Wild Arms XF

Wild Arms XF (ou Crossfire) é… um spin-off e último jogo lançado da saga das metrancas muito loucas. É também mais um joguito que muda totalmente a jogabilidade dos demais, sendo agora um jogo tático. Tipo Final Fantasy Tactics saca? Não que esse game limpe as cuecas com rodela de mijo de FFT, que é o melhor jogo de todos os tempos sem nenhuma discussão, mas os caras tentam. Conseguem? Calma, que logo você terá essa resposta.

Não que eu seja dono da verdade nem nada disso. Se bem que como o blog é meu, eu meio que sou o dono da verdade. Não a verdade, verdade, mas a verdade da verdade dentro da verdade. Que é simplesmente a verdade que aqui agora existe, mas que não se reflete uma verdade de verdade.

Eu juro que se você entendeu alguma coisa do que eu escrevi acima, ou você está completamente chapado (como eu), ou você é uma daquelas pessoas que faz de conta que entende o que os outros dizem para não contrariar. Até porque, louco não se contraria, como já dizia Machado de Assis.

Parando com a enrolação para deixar o post maior, vamos falar do game da vez. XF foi lançado única e exclusivamente para PSP (Playstation Portable) entre os anos de 2007 e 2008. Foi desenvolvido mais uma vez pela Media Vision, e publicado pela Sony (JP), Xseed Games (EUA) e 505 (EU).

Tenho que confessar que nunca tinha ouvido falar desse maninho até fazer a saga para o blog. Ele ficou mais esquecido no churrasco que o 2. Não tenho informação nenhuma e nem fiz questão de procurar, mas chuto que não fez muito sucesso. Até porque enterrou a saga até o momento. O jogo não é essa desgraça toda a ponto de matar uma franquia, mas também está longe de ser bom.

Como falei antes, o carinha é um TRPG, ou RPG tático, o que já muda muito a jogabilidade dos anteriores. Muita gente que curte um RPGzito raiz não curte jogo tático. Isso porque é um estilo de jogo mais cadenciado, normalmente mais complicado e muito mais focado na estratégia. Eu pessoalmente curto, mas sou um leve desastre, tanto que esse cara aqui me arrancou uns vários ADP (ataque de pelanca) ao longo da jornada de zeramento.

Para terem uma noção, não fiz nada de extra no game, só zerei e não quero passar perto disso aqui nunca mais na minha vida. Fiquei traumatizado mesmo. Acho que vou ter que consultar um terapeuta depois que terminar o post. E pensar que tudo isso é para apenas 2 pessoas lerem, sendo otimista! Acho que realmente minha vida está tomando um rumo sem volta!!

Parando com o sofrimento, vou explicar de leve esse estilo tático para vocês. E é de leve, pois se você realmente não manja o que é um RPG tático, com toda a certeza está no site errado. Não que eu não queira você aqui, até porque qualquer view é emocionante para mim. Mas acho que você estava procurando gavetas para reposição à venda e caiu aqui. Já falei mais de mil vezes que não sou uma loja de móveis caralho! gente chata que não entende metáfora!!

Voltando… bom, um jogo tático é um jogo basicamente de estratégia. Onde você vai ter uma tabuleiro com dois exércitos e o objetivo principal vai ser obliterar o exército inimigo. Para isso obviamente que vamos ter turnos intercalados para cada jogador, onde cada um vai realizando ações, que são determinadas por um conjunto de regras. É bem simples, não é mesmo? Se ainda restar dúvidas sobre, basta você procurar na internet sobre um joguinho tático que é levemente conhecido chamado, XADREZ!!!

Com tudo explicado, vamos ao game em si, pois a base é o que comentei acima, mas vamos ter muitas peculiaridades, mau design e doideiras.

Começamos então com o sistema de diálogos, a primeira peculiaridade que vai diferenciar o xadrez. Já que em uma partida de xadrez o diálogo é bem escasso. Tenta trocar uma ideia com o Kasparov durante uma partida para você a merda que não dá. No mínimo ele vai querer umas 34 revanches e dizer que o jogo foi armado.

Voltando ao sistema de diálogo (desculpem hoje meu TDAH está no talo)… Mais uma vez temos o sistema de portraits. Imagino que essa escolha foi devido a tempo/limitação e entendo a decisão. O que não me impede de achar uma merda completa. Desculpem, não consigo gostar de portrait. Poxa, o jogo tem sprites em pixel art e várias cenas se passam com esse gráfico, para que colocar JPEG balançando de um lado para o outro e quadros estáticos? Tem tanto jogo com sprites super detalhados e que são expressivos. Sim, leva bem mais tempo desenhar um monte de sprites, mas no final fica tão bacana que vale esse investimento.

Em termos de diálogos, temos mais uma vez a velha dublagem canastra, que aqui é bem menos canastra, é verdade, mas ainda é. Isso dá uma amenizada no lance de passar mais emoção e expressão, pois tem alguns dubladores que mandam bem mesmo. O foda é que nem todas as cenas são dubladas. Por que disso? Não tenho ideia, nem imagino como decidiram quais cenas dublar e quais não. Se uma cena não merecia ser dublada, tudo indica que não merecia existir talvez.

O sistema de batalhas segue aquilo que comentei, tático de turnos. A peculiaridade em termos do “tabuleiro”, é que foi usado aquele conceito de HEX do 4 e 5, assim os personagens podem se mexer em atacar em 6 direções. Quer dizer, isso vai depender de alguns fatores, mas no mais segue o HEX. No final, até que faz sentido um jogo tático com esse conceito, até porque os outros games tentam emular o fator estratégia de um game tático.

