
Mass Effect
Mass Effect é aquele joguito meio RPG, meio Shooter, meio chocolate, meio morango, e que se passa em uma galáxia muito, muito, muito distante. Se bem que podemos acessar a nossa galáxia no game, então meio que está completamente errado essa afirmação. A minha sorte é que não estou aqui para falar a verdade e sim tentar ser preso quando o Alex achar que precisa. Enquanto isso não rola, venho dizer que o mazinho da massa é um jogo com uma história muito foda, com uma lore super complexa e um mundo tão rico que deve ter escravizado uns 12 escritores para ser completado. Olha, dá para perder umas boas horas só lendo sobre o mundo do jogo, bem completo mesmo. Até acreditei que estava em uma aventura no espaço cheio de alienígenas que você pode sabugar se der as respostas certas. Em termos de gameplay temos um combate divertido e uma exploração chatíssima, até porque o foco não é esse né meu povo. O que obviamente não vai me fazer pegar leve durante a “review”. Só aguardem que vou ter que xingar até a oitava geração de quem programou a bosta do Mako e quem pensou que seria uma boa encher os planetas de montanhas.
Ficha Técnica
Publisher | Microsoft Game Studios (ah, compra nós aí vai!) Electronic Arts (versão PC, que o game foi exclusivo de XCaixa por um tempo) |
Desenvolvedor(es) | BioWare (lar dos personagens com olhos esbugalhados) Demiurge Studios (versão PC) Edge of Reality (versão PS3, que nem tinha ideia que existia) |
Diretor | Casey Hudson (Teve trampo) |
Produtor | Casey Hudson |
Designer | Preston Watamaniuk (Errou a mão em uns pontos) |
Artes | Derek Watts |
Músicas | Jack Wall Sam Hulick Richard Jacques David Kates (achei muito gente para no final ser música genérica de Sci-Fi) |
Plataforma | Xbox 360 Windows PS3 |
Lançamento | Xbox 360 (AN) – 20 de Novembro, 2007 Xbox 360 (EU) – 23 de Novembro, 2007 Xbox 360 (JP) – 21 de Maio, 2009 Windows (AN) – 28 de Maio, 2008 Windows (EU) – 06 de Junho, 2008 PS3 (AN) – 04 de Dezembro, 2012 PS3 (EU) – 07 de Dezembro, 2008 Existe na versão Legendary, lançada em 30 de abril de 2021 |
Resumão para não ficar perdido
A baderna da vez se passa em um futuro onde os serumaninhos conseguiram tecnologia suficiente para meter o louco no espaço. Quão futuro você me pergunta e eu prontamente lhe respondo não sei, pois fiquei numa preguiça da porra para pesquisar o ano exato. Vamos dizer que deve passar do ano 2100 facinho. O que sei mesmo é que durante o desbravamento do espaço, nossa humilde e belicosa raça descobre em Marte ruínas de uma antiga civilização alienígena chamada Prothean e um tipo de portal chamado Mass Relay. Portal esse que permite que nossa gente consiga acesso mais simples à vastidão das galáxias, pois a parada é porreta ao nível de fazer viagens para tudo que é canto rapidamente. Nessas viagens o nosso povo dá então de cara com outras raças alienígenas que já estavam mais avançadas no rolê, um tipo de centro intergaláctico chamado Citadel e tentam de todas as formas entrar para a turminha que manda no lugar. Sabe como a nossa gente é né? Não pode ver uma sociedade tranquila e civilizada , que quer logo meter o bedelho e ferrar contudo. Depois de muita treta, conflitos e lore que não vou aprofundar aqui, chegamos no momento em que conhecemos nosso protagonista Comandante Shepard (ou Sheparda, se você escolher mulher), que é um humano foda que está prestes a passar por uma prova de admissão para ser o primeiro Spectre da raça humana. Spectre que é tipo um 007 que trabalha para o alto conselho da Citadel e que se alcançado pode deixar os humanos bem na fita e quem sabe até abrir um lugarzinho no conselho para nós. Uma trampa boa, fala verdade. A treta mesmo é que durante