
Grandia 2
Grandia 2 é a sequência do amado, nem tanto por mim, Grandia 1 e que na real não da sequência em porra nenhuma. Tem os mesmos inimigos, mesmo estilo de dungeons, mesmo modelo de cidades, mesma mecânica de combate, só que joga fora tudo que vimos em termos de mundo e começa uma nova lore. O que por si só não configura crime, mas que confesso me deixou levemente triste. Estava todo alvissareiro da vida achando que ia ver mais dos Angelou e quebrei a cara com um novo mundo dominado por uma religião super suspeita. É minha gente, não é de hoje que o povo gosta de colocar a cristandade como vilões para dar aquele cutuco no rabo dos mais fervorosos. Para mim não ofende nada, mas também não sou a pessoa mais beata do bairro. Sou batizado, crismado e os caralhos, só me desviei dos caminhos da luz devido ao álcool, drogas, xvideos, jogo do tigrinho, MC Poze do Rodo e muita leitura. Conselho que dou para vocês, não leiam, isso só serve para fazer você pensar demais em tudo que não tem lógica nesse mundão nosso de cada dia.
Ficha Técnica
Publisher | Game Arts no Japão para Dreamcast Enix no Japão para PS2 (o console mais querido) UbiSoft no resto do mundo (pois é, Ubisoft meus amigos e amigas) GungHo Online na versão Remaster (que mais uma vez foi a que o pai foi) |
Desenvolvedor(es) | Game Arts (ela, sempre ela, tem virado figura carimbada do site) |
Diretor | Katsunori Saito (trabalho molezinha) |
Produtor | Takeshi Miyaji (up de cargo) |
Designer | Osamu Harada (um dos nomes mais japonês que já vi) |
Artes | Satoshi Oshiki Hidenobu Takahashi Kensuke Watanabe Satoshi Yoshida (conversa com o RH logo para essa gente) |
Músicas | Noriyuki Iwadare (segue na barbada) |
Plataforma | Dreamcast PlayStation 2 Windows Nintendo Switch PlayStation 4 Xbox One |
Lançamento | Dreamcast JP – 3 de Agosto, 2000 Dreamcast NA – 5 de Dezembro, 2000 Dreamcast EU – 23 de fevereiro, 2001 PS2 NA – 29 de Janeiro, 2002 PS2 JP – 21 de Fevereiro, 2002 PS2 EU – 28 de Março, 2002 Windows NA – 12 de Março, 2002 Windows EU – 12 de Abril, 2002 Anniversary Edition – 24 de Agosto, 2015 HD Remaster – 15 de Outubro, 2019 Nintendo Switch Mundo – 16 de Agosto, 2019 Nintendo Switch JP – 25 de Março, 2020 PS4 e XOne – 26 de Março, 2024 |
Resumão para não ficar perdido
A lanfreiuda do momento se passa em um mundo que se ferrou todinho devido a uma leve brincadeirinha de matar de dois Deuses. Granas e Valmar, que parece nome de pedreiro que chega às 10 e sai às 11, mas é uma entidade do mal. Nesse mundo acompanhamos Ryudo, um Geocaçador (mercenário), que pega um trampo de guarda costas de uma linda loirinha cantora de hinos gospel chamada Elena. Que não é nenhuma das milhares de personagens escritas por Manoel Carlos, já deixando claro. Como nosso mano Ryudo é experiente, o trabalho de escolta é bem molezinha. Ele até tem uns arranca rabos com a mini pastorinha já que é um PNC de marca maior estereótipo de Sasuke do Naruto do caralho, mas de resto tudo sopa de minhoca. O que muda quando a moça vai para um ritual abençoado que se torna rapidamente amaldiçoado. Ela deveria cantar para o Deus da Luz Granas, mas como ele não estava em casa, quem atende é o nosso pedreirão Valmar. Que faz as suas asas possuírem e deflorarem a noviça não rebelde. Aí vira tudo um pardieiro, o filho chora e a mãe não vê, é dedo cu e gritaria e corre piranha corre. Até surge uma personalidade seduzente de Elena chamada Millenia que arrasta as “asas” sem pudor para o emburrado Ryudo. Eu sei, esse trocadilho foi horroroso, mas estou me esforçando aqui. O que importa mesmo é que com esse novo pepino no rabo, nosso mano Ryudo se vê posto em uma aventura muito maior que aquele simples trabalho inicial. Ele não só tem que ajudar a Elena a se segurar nas tamancas não cedendo ao capiroto, como dar um jeito de frear a ressurreição de Valmar destruindo as suas outras partes que estão possuindo o povo direto e reto. Sorte a dele é que não vai estar sozinho, pois além de contar com a ajuda das duas personalidades de Elena, também vai ter ajuda de seu fiel escudeiro, Skye, um passarinho reclamão, de Roan, um jovem dinâmico serelepe super bonzinho, Mareg, um homem leão bruto que fala usando metáforas, e Tio, uma androide buscando encontrar um propósito (e melhor personagem do game). Como de costume, a aventura não será fácil para ninguém. Ryudo vai ter que enfrentar seu passado e seu irmão malvado Melfice, Elena terá que aprender a controlar sua parte malvada e o grupo vai ir se deparando com algumas coisas bem questionáveis que a igreja da Luz de Granas faz. E não estou falando de dízimo, vaga no céu e nem de the king the power the best. A coisa é bem mais embaixo. Se bem que pastor mirim também não dá para tankar não!