A treta que tenho que comentar, é a importação do sistema de não usar habilidades logo após se mover no tabuleiro. Isso meio que ocorre no 4, onde nem ataque tem como fazer depois de se mexer. Aqui isso só acontece com habilidades especiais, já que ainda dá para atacar depois de mexer, o que não impede de ser ruim. Muitas vezes seus personagens vão andar légua tirana, chegar nas barbas do inimigo e não conseguir fazer nada. Deixando as portas abertas para tomar no cu tranquilo.

Você pode me dizer o seguinte: “Ah, mas aí você tem que pensar em uma estratégia melhor para se aproximar dos inimigos!”. E por mais chato que você seja, tenho que concordar que sim. O que incomoda nesse lance é que os tabuleiros/mapas são gigantes. Puta que me pariu jovem! Tem que andar para caceta nessa porra. Aí é complicado pensar em uma estratégia depois de 30 minutos de gameplay. Você só quer mesmo socar a cara dos inimigos.

Ainda mais que os FDP na maioria das vezes não se mexem em campo. É, muitas lutas os inimigos ficam te esperando para a batalha e passando os seus turnos. O pessoal é muito preguiçoso nesse game! Isso misturado com o tamanho do mapa é a fórmula para um jogo cansativo e desigual. A estratégia vai para o caralho, quando o cansaço bate à porta.

Quer complementar a receita da raiva? Adiciona um sistema de vitalidade que é consumido a cada turno e que quando acaba te dá dano de HP. Pronto, agora você vai só passar raiva. Campo grande, inimigo esperando a morte da bezerra, você tomando dano de cansaço e não podendo usar as habilidades melhores a qualquer momento.

Isso tudo que comentei faz parte da gameplay e é o real desafio do jogo? Sim. Isso tudo força você a montar melhor uma estratégia e pensar bem em como montar a party? Sim. Isso tudo faz de XF um jogo completo e complexo tático? Sim. Isso tudo causa a sensação de satisfação a cada luta ganha? Sim. Mesmo assim vou reclamar, pois estou aqui para isso.

Vou concordar que as coisas que reclamei antes foram só por picuinha e por causa da minha inabilidade em games táticos. Mas os turnos serem baseados em velocidade e não por jogador, a isso não vou concordar. Caralho, imagina se as jogadas no Xadrez fossem definidas pela velocidade do jogador? O Usain Bolt estaria no esporte errado, né? Realmente para mim isso não faz nenhum sentido não. Tem ainda o lance da timeline de ataque para saber de quem é a próxima ação, mas acho que não é o ideal para esse estilo.

Vou inclusive fazer uma denuncia aqui! Esse jogo rouba na cara dura! É na cara dura! Esse jogo é desonesto! Várias vezes os personagens inimigos ao estarem perto da morte tem seus turnos adiantados ou evitam ataques fatais! ISSO AÍ É UMA VERGONHA! NÃO PODE, VOU PEDIR PARA O STF INTERCEDER! ALGUÉM TEM QUE SER PRESO!

Tenho alguma prova sobre o que falei? Não, mas vi isso acontecer diversas vezes ao longo do tempo meritíssimo! Existem habilidades que justamente aumentam a velocidade dos personagens perto da morte? Sim, existem, mas se não temos como auditar isso, só pode ser fraude não é mesmo? Não que eu esteja falando nada sobre a realidade, só estou falando sobre um joguinho. Não vem me tirar do ar Carequito, eu sou 100% a favor do nosso maravilhoso e impávido sistema eleitoral.

Voltando para as dificuldades, já é de costume nesse estilo de jogos não podermos usar livremente itens. Inclusive em FFT temos classes específicas que têm essa habilidade, que deve ser conquistada. E aqui não é diferente, normalmente os personagens podem equipar 4 itens e se vira com isso. Para quem não está acostumado a escassez a parada aqui é hard. Não adianta farmar 99 poções de cura que não tem como levar isso aí não. Até que faz sentido, pois é difícil carregar 99 poções (que aqui são frutas) na vida real, mas podia dar uma leve facilitada aí já que a vida não faz isso né jogo?

Falando em itens, porque não falar de equips? Tudo haver um com o outro. Temos aqui mais uma vez a gestão de equipamentos. Eles vão estar atrelados a classe do personagem, guerreiro usando espada e machado, mago usando livros, masoquista usando chicote, deputados usando cuecas largas, rapper branco de dread usando arminha de dedo e assim vai. A treta mesmo é que constantemente os personagens principais da história são desequipados. Os caras vão para a luta e esquecem de pegar as armas? Que coisa de maluco, não sei quem inventou isso, mas merece um vai a merda!

Já que comentei sobre classes, vamos falar delas de uma vez. Também é padrão em jogo tático termos sistemas de classes/jobs. Elas determinam quais as habilidades e equipamentos que o personagem vai usar. Elas também determinam o quanto um personagem é inútil ou útil em campo de batalha ou situação de batalha, nunca despreze aquele personagem que só serve para carregar um monte item que ele pode ser útil em alguns casos. Claro, que os personagens podem alterar de classes e até mesclar as habilidades de várias para dar aquele tempero bacana.

O sucesso ou o insucesso da sua empreitada no mundo dos games táticos sempre vai estar atrelado a um bom uso do sistema de classes. Montar um paladino que aguenta porrada e lança fogo na cara dos inimigos não tem preço. Obviamente que esse sistema só vai ser bom se bem desenvolvido e balanceado, se não é uma desgraça total. Falando de XF o negócio é básico, mas funciona bem. Não temos classes apelonas e que resolvem tudo e também temos habilidades bem variadas e balanceadas. Acho um feijão com arroz muito bom mesmo. Nada a reclamar. Usei bastante gente com magias e eles resolveram a maioria das coisas, mas não tudo, o que demonstra o equilíbrio que falei.

