
Magic School Lunar!
Magic School Lunar! (espero que tenham gritado ao ler) é um mais um remake da saga Lunar. Pois é, e dessa vez estamos falando daquele joguinho descompromissado de Game Gear, Lunar: Walking School. Eu venho falando a vários posts que não é nova a estratégia de requentar jogos dessa indústria filha de 24 putas de safari e vocês me tirando para doido!! Na verdade ninguém me falou nada sobre esse tema, mas como todo bom criador de conteúdo tenho que criar alguma polêmica para me manter relevante. Sabe, como aquele lance de existir uma guerra entre público e críticos de cinema? Na verdade todo mundo sabe que ninguém vê canal de crítico, pois eles são chatos, pedantes e se acham a última bulacha do pacote, mas vamos fazer de conta que é porque tem gente instigando “ódio” contra essa galera. Falando do game, só posso dizer que foi dificil, muito dificil. Foi um daqueles momentos que repenso toda a minha vida e vejo que estou gastando-a de qualquer forma. Como não tenho mais nada para fazer de importante e que mudará o mundo, resolvi seguir, mas foram algumas noites bem mal dormidas. Confesso que desta vez me apeguei aos personagens dessa bagaça. Algo que não foi o suficiente para não odiar o game com todas as minhas forças por diversos momentos. Vou explicar mais daqui a pouco, mas já adianto que vou estar com uma má vontade da peste, que vai se traduzir em hate gratuíto em um jogo que estava esquecido em seu embolorado canto. Tadinho, não merecia isso, eu confesso.
Ficha Técnica
Publisher | Kadokawa Shoten ESP |
Desenvolvedor(es) | Game Arts Bits Laboratory Studio Alex (que pertencia a Kazunari Tomi e não ao Alex, puta Fake News) |
Diretor | Hiroshi Fukutomi (que tomi, tomi, mais uma vez) |
Produtor | Yoichi Miyaji (como de costume) Tsuguhiko Kadokawa |
Designer | Toshiyuki Kubooka (com a boca) Isamu Imakake (ama bolo) |
Artes | Akari Funato |
Músicas | Noriyuki Iwadare Isao Mizoguchi Two-Five Mari Konishi |
Plataforma | Sega Saturn |
Lançamento | JP – 20 de Novembro, 1997 (e por lá ficou) |
Resumão para não ficar perdido
A baixaria refeita do momento, assim como o anterior, segue acompanhando as aventuras de Ellie e Lena. Duas simples camponesas de nobre coração que vão todos os dias ao bosque recolher lenha, que acabam indo para uma escola de magia aprender a fazer uns Parangaricu tirimirruaros. Sim, mesma coisa sem tirar nem pôr. Os eventos mudam um pouco, as quests mudam de lugar, tem um leve aprofundamento no vilão, mas nada que seja digno de nota. Tem Senia, tem Wing (ou Wyn), Vovô Glenn, Anti, os professores de magia e até um personagem novo chamado Blade, mas nada muito fora do que era antes. Aventura divertida na escola que descamba para salvar o mundo, uma quinta-feira normal. Vamos parar de perder tempo aqui e ir ao que importa, que é a resenha muito doida cheia de raiva.

Lorota
Melhorou, mas ainda está longe.
No post original eu clamei por um melhor aproveitamento do clima escolar e fiquei na espera de que ele fosse feito no remake. E o que posso dizer agora depois de ter jogado, é que se tivesse apostado naquele momento, estaria agora mesmo sendo perseguido por agiotas. Não só não tivemos nenhum tipo de rotina escolar, como o esquema ficou com ainda mais cara de guilda de magos do Fairy Tail (que é um anime lixo, para quem não manja). Isso é realmente um problema e deveríamos estar nas ruas orando para pneus? Não, até porque o clima de guilda combina com o jogo, só ainda acho um desperdício do tema e acredito que seria melhor caso fosse algo tipo Harry Pota. Sim, sou uma pessoa chata, amarga e insuportável, se acostumem. Para amenizar, tenho que dizer que agora simpatizei bastante com o grupo de carinhas daqui e as duas protagonistas entraram para o meu coração. Gosto mais dessa party que a do 2 para terem uma noção. A história não muda muito como já deixei claro, mas temos muito mais diálogos e situações que deixam o molho mais saboroso. Ainda falta aprofundamento, arco de crescimento e até mesmo algum tipo de multidimensionalidade nos personagens. Só que me senti feliz vendo o jeito rápido de pensar besteiras e elaborar argumentos que tirassem todos das encrencas da Lena e o jeito responsável que sempre é sobrepujado de Ellie. Elas são uma duplinha tão simpática e que retrata tantas amizades, que não tem como não se apegar. A trama ainda segue sendo uma aventurinha meio qualquer coisa e se pauta muito no estilo caso da semana, mas mesmo com isso, parece mais redonda e interconectada que o seu irmão mais velho. Desta vez posso estar sendo muito benevolente com o querido aqui, mas estou de coração dizendo que gostei da trama de Magic School. Eu até dei umas boas risadas, algo não muito comum para mim, em algumas pataquadas que nossa turminha se metia para terem uma ideia. Os diálogos e situações com os professores malucos da escola, são de deixar qualquer um minimamente alegre. Tem um professor esquecido, que apelidei de Hebe Camargo, que rende cada papo maluco que é de cascar o bico. Sei lá, acho que não consigo explicar muito o porquê, mas dentro de todas as raivas que passei, me sentia mais leve quando pensava na turminha.
NOTA: 1.7