Lorota
Estou em um filme do Zeca Snyder?
Sombrio e realista é um bom modo de resumir a trama de Grandia 2. Sim, o mundo ainda é bastante colorido e tudo mais, mas o que está rolando e os temas abordados não. Aqui vamos ter muitas e muitas discussões filosóficas, sociológicas e todos os outros tipos de lógicas que você imaginar. O que me surpreendeu bastante e confesso me surpreendeu negativamente. Não sou contra termos temas pesados e discussões mais complexas em games, só não acho que cabe muito nessa franquia. Nunca havia jogado Grandia como comentei no post do primeiro, mas de longe sempre associei essa franquia a algo leve, aventuresco e divertido. E isso meio que moldou minha expectativa para a saga e me fez não curtir tanto a trama desse mano aqui. Até acho que todos os personagens são bem desenvolvidos, têm uma jornada de amadurecimento e um bom arco, só não acho que tenham o mesmo carisma da primeira turma, que é gente da gente. Confesso que odiei o nosso protagonista Ryudo. Nos dias atuais temos uma puta saturação desse tipo de personagem anti-heroi trevoso, mas ainda sai de vez em quando um personagem bom aqui e ali. O que não é o caso do Udo, que além de ter uma motivação bem meia bomba, ainda passa muito do ponto no sarcasmo. Na boa, nem o mais olho do cu dos olhos do cu é tão insuportável quanto esse cara. Ele muda ao longo da trama, ainda mais quando se envolve com Elena e Millenia, mas até isso chegar você vai ter que aturar o cara sendo grosseiro sem motivo nenhum com todo mundo. Sim, sim, ele tem um motivo para isso, só acho bem bobo. Ainda mais quando a trama deixa a entender que o mundo não gosta de Geocaçadores, mas logo esquece disso e não coloca nenhum outro personagem com esse mesmo cargo. Poxa temos esse mesmo tipo de assunto no universo The Witcher e comparem como é feito lá. A turma não gosta dos Bruxos e isso sempre volta para assombrar os nossos personagens. Não sei se deixei claro isso, mas sim, vamos ter um triângulo amoroso rolando aqui. O que poderia ser o sonho de qualquer punheta man da vida, mas só se torna raso, já que não dá para comprar todo o amor que surge entre esses personagens de uma hora para outra. Para parar de sentar o pau em tudo, confesso que mesmo no modo sombrio eu curti o mundo apresentado e até me engajei para saber os reais segredos de tudo. Claro que dá para pegar de longe para onde a coisa vai ir e é o básico do básico, mas me prendeu minimamente a atenção. Enfim, a falta de carisma dos novos personagens e o tom mais pesado me pegaram mesmo. Não vou dar nota escrota, mas fica no meia boca, que é o que eu acho encaixar bem. Custava me dar uma aventurinha de sessão da tarde?
NOTA: 1.2

Playada
Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia!!!