O que é curioso em termos das trocas de classes, é que o sistema se mescla a narrativa. Não sendo apenas uma mecânica a nível de gameplay. Em Wild Arms, temos as ARMs, que são artefatos tecnológicos de poder. Em outras palavras, armas de fogo. Em XF, os ARMs são tipo um digivice que permite a troca de classes. Não sei dizer se gosto do conceito ou acho ele esquisito, mas no fim valeu a tentativa de justificar a mecânica.

Para ser bem sincero em todos os jogos da saga Wild Arms tivemos classes atreladas aos personagens principais. Só nunca serviu para porra nenhuma mesmo e aí nunca comentei. Eu acredito que as classes servem mesmo como agregador para facilitar a programação do game, mas até aí quem se importa com essas merdas de códigos!

Se temos classes, obviamente que vamos ter um sistema de recrutamento de soldados rasos para o nosso grupo. Digo que são soldados rasos, pois eles não fazem parte da história e você pode contratá-los a preço de banana. Você também pode demiti-los a qualquer momento. O que os faz fazer um post no Linkedin agradecendo por terem sido demitidos como é padrão hoje em dia.

Esses soldados são conhecidos como Drifters, que é um termo já conhecido na saga. Acredito que começou no 3. Para resumir, eles são mercenários, mas como não podemos mais usar certas palavras ofensivas, tiveram que mudar de nome. Esses maninhos são tão genéricos que depois de um tempo você passa a nem usá-los mais e manda a maioria embora mesmo. Para que alimentar bocas que não estão te dando resultado nenhum? Vamos meter um lay-off na cara deles e dizer que o time está passando por reestruturações, isso sempre dá certo.

Voltando para o sistema de batalhas – que aqui a parada não tem uma ordem certa mesmo – temos de novo o sistema de combinação de ataques. Não como antes, onde os ataques eram especiais e combinados entre membros específicos, mas tem. Aqui, quanto mais você cercar o inimigo como um covarde, mais bônus você ganha. Se você colocar 6 personagens à volta do inimigo é um massacre desenfreado a cada ataque. Ah, e 6 é o número máximo de personagens em batalha para salientar.

Também existe uma opção de lock-on, que ao invés do personagem atacar o inimigo ele o marca, para quando outro personagem atacar uma combinação role entre eles. Quanto mais personagens marcarem o inimigo melhor e mais forte é o ataque, obviamente. A animação sempre é igual e dá pouco dano, mas é um sistema de combinação que existe.

Como também é padrão ao estilo, cada batalha é considerada uma missão. Que por sua vez podem ser consideradas como se fossem novas partidas em um jogo de tabuleiro. A treta é que em XF não vamos ter apenas batalhas, mas puzzles e missões mesmo. Viagem isso, mas é o que rola.

Nos puzzles os personagens vão ter que ir fazendo uns leves objetivos para dar a partida como vencida. Tipo quebrar umas caixas, acionar umas alavancas, ir pulando em vários lugares, abrindo portas, vendendo tele senas, limpando banheiros, divulgando maneiras de ficar rico fácil e assim vai. Para mim, uma total perda de tempo. Nesses momentos eu confesso que tive um leve sono. Achei too much colocar esse tipo de “partida”.

Já as missões que de fato são missões mesmo, temos que completar um objetivo sem necessariamente matar todos os inimigos. Ai rola matar o chefe dos inimigos para eles fugirem, atordoar os manos para eles cairem na real, passar despercebido por soldados (é tem missão stealth em jogo tatico, nem me questione sobre), ir de um ponto a outro para fugir, fazer todos os inimigos investirem na Magalu, cagar nas botas de todos, fazer falhas nos cabelos dos manos e assim vai.

Para auxiliar nós, jogadores que não temos nem a 3 série e vivemos em um país subdesenvolvido, vamos ter um sistema chamado DER. Que nada mais é que um sistema de dicas estratégicas dada pela personagem estrategista do grupo Labyrinthia (que é a melhor por sinal, mas comento mais depois). Esse sistema é bacana para quem é tonto que nem eu, mas não chega a ajudar a zerar o game. São mais umas leves diquinhas mesmo.

Adoro uma mulher inteligente e que me humilha por ser um completo retardado! Também gosto das maluquinha que quebram seu carro e de prendem no armário, mas é uma briga grande!

Um ponto interessante e que também ocorre muito em game tático, são os níveis dos inimigos acompanharem os dos seus personagens. Aí se você está no LV 50, todos os monstros, soldados e capirotos também estão. Isso é algo padrão e se bem feito evita grind desnecessário. Agora, se não for bem feito, você simplesmente pode quebrar o jogo de forma escrota e deixá-lo injogável. Tenho duas histórias interessantes com FFT sobre isso, que tem esse mesmo sistema, que gostaria muito de compartilhar quando chegar a hora. Nesse momento só posso dizer que em XF não faz diferença nenhuma mesmo, é bem balanceado o sistema.

Desde de o game 4 da série existe um sistema chamado de sintetizador. Ele nada mais é que a criação de armas, itens e acessórios raros usando outros como material de fusão. Não comentei sobre ele, pois de fato não achei relevante o suficiente até o momento. O que é diferente aqui, pois em XF é esse sistema que faz você ficar mais poderoso.

Temos as famosas lojinhas de itens e equips pelo jogo, mas em termos de armas elas só vão vender o básico do básico, no máximo armas de nível 3. Que é bem pouco. Se você quiser ter armas mais fortes, você terá que usar o sintetizador. E você vai querer armas mais fortes com toda a certeza. Aí para sintetizar a armas, você vai precisar de uma arma mais fraca e itens de material como garras de monstro, minérios e ervas especiais. Para craftar esses materiais, você vai usar aqueles maninhos que você recruta, que vão ir em expedições à procura de recursos. No final eles viram seus escravos mesmo, trabalhando sem receber nada em troca.