a prova de Shepard a piça come solta, pois um tal de Saren, que é um alienígena com estética de vilão que não engana ninguém logo de cara e também é um Spectre, está tocando o terror com seus subordinados máquinas Geth atrás de um transmissor esquisito. Shepard que é mesmo foda para caralho acaba colocando água no chopp dos planos do bichão e pegando o tal trasmissor, que o manda uma mensagem dos antigos Protheans alertando uma merda ainda maior que está por vir. Isso então envolve Shepard e sua nave Normandy em uma trama que pode definir o destino do nosso universo conhecido. Ou melhor, conhecido no jogo, pois tudo lá é uma mentirada do caralho. Nosso man então se junta a uma turma boa para parar os outros planos de Saren que podem envolver uma raça filha da puta do passado conhecida por meter o genocidio nas galáxias chamada de Reapers. E são eles: o capitão Anderson, um humano gente finíssima, Joker, um habilidoso piloto com perninhas de vidro, Ashley Williams, uma grande soldado que eu deixei morrer por ser super preconceituosa com aliens, Kaidan Alenko, um poderoso telepata (no jogo chamado de biotico) que queria me dar uns pegas, Garrus Vakarian, um alien da raça Turian e policial que não curte papelada, Urdnot Wrex, alien da raça Krogan que só querem trepar e matar (usei 100% na minha party), Tali’Zorah nar Rayya, alien da raça super tech Quarian que eu queria pegar e não rolou, e Liara T’Soni, alien historiadora das sensuais Asari que acabei pegando porque foi o que sobrou. Muitas aventuras e maluquices vão então rolar e o negócio escala até aquele bom e velho salvar o mundo, que aqui no caso é o universo.

Lorota
É para brasileiro iletrado passar mal.
Já dei um spoiler antes, mas aqui a história é o que realmente importa e não temos o que discutir. O negócio tem um mundo tão ou mais rico que Star Wars sem sombra de dúvidas. Não, não o Star Wars capengo e agonizante da Disney, estou falando do raiz do George Lucas. Sim, tem um Midichlorian aqui, um Jar Jar ali, mas todos vão concordar que agora está muito mais lamentável. Voltando ao que importa minha gente, Mass Effect tem tanta lore, tanta lore, que realmente parece que o mundo existe. Tem tantos detalhes de cada raça que eu tenho sentimento que vou encontrar um Turian aqui no quintal de casa e nem vou querer meter uma faca na cara dele. O negócio é uma aula de construção de mundo e mitologia que a gente só vê mesmo em games da querida empresa BioWare. Claro que tudo isso não seria o suficiente se a trama e os personagens não fossem bons. Mas não é que a trama é boa e os personagens são bons também? Cara, toda forma que a parada é apresentada, com um mistério instigante e com belas reviravoltas, é de tirar o chapelito. Senti falta de o sistema de decisões (que é padrão de games da BioWare) ter um peso maior no desfecho final, mas como prefiro seguir um caminho mais previamente trilhado não vou reclamar. Além que vamos ter umas decisões pesadas a tomar, que vão fazer adulto que hoje em dia não sabe nem de qual sexo é, ficar de cabelo em pé. Também podia reclamar de não ter tantos personagens memoráveis, mas os que temos já são mais que o suficiente. Tanto os herois quanto os vilões tem suas motivações claras, justificadas (mesmo que questionáveis), tem suas crenças, seu passado, seus medos, suas aflições e ainda dão suas opiniões durante as missões. Não tenho como não dar nota máxima aqui e não vejo nenhum ponto de melhoria. A trama é boa, bem contada, bem imersiva, está bem envolvida com a gameplay (ainda mais com o sistema Paragon/Renegade que mede suas ações positivas e negativas) e ainda tem um ritmo bacana. Simplesmente foda.
NOTA: 2.5

Playada
Passou de ano raspando.