Sim meu nobre povo subdesenvolvido, vocês viveram para ver o dia em que esse arrombado que vos escreve dá uma nota boa para o gameplay de um jogo da Game Arts. Não, vocês não estão sonhando e lhes aconselho a prepararem as galochas, pois a chuva vai vir forte e intensa. O game segue o mesmo estilo do 1 sem tirar nem pôr e daria para dizer que é só uma transposição do 2D para o 3D. Mesmo mapa mundo point and click, mesmo estilo de cidade com loja e pousada na entrada, mesmo estilo de dungeons mais abertas e até o mesmo estilo de combate com ATB e movimentação. Só que tudo isso super refinado e mais bem balanceado. Eles melhoraram tudinho, tudinho, tudinho em relação ao anterior. Os nossos manos ainda se perdem no campo de batalha e erram ataques atoa, mas isso é um pequeno detalhe para o sistema mais bem refinado de cancelamentos e quebra de postura. Agora você consegue ter muito mais controle para contra-atacar no momento certo e dar mais dano, ou se defender no momento certo e tomar menos dano ou ainda se esquivar no momento certo e não tomar dano. É uma delícia cancelar os ataques inimigos ou até mesmo ter um ataque cancelado por ter calculado errado o timing. Ok, claro que o sistema não é perfeito, mas dentro do que foi proposto vejo que chegou no seu ápice e melhor que isso só em realtime mesmo. Temos melhorias nas lojas que agora são mais diretas ao ponto, melhorias no gerenciamento de itens que é compartilhado e não individual, melhorias no gerenciamento de armas já que agora elas são mais específicas por personagem e mais um monte de coisas que poderia continuar citando. E que não seriam a principal coisa que me agradou no game, já que o que mais me agradou foi o sistema de progressão. Puta que mes parius!!! Que sistema satisfatório caras!!! Confesso que fiquei com o pé atrás quando vi que tinham removido o lance dos pontos de skill que eram obtidos através do uso das mesmas e serviam para dar vantagens para os personagens. Mas logo o esqueci quando vi que o novo é muito mais legal. Aqui os personagens vão ganhar XP e mais duas moedas. A MM, moeda mágica, e o ME, moeda especial. Que vão servir para potencializar habilidades mágicas e técnicas, respectivamente. Potencializando essas coisas os personagens vão deixar suas habilidades (magias e técnicas) mais fortes sendo mais rápidas de executar na barra que chamo de ATB. Falando não parece muita coisa, mas a facilidade de você gerenciar isso e a possibilidade de estar sempre progredindo não tem preço. Isso que nem comentei que essas moedas também potencializam vantagens que são obtidas através de livros de habilidades. Puta manos, acho que não consegui explicar bem, mas esse é um dos farms mais deliciosos que já fiz na vida. Você não sabe a sensação que dá quando masteriza um ovo de magia completo na segunda dungeon do jogo. Isso dá uma quebrada e faz o game ficar fácil? Sim, com toda a certeza, mas fodasse, eu quero mesmo é colocar os capetas tudo para me mamar. Aproveitando que falei de ovos de magia e de mamar, vale salientar que agora eles são equipados 1 por vez nos personagens e contém combinações de magias específicas. O que gera vários tipos de combinações em batalha, ainda mais que eles, assim como qualquer equipamento, podem ser trocados em batalha. Você perde um turno, mas nada melhor que poder trocar alguma cagada enquanto a mesma ainda está em curso. Falei, a parada está quase perfeita. E é quase, pois senti muito a falta de um mini mapa, achei ruim o gerenciamento de itens novos no inventário e queria algum tipo de utilidade para o passarinho Skye em batalha. Porra custava dar uma função para ele como é com Nall e Ruby em Lunar? Achei um puta desrespeito com os gallimimus e por isso não recebeu nota máxima. Ainda sim me divertiu horrores e se me deixassem estava ainda farmando moedinhas para destravar habilidades. Quase um jogo do Tiger essa bosta!
NOTA: 2.3

Barulhama
Era para você ser o diferencial.
Tem violino, tem guitarra elétrica, tem saxofone, tem piano e ainda segue sendo genérico para mim. Desculpem, fazer o que se não sou de me emocionar tão fácil? Mais uma vez a trilha está longe de ser algo ruim, só não é memorável, como tantas outras que já passaram por esse humilde blog. Só que aqui a coisa é um pouco mais tortuosa, pois se vocês lembrarem do que escrevi no resumo, vão lembrar que Elena é uma cantora. Sim e assim sendo, vamos ter várias cenas musicais e que pelo menos para mim não geraram nenhuma reação. Tá, eu confesso que na penúltima cena de música eu dei uma baqueada, mas foi muito mais por me remeter a uma outra experiência que tive recentemente do que qualquer coisa. E por curiosidade, sabem qual era essa experiência? Certo, Lunar 1 de PS1, onde também temos uma cantora e que me faz chorar constantemente quando lembro de uma certa cena. “Ah, mas você não deveria comparar dois jogos diferentes, você não sabe nada de jogos!”. Sim, não sei nada de jogos, mas mesmo assim o blog é meu e você vai tomar no seu cu, seu arrombado, filho de vinte e três cadelas prenhas… Opa, me passei. Agora estou melhor, tomei meu remédio (baseado) e só queria dizer que sou uma pessoa em desconstrução que não vai mais comparar games na internet.
NOTA: 1.3

Batom no Porco
Mais feio que encoxar a mãe no tanque.