E o que eu achei do sistema? Chato. Simples assim, preferia comprar as armas, roubá-las ou ganhar como recompensa. Até porque mesmo com os materiais você vai gastar grana para sintetizar os esquemas. E vai ser grana, eu pelo menos não consegui sintetizar nenhuma das armas mais poderosas, por falta de cascalho. Como estou acostumado a não conseguir comprar o que quero desde pequeno, até não me importei, mas o pessoal com grana não vai curtir.

Não preciso dizer que não vamos ter um mapa mundi explorável, já que não tem exploração. Tem as missões que comentei de puzzle, mas exploração aí já era demais. Com isso, temos o que? Point and click em tudo. Para mim, mais do que o suficiente, não precisava mais. O que pega mesmo é que com isso, temos muita, mais muita troca de menu. Puta merda, faltou um trabalho de UX aqui minha gente. RPG tem muita tela e menu, mas aqui já é passamento. Para ficar sintetizando armas você entra em umas 264 telas e uns 318 pastores de menu. Aí haja saco! Senhor Jesus!

Em termos de gráfico temos as cenas em PNG safado durante todo o game e nas lutas uma mistura de muito sucesso nos anos 2000 quando o orçamento era baixo. Cenários em 3D e sprites em pixel art para os personagens. O primeiro já disse que é merda, já o segundo é ok. Não é feio, mas longe de ser um BoF 3 ou 4. No mais, passa de ano e não dá vontade de vomitar.

A estética mais uma vez abandonou o velho oeste do terceiro e temos muito mais um ambiente medieval que qualquer coisa. Mesmo a trilha sonora não passa uma sensação de bang bang. Tem uns assobios aqui e ali, mas no mais parece um épico capa e espada do que um bom e velho tiroteio americano feito na Itália. Uma pena mesmo, mas como já estamos calejados dessa mudança estética, nem dói mais no coração.

Pela graça do senhor, temos de novo uma abertura em anime e não em 3D. A música é bem xexelenta e qualquer coisa, mas é anime. Não chega nem perto das aberturas dos demais games, mas está aí para pelo menos manter o padrão. Ainda estou chateado com o jogo 5 por ter cometido essa falta grave. Você tinha tudo para ser o melhor da saga! Porque? PORQUE?!!

E a história? Nossa bem sem sal! Realmente é a parte que menos curti desse cara. A parada é uma luta entre dois exércitos, um bonzinho que quer a paz e outro ruizinho que quer continuar com guerra, pois traz avanços e lucros. É genérico do genérico. Não quer seja terrível como um Velozes e Furiosos 10, que tem gente que nunca existiu tentando vingar a morte do pai, mas é fraca.

Ele não passa de fato nenhuma mensagem impactante. Tem umas discussões sobre pessoas fortes prevalecendo sobre as fracas, o povo ser usado como massa de manobra, a guerra ser boa para manter o povo ocupado, nossos governantes serem uns merdas que só pensam no próprio rabo e que tem gente que não quer mudar por se sentir confortável e essas coisas. Nada que a gente já não saiba e veja rolando direto na seção de política do Jornal Jornal, o Jornal mais Jornal do que o que você encontra na banca de Jornal!

Parei para refletir sobre os temas dos outros jogos e a maioria tem de fato algum tipo de grande mensagem a ser passada. O que falta na maioria das tramas da série Wild Arms é um grande vilão. Na moral, não tem nenhum vilão marcante na saga. Nem um Sephiroth, Kefka, Fou-lu, Pagan Min, Vaas Montenegro, Zeus, Ezra Miller, Alma Negra, Tripa Seca, Nazaré Tedesco e nem nada do gênero. Tem monstro dimensional, planeta invasor, feto, capeta criança, ex-soldado puto e soldado possuído, mas nenhum desses são marcantes sabe. Acho que ficou faltando mesmo.

Spoilers


E a treta começa mais uma vez no planetinha do barulho chamado Filgaia. Eita, mas que belo lugar para ir tirar umas férias. Top dez lugares junto com a faixa de Gaza, Ucrânia e Alvorada no Rio Grande Sul. Se bem que desta vez a treta não vai se desenrolar em toda a Filgaia, pois faltou recursos para fazer o mundo todo.

Logo de cara conhecemos dois de nossos protagonistas:

Clarissa Arwin, uma loirinha lindinha, fofinha e sonhadora. Ela anda por Filgaia desde muito nova com sua mamãe procurando uma forma de consertar os vastos desertos do planeta, que é característico da saga. Mamãe do ano essa, que leva a filha para se aventurar no deserto. Clarissa também usa uma estranha arma laser que ninguém explica o que é na trama, mas que serve como ex-maquina várias vezes. No mais, é uma pessoa que tem um senso forte de justiça, faz de tudo por seus amigos e é super companheira. Padrão protagonista sem tirar nem pôr.

Felius, um moreno alto, bonito e sensual, espadaúdo (ou machadudo), passadas largas que serve meio que de guarda costas de Clarissa. Ele é quietão e bem introvertido, contendo segredos em seu passado. Foi encontrado por Clarissa e sua mãe ferido e a partir desse momento passou a viver com elas como se fossem uma família. Se fosse a vida real ele teria matado as duas e seria um estrupador maldito, mas como é fantasia o mano é firmeza.

Ambos estão indo atrás de Rupert, um vilão mequetrefe com falas cheias de gírias que não dá para entender. O pau nas trevas roubou a espada da mãe de Clarissa, Melissa, e a feriu causando sua morte. O cara é mau mesmo, mas é tão genérico que nem dá para sentir raiva.

