Breath of Fire 3

Breath of Fire 3 é… o primeiro game da série de JRPG’s da Capcom para a geração maravilinda do PSone. O vídeo jogo que essa pessoa tonta aqui tem mais nostalgia de todos os consolos.

Não que eu tenha nostalgia com esse jogo em específico, mas tenho com uma cacetada que vamos ver nessa porcaria de blog que ninguém tem a mínima vontade de ler.

O maninho da vez foi lançado entre 97 e 98 para o Playstation e entre 2005/6 no PSP, que tem mais remakes e remasters que o PS5. Devido a essa merda de globalização, a piada das capas acabou! Nessa geração as capas Japas e dos EUA não tinha tanta discrepância, o que me faz ter que pensar em novas piadas! Odeio o mundo!

BoF 3 continua sendo um JRPG como deve ser, mas é uma evolução em muitos aspectos ao seus irmãos mais velhos e empoeirados. Ele graças ao senhor Jesus não entrou na onda de tentar ser 100% 3D, e ficar mais quadrado que vídeo em 144p na internet. Manteve sprites para os personagens e um meio 3D para os cenários, que o deixa lindíssimo ainda nos dias de hoje.

Sério manos e manas, esse jogo é lindo demais em termos de gráfico, design e arte. É de parar e bater umas 3 punhetas na frente da TV. Na minha opinião, todos os jogos de PS1 que usaram sprites são lindos até os dias de hoje. Foi o ápice da técnica, na moral! Quem discorda é clubista!

Além de lindo em termos de gráficos, as animações desse game são fantásticas, cada ataque, cada reação dos personagens, cada efeito é muito bem animado. Mesmo sendo sprites, sempre entendemos o que os carinhas estão sentido, na moral, curte essa cena para vocês terem ideia:

Essa reles briga de criança é mais bem animada que os personagens em CGI dos filmes e séries da Marvel de hoje em dia. Vai dizer?

Mas como nem tudo são flores meus amigos, toda essa taxa de animações trouxe um dos grandes problemas do joguito. O bichinho é lento, lentíssimo, letississimo, rei dos lentos, mestre das trevas da lentidão o maior de todos os lentos. Puta merda, tudo demora para acontecer neste game! Para entrar em um luta é 18 segundos, para um ataque é 12, para o inimigo reagir ao dano é 20, para calcular o dano é mais 7 e assim se vai 70 segundos por turno.

Obviamente que inventei esses números, mas que leva um tempo, isso leva! Você pode deixar as lutas no auto, ir cagar, se depilar, se masturbar, tomar um banho, fazer o almoço, recolher a roupa no varal porque começou a chover, voltar e a luta não vai ter acabado. Na moral!

Para já matar os pontos ruins, vamos falar do maior vilão desse jogo. Que não é uma deusa maluca, um demônio dos infernos e nem uma seita religiosa. Desta vez vamos ter algo muito pior chamado Visão Periférica para nos ferrar. Puts, que negócio dos infernos!

Como comentei o game tem os cenários em 3D e muito bonitos, mas o que tem de bonitos tem de caóticos. Parece que todas as cidades e dungeons foram feitas pelo Niemeyer! Com isso vamos ter uma câmera isométrica que vai nos deixar constantemente sem a tal visão periférica que comentei, deixando itens, inimigos e NPC’s totalmente fora de visão. O que vai lhe fazer perder um tempo procurando onde estão as porras!

E o pior é que os dev’s usam essa porra de visão periférica para esconder coisas toda hora. Bando de arrombados! Sabiam que a parada estava zoada e usaram ela para nos ferrar bem direitinho!

Para parar com o hate, temos a implementação de 2 minigames bem interessantes. Não que eu goste deles, mas são mais interessantes. Vamos ter um novo fazendinha feliz, mas com um grupo de fadinhas que podem te dar coisas exclusivas. Ter um sisteminha bem grande de pesca, onde podem ser pescados diversos tipos de peixes, que podem ser trocados por itens raros.

Uma grande mudança também é o mapa mundo, que não vai mais ter batalhas aleatórias. Vai poder ser explorado ao bel prazer pelo grupo! Nele também vai poder ser armado acampamentos que geram diálogos únicos para aumentar o caldo da trama.

Continuamos com problemas na gestão da party, mas a parte de itens está muito melhor e mais fácil que qualquer outro jogo. Então colocando na balança, ficamos no elas por elas.