Gente, vamos lá, vamos ser honestos, esse game aqui é feio para caceta. Porra, já começa nesse over design que rola nos personagens que é ridiculo. A roupa dos caras tem 10 bolsos, 15 fivelas, 5 lenços, 30 zíperes e ainda é bufante. Puta que me pariu, deve ser uma trabalheira ir dar aquela cagada e ter que tirar toda essa indumentária. Sei que era moda esse carnaval nos anos 2000, mas além de brega é muito não funcional. Não que esse seja o único ponto, já que as magias desse game são um desarranjo jogado na tela. Não sei que técnica usaram para animar essas paradas, mas é cada PNG que dá dor nos olhos de acompanhar. Tem uns negócios que são só uns borrões na tela, que mal você sabe se é fogo, vento ou raio que está saindo. Sem falar nas cutscenes que tem uns modelos para lá de questionáveis. FF 7 de 97 tem cenas mais bonitas e bem animadas que esse carinha aqui. Que inclusive tem a audácia de não ter aquela abertura em anime que a gente ama. Esse mano sofre de uma entressafra entre a geração PS1 e 2, que o faz ter uma cara de game de PS1 rodando no PS2. Se você pegar um game mais final de geração como Wild Arms 5, vai ver a diferença brutal entre os dois, justamente por esse cara aqui ser dos primórdios onde as manhas ainda não haviam sido descobertas. Olha, acho até que esse jogo rodaria bem de boas no PS1. Ou melhor, retiro completamente tudo o que disse acima e isso nem é uma opinião válida. Não venham querer me fazer perder o emprego me cancelando, que isso foi só um mal entendido. Quem sou eu para dizer que um game de uma geração poderia rodar na anterior fazendo milhões de pessoas sofrerem com toda a minha desonestidade? Nada haver isso aí e amo a Sony do fundo do meu coração. #nuncacritiquei
NOTA: 0.2

Fator Nostalgia
Nunca nem vi.
Confesso para vocês que nem imaginava que existiam mais games de Grandia. No auge da minha ignorância, pensei que só existia mesmo o Grandia de PS1/Saturn e eras isso. Vivendo e aprendendo né meus amados. Esse tipo de coisa é que faz valer a pena meu “trabalho”. Eu justamente queria conhecer jogos e sagas esquecidas pelo tempo e com jogos que nunca nem tinha ouvido falar. Isso é uma roleta russa, já que podem vir umas bombas inacreditáveis? Aham, mas isso são ossos do ofício. Ofício esse que tenho feito de bom grado.
NOTA: 0.0
Por que perder tempo com essa bosta?
Porque é um JRPG com sistema único de combate e progressão que está na sua melhor forma. Ainda pode melhorar, obviamente, mas já está de bom tamanho pelas horas de diversão que se seguem. É um dos poucos jogos de JRPG que joguei e que sinceramente não ficava cansado ao fazer aquele grind. Porra, coloca um Bon Jovi no talo e isso aqui vira diversão para mais de metro. Sim, tem que colocar uma musiquinha no app, pois o que repete de trilha também não está escrito. Se você curte uma história mais cabeça, também pode ser que vale a pena. Parando para matutar sobre os temas propostos, acredito que vocês vão se surpreender com o que esse carinha de roupagem alegre pode fazer.
Por que não perder tempo com essa bosta?
Tirando se você não curte um RPG de turno com Japonesice por tudo que é canto e nem deveria estar nesse blog, vejo dois motivos. Primeiro se é religioso fervoroso, pois o game pode te deixar incomodado com algumas referências e críticas, e segundo se tem ouvidos sensíveis, pois os sons dos passos dos personagens é de furar os tímpanos. Sério caras, eu tive que baixar o som do meu PC (onde joguei o game), pois os passos dos manos pareciam tiros de 12. Às vezes não sabia se estava jogando Grandia ou Resident Evil tamanho era a barulheira. Caralho, erram a mão feião nessa ai.
Avaliação da Playada
Tempo de Jogo | 43:50:00 |
Save State | 0 |
Detonado | 0 |
Trapaças | 0 |
Game Over | 0 |
Zeramento | sim |
100% | não Difícil (confesso que essa deveria ter sido a dificuldade que eu devia ter jogado aqui) Dungeon Opcional (mosquei e achei que não tinha nada novo) |
Resultado | ![]() |
Avaliação do Querido
Lorota | 1.2 |
Playada | 2.3 |
Barulhama | 1.3 |
Batom no Porco | 0.2 |
Fator Nostalgia | 0.0 |
Total | 5.0 |
Dificuldade | na dificuldade normal é mais um passeio no parque |
Resultado | ![]() |
Conclusão | gameplay super divertida, história sombria e artes merda, definitivamente um meio de tabela |