Ao encontrá-lo Clarissa e Felius o confrontam, mas o mano foge em direção ao reino de Elesius. Onde de fato se passa a nossa história, já que os protagonistas seguem no encalço do salafrário. Nossa, salafrário, acho que ninguém usa mais essa palavra. Eles vão atrás do sacripantas.

Chegando em Elesius nossos manos veem que o reino está uma bagunça da porra. Pelo que dizem, o rei Hrathnir, que era um grande rei, ficou doente depois que sua filha mais velha foi de base em um acidente e um tal de Conselho dos Estadistas Anciões assumiu o esquema. Que nome é esse né? Parece um grupo de whatsapp da galera que gosta de ficar em frente a quartel esperando 72 horas. Esse conselho está apavorando a população usando um grupo de mercenários como exército, chamado de Guarda Marcial. Os caras estão tocando o fodasse e esculachando geral sem medo de ser feliz.

Nossos dois heróis até tentam não se envolver nesse papo, mas como a encrenca persegue protagonistas, é óbvio que acabam entrando na luta contra o exército opressor. Eles então conhecem mais 3 dos nossos protagonistas, que já estavam de fato lutando contra os Marcianos:

Labyrinthia Wordsworth, uma professorinha de magia muito inteligente, que gosta muito de dizer “Sou uma mulher muito capaz de 34 anos”. 34 já é considerado Milf, mas como essa é a minha idade, vou fazer questão de amaldiçoar todos que pensam assim. Laby vai ser também a estrategista do grupo e alívio cômico. A moça é muito gente boa e bem maluquinha, meu número completo como já disse. É a melhor personagem sem sombra de dúvidas. Ela também trabalhava no castelo quando o rei estava normal, o que a faz o admirar muito e seguir seus desejos de um reino mais tranquilo. Desconfio de outro lance, mas deixa quieto por hora.

Tony. É, dessa vez o já repetido personagem Tony é jogável o que é uma notícia ótima. A merda é que é um dogão branco vesgo. Sim, é um cachorro vesgo, nunca tinha visto isso gente. Você deve estar se perguntando como descobri que ele era vesgo? E é simples, esse guaipeca não acerta um golpe em combate. Pior personagem para se ter em batalha. Além de ficar totalmente esquecido na trama várias vezes. Uma falta de respeito com a entidade Tony.

Levin Brenton, um mimadinho do caralho, filho de família nobre, revolucionário de sacada de apartamento e socialista de Iphone. Chatão mesmo, ainda tem a audácia de ficar largando charminho para a Clarissa, mas vai te esconder muleque cagarola! Deu para ver que não curti ele muito né?

Essa turminha do barulho então acaba se juntando para lutar contra o tal conselho na capital de Elesius. Uma quinta feira comum, às vezes eu também saio de casa e me envolvo em guerras civis em países estrangeiros. Bem comum mesmo. Também vale ressaltar que Clarissa é a lata da princesa que morreu, uma sósia completa. Tanto que o pessoal acha uma boa espalhar que ela é a princesa que não estava morta de verdade. E mesmo sendo absurdo o plano funciona a ponto de formar um pequeno exército rebelde à volta dos manolos.

O mini exército então é batizado de Chevalet Blanc, em homenagem a um exército lendário que viveu em Elesius a muitos e muitos anos atrás. Explicação sobre esse exército e porque Clarissa é igual a princesa falecida, de nome Alexia, vamos ficar devendo, pois como diz um amigo da internet “O jogo nunca explica”!

O que importa é que a nossa turma parte para a luta contra o conselho na capital, para salvar Elesius, dar um sacode no rei que está deixando a merda acontecer e resgatar a segunda princesa, Katrina, que é uma songamonga completa. A mina não sabe nem o que é sentir medo. Acho que é autista na moral.

E esse tal conselho é composto por quem vocês me perguntam? E eu respondo, pela nata da filha da putisse dos RPG’s. Já comentei sobre Rupert Dandridge, o cara que matou a mãe de Clarissa e roubou a sua espada, Iskender Bey. Ele é o manda chuva da Guardinha Marcial. Temos também Edna, uma velha cara de sapo ultra mega estereotipada, que só pensa em poder e que matou a princesa Alexia. Weisheit, um mercador da morte, que faz várias experiências sinistras em Elesius e tem algum tipo de ligação com Felius. Na verdade, até mais que uma ligação, pois o mano é obcecado por ele. E Charlton Blunt, o atual presidente, que é um necromante maldito que mexe com uma nojeirada que não vale a pena citar.

Vale comentar que antes da thurma chegar a capital, encontram mais um apoiador para a causa. Ragnar Blitz Lebrett, que não tem nada haver com o cara nórdico, mas também é loiro e bombado. Ele é um ex-mercenário que perdeu seus pais, irmãos, país e esquadrão nas mãos do exército de Elesius. Seu objetivo final é destruir Elesius, dá para entender porque, mas ele se une à turma para ver o que eles vão fazer ao tomar o poder de volta do conselho. Na real ele vai entender que tem que destruir a política de Elesius e não o reino em si, o que vai alinhar ainda mais seus objetivos com a galera.

E a luta na capital? Dá uma merda geral. Os manos do mal armam uma bomba nuclear e enchem o esquema de zumbis, tudo isso criado por Weishet, e a nossa turma falha miseravelmente. Nesse momento inclusive o rei Hrathnir acaba se sacrificando para a nossa turma escapar. É feio o esquema mesmo.

