmo? Achei que poderia ouvir essa trilha para o resto da vida, mas agora vejo que não é bem assim. Até mesmo comer picanha todo dia dá uma cansada. A gente só não está cansado dela, pois ainda não chegou aquela que o painho prometeu. Mas não se apoquentem, pois ano que vem é ano de eleição (2026) e deve vir sem falta.
NOTA: 2.2

Batom no Porco
Continua pika tá!
E não é que os desgraçados conseguiram mais uma vez? Puts, se conseguir manter a gameplay semelhante já era foda, tu imagina a direção de arte que é toda grandiosa e cinematografica? Era para ser impossível fazer algo perto dos jogos de PS2 e essa cambada de olho do cu conseguiram. É limitado ao portátil e menos grandioso? Sim, mas se tratando do escopo portátil, está muito além do que parecia possível. Você tem cenários e cenas menores, mas elas ainda seguem fodasticas e casca grossa como fala um criador de conteúdo com péssimo gosto para filmes e séries. Na moralzinha, você nem consegue sentir downgrade gráfico se não focar bem os olhos. Tem downgrade? Para um caralho, mas é tão bem escondido, que nem faz diferença. Confesso que achei meio repetitivo o design de alguns inimigos e não achei nada demais nos novos monstros, mas não sou maluco de dizer que é ruim. E muito menos maluco de não dar nota máxima para outro quesito histórico. Os caras conseguiram fazer um jogo de PS2 no PSP e eu mal consigo fazer um sistema de login sem bug!!! Tomar no meu cu, por isso que sou um bosta!!
NOTA: 2.5

Fator Nostalgia
Não me era estranho.
Pois é, passei o post inteiro enaltecendo Chain of Olympus e como foi possível traduzir tão bem um jogo de PS2 no PSP, como se não o conhecesse, mas na real já o conhecia. Sorry, sorry, sorry, se pareceu que eu não tinha jogado esse cara aqui, mas sim, eu já tinha jogado e até zerado. Só a surpresa de fato é legítima, pois tinha em mente que ele era uma versão bem xinfrim de GoW e não tinha ciência de como o mesmo é um port sensacional. Joguei ele na coletânea de PS3 quando era mais novo e não dei muita bola. Só zerei porque estava na lista para completar tudo. O curioso caso de nostalgia reversa, onde o jogo é muito pika, mas você acha que é um cu. Engraçado que o sentimento foi ao contrário com o 2, que endeusava e me deu uma leve decepcionada agora. Isso mostra o quanto é bom a gente rejogar alguns jogos de tempos em tempos para ver se a nossa opinião não mudou. O tempo passa, a gente muda, ganha novas experiências, visões de mundo e o que era bom fica ruim e vice e versa. Tirando Legaia 2, que esse sim, não adianta o tempo que passar vai continuar sendo uma completa tolice.
NOTA: -0.3
Por que perder tempo com essa bosta?
Porque assim como os outros games dessa saga, ele é divertido para caceta e vale cada minuto da play. Ele ainda é bem curtinho e em uma tarde você consegue dar final. O boss final dá uma apelada, mas nada que não dê para vencer em algumas tentativas. Como já deixei bem claro, esse cara não perde em nada para o 1 e o 2, e acredito que é uma parada obrigatória para quem gosta do nosso Fantasma de Esparta. Fico imaginando como foi rodar isso em um PSP na época. A galera deve ter morrido do coração de pau duro, com toda a certeza. Pelo menos é o que aconteceria comigo. Ainda bem que quando joguei foi no PS3 e agora no meu PSP Plus.
Por que não perder tempo com essa bosta?
Honestamente não vejo nenhum motivo, ainda mais se tratando, como já comentei, de um game de uma tarde. E sem falar que ele não tem aquelas sacanagens dos outros e é bem aberto para quem é mais lesado como quem vos escreve. A versão de PSP não coloca a cor dos botões nos QTE, o que ferra um pouco, mas é tão mais tolerante com o tempo que você mal vai sentir falta. Só acho que não vale a pena mesmo para quem não curte Hack and Slash raiz, mas aí já é um problema mais grave e recomendo urgentemente a consulta com um especialista. Mas um especialista mesmo, não daquele tipo que diz que drone que joga bomba é brinquedo e traficante com fuzil pode ser morto com pedras.
Avaliação da Playada
| Tempo de Jogo | 05:09:58 (podia ser mais) |
| Save State | 0 |
| Detonado | 1 (teve uma pedrinha quebrável que me pegou, que sacanagem) |
| Trapaças | 0 |
| Game Over | 9 (sem as quedas a coisa muda de figura, não é mesmo meu povo e minha pova?) |
| Zeramento | sim |
| 100% | não lista: Zeramento no modo Espartano (no máximo um Ateniense médio) Zeramento no modo Deus (no máximo um bom coroinha) Todos os Tesouros (liberei 7 de 16, pois a maioria libera nas dificuldade filha da puta) |
| Resultado |
Avaliação do Querido
| Lorota | 2.0 |
| Playada | 2.3 |
| Barulhama | 2.2 |
| Batom no Porco | 2.5 |
| Fator Nostalgia | -0.3 |
| Total | 8.7 |
| Dificuldade | tirando o final boso o resto é tranquilidade |
| Resultado | |
| Conclusão | um grande jogo, um grande port, uma grande puxada de saco de minha parte, confesso. |