Playada
Só ódio.
Confesso que imaginei que esse cara aqui não poderia ser mais rústico que o jogo de Game Gear. E quebrei bem a minha cara, já que além de também não ter sistema de equipamentos, ele não tem sistema de itens! ITENS!!! ITEEEEENNNNNSSSS!!!!!! Puta merda, como que um JRPG não tem itens? Como? COMO??? Quem teve essa ideia deve ser preso, na moral! É uma afronta existir um game de JRPG, que tem foco em exploração de dungeons e não tem um baú de item para amenizar zanzar por tudo que é canto mais perdido que cego em tiroteio. Estou até agora me perguntando como isso aconteceu? Essa porra tem um sistema de luta com personagens em terceira pessoa, mas não tem itens. Essa porra tem o conceito de posicionamento como os outros Lunares, mas não tem itens. Essa porra tem 6 personagens na party, mas não tem itens. Essa porra tem ataques combinados, mas não tem itens. Não dá para entender o que se passou. Só não achei a play uma completa perda de tempo, pois ela tem uma mecânica bem interessante e que dá um tom estratégico para as batalhas. Estou falando da recuperação de MP quando o personagem se defende. Falando assim parece besta, mas ter a opção de restaurar o MP assim fácil, permite você variar ataques especiais e magias durantes as tretas, que são em sua maioria carne de pescoço do último nível. Não soube gerenciar bem a recuperação do MP é caixão de madeira certo, agora deixando malandramente um inimigo vivo e recuperando, aí é sucesso. É cura e chuva de meteoros no cu de geral quase que infinito. Até porque lembrem que não temos nenhum item de cura, nessa porra!! Caminhar também recupera HP e MP, mas é tão pouco que nem vale a pena contar como mecânica. Ainda mais que você vai dar no máximo dois passos até ter um random encounter socado no seu rabito. Pois é, floreei bastante esse lance de não ter itens, eu confesso. Mesmo não fazendo sentido não tê-los, ainda dá para viver só com a recuperação de MP. Algo que já não posso falar sobre a taxa de encontros aleatórios desse game, que puta que me pariu, não dá para viver. Até me falta forças para expressar todo o ódio que senti com essa porra. É coisa de pegar um beco sem saída em uma dungeon e lutar 12 vezes, só para voltar para o mesmo lugar de origem. Coisa de maluco, maluco. Já peguei games com muitas batalhas, mas esse é definitivamente o mais mal balanceado de todos. Mistura isso com dungeons repetitivas e cheias de caminhos que não levam a nada e Bum, combo de jogo que te dá raiva. Entendem porque reclamei tanto de não ter itens? Você não pode investigar nada aqui, uma porque não vai ter nenhuma recompensa e outra porque vai sofrer lutando com os mesmos monstros de sempre várias e várias vezes. O ideal é ir usando saves, que graças a god são ilimitados e em qualquer lugar, para não perder tempo se for por um caminho errado. Se tratando de gameplay, JRPG é combate e exploração, aí tu caga em um dos quesitos e tem um jogo que dá mais vontade de cair de moto no asfalto quente do verão que jogar. É o puro suco do mal design meus amigos e amigas, não tem jeito.
NOTA: 0.2

Barulhama
Acho que estava bêbado.
Analisando a nota que dei para o quesito músicas para o game original, cheguei a duas possíveis conclusões. Ou estava doidão de melado ou com muita pena por ter esculhambado um game que não prometia nada. Sério, dei nota 1.8, para um jogo que tem no máximo umas 5 músicas e que nem são memoráveis. Tentei lembrar de alguma aqui e me vem à mente toda a letra de Faroeste Caboclo e nada da trilha do jogo. Acho sim que as músicas encaixam bem, mas nota acima da média aí me passei. E para Magic School, qual a nota? 1.2 e se conte feliz, na moralzinha. Tudo que comentei sobre o primeiro vale para o segundo. A música animadinha principal é bacaninha e no máximo bacaninha. Tem uma música tema cantada na abertura, que até me vem à mente, mas é mais pela repetição do que pela qualidade. Os efeitos também não são lá essas coisas e confesso que a maior parte do tempo estava escutando podcast enquanto jogava. É nota abaixo da média mesmo e eras isso.
NOTA: 1.2