Nossa gente aos trancos e barrancos consegue fugir, pelos menos parte deles, já que Laby fica para trás. Mas são caçados por um povo estranho que se denomina algo tipo Família Zortroa. São uns manos esquistos domadores de monstro que não é uma boa encontrar na rua não. Eles são coordenados por Piedras Blancas, um mano múmia, e sua intérprete Chelle, uma morena da cor do pecado que vai arrastar uma asa forte com Ragninho.

Nesse meio tempo geral também descobre que Clari não é a princesa e a merda está completa. Ou melhor não, já que a galera reúne seus cacos e volta a tentar atacar a capital. Pessoal é brasileiro e não desiste nunca. Agora o plano é salvar Laby e a princesa tonga.

Os planos então mudam quando o pessoal reencontra Inthia no meio do caminho. Ela acabou conseguindo fugir do conselho com ajuda de Katrina. Que ficou para trás, pois não corria perigo real de vida. O conselho quer usar a tontinha como marionete para mandar e desmandar no reino. Vai ser meio que uma laranja no trono.

Não que seja simples, já que Katrina ainda tem que passar por um ritual onde vai se conectar com nossos amigos Guardians. Não que eles aparecem em game ou tenha alguma classe que os invoca. Mas na história entendemos que as princesas de Elesius tem esse poder e que isso é a fonte do poderio militar do reino. É quase os EUA, Rússia e China com seus estalinhos de efeito evaporante.

A partir daí a missão passa a ser parar o ritual, né? É e não é, pois o pessoal também encontra com a Cara de Sapo Nojenta antes de chegar a capital e ela dá a entender que a primeira princesa está viva e sendo mantida refém em umas ruínas na neve. Aí a galera parte para salvá-la. Eu teria parado esse lance de ritual que pode dar ruim, mas até aí acho que a Laby manja mais que eu. Melhor ficar na minha.

Geral então vai até as ruínas geladas e não é que encontram a primeira princesa viva mesmo? E além disso, ela tem o mesmo sprite que Clarissa, só trocando a skin. Interessante! Ela estava sendo mantida refém por Edna, pois a porca não teve coragem de matá-la realmente quando teve a chance. Ela fala que queria usar Alexia como trunfo político, mas é uma mentirada deslavada.

Depois de muita treta, nossa turma parte para o paramento do ritual de Katrina. Nem preciso dizer que já é tarde demais quando eles chegam. Katrina já está no ritual e perde completamente a cabeça quando o processo é acelerado por Edna no desespero. A bichinha de tontinha vira o capeta em forma de guri. Nossa turma até tenta salvá-la da possessão de sei-lá-o-que, mas a merda já estava agarrada. Ao passo que tomam um raio negro do cu do capiroto.

Não querendo ser chato, nem nada, mas tenho que comentar aqui que eu tinha avisado isso. Não era para largar de mão a lentinha, minha gente! Era óbvio que poderia dar cu!

Geral só não morre, pois a arma de Clarissa os salva, mandando-os para o passado. Já comentei que não tenho ideia do que é essa arma, então nem adianta me perguntar. Só sei que nossa turma volta anos no passado. Onde encontram a mãe de Clarissa viva, o rei, pai de Alexia vivo e até as versões crianças das princesas e Clarissa. Nem preciso dizer que usaram o mesmo sprite e JPEG para Clarissa e Alexia na preguiça mesmo. Estão até com a mesma roupa.

O objetivo de nosso povo obviamente passa ser voltar ao presente e não danificar nada na linha do tempo. Olha a merda que estão dando na Marvel e na DC por conta de viagem no tempo e multiverso. Melhor não mexer com isso aí mesmo. Se bem que acho que já deu, pois a série WA acabou. Hum…acho que é um aviso para as duas empresas de quadrinhos.

Mesmo assim, nossa turma ainda tem tempo de salvar o rei de um atentado à sua vida armado pela Guarda Real, que são os protetores do reino. Bom, nem sempre, já que às vezes os caras tramam a morte do rei. Esses cavaleiros são comandados pelo pai de Levin, Eisen Brenton, que tenta não se envolver muito com nada dando uma de insentão. Nessa treta a turma também conhecem um trio de bandidos chamados Tormenta Triad. São uns irmãos chatos para caceta que são cópias do Raiden do MK, que por sua vez é uma cópia dos personagens do filme dos Aventureiros do Bairro Proibido. Olha a informação aqui!!

Esses caras ficam com um papo merda com a Labyrinthia de que tudo é força, que de tanto fazer força acabam explodindo em milhões de pedacinhos. Opa, não, isso acontece no filme. Aqui os caras só são derrotados por uma luz misteriosa que sai da Clarissa pequena. Ou da Alexia? Na moral não sei direito.

Na real é da Alexia mesmo, eu que estou inventando coisas. Eu achava que nessa parte iamos ver algum tipo de explicação para Clarissa e Alexia serem iguais, mas acho que o roteirista esqueceu essa parte. Enquanto rola a tentativa de assassinto com o rei, um ataque acontece a suas filhas (Alexia e Katrina), mas nada mais é mostrado sobre. Só rola uma luz que a princípio salva as princesas. Bem broxante o desfecho para alguém que estava criando teorias com viagem no tempo.

Também não comentei bem, mas o pai de Alexia era de fato um grande rei antes dela supostamente morrer. Ele estava fazendo várias reformas no país tentando desmilitarizá-lo. E isso obviamente que não agradou o pessoal mais “conservador”, que não queria perder o poder militar e a capacidade de fazer guerra. Esse é o motivo para esse ataque no passado e também das tramoias do conselho no presente.

Já que estamos na pegada da explicação, nossa turma no meio da confusão é enviada de volta ao presente por Weis, que se revela como sendo o puppetmaster. O grande filha da puta da jogada toda. E isso tudo para se vingar de nosso amigo silencioso Felius. Senta que lá vem a enxurrada de spoilers.