Você deve estar se perguntando sobre as transformações, né mesmo? E tenho uma péssima notícia e uma muito boa! Como sou pessimista por natureza, começarei por ela obviamente. Em BoF 3, vamos ter apenas dois personagens que podem se transformar.

É, um deles é um tigrinho que vira um tigrão do posto Shell e o outro nem preciso dizer que é o nosso Ryu da vez. E é aí que se encaixa a notícia boa! O sistema de transformações de dragão é o mais foda de todos os da série. Sério, já joguei todos e é o melhor sem discussão!

Durante a aventura, Ryu vai ir juntando uns genes de seus parentes que já pereceram. Meio creep falando assim, mas segura que vai ser massa. Esses genes vão conter as habilidades de cada drago, tipo magia de fogo, grande poder de defesa, resistência a veneno e mais um monte. Aí, na hora de transmutar em lagartixa, Ryu vai escolher até 3 genes e a mistura deles vai determinar qual a forma do bichão e quais as suas habilidades, atributos e resistências. Foda! Também pode acontecer que a combinação dos genes formem um dragão “especial”, aí tudo fica ainda mais pica! Tipo o que rolava com as Xamãs do 2!

Outros dois sisteminhas que quero comentar para vocês são o de mestres e o de skills. Os mestres são uns manos encontrados no mundão e que podem mudar a progressão dos atributos dos personagens. Assim, você pode acelerar o aumento de HP ou ataque de um personagem escolhendo um mestre que lhe conceda esses atributos. Isso meio que lhe deixa bem livre para montar a build dos manos da party. Não sou fã disso, mas que deixa o gameplay mais livre, deixa.

Os skills são habilidades diversas que podem ser aprendidas com os inimigos ou durante a maestria. Essas habilidades então ficam disponíveis para qualquer um dos personagens usar, o que mais uma vez mexe na build dos manos. Você pode simplesmente pegar um personagem de ataque/defesa e transformá-lo em um mago! Como disse, não sou fã disso e até prefiro que as coisas já venham pré-definidas, mas não posso negar que mais essa liberdade é algo bom.

Em termos de história, não temos uma história clichê, além do de sempre, mas ao meu ver temos uma história que demora demais para engrenar. Sério, para mim BoF 3 perde ritmo demais durante a trama, o que me faz perder o interesse fácil. Não que a história seja ruim, só mal conduzida mesmo.

Spoilers


A treta dessa vez começa em uma mina de escavação de cristais chamados Chrysm, que são usados para um monte de coisas no mundo de BoF, principalmente como combustível. Eles também são restos mortais dos dragões que foram extintos, mas isso fica para outra hora.

Na mina, um pequeno dragão está tocando o fodasse e fazendo geral de churrasco. Depois de um tempo os mineiros prendem o dragão, mas ao transportá-lo o bicho consegue fugir para uma floresta se transformando em humano. Nosso mano Ryu dá vez, que nesse momento ainda é uma criança chorona.

Na floresta, Ryu é encontrado por dois ladrões vagabundos que vivem metendo uns assaltos no lugar. Rei, um tigrinho sem vergonha e rápido para caralho, e Teepo, um órfão esquentadinho de cabelos roxos que não manja quem é.

Esse triozinho então começa a viver altas aventuras, até que se mete com uns agiotas traficantes vendedores de curso de Red Pill na internet. Ou seja, gente da pior espécie possível. Nesse ponto são atacados e Ryu se separa dos manos, até achando que ambos foram mortos.

Ele então parte em uma aventura para descobrir onde seus amigos estão, mas acaba mesmo entrando em muitas confusões e achando novos amigos. Nina, nem preciso comentar que ela é né? Na verdade essa aqui tem uma personalidade mais forte e sente medo das pessoas só gostarem dela por ser princesa, então até que vale a pena gastar umas palavras. Além de mandar no Ryu como se ele fosse um cachorrinho.

Voltando aos manos temos, Momo, uma coelhinha fury que arrematou meu coração e é uma engenharia super brilhante, Peco, uma cebola que só pode ser meme do segundo game, e Garr, um gárgula boladão religioso e que guarda um segredo.

Uma das confusões que Ryu se mete tem relação com Garr, o gárgula. O bichão leva nosso protagonista para um templo e lá revela seu segredo. Garr, é um guardião que foi enviado pela Deusa Myria (Tyr no 1 e 2) para matar os dragões que poderiam destruir o mundo. E isso, foi o que o gárgula fez sem medo de ser feliz. Na trairagem mesmo!