Batom no Porco
Elevou a nota final.
Bom, todo mundo sabe que sou um Otaku maldito, sem vergonha e fedido. Nunca escondi de ninguém que as animações japonesas me pegam de uma maneira diferente. Sendo assim, chego em um jogo cheinho, mas cheinho de cenas neste estilo e não posso fazer nada, além de dar uma nota totalmente desbalanceada, que não vou saber explicar depois e ainda vou me arrepender. Tem até intro cantada, como vou resistir? Não consigo nem me controlar de tanta emoção. Mas sério mesmo, esse jogo aqui em termos artísticos está muito melhor que o outro. Não estou falando de gráficos, que é foda comparar um game 32 bits com outro que tem mal e mal 4 cores. Estou falando de direção de arte mesmo, que dá mais vida para os cenários, deixa os personagens mais expressivos e os inimigos mais interessantes. Ainda rola muito palette swap confesso, mas os capirotos estão mais interessantes. Também foram implementados portraits (fotos dos personagens nos diálogos para quem ainda não sacou) no game e esse foi um dos pontos que me fizeram não dar nota máxima. Esse artifício normalmente ajuda a dar mais expressividade para os personagens que são apenas um amontoado de pixels em game. E é normalmente, pois às vezes, como ocorre aqui, ele é totalmente descasado do sentimento que o personagem está tendo no diálogo. O diálogo está em tom de brincadeira e o portrait está com expressão de raiva. O sprite do personagem está dando pulo com exclamações saindo da sua cabeça, mas na foto está com cara de apaixonado. Não sei o que rolou, mas está muito desencontrado esses retratos que colocaram. Como se o roteirista não tivesse conversado com o animador. Parece aqueles trabalhos que a gente fazia na escola, onde cada um fazia a sua parte, depois juntava e resultado final não tinha nem pé nem cabeça. O início era sobre a Mesopotâmia, o meio sobre Egito e o final sobre a Babilônia. Um completo show de horrores. Tirando isso, é um game muito bonito como um todo e esse quesito é o principal sem sombra de dúvidas.
NOTA: 2.2

Fator Nostalgia
Não redimiu.
Nem preciso dizer que não havia jogado esse carinha. Sega Saturn joguei no máximo uns 3 jogos na minha infância e esse passou muito longe. Até porque ele só ficou no Japão e se hoje adulto não tenho grana para ir até lá, imagina quando era uma criança que cutucava o cu para sentir cheiro azedo. No final esse game não conseguiu redimir o atentado que fiz com seu mano. Ele até melhora muitas coisas, mas a gameplay me fudeu demais. Sigo na pena pelas duas protagonistas que gosto bastante, mas não imagino que vai ser nessa vida que verei-as em um game decente. Se eu fosse mais jovem, até arriscava a desenvolver algo, mas no auge dos meus 36 cheios de cabelo branco e úlceras, vou ficar devendo.
NOTA: 0.0
Por que perder tempo com essa bosta?
Bem, como já disse ele é um game muito bonito. Se você por um acaso gosta de games dessa época que envelheceram bem, quem sabe vale? Se bem que ele não tem nem tradução de fã até o momento e você vai ter que encará-lo usando o Google Lens. Putz, deixa quieto esse também visse? O Lens traduz tudo errado e você vai se perder todo que nem eu, melhor ir jogar um Silksong aí que está baratinho. Tirando o playstation claro.
Por que não perder tempo com essa bosta?
Porque é um JRPG rústico em demasia. Não tem muitos sistemas básicos que são essenciais para o estilo e ainda tem a pachorra de ter batalha random a cada 2 passos. Ele até diverte nas primeiras horas, mas logo você vai estar ou passando raiva ou bocejando. Quer jogar um JRPG clássico da saga lunar? Vai no 1 do PS1 que esse sim é jogaço. Deixa esse carinha na prateleira dos fundos da venda do seu Satoshi, que é melhor.
Avaliação da Playada
Tempo de Jogo | 52:30:00 (não consigo acreditar que gastei minha vida assim, mas também em JP é foda) |
Save State | 0 |
Detonado | 1 (teve uma dungeon que não ia conseguir sozinho, confesso) |
Trapaças | 0 |
Game Over | 1 (aprendi a duras penas que não podia atravessar uma ponte) |
Zeramento | sim |
100% | não Todas as Magia (eu acho que perdi algumas, não tenho certeza) |
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Avaliação do Querido
Lorota | 1.7 |
Playada | 0.2 |
Barulhama | 1.2 |
Batom no Porco | 2.2 |
Fator Nostalgia | 0.0 |
Total | 5.3 |
Dificuldade | complicado, não pegou o esquema do MP, vai se fuder muito |
Resultado | ![]() |
Conclusão | é mais uma vez um game simpático, muito bonito, mas que tem uma play difícil de tankar atualmente |