Weisheit, na verdade, é Kressen, um antigo inimigo e conterrâneo de Felius. E não é conterrâneo de país ou cidade, mas sim de mundo, pois os dois são de outro planeta, um planeta chamado Elw Borea (Elw vocês estão ligados). EB era um planeta que guerreou por muito tempo contra um cara que se denominava senhor das trevas e usava um poder chamado Belia Lugos. Esse cara foi derrotado, mas Kressen achou de bom tom tomar o lugar do cabra e continuar a guerra.

Felius e sua companheira Yulia (que é a cara de Alexia e Clari) conseguem deter o cara e o levam para uma prisão dimensional chamada Illsveil (esse também é nome manjado) usando a nave multidimensional Lombardia (ah, nem comento). No meio do transporte o mano consegue fugir e a merda agarra fazendo todos caírem em Filgaia. Como a nave estava viajando entre dimensões e tudo estava zoado, o pessoal caiu em épocas totalmente diferentes.

Felius cai a uns 6 anos antes do game rolar e fica com Clarissa e sua mãe. Já Krassen cai a centenas e centenas de anos antes da chegada de Felius. E ele fica esse tempo todo esperando nosso mano para que pudesse se apoderar de seu corpo, pilotar a Lombardia com ele e voltar ao seu mundo natal. Para deixar claro, o corpo de Felius é importante, pois só o DNA dele é capaz de ativar a nave.

Obviamente que Krassen não ficou esse tempo todo só esperando nosso moreno caladão jogando palavras cruzadas. Ele criou e espalhou os ARMs que dão poder de guerra para Elesius, usou esses ARMs para coletar informações valiosas para o desenvolvimento de novas armas, usou tecnologia antiga de Filgaia para construir novos modelos de Golems, criou uma forma de zumbificar o pessoal e mais um monte de merda. No final um baita pau no cu, que criou um monte coisa ruim para ajudar na sua “vingança” contra sua terra natal.

Bom, algumas perguntas podem ainda estar no ar. A primeira é como que esse tal de Kressen que é agora conhecido como Wheisheit o mercador negro não morreu ou envelheceu nesse tempo? Ele desenvolveu um sistema onde pode transferir sua consciência para outros corpos. Como que ele sabia que Felius tinha caído em Filgaia? Ele sentiu uma coceirinha no anus que o avisou. E acabou usando Rupert para atraí-lo, já que o mano estava com a espada da mãe de Clarissa, que um dia foi de Yulia. Onde foi parar Yulia e que papo é esse de espada?

Aí vai ser mais teoria do que de fato certeza, mas vamos lá. Yulia era a companheira de batalha de Felius em Elw Borea. Ela usava uma espada chamada Iskender Bey, a mesma que a Melissa (mãe de Clarissa) usava. Obviamente que Melissa conseguiu a espada quando Felius caiu em Filgaia, pois ela veio junto com ele. O fato interessante, é que só poderia usar a espada quem tivesse traços de DNA de Yulia, já que em EB as travas de uso são feitas assim. Então se Melissa consegue usar, ela é de fato descendente direta de Yulia. O que me sugere que Yulia caiu a muito tempo antes que Felius e Krassen e viveu em Filgaia normalmente.

E mais, Clarissa e Alexia são descendentes dela de alguma forma. Por isso todas têm o mesmo sprite. Não é preguiça dos desenhistas, é para linkar os parentescos. Isso está no jogo de alguma forma? Não que eu tenha notado, eu tirei isso do meu rabo, mas me parece plausível.

Parando com as teorias, explicações e voltando à trama. Os manos sentam o pau no FDP mercador do caralho e partem em mais uma tentativa de tomar a capital. A 17° pelas minhas contas. O pessoal aproveita que apareceram do nada no presente, em uma base secreta de Weis no meio do deserto, que fica próxima a capital, para tomar de assalto o esquema. Que mera coincidência né mesmo?

Primeiro param para pegar Rupert, que fugiu da capital quando viu que a treta ia comer solta. Ele é encontrado e morto em um porto tentando fugir. Ao ser derrotado, a famosa espada Iskender Bey fica em posse de Alexia, o que mais uma vez corrobora que ela é parente de Yulia e de Clarissa.

Agora sim chegando de vez a capital, o povo encontra Katrina virada em um monstro que só quer ver gente com medo. Ela chega a matar os próprios soldados da Guarda Marcial e usa a Guarda Real junto com o pai de Levin para o ataque. Nossa turma passa por poucas e boas, mas consegue tomar a capital não matando a guarda real.

Tudo poderia acabar aí, mas Edna, Charlton e Katrina fogem para se reagrupar e tentar uma nova estratégia de retomada. Nossa turma que já está de saco cheio dessa porra toda obviamente não deixa essa parada barata e parte para enfrentá-los na batalha final.

Obviamente que nada é fácil nessa vida. O pessoal descobre que os vilões se refugiam nas ruínas da antiga capital de Elesius e estão preparando um ataque com um exército de mortos vivos comandados pelo ex-prefeito. Que por sua vez está usando a energia acumulada das pessoas que morreram na última batalha da capital. A famosa Lágrima das Trevas já manjada na saga.

Uma sucessão de tretas então acontece até a derrota do cara. Nossos manos lutam de novo contra a Guarda Real e o Pai de Levin, que estavam envergonhados por não ter ficado do lado certo desde o começo da treta. Lutam contra Chelle e Piedras Blancas dos Zortroa e ambos morrem, deixando Ragnar sem poder dar aquele tirinho pós aventura. Lutam contra os três irmãos patetas da Tormenta. Lutam contra Katrina e um corvo maldito que ela invoca. E no final lutam contra o Carlitos que devido a uma traição de Edna acaba sendo devorado por seu exército de mortos vivos. Isso nós podemos chamar de…

Tudo então fica certo depois da derrota do ex-presidente, né? Não vou nem responder. Parece que vocês não sabem como funciona o sistema? Logo, logo aparece um recurso que libera tudo de novo. No caso de XF, o recurso é um puta buraco no céu que aparece do nada e Katrina que ainda está virada no capiroto devorador de medos.