Aqui a coisa começa a ficar mais espinhenta meu povo, que realmente tem muita coisa que poderia ser melhor. Mass Effect é um jogo Shooter (game de pipoco no coco em terceira pessoa) com elementos de RPG. Seu combate é bem divertido e dinâmico, contendo um leve elemento estratégico ao dar comandos aos dois personagens da party que não são jogáveis, mas que não chega a ser algo super relevante. Normalmente a coisa se resolve com muito tiro, nível alto e bons equipamentos. É básico, funciona bem, não é nada de inovador, mas serve. A merda mesmo é a parte de exploração, que é um completo saco. Se você só for jogar as missões principais imagino que não vai se sentir enjoado, mesmo que tudo se passe em suma em corredores e corredores sem muita graça. Agora, se for meter uma side quest ou uma exploração de planeta, aí vai preferir estar em qualquer outro lugar do que aqui. Existem vários planetas e galáxias para serem exploradas, o que é bom, o cu é que em suma todos vão ser um monte de montanhas com bases inimigas com no máximo 3 salas. É tão baixa a variedade de coisas para fazer, que na boa, eu preferia ter um sistema que fizesse a exploração sozinha. O que ocorre de fato em alguns planetas. Só poderia se estender ao todo, pois é muita perda de tempo para pouca diversão. Sem comentar do carro dirigível Mako, que é usado para a exploração e só pode ter sido programado por um estagiário. Caralho, meus amigos, essa porra é mais arisca que pintcher de senhora sem marido. Você até se acostuma com a boleia depois de um tempo, mas é só botar ele no exagero de montanhas espalhadas nos planetas para ver o carro virar na Daiane dos Santos. Essa porra as vezes vira quase uma Bayblade, na moral. E os devs ainda ajudam colocando picos enormes que você nunca sabe se podem ou não ser escalados. Tomar no cu! E tomar no cu também essa merda de minigame de hackeamento usado a toda hora! Sei que é um futuro distante, mas sistema de segurança em lixeira é para fuder qualquer fã de Asimov. Acho massa a forma de progressão implementada aqui, onde você escolhe onde aplicar os pontos de habilidade ganhos ao passar de nível. Pena que tudo é posto fora não tendo um mapa decente no fácil acesso e tendo que acessar menu toda hora. Era 2007, não tinha desculpa para essa porra não ter um minimapa gente. E isso que nem comentei o fôlego de velha fumante que o merda do Shep tem o fazendo cansar em 10 segundos de corrida. O cara não era o soldado pica das galáxias não? Que nojo isso, vou pegar pesado e não me segurem nessa porra!!
NOTA: 0.8

Barulhama
Ficção Científica genérica on.
Assim, a trilha sonora é boa? É, é boa sim, mas tive realmente a sensação de que tudo o que estava escutando tinha sido pego em um sample de músicas futuristas. As partes épicas são realmente épicas e a música traz um ar de grandiosidade. Você fica imerso em um mundo futurista e o clima espacial está lá sem tirar e nem por. Só como eu disse, nada do que foi apresentado parece original e muito menos é memorável. Duvido que alguém consiga identificar o tema de Mass Effect ou qualquer tipo de trilha que toque durante a play. Tenho certeza que a maioria das pessoas vai chutar Star Trek, Star Wars, Duna ou qualquer outro Sci-fi, que esse aqui. Sim, posso estar sendo injusto devido ao tempo de lançamento do game e a quantidade de coisas desse estilo que saem aos montes nesses streamings xexelentos. Então para aliviar vou dizer que toda a parte de efeitos de som é muito boa e passa a sensação de tiroteio espacial que a gente quer, sem fazer cópia dos piu piu pius dos outros. Um leve morde assopra para os fãs não ficarem muito putos, ok? Amo todos vocês, assim como amo todos os fãs de Phantasy Star com seus vários jogos horrorosos.
NOTA: 1.2

Batom no Porco
Um mix entre admiração e vontade de vomitar.
Aqui realmente estou com um mixed feelings. Não gosto muito desse estilo artístico super realista com muito uso de tons escuros como se fosse a bosta de um filme do Zéca Splinter. Mas também gosto muito de toda a ambientação Sci-fi e das variadas raças alienígenas encontradas pelo mundão galáctico do game. Não sou fã dos estilos dos menus e principalmente da forma como as coisas estão dispostas. Mas pago pau para o formato da disposição da hub durante combate e exploração. Não morro de amores da pouca variedade de biomas apresentados nos planetas. Mas gosto bastante dos apresentados nas missões principais que dão uma puta melhorada na ambientação. Acho meio paia o estilo chapado de cores das armas e armaduras. Mas fico de pau duro com os formatos e designs das mesmas. Tenho ódio do um milhão de cortes das cutscenes do game que parecem dirigidas pelo diretor de Busca Implacável. Mas adoro uma ceninha épica de tiroteio que rola de vez em quando. Enfim, como estou na dúvida, vou ficar no meio termo, sendo o que chamam hoje de murista ou isentão.
NOTA: 1.7

Fator Nostalgia
Já tomamos umas por aí.