Depois dessa revelação Ryu e Garr entram em uma batalha mortal, onde Ryu mostra que os dragões não são maus poupando o assassino de seu povo. Se fosse eu teria mandado o bicho para o colo do capeta, mas não temos essa opção no jogo não!

Um tempo então se passa, e Ryu é encontrado por Garr novamente na mina do começo. Ele está com uns 16 anos agora o que mostra o passar do tempo. Já Garr dessa vez está apenas querendo se redimir pelo que fez e acredita que a Deusa Myria o enganou esse tempo todo. Ele não deve ter lido os meus posts anteriores, pois lá já teria essa resposta e nem teria caído nesse papinho.

Com isso, Ryu e Garr se juntam e reúnem a turma toda para ir tirar satisfação com essa Deusa puta. Eles também encontram Rei, que não morreu, e só estava querendo vingança dos malfeitosos que fizeram mal para ele antes. Detalhe que ele está matando geral transformado em um homem-tigre de piroca super dura que nem vale a pena usar em gameplay, pois fica sem controle e ataca o grupo direto.

Nossa turma depois de muito tretar pelo mundo com um monte de experimentos estranhos que estão espalhados no caminho até a Deusa, chegam a um continente antigo e desértico.

Nesse continente descobrem que a civilização já esteve muito próximo ao auge tecnológico, mas que deu merda. Padrão né, pessoal vai deixando tudo no cu do chatGPT, daqui a pouco temos uma guerra contra os robôs. Parece que não viram o documentário sobre isso chamado “O Exterminador do Futuro”.

Nesse continente também encontram o “covil” da Deusa, que é a cidade ultra tecnológica de Caer Xhan. No lugar, a Deusa explica tudo o que rolou nesse mundo maluco cheio de máquinas, areia e seres antropomórficos.

Ela fala que estava ajudando a humanidade a chegar ao ápice, mas que nesse meio tempo os manos se envolveram em várias guerras. Isso fez ela ficar triste e castigá-los colocando rédeas curtas na parada. Aí, ela dividiu o mundo em dois continentes, um desértico onde as guerras devastaram a terra e outro bacana onde ela vai alimentando a tecnologia aos poucos para não existir brigas.

Myria (Tyr) nesse jogo é meio que uma mãe super ultra coruja que tem medo que seus filhos vivam livremente e tomem suas escolhas por si mesmos. Poxa, vamos deixar os filhos se ferrarem gente! É assim que eles aprendem. Afinal, quem nunca usou crack, tocou fogo em uns mendigos ou roubou uns bancos na adolescência? Não? Acho que passei um pouco do ponto aqui!

A deusa também fala que tem medo dos dragões ficarem sem controle e matar geral, por isso decidiu levar os largatos até a extinção. Ela inclusive quer manter os últimos dois naquela cidade para poder segurar o balanço deles. Dois você se pergunta? Sim, dois eu lhe digo. Um é Ryu e o outro é Teepo, que também não morreu, pois é do Clã dos Dragões, que aqui se chama Ninhada.

Depois das explicações a treta come solta e Teepo e Myria são derrotados, deixando o mundo nas mãos dos humanos. O que é uma puta cagada, mas fazer o que né? se você escolher se aliar a deusa o game não te mostra o final verdadeiro.

Antes de encerrar, vale a pena comentar que temos mais uma vez Deis (Bleu) na trama e que ela é irmã da deusa Myria. Até onde sei, é a mesma personagem dos outros jogos, mas como nada desse lance irmã apareceu antes, pode ser que esteja errado. Vale também salientar que ela fica nua como uma humana nesse jogo, para os punheteiros de plantão se alegrarem! Não que eu um macho alfa consiga me excitar com um desenho de 64 bits, que eu me dou ao respeito!


No final, rushando assim até parece que a história é dinâmica, mas não leva fé que é bem lento o esquema. Assim como a gameplay em si. Temos mais uma vez personagens e um mundo super ultra carismático, assim como o 1 e o 2. Posso dizer que sim, esse cara aqui é um bom jogo e ainda vale a pena dar uma playada, o que aconselho é só colocar um x3 no emulador para não dormir durante.

Vou indo nessa então e até a próxima seu bando de mau amados!!

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