Indo procurar o que estava rolando com o buraco, o povo chega a uma base secreta de Weis/Kressen e o filha da puta está lá como se nada tivesse acontecido. Lembra que eu disse que ele pode trocar de corpo? Pois é, deus ex-machina na sua cara.

O monte de merda explica que abriu o buraco usando o gerador de Lombardia, que inclusive está sob sua posse, para fazer Elw Borea e Filgaia colidirem. Ele na verdade não queria voltar e tomar EB, mas sim destruir os dois mundo que o rejeitaram! Mas vai te deitar! Que papo de xola esse! Aih, ninguém me ama, ninguém me entende, então vou destruir o mundo! Isso com toda a certeza é falta de apanhar quando era criança.

Você deve estar se perguntando, se esse merda quer destruir sua terra natal, para que quer usar o corpo de Felius? Bem, como Lombardia é uma nave multiversal, ele simplesmente quer deixar tudo se escaralhar e achar outro mundo para ser o tal Belia Lugos, deus das trevas, a puta que me pariu de óculos sei lá das quantas.

É mais que merecido a surra que esse mano leva da nossa gentalha. Não que ele morra de vez, pois ainda sobra tempo dele entrar no corpo da mocreia Edna. O que não adianta nada no final das contas, já que Katrina como eu encheu o saco dessa gente e mata os dois. Foram tarde até!

Nosso povo então tenta de uma vez por todas fazer Katrina tomar tenência, mas o verdadeiro mal nos é revelado. Um corvo sinistro chamado Clysmian, que foi invocado justamente por que Katrina não conseguia compreender o que era medo. Ainda bem que ela não ficou na dúvida sobre sexo, se não a coisa ia ficar deveras estranha.

Depois de muita porrada o bicho se funde com a princesa tontinha e vira um megazord corvo bruxa da quintessência do olho de Satanás. Bicho é esquisito que só a porra e dificil de matar. Olha, esse achei que ia ter que arregar. Mas no final nada que a famosa rodinha apelona não dá jeito. Nem preciso dizer que essa puta não vem sozinha no fight e sim com uns 12 capetinhas menores.

Mesmo a galera derrotando o bicho esquisito em luta, a coisa não se resolve. Como ele é uma entidade quase Deus, o esquema é imortal. Mesmo assim, a nossa gente não desiste da peleia e vai sentando o sarrafo atrás de sarrafo no monstro, que acaba ficando com medo de ficar morrendo para sempre. Nesse ponto, Katrina entende o que é medo e o bicho acaba perecendo. Nesse processo Kat também vai para a vala, afinal não é uma coisa muito tranquilo se desfundir de uma entidade maléfica de puro medo.

Todos ficam tristes com a morte da moça tancinha, que só se envolveu nessa pataquada por ordem do conselho de FDP, mas o buraco ainda está aberto em não a tempo para choro.

Felius então parte para pilotar Lombardia que é a única coisa que pode fechar o buraco interdimensional. Clarissa vai junto com ele para dar uma força, mas todo mundo sabe que o mano vai ter que se sacrificar no final. Clichê é clichê e não tem jeito. O cara se despede de Clarissa dizendo que é obrigado a fechar o esquema passando pelo buraco e acaba voltando para seu mundo depois de ejetar a moça em um escape pod.

Eu entendi que a nave explodiu ao chegar no buraco, mas todos acreditam que Felius está vivo em outro mundo. Que inclusive vai voltar. Eu conto para eles, vocês contam ou deixamos quieto? Deixamos quieto, que assim ninguém coloca a culpa na gente no final.

No final um tempo passa e tudo está andando bem. Alexia está conseguindo manter o sonho de seu pai e desmilitarizando Elesius. Laby virou uma professora de história que espalha também o sonho do rei (eu acho que o rei deu uma bela matada nela em algum dado momento, mas é só teoria). Ragnar vai ajudar refugiados de guerra e tentar construir uma nova nação. Levin ninguém se importa. E Clarissa e Tony seguem procurando uma forma de curar os “desertos” de Filgaia (estão atrás do também manjado Yggdrasil System).


Assim se encerra essa leve aventura, e como disse acho a história bem água com açúcar. Tem zero emoção e impacto, mas não é uma merda. Temos um debate raso em termos de pessoas usando sua influência para impor suas vontades a todos e do mal que as guerras podem fazer para pessoas comuns que não estão lucrando, mas não chega a arranhar um grande roteiro. Gameplay é o básico do tático, mas com uns probleminhas chatos. Tem uma dificuldade exacerbada em muitos momentos que pode ser impeditivo. Na moral enfrentar hordas de 30 inimigos em jogo tático é para acabar. No saldo geral é um jogo de médio para baixo e nada mais!

Assim também se encerra mais uma saga no nosso Quarta Gaveta. Uma saga com altos e baixos. Que na média fica na média, mas que levo com muito carinho no coração. Recomendo que joguem principalmente o 1, 3 e 5, que para mim são os melhores. Os demais, se quiserem por curiosidade é uma boa.

Vou indo nessa, até a próxima saga que promete grandes emoções. E aquilo, se você conhece uma pessoa um pouco atrasadinha, cuida para ela não se envolver com entidades suspeitas. Dessa vez saiu um corvo, numa dessa, vai saber o que de pior poderia ter saído!

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