Vou confessar que tenho uma leve história com Mass Effect meu povo. Eu joguei não só esse primeiro como os outros três (que vou trazer aqui para o blog também) e eles foram um dos motivos para ter comprado um 360, mesmo já estando em um caso de amor com o PS3 mais pesado que mala de velho vindo do interior. É, na época estava sendo lançado o terceiro game e eu havia assistido uma gameplay do saudoso Zangado no Youtoba que me fez ficar interessado na franquia. Indo então procurar mais sobre, descobri que a naba do um (jogo em voga aqui) era exclusiva para o Xbox e que se eu quisesse jogar todos os 3 teria que dar um jeito de ter o console. Sim, eu poderia ter jogado somente o 3, mas fiquei muito intrigado ao saber que todos os games eram continuações diretas e que o que eu decidisse no primeiro e segundo iam influenciar no 3. Cai nesse papo mesmo e me julguem, eu sou assim. Não que Mass Effect tenha sido o único motivo para me enfiar nas garras da Microsoft também, pois queria meter um Halo e um Gears of Wars, mas ele com certeza pesou na decisão. Quando enfim comprei o XCaxote e pude jogar esse cara o odiei com todas as forças do meu ser, kkk. Imagina que eu tinha -20 de domínio do inglês naquele momento (que hoje é pelo menos uns 10) e só sobrava essa gameplay meia bomba para eu tentar me divertir. Foi triste mesmo. O que obviamente não me impediu de seguir com os outros da saga, mas conto um pouco mais da experiência com eles depois. O que importa é que de fato tenho uma nostalgia com esse mano e que não posso negar.
NOTA: -0.3
Por que perder tempo com essa bosta?
Se você for um carinha que gosta de uma lore e um mundo muito bem construído, vai fundo e nem pensa muito. Se quer aquele jogo focado em Role Play com muito diálogo e tendo que tomar decisões complicadas, esse cara é para você sem sombra de dúvida. Se quer meter uns tiros no meio do cu de alienígenas e IA’s descontroladas, aí já acho que pode ir atrás de alguma coisa que te encha menos de texto. Mas se quiser dar uma tentadinha, quem sabe não te agrada, né mesmo? Vai que você acaba se envolvendo nessa trama futurista cheia de alienígenas genocidas e tretas super adultas.
Por que não perder tempo com essa bosta?
Se você é um semianalfabeto que não tem paciência de ler, simplesmente passa muito longe. O game vai levar muito a sério a construção de mundo e a lore e toda hora vai ter um textinho para você se aprofundar em algum tema. Se você acha uma perda de tempo saber os 5 “presidentes” no tempo da ditadura do Brasil, imagino que não vai querer se importar com a Genofagia que foi criada pelos Salarians e aplicada nos Krogan pelos Turians para parar sua taxa de natalidade fora de controle. Claro, você pode simplesmente não dar bola para os diálogos e tudo mais, mas isso simplesmente não faz sentido. Falo por experiência própria, que tem games de tiro em terceira pessoas mais divertidos que esse mano aqui por aí te esperando.
Avaliação da Playada
Tempo de Jogo | 41:30:00 |
Save State | 0 |
Detonado | 0 |
Trapaças | 0 |
Game Over | 3 (de bobeira por causa da merda do Mako que não estava afim de ir onde eu queria) |
Zeramento | sim |
100% | não lista: Zerar no Modo Veterano (na moral eu podia ter ido de cara nesse, pois no normal foi muito mel na chupeta) Zerar no Modo Hardcore (Aqui já não ia me arriscar para não passar vergonha) Zerar no Modo Insanidade (aqui menos ainda, afinal sou um pouco tontinho, mas insano já é demais) 100% Renegade (Sou um menino bom, então fui 100% bonzinho) Todas as Quests (perdi pelo menos uma pois um cara morreu antes da hora e outra que não achei uma chave) |
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Avaliação do Querido
Lorota | 2.5 |
Playada | 0.8 |
Barulhama | 1.2 |
Batom no Porco | 1.7 |
Fator Nostalgia | -0.3 |
Total | 5.9 |
Dificuldade | Mais simples que enganar brasileiro vendendo tv 55 polegadas a 2k |
Resultado | ![]() |
Conclusão | É um bom game para que procura uma história bem contada, mas peca um pouco na